RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

Júnior empresas querem ser uma “prioridade” na UA

O suplemento ao diploma e uma maior proximidade da Universidade de Aveiro (UA) com as juniores empresas foram alguns dos aspetos abordados na primeira mesa-redonda que reuniu as júnior empresas e iniciativas de Aveiro. A atividade esteve integrada na sexta edição da “Semana do Empreendedorismo” que decorreu na Galeria Multifunções, na UA.

Júnior empresas querem ser uma “prioridade” na UA
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
23 out 2024, 23:35

Bruno Fernandes, ex-presidente da Aveiro Smart Business (ASB) foi um dos estudantes que participou na mesa-redonda. Ao longo do evento, o responsável pela ASB partilhou que as júnior empresas têm passado a ser mais reconhecidas pela academia aveirense. No entanto, reconheceu que ainda há um longo caminho a fazer no que toca a serem uma “prioridade” para a UA. “Da mesma forma que um reitor se posiciona ao lado de um Wilson [presidente da Associação Académica de Aveiro] também se podia posicionar ao lado das júnior empresas e dar-lhes essa confiança”, atirou.

A opinião foi partilhada também por Sofia Neto, presidente da mesa da Assembleia Geral da Scientific Junior Value. A estudante acrescentou ao raciocínio de Bruno Fernandes a ideia de que as júnior empresas, à semelhança do que acontece com as bolsas de investigação, são também responsáveis pelo reconhecimento da UA. Como exemplo a estudante deu nota que, em 2025, está prevista a realização de dois dos eventos da Federação Portuguesa de Júnior Empresas pela primeira vez na UA.

Miguel Antunes, presidente da mesa da assembleia geral da Júnior Empresa Lean de Aveiro (JELA) acrescentou que o “problema chave” passa pela “cultura da universidade” já que, na sua opinião, a “formação académica oferecida [pela UA] não orienta os estudantes para o mundo do trabalho”. Para Miguel é necessário que a universidade perceba que as júnior empresas podem ser uma mais-valia para colmatar a falta de contacto com a realidade do tecido empresarial, preparando de forma mais completa os “indivíduos que vão sair da universidade e que vão ter carreiras bem-sucedidas”, refletiu.

Samuel Xavier, comunity manager da Step UP Aveiro partilhou que para dar uma maior credibilidade e confiança às júnior empresas está a ser discutido um alargamento do suplemento ao diploma para os estudantes que participam nas júnior empresas e iniciativas, à semelhança do que acontece a quem desempenha, por exemplo, cargos na associação académica. “É o responder da universidade a uma necessidade que é sentida pela comunidade de como é que se formaliza esta formação”, revelou Samuel.

Já Lara Marinho, presidente da júnior iniciativa Aveiro Norte Creative Solutions, da Escola Superior Aveiro Norte (ESAN-UA) disse que por ser uma júnior iniciativa mais recente não tem, por enquanto, “razões de queixa”.

Sobre a sexta edição da “Semana do Empreendedorismo”, Marta Marques, coordenadora da Unidade Transversal para a Cooperação com a Sociedade da Universidade de Aveiro (UACOOPERA) avançou que o objetivo da iniciativa “não é só focar nos alunos, mas também trazer todo o ecossistema empreendedor da região de Aveiro que possa beneficiar destas iniciativas”. Admitiu, no entanto, que “o grande desafio” passou por aumentar a adesão da comunidade académica ao evento, nomeadamente através da proximidade com os professores “para eles próprios também encaminharem os alunos para cá”, revelou.

Atualmente, existem em Portugal 25 júnior empresas que movimentam anualmente mais de 500 mil euros. No caso concreto de Aveiro há, neste momento, duas júnior empresas formadas – ASB e Scientific Junior Value– e duas júnior iniciativas – Aveiro Norte Creative e JELA. As júnior empresas são organizações sem fins lucrativos formadas e geridas por estudantes do ensino superior. Antes de se conseguirem formar como júnior empresas passam pelo estágio de ser júnior iniciativas sendo que compete às júnior empresas tanto o desenvolvimento de uma atividade empresarial como a orientação das júnior iniciativas.

A “Semana do Empreendedorismo” decorre até esta quinta-feira, 24 de outubro e está aberta a toda a comunidade académica apesar de ser necessária inscrição prévia. A programação pode ser consultada na íntegra aqui.

O evento está integrado no programa comemorativodos 50 anos da UA.

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UA sintetiza composto promissor para aplicação fotodinâmica em tratamento de cancro
Universidade

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Um grupo formado pela estudante de doutoramento Cristina Dias, o investigador Nuno Moura e os docentes Amparo Faustino, Graça Neves (ambas membros do LAQV-REQUIMTE - Laboratório Associado para a Química Verde), Vítor Gaspar e João Mano (CICECO - Instituto de Materiais de Aveiro) e Luisa Helguero (Instituto de Biomedicina de Aveiro, iBIMED), desenvolveu e caracterizou novos derivados de clorofila nos laboratórios do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e no Departamento de Ciências Médicas, respetivamente. Os compostos demonstraram resultados promissores em ensaios experimentais de terapia fotodinâmica, tanto em cancro da mama triplo negativo, como em outros tipos de cancro, incluindo o cancro do pâncreas. Amparo Faustino, professora do Departamento de Química e membro do LAQV-REQUIMTE, explicou algumas das caraterísticas e comportamentos destes compostos, com destaque para a eficácia e sustentabilidade da solução. “A aplicação de derivados de clorofila (extraídos a partir de fontes naturais) como agentes terapêuticos em terapia fotodinâmica permite não só utilizar recursos disponíveis de forma sustentável, como minimizar efeitos indesejáveis”, explicou a docente.  Amparo Faustino revelou ainda que “os compostos absorvem radiação na região do vermelho do espectro de visível, onde a luz penetra melhor os tecidos” o que facilita “a ativação dos derivados de clorofila presentes nas células tumorais”. Os novos compostos foram caracterizados ao nível da sua atividade anti tumoral, em colaboração com Luisa Helguero, professora do Departamento de Ciências Médicas e membro do iBIMED, e apresentam, segundo concluiu a equipa, uma toxicidade muito baixa na ausência de luz e uma elevada eficácia na eliminação de células tumorais, quando ativados sob condições controladas de iluminação (terapia fotodinâmica). “A utilização destes compostos em terapia fotodinâmica do cancro de mama triplo negativo representa uma solução promissora para suprir a falta de abordagens terapêuticas eficazes e seguras para os pacientes. Este tratamento é minimamente invasivo, e atua apenas na área iluminada”. A solução apresenta-se assim como “uma alternativa viável (…) especialmente em casos de resistência aos tratamentos convencionais”, afirma Amparo Faustino. A expectativa é ainda de que abordagem possa ser estendida a outros tipos de cancros, como o cancro de pâncreas e do pulmão. A tecnologia foi desenvolvida no âmbito do doutoramento de Cristina Dias, cuja tese será defendida em breve na UA, e envolveu três grupos de investigação com conhecimentos complementares. A universidade submeteu, através da UACOOPERA, um pedido provisório de patente e está a avaliar uma estratégia mais ampla de proteção.

Moções discutidas na Assembleia Geral de Alunos da AAUAv geram divergências
Universidade

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Ambas as temáticas foram apresentadas, no ponto seis da ordem de trabalhos, pelo estudante Pedro Coutinho. Relativamente à primeira moção, que tinha como objetivo o fim das propinas no Ensino Superior, o estudante recordou que “com o marco histórico dos 50 anos do 25 de Abril e os sucessivos ataques às conquistas que saíram desta Revolução, urge defender e concretizar o Ensino Superior tal como ele está consagrado na Constituição da República Portuguesa, um Ensino Superior público, gratuito, democrático e de qualidade”. Assim, para Pedro Coutinho a existência da propina “é inconciliável com estes objetivos, pelo obstáculo financeiro que representa ao acesso e frequência, fomentando não só a elitização do Ensino Superior, como também o seu subfinanciamento, já que serve como justificação para se desresponsabilizar o Estado Central da sua tarefa constitucional de financiar o Ensino Superior Público”. No que toca aos Serviços de Ação Social, o estudante apelou à necessidade de garantir mais residências públicas, melhorar as existentes e aumentar o valor do complemento de alojamento, considerando o “preço incomportável” com o da habitação em Portugal. No documento apresentado, Pedro Coutinho apontou ainda críticas às refeições sociais na UA, realçando ser contra o seu aumento “para os 2,80 euros” e denunciando a falta de condições que leva a que os tempos de espera sejam muito longos”, tal como noticiado pela Ria. Assim, com a aprovação desta moção, o estudante exigia que a AAUAv “publicitasse exaustivamente esta moção e todas as iniciativas em torno da luta pelo fim da propina”; prestasse contas sobre as diligências “que tomou para cumprir os pontos desta moção” e que participasse e se mobilizasse “para a luta pelo fim da propina por mais e melhores residências públicas, por melhores condições nas cantinas da UA e por mais ação social escolar, no dia 5 de novembro às 16h00 em frente à reitoria”. Wilson Carmo, presidente da AAUAv parabenizou a proposta, mas sugeriu algumas alterações ao documento, nomeadamente, no que toca à extinção total da propina. “Esta direção defende a gratuitidade do ensino superior. Quanto à propina [a direção] defende uma redução progressiva e não uma redução para amanhã (…) O custo do ensino superior não são só as propinas (…) Acreditamos que a base está no reforço da ação social para criar condições económicas para conseguir comportar os custos do ensino superior”, afirmou. Quanto à proposta de manifestação, no dia 5 de novembro, o presidente da AAUAv discordou da iniciativa dando nota que a Associação Académica já “participou numa manifestação em março” e de que tem estado em “reuniões sucessivas” com a UA e com o Ministério da Educação para discutir o tópico. “Não nos parece que esta seja a melhor forma de divulgar”, reconheceu. Face a isto, sugeriu ainda a votação deste ponto de forma isolada. Após um período de discussão com o restante plenário, as sugestões foram aceites por Pedro Coutinho, tendo sido os dois primeiros pontos [fim gradual da propina e as contas sobre as diligências da moção] aprovados com um voto contra, uma abstenção e 31 votos a favor. Relativamente ao terceiro ponto [manifestação na reitoria] foi reprovado com 14 votos contra, dez abstenções e nove votos a favor. Em declaração de voto, Samuel Xavier, um dos estudantes presentes na Assembleia Geral, realçou que a direção da AAUAv deve ter “autonomia” em participar no que “muito bem entender” em relação a manifestações. “Caso contrário, entramos num pretexto de sermos uma direção mendiga que está à espera de que a Assembleia Geral lhe diga o que deve fazer. Acho que a direção deve sim [ter autonomia] por também considerar que a direção publica mais festas e paródias do que qualquer outro tema (…) Se quiser organizar uma manifestação eu sou a favor e eu lá estarei… Só não acho que deva ser a Assembleia Geral a forçar”, sugeriu. Num momento posterior, Pedro Coutinho propôs ainda a aprovação de uma moção pela paz no Médio Oriente. Segundo o estudante, “perante a violação sucessiva da Carta Universal dos Direitos Humanos, nomeadamente do seu artigo 3° que consagra que todos os seres humanos têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. É urgente que se adote uma solução que coloque um fim ao horror a que os palestinianos estão expostos”. Face ao apresentado, a direção da AAUAv enviou à mesa da Assembleia uma proposta alternativa à moção que tinha como objetivo exigir a “paz global”. De acordo com Wilson Carmo a moção apresentada por Pedro Coutinho estava “muito focada no Médio Oriente e (…) aquilo que devemos lutar seria pela paz (…) em geral e não apenas no Médio Oriente”, justificou. Após a apresentação de ambos os argumentos, o plenário decidiu deliberar e votar sobre ambos os documentos [do Pedro e da direção da AAUAv] tendo sido aprovado apenas o da direção com 0 votos contra, quatro abstenções e 24 votos a favor. A primeira moção foi rejeitada com 11 votos contra, nove a favor e oito abstenções. Face ao chumbo, mais uma vez, Samuel Xavier voltou a pedir uma declaração de voto onde afirmou ser “assustador e deprimente, a direção da AAUAv votar contra uma moção que fala de um tema tão sensível como são as atrocidades que estão a ser feitas contra o povo palestiniano. Fica aqui o meu desagrado e descontentamento”, expôs. Em forma de resposta, o presidente da AAUAv assegurou que a “segunda proposta que foi aprovada não vai contra o que está a acontecer (…) só não menciona de forma tão vincada. A leitura não é justa”, insistiu. Gustavo Oliveira, secretário-geral da direção da AAUAv, acrescentou ainda que a moção "alternativa" acaba por ser "muito mais completa e geral". "Aqui a principal questão é que a AAUAv tem de definir um equilíbrio justo (...) Nós temos de ter um critério único de forma a que estas questões sejam abordadas de forma clara e a interpretação seja igual. A nossa abordagem tem de ser nesse sentido", relembrou. Pedro Coutinho salientou não perceber os argumentos da AAUAv, realçando que a sua proposta não era uma "moção alternativa, mas sim adicional". "Vejo que foi muito bem aprovada a moção global (...) como ao bocado a direção não teve a oportunidade de responder à minha pergunta volto a perguntar o porquê do voto contra e não uma mera abstenção ou aprovação se realmente na vossa própria moção defendem a paz universal", questionou. Wilson Carmo referiu, em "forma de correção", que não foi a direção da AAUAv que votou contra a sua moção, mas antes "alguns dos estudantes que fazem parte da direção", realçando que "houve até estudantes que fazem parte da direção que se abstiveram". Após as várias trocas de argumentos, Pedro Coutinho voltou a solicitar que gostaria de dar mais uma oportunidade aos membros da direção da AAUAv [que votaram contra a sua proposta] sobre o porquê de não terem optado pela “abstenção”, solicitando à mesa da assembleia que ficasse registado em ata a falta de respostas por parte destes. Ao longo da Assembleia Geral de alunos da AAUAv foram ainda aprovados um conjunto de votos de louvor, nomeadamente, à Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) pela realização das fases finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) em Aveiro, com zero votos contra, duas abstenções e 52 votos a favor; ao Conselho Nacional da Juventude pela realização do Encontro Nacional da Juventude em Aveiro com zero votos contra, cinco abstenções e 46 votos a favor; aos atletas vencedores de competições desportivas de elevado renome com zero votos contra, uma abstenção e 50 votos a favor e às Assembleias Municipais de Aveiro, Oliveira de Azeméis, Águeda, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga e Estarreja pelos incêndios que afetaram a região de Aveiro em setembro deste ano com zero votos contra e abstenções e 52 votos a favor. Após a aprovação deste último ponto cumpriu-se um minuto de silêncio. Ainda na ordem de trabalhos o presidente da mesa da Assembleia Geral, Gonçalo Marques e o presidente da direção da AAUAv apresentaram as suas propostas de membros para a restruturação interna dos órgãos sociais da AAUAv. Após votação, Renato Alexandre Lourenço Dias foi o escolhido para secretário da mesa da Assembleia Geral e Guilherme José Rodrigues Carola para vogal da direção da AAUAv. A candidatura de Renato foi aprovada com dez votos contra, cinco votos em branco e 26 votos a favor e a do Guilherme com 12 votos contra, quatro votos em branco e 25 votos a favor. *Notícia atualizada no dia 24 de outubro, pelas 21h44, em virtude do Gustavo Oliveira ser secretário-geral da direção da AAUAv e ter respondido às declarações do estudante Pedro Coutinho.

UA, PCI e YAngel lançam pós-graduações para business angels e startups
Universidade

UA, PCI e YAngel lançam pós-graduações para business angels e startups

Os cursos terão início no dia 10 de janeiro de 2025 e estão formatados para o desenvolvimento de competências e conhecimentos adaptados aos business cases dos founders e, simultaneamente, ao desenvolvimento do perfil dos investidores a partir de casos reais e atuais. Os cursos de especialização “Startup Readiness Level” e “Business Angels and Mentorship” resultam da convergência do ecossistema e da mobilização de vários agentes, que pretendem, através de um modelo de formação especializada baseado em cocriação, contribuir para o aumento da competitividade, inovação e empreendedorismo. Estes dois cursos apresentam uma plataforma única de formação e networking, em que founders e investidores se especializam, em simultâneo, através do acesso a temas essenciais, a formadores peritos em áreas-chave e a uma rede de mentores com experiência relevante. Cada curso é composto por quatro microcredenciais, num total de 90 horas de formação, em regime b-learning (híbrido, presencial e online), correspondentes a 12 ECTS. As sessões realizadas num formato híbrido, com aulas presenciais a cada três semanas no PCI, intercaladas com sessões online, proporcionarão uma experiência de aprendizagem intensiva e prática. Cada edição do curso está limitada a 15 participantes. O curso  “Startup Readiness Level” destina-se a empreendedores que desejam preparar-se para rondas de investimento. Focado na criação, validação, estratégia de captação de investimento e gestão de startups, este curso é essencial para startups que pretendam angariar fundos nos próximos 12 meses. Já “Business Angels and Mentorship” é o primeiro curso em Portugal, concebido para preparar futuros business angels e mentores de startups. Os participantes focar-se-ão em estratégias de investimento em fases iniciais, due diligence e mentoria de startups, adquirindo experiência prática ao trabalharem diretamente com startups. Os cursos serão dirigidos por Mariana Pita (“Startup Readiness Level”) e por Carlos Andrade (“Business Angels and Mentorship”), ambos docentes do ISCA-UA.

Aplicação gratuita prepara inclusão escolar de crianças com deficiência
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Aplicação gratuita prepara inclusão escolar de crianças com deficiência

Projetada por educadores e terapeutas, a Hábil é uma ‘app’ inclusiva que promove a aquisição e consolidação de conhecimentos, para melhorar a aprendizagem futura. A aplicação surgiu a pensar nas necessidades de crianças que sofrem de patologias como a perturbação do espetro do autismo, perturbação da linguagem, défice intelectual, ou de síndromes como Trissomia 21, síndrome de X Frágil ou síndrome de Williams. “É uma aplicação para trabalhar os pré-requisitos de leitura, escrita e matemática, com crianças dos 3 aos 6 anos, garantindo que possam ingressar no primeiro ciclo com essas aquisições já feitas”, explicou à Lusa Carolina Duarte, da direção da Habilitar. Além disso, acrescenta, “permite detetar fragilidades nas competências das crianças nessas áreas e está disponível gratuitamente para ‘download’nas plataformas Play Store e Apple Store”. A ‘app’ Hábil incorpora várias opções de acessibilidade: instruções simples com suporte visual e auditivo, símbolos para a comunicação aumentativa e alternativa, acessibilidade para a deficiência visual, opção de alto contraste e sistema de varrimento. “A ideia partiu de Sara Jesus, técnica de reabilitação psicomotora, e de Isabel Santos, coordenadora executiva da Habilitar e doutorada em Multimédia, e foram essas pessoas que conceberam todas as tarefas”, esclarece Carolina Duarte. Segundo a responsável, foi um prémio, na fase inicial, atribuído pela Roch que permitiu avançar com a ideia, sendo o desenvolvimento apoiado pela Altice e pela Universidade de Aveiro, esta no que respeita à validação científica. “Esses apoios foram decisivos para que hoje seja possível ter acesso a essa aplicação, em português europeu, de forma totalmente gratuita”, acrescenta. Carolina Duarte adianta que a intenção é ter a aplicação “continuamente melhorada e acrescentada”, revelando que está já em preparação uma componente de língua gestual portuguesa para ser usada por crianças surdas.

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Eduardo Feio, presidente do conselho de administração do Porto de Aveiro, e Martín Fernández Prado, presidente da Autoridade Portuária da Corunha (Espanha), assinaram hoje um memorando que reforça a cooperação entre as duas entidades, “para promover a transição energética e a sustentabilidade industrial”. De acordo com uma nota de imprensa da administração portuária, o objetivo é “impulsionar políticas de transição ecológica e a promoção de uma indústria sustentável, focando-se no desenvolvimento de energias renováveis, nomeadamente a energia eólica offshore” (no mar). Segundo a mesma fonte, as duas entidades vão avançar com uma ação conjunta, “para promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências profissionais entre as duas instituições, no âmbito da descarbonização da economia e da transição energética”. “O foco principal será o desenvolvimento da energia eólica offshore, de forma a beneficiar toda a cadeia de valor dos ambientes logístico-portuários e dos setores industriais mais próximos”, salienta a nota. A cooperação entre os portos de Aveiro e da Corunha “tem, ainda, o objetivo de gerar sinergias económicas que beneficiarão as economias regionais do Norte e Centro de Portugal e da Galiza”. A coordenação de projetos industriais e logísticos que integrem soluções de baixo carbono é uma das áreas de cooperação previstas. “A longo prazo, a parceria visa consolidar um modelo de colaboração entre as entidades portuárias e os seus ambientes industriais, cooperando para um desenvolvimento sustentável contínuo, alicerçado na utilização de fontes de energia renováveis”, adianta a nota portuária.

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Aveiro adere este sábado ao dia de cinema palestiniano à volta do mundo
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Além de Aveiro, os filmes serão exibidos por todo o mundo, este sábado. A atividade insere-se no “Palestine Cinema Day Around The World”, promovido pela AFLUMUNA, que pretende colocar a questão palestiniana numa roda de conversas dinâmicas provocadas pela ação da 7ª arte. No caso concreto da cidade aveirense, serão três os filmes em exibição, nomeadamente, “Naila and The Uprising”, na Aveiro Arts House, pelas 21h00; “Little palestine – diary of a siege”, na Taberna do Rockabílio, pelas 17h30 e “Eleven Days in May”, pelas 14h30, em local a definir. Pode consultar aqui mais informações sobre o "Palestine Cinema Day Around The World" em Aveiro.  A AFLUMUNA é uma organização cultural sem fins lucrativos sediada em Beirute, no Líbano, que trabalha para aproveitar o poder do cinema árabe independente e para elevar os movimentos sociais, políticos e culturais mais urgentes de agora. “Somos um grupo formado por pessoas que, voluntariamente e de forma independente, pretendem organizar e promover este evento em espaços com capacidade para a exibição de cinema", lê-se numa nota enviada à Ria. O objetivo passa por desenrolar "discussões sobre os temas disputados" e por demonstrar "vontade solidária com a causa palestiniana, as suas ramificações, passado, consequências contemporâneas e futuras”, continua.