AAUAv acredita que menos pessoas procuram o ensino superior devido ao aumento dos custos associados
Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro, reagiu hoje, em declarações à Ria, à queda no número de candidatos na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. No entender da estudante, o trabalho feito no sentido de contrariar a subida dos custos inerentes à frequência no ensino superior “não tem sido suficiente”.
Gonçalo Pina
A estudante considera que o aumento generalizado dos valores associados à permanência no ensino superior é o principal fator que justifica o decréscimo no número de inscrições. De acordo com Joana Regadas, o facto de os estudantes saberem “a priori” que nem todos vão ter acesso a bolsas de ação social acaba por demover muitas famílias, que sabem não ter capacidade financeira para comportar os custos da vida académica. Recorde-se que, conforme noticiado pela Ria, não havia tão poucos inscritos na primeira fase do concurso nacional de acesso desde 2018.
A descida do número de inscritos não é surpresa para a presidente, que nota que o número de inscritos já tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos. Apesar dos esforços dos estudantes para trazer a problemática “para a praça pública”, Joana Regadas afirma que o trabalho feito “não tem sido suficiente”.
Para além do aumento das rendas e da insuficiência na atribuição de bolsas, a representante da AAUAv acrescenta ainda que alguma desinformação na transição para o novo processo de candidaturas pode ajudar a justificar a quebra.
Recomendações
UA abre inscrições para Cursos Livres de Línguas
De acordo com uma nota enviada pela Universidade de Aveiro à redação da Ria, os cursos, promovidos pelo Departamento de Línguas e Culturas (DLC) e do Centro de Aprendizagem ao Longo da Vida (continUA), têm como público-alvo todos aqueles que gostem de aprender ou aperfeiçoar outras línguas. Os cursos disponíveis são de alemão, francês, espanhol, japonês, inglês, língua gestual portuguesa e português língua estrangeira. As candidaturas, que podem ser feitas na plataforma PACO Candidaturas, têm uma taxa de 5 euros. O custo de cada um dos cursos está disponível no site da Universidade de Aveiro. As matrículas acontecem entre 19 e 22 de setembro e as aulas acontecem durante todo o semestre, entre 6 de outubro e 16 de janeiro.
Futebol feminino da UA alcança 5º lugar do Campeonato Europeu Universitário
De acordo com as declarações do treinador Daniel Vilarinho à Universidade de Aveiro, a classificação ainda fica aquém das expectativas. O técnico afirma que as estudantes foram “muito superiores" e que podiam ter alcançado o primeiro lugar. Rita Costa, capitã de equipa, enaltece que as aveirenses “lutaram até ao final” e faz um balanço muito positivo da competição. Para além do 5º posto na tabela classificativa, a equipa da Universidade de Aveiro venceu o Prémio Fairplay. As atletas portuguesas, que chegaram a Camerino como campeãs nacionais de futebol feminino universitário, viram apenas um cartão amarelo ao longo de toda a competição. A competição foi vencida pela Universidade de Wurzburg que, na final, bateu a Universidade de Frankfurt por 3-1. *Notícia alterada às 23h30. Onde se lia que "o técnico afirma que as estudantes [...] mereciam ter alcançado o primeiro lugar", a palavra "mereciam" foi substituída por "podiam". Foi também retirada a frase "A distinção [Prémio Fairplay] é dada à equipa que tiver visto menos cartões durante as partidas", uma vez que há mais critérios para a atribuição do prémio.
Universidade de Aveiro encerra serviços durante o mês de agosto
Durante todo o mês vão estar encerradas as bibliotecas Domingos Cravo (biblioteca do Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro), a biblioteca da Escola Superior Aveiro Norte e a biblioteca da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda. A Biblioteca Central vai estar fechada até 17 de agosto e, entre o dia 18 e o fim do mês, começa a funcionar apenas em horário reduzido, entre as 9h00 e as 20h00. A biblioteca Domingos Cravo volta a abrir no dia 1 de setembro, mas, até dia 12, funciona apenas até às 18h00. Dia 15, todas as bibliotecas das Escolas retomam a sua atividade normal, entre as 9h30 e as 20h00. As unidades de alimentação e cafetaria dos Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro continuaram abertas durante todo o mês. Fechados vão estar o espaço TrêsDê, o Restaurante Vegetariano, o Bar Preto, o Restaurante Universitário e as cantinas e bares das Escolas (a exceção é o bar da Escola Superior Aveiro Norte, que volta a abrir a 21 de agosto). Enquanto a Cantina de Santiago está encerrada até 14 de setembro, a Cantina do Crasto só fecha a 14 de agosto e reabre a 1 de setembro. A livraria, a papelaria e o posto de Correio Universitário estão fechados de 4 a 1 de setembro. Os Serviços no Atendimento (AtUA) mantêm-se abertos durante agosto inteiro, embora em horário reduzido, e o helpdesk dos Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (STIC) só encerra entre 4 e 14 de agosto.
Start@UA tem candidaturas abertas: Programa mostra academia a pré-universitários internacionais
Na nota enviada às redações, a instituição sublinha que o Start@UA proporciona uma “oportunidade singular de vivenciar o ambiente académico e cultural de Portugal antes do início oficial da licenciatura”. Para além de procurar envolver os participantes na vida académica, a UA refere ainda que o programa tenta dar a conhecer a cidade de Aveiro. Com dois percursos distintos, um para estudantes que dominam o português e outro para não falantes, o programa oferece algumas unidades de formação transversais, tais como “Cultura e Sociedade Portuguesa” ou “Portugal, a Europa e o Mundo”. As inscrições podem ser feitas até dia 28 de agosto através de um formulário online.
Últimas
João Moniz garante que BE “vai estar na luta” contra a demolição da antiga sede da CERCIAV
Depois da providência cautelar interposta por Alberto Souto, candidato socialista à Câmara Municipal de Aveiro, que suspendeu a demolição do edifício que servia de sede para a Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Aveiro (CERCIAV), foi a vez de João Moniz defender a preservação do imóvel. Lembre-se que, em resposta a Alberto Souto, Luís Souto, candidato à autarquia pela coligação “Aliança Mais Aveiro”, defendeu que o edifício “não reúne condições para ser reabilitado”. No entender do cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda, a Câmara Municipal “deve fazer o máximo de esforço” para impedir a demolição. Embora considere que a autarquia “deve ir mais longe” ao requalificar e dar uso quotidiano ao edificado, João Moniz sublinha que neste momento o mais importante é preservar o património. O candidato assume que “o BE vai estar nessa luta”.
Luís Souto assinala “compromisso claro” do governo com a Linha do Vouga
No breve texto escrito pelo candidato da “Aliança” fica a garantia de que, caso ganhe as eleições, a Câmara Municipal de Aveiro vai trabalhar ao lado do governo, da Infraestruturas de Portugal, das entidades regionais e dos municípios vizinhos. Luís Souto Miranda garante, “a título de exemplo”, que tanto os horários como os apeadeiros que atravessam o município devem passar a “refletir as novas realidades demográficas e corresponder às necessidades da população”. Na publicação de Miguel Pinto Luz pode ler-se que a reabilitação da via está integrada numa renovação que se vai estender aos 96 quilómetros da linha. De acordo com o ministro, o investimento total chega aos 6,2 milhões de euros e contempla também a automatização de cerca de 70 passagens de nível, a estabilização de taludes e a melhoria dos sistemas de drenagem, assim como a instalação de vedações de proteção e a beneficiação e relocalização de alguns apeadeiros. Miguel Pinto Luz explica que a reabilitação entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga consistiu na substituição integral de carril, travessas e fixações, a balastragem da via e ataque mecânico pesado. Para 2026 está prevista uma intervenção complementar para repor o cruzamento de comboios nas estações de Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha.
Teatro Aveirense promove concertos ao ar livre nas noites de quinta e sexta-feira
Os primeiros a subir a palco são os Expresso Transatlântico, que atuam quinta-feira, pelas 22h00. A banda, constituída por Gaspar Varela, Sebastião Varela e Rafael Matos, junta, de acordo com o Teatro Aveirense, “influências da tradição portuguesa e sonoridades contemporâneas globais”. O concerto insere-se na rubrica "Novas Quintas na Rua", que leva à Praça da República o "Novas Quintas", todas as semanas apresentado no teatro. Sexta-feira, pelas 22h00, é a vez de LES A LES se apresentar na Sala Aberta. O projeto de Carlos Lázaro e Vitor Hugo resulta da junção entre música eletrónica e poesia. Conforme escreve o Teatro, “LES A LES une a máquina ao vocábulo, num cruzamento simbiótico, que incorpora a língua portuguesa em sonoridades urbanas e industriais”.
Habitação: BE-Aveiro antevê que seja “difícil” encontrar ponto de encontro com PS e “Aliança”
À porta do Tribunal de Aveiro, depois de terem sido entregues as listas de candidatos, João Moniz apontou o dedo às forças políticas que têm governado a Câmara Municipal. O candidato defende que o atual executivo tem “recusado fazer políticas de habitação” e tem seguido uma política de recuperação urbanística que potencia a especulação imobiliária. No entender do cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda, é necessário construir habitação para arrendar a preços controlados. Para além de pedir uma maior intervenção no mercado, João Moniz acredita que é preciso espalhar os estabelecimentos de Alojamento Local pelas várias freguesias. O candidato propõe ainda que, à semelhança do que diz acontecer em Berlim, através do licenciamento de obras para construção de novo edificado, seja consignada uma parte dos novos fogos para o mercado de habitação a preços controlados. Questionado pela Ria, João Moniz explicou que “será difícil” encontrar pontos de entendimento com as forças políticas que atualmente têm assento na Câmara Municipal de Aveiro. Dando o exemplo dos terrenos do Cais da Fonte Nova, o candidato disse que o “historial de venda agressiva de terrenos públicos” de PSD/CDS e PS não se alinha com o caminho que defende. “Se existir um consenso entre essas forças para mudar de rumo e usar a capacidade financeira, construtiva e o património da Câmara para dar uma resposta efetiva aos problemas da habitação, o Bloco de Esquerda não se vai opor”, afirmou João Moniz. Outra das bandeiras do partido na candidatura aos órgãos autárquicos de Aveiro é a preparação do Baixo Vouga Lagunar para as alterações climáticas. João Moniz alerta para o perigo da salinização dos terrenos agrícolas, das cheias decorrentes do aumento do nível média das águas do mar e para a falta de proteção das dunas. Apesar de reconhecer que não pode ser um trabalho feito exclusivamente pela Câmara Municipal, o candidato sugere que, para combater o problema, a autarquia lidere o processo político que deve culminar na criação de um Parque Natural do Baixo Vouga. Durante a sua intervenção, o cabeça-de-lista bloquista propôs ainda uma rede pública de creches. João Moniz afirmou que a falta de resposta nos cuidados pré-escolares e anteriores é “reconhecida pela Câmara Municipal”. O objetivo do Bloco de Esquerda para as eleições autárquicas em Aveiro é “expandir” a sua representação no concelho. Recorde-se que o partido tem dois eleitos na Assembleia Municipal e quatro eleitos nas Assembleias de Freguesia: um em Glória e Vera Cruz, um em Esgueira, um em Santa Joana e um em Oliveirinha.