UA distingue esta quarta-feira o “mérito e excelência” no Auditório Renato Araújo
A Universidade de Aveiro (UA) vai distinguir, esta quarta-feira, 16 de abril, pelas 15h00, no Auditório Renato Araújo, aqueles que ao “longo do último ano letivo (2023-2024)” se destacaram nas categorias de “boas práticas pedagógicas, cooperação, investigação e TAG (Pessoal Técnico Administrativo e de Gestão)” em mais uma cerimónia de entrega de prémios.
Redação
De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, esta é a quarta edição dos “Prémios UA” que pretende distinguir o “mérito e excelência de quem se dedica às principais vertentes de missão da UA, nas categorias: Prémio Cooperação, Prémio Investigador, Prémio de Boas Práticas Pedagógicas e Prémio TAG”. “O evento vai ainda contemplar menções honrosas a quem também se tenha destacado nas várias áreas premiadas”, explica.
A cerimónia contará com as intervenções do reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira e dos vice-reitores, Ana Lillebø, Artur Silva, João Veloso e Sandra Soares.
O “Prémio Cooperação”, no âmbito da cooperação com sociedade, a UA “atribui quatro prémios - um por área de especialização científica - no valor de quatro mil euros cada”. O “Prémio de Boas Práticas Pedagógicas” é direcionado a docentes e tem um “valor monetário de cinco mil euros” e pretende reconhecer “as melhores práticas pedagógicas implementadas durante o ano letivo anterior, em unidades curriculares da UA".
Já o “Prémio Investigador UA” pretende distinguir a “investigação concretizada na UA” e reconhecer o “mérito do respetivo investigador ou equipa de investigação cujo trabalho se tenha destacado, a nível nacional e/ou internacional, atribuindo o valor monetário de dez mil euros”. Haverá ainda uma menção honrosa, no valor de “1500 euros”, “por cada uma das áreas de investigação da UA: Artes e Humanidades; Ciências; Ciências Sociais e Engenharia”.
Por último, o “Prémio TAG” destina-se ao “pessoal técnico, administrativo e de gestão” e tem o valor de “cinco mil euros”. Também neste prémio serão entregues menções honrosas.
Recomendações
UA2030 destaca pluralismo na vitória; UA50 sublinha surpresa positiva e apela à transparência
Luís Castro, docente no Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro (DMat-UA), foi um dos seis membros eleitos pela Lista ‘UA2030’ para o Conselho Geral da UA. Em declarações à Ria, sublinha que a UA “deve estar contente, porque a democracia funcionou e, portanto, temos uma universidade plural”. A Lista ‘UA2030’ venceu em todas as circunscrições, tendo sido a mais votada, com 438 votos obtidos, num total de 751 votantes nestas eleições. O docente realça estar “contente” pelo facto da lista que integra ter vencido todas as circunscrições. As eleições para o Conselho Geral foram disputadas, no que diz respeito aos docentes e investigadores, por duas listas. O recém-eleito conselheiro admite, no entanto, que “teria muito gosto que houvesse mais que duas listas” por considerar a discussão de ideias como algo “bom”. “Iremos trabalhar com todos para termos, efetivamente, uma universidade melhor”, assegura. Também Ana Raquel Simões, docente doDepartamento de Educação e Psicologia (DEP), eleita pela mesma lista, partilha da visão. “O resultado da eleição também demonstra que vivemos numa academia que é democrática e acreditamos (…) que iremos trabalhar em conjunto por uma por uma universidade melhor”, enaltece. Relativamente à eleição do reitor, Luís Castro sublinha que há “a expectativa de colaborar positivamente com todos os colegas que foram eleitos para o Conselho Geral e, também, naturalmente, com aqueles que vão ser cooptados”. Lembra, no entanto, que “nem sequer sabemos se [a eleição do reitor] vai ser uma das funções do Conselho Geral”, apontando que ainda não se sabe o modelo de eleição que será adotado devido às alterações que estão a ser levadas a cabo no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que ficaram em suspenso com a dissolução da Assembleia da República. Questionado sobre os valores da abstenção, que este ano se situou nos 33,07% (uma ligeira melhoria face aos 33,77% de 2021), Luís Castro apontou que “gostaríamos de ter uma maior participação para termos maior representatividade de toda a Universidade”. Para o futuro, o docente do DMat diz-se comprometido com “os seis eixos fundamentais” apresentados pelo projeto ‘UA2030’, sublinhando “um cuidado enorme em aproximar o Conselho Geral de todos os membros da Universidade, sejam eles estudantes, técnicos, investigadores ou docentes”. Ana Raquel aponta também acreditar “que o bom senso vai imperar”. Relativamente à Lista ‘UA50’, Diogo Gomes foi um dos quatro elementos eleitos. À Ria, o docente no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática (DETI-UA) indica que vê a eleição dos quatro membros da sua lista “com bastante alegria”, destacando que “não havia expectativas” relativamente a resultados e, “portanto, foi tudo bom”. “Começamos com uma lista que não tinha candidato a reitor (…) e, como tal, não sabíamos como é que íamos ser recebidos: o facto de termos eleito quatro foi estupendo”, frisa o professor. Também Miriam Reis, docente na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN-UA) eleita pela Lista ‘UA50’, frisa a felicidade com o resultado obtido. “Acho que é um excelente resultado termos conseguido quatro membros eleitos”, aponta Miriam. “Todos sabemos que a outra lista estava bastante implementada, já com algumas pessoas que estão ligadas ao poder atual, portanto não tínhamos mesmo expectativas e ficámos muito contentes”, repara a docente. Para os membros da Lista ‘UA50’ o foco está agora na “próxima fase”: a cooptação dos membros externos para o Conselho Geral. A expectativa é a de que se encontre “bons representantes para termos uma Universidade mais forte”, repara Diogo Gomes. Apontam ainda como “grande objetivo” para o mandato “aumentar a transparência” no funcionamento do Conselho Geral, sublinhando vontade em “manter a postura que tivemos durante este tempo em que estivemos a ser apresentados, no debate e nas apresentações nas outras escolas, porque encaramos isto (…) como um trabalho que tem de ser partilhado e cocriado e principalmente as ideias têm de ser discutidas”, frisa Miriam. Quanto à eleição do reitor, os membros da Lista ‘UA50’ apontam que a decisão será tomada de forma imparcial. “Esperaremos por todos os candidatos, analisaremos de forma independente o candidato que já existe e outros que possam aparecer ou não, e nessa altura as coisas acontecerão normalmente”, garante Diogo Gomes. Miriam acrescenta ainda considerar “extremamente importante” o aumento do debate e da discussão em torno do Conselho Geral. “Acho que a Universidade tem de ser construída em conjunto e trazer também esta voz, de não dizer mal do que está sem apresentar ideias para melhorar”, aponta. É previsível que os conselheiros tomem posse nas próximas semanas. Tal como referido pelos membros eleitos, o próximo passo será a escolha das personalidades externas que serão cooptadas pelo Conselho Geral. Nesta votação, têm direito de voto os dez docentes e investigadores, os três estudantes e o trabalhador TAG (pessoal técnico, administrativo e de gestão). Até à eleição do próximo presidente do Conselho Geral, a convocatória para as reuniões e a condução dos trabalhos é da responsabilidade do decano (o professor mais antigo de entre os docentes eleitos), ou seja: Luís Castro, membro eleito pela Lista 'UA2030'. A Ria continuará a acompanhar os próximos desenvolvimentos.
Inês Carlos eleita para o Conselho Geral, numa eleição dos trabalhadores TAG com abstenção recorde
A candidatura 'Juntos Somos Mais UA', encabeçada por Inês Carlos, foi a única apresentada a sufrágio neste colégio eleitoral e obteve 272 votos. Foram ainda contabilizados 55 votos brancos e 10 nulos. Para além de Inês Carlos como candidata efetiva, a lista tinha ainda como suplentes Vítor Proença, técnico superior nos Serviços de Ação Social, e Cecília Reis, técnica superior na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA-UA). A mandatária da candidatura era Eva Andrade, gestora de ciência e tecnologia na UACOOPERA – Unidade Transversal para a Cooperação com a Sociedade. No manifesto divulgado durante a campanha, o movimento comprometeu-se com uma atuação centrada na valorização profissional, promoção da formação contínua, inclusão e bem-estar dos trabalhadores e no reforço do diálogo com os órgãos de governo da universidade. “Queremos ser uma ponte entre o pessoal TAG e os órgãos de governo da instituição, defendendo os nossos direitos e contribuindo para uma Universidade mais justa, transparente e colaborativa”, lia-se no documento enviado à comunidade académica. A eleição de Inês Carlos marca um novo ciclo de representação dos trabalhadores não docentes e não investigadores no órgão máximo da universidade, num contexto de elevada abstenção que volta a lançar o debate sobre o envolvimento desta comunidade nas decisões institucionais. Na eleição desta comunidade para o Conselho Geral, em 2017, a abstenção ficou pelos 19,33% e, na eleição de 2021, já tinha subido para 48,80%, apesar de, à data, muitos trabalhadores se encontrarem em regime de teletrabalho, em virtude da pandemia de covid-19. Nestas duas eleições, apresentaram-se a votos duas listas, factor que difere em relação a este ano, onde apenas uma lista foi a votos, o que pode ajudar a explicar a elevada taxa de abstenção registada (64,11%). Nota especial também para a subida do número de eleitores: 626 em 2017, 711 em 2021 e 939 nestas eleições. Em termos percentuais, é a comunidade da UA que teve o maior crescimento em número de eleitores em relação às últimas eleições para o Conselho Geral da UA (2021). O Conselho Geral da Universidade de Aveiro é responsável por eleger o reitor, aprovar os estatutos, os planos estratégicos, o orçamento e os relatórios de atividades, sendo composto por representantes de docentes e investigadores, estudantes, pessoal técnico (TAG) e por personalidades externas à academia. Inês Carlos quer aproximar os trabalhadores dos órgãos da Universidade e promete dinamizar a participação dos TAG no Conselho Geral da UA. Num ato eleitoral marcado por uma elevada abstenção, a nova conselheira garante que a sua missão será mostrar que o papel dos trabalhadores “não pode ser apenas simbólico”. “Temos mesmo que sair um bocadinho da nossa zona de conforto, para que o papel não seja considerado uma coisa simbólica”, afirmou. Apesar da ausência de concorrência - a lista 'Juntos Somos Mais UA' foi a única submetida -, Inês Carlos sublinha a importância do resultado: “Confesso que estava com receio das pessoas, exatamente por ser só uma lista, não quisessem votar. Mas não, foi até mais votos do que eu estava à espera.” Questionada sobre como pretende concretizar a valorização dos trabalhadores no Conselho Geral, a técnica superior do Departamento de Química é clara: “A valorização será sempre que possível, conseguirmos propor e articular também com sugestões dadas pelos colegas e propor ao Conselho Geral algumas situações em que possamos dar nota da nossa presença. Não temos pretensões de alterar nada, não é isso que se espera do nosso papel. O nosso papel é mesmo acreditar que nós também fazemos parte e temos voto na matéria.” Inês reconhece o afastamento de muitos colegas do processo institucional. “As pessoas estão desanimadas, sentem que o papel delas não vale a pena, que não vale a pena participar nas coisas", dando nota que "o desinteresse muitas vezes também vem da falta de vermos que o nosso papel está a ser tido em conta; as pessoas acabam por sentir que não fazem a diferença". Para contrariar essa perceção, a recém-eleita quer reforçar a comunicação com os colegas e dar visibilidade ao trabalho desenvolvido no Conselho Geral: “Vou procurar que se saiba o que é que exatamente estamos a fazer. (...) A minha intenção é que exista mesmo uma ponte entre o Conselho Geral e os restantes TAGs". Além disso, planeia estreitar relações com a Comissão de Trabalhadores e com a Associação de Funcionários da UA (AFUAv), dinamizando atividades e criando espaços de partilha. “Tencionamos ter algumas relações mais próximas com a Comissão de Trabalhadores, reunir com eles, e também com a Associação dos Trabalhadores, para dinamizar algumas atividades", afirma. *Notícia atualizada às 13:05 de 4 de junho de 2025 com as declarações da candidata eleita, Inês Carlos.
Universidade cria mala para cuidados extra-hospitalares
De acordo com nota de imprensa da UA, a denominada Domibag visa “melhorar a ergonomia, reduzir o risco de lesões musculoesqueléticas, organizar materiais de forma eficiente e prevenir infeções cruzadas”. “O design da mala facilita o transporte e o acesso rápido a materiais essenciais, diminuindo o esforço físico dos utilizadores, e as suas aplicações incluem visitas domiciliárias, intervenções de emergência e outros contextos adversos”, descreve a nota, acrescentando que o produto é fabricado em material leve, resistente e térmico, e apresenta-se como “fácil de desinfetar, garantindo a manutenção da assepsia”. A solução, já protegida por registo de marca e design a nível nacional, foi criada por docentes e alunos da Escola Superior de Saúde (ESSUA) e do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da UA e pensada para responder às necessidades de profissionais e cuidadores em ambientes não hospitalares.
Debates marcam reta final das eleições para os Núcleos da AAUAv
O processo eleitoral para os núcleos da AAUAv para o mandato de 2025/2026 está em marcha, com as eleições marcadas para esta quinta-feira, 5 de junho. Tal como noticiado pela Ria,a campanha eleitoral para a eleição dos Núcleos arrancou no passado dia 28 de maio e contou, entre outros momentos, com a realização de um debate nos núcleos com mais do que uma lista candidata: Núcleo Associativo de Estudantes da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (NAE-ESSUA) - lista U e X; Núcleo Associativo de Estudantes Do Instituto Superior de Contabilidade e Administração (NAE-ISCA)- lista H e V; Núcleo de Estudantes de Economia (NEEC)- lista A e C e Núcleo de Estudantes de Línguas e Relações Empresariais (NELRE) -lista I e J. A maioria dos debates decorreram na passada segunda-feira, 2 de junho, tendo terminado esta terça-feira com o debate do NAE-ISCA. No NAE-ESSUA, Hugo Matos e Matilde Fernandes são os candidatos, pela lista X e U, respetivamente, a coordenadores do Núcleo. A falta de representatividade dos cursos na composição do núcleo levou Hugo Matos, estudante do segundo ano da Licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia na UA, a apresentar uma lista considerada “de rutura”. À Ria, sublinhou como “muito importante” a existência de uma segunda lista para o núcleo, “por questões de democracia e para evitar a estagnação do núcleo”. A principal crítica da lista prende-se com a falta de representatividade dos estudantes na gestão do núcleo. “É inadmissível que 70% da lista [concorrente e atual coordenação] seja de fisioterapia”, aponta Hugo. Por sua vez, Matilde Fernandes, estudante do terceiro ano da Licenciatura em Fisioterapia na UA, assume que a atual coordenação está “consciente daquilo que correu mal” e aponta ter enfrentado “vários contratempos”. Sublinha, em resposta às críticas por parte da lista X, que se propõem a trabalhar “em prol dos estudantes do departamento inteiro e não em prol de um ou dois cursos”, defendendo que a experiência obtida é um ponto a favor da sua equipa e algo que prejudica a lista adversária. No NAE-ISCA, Soraia Silva e Simão Ramos são os candidatos a coordenadores, pelas listas V e H, respetivamente, nas eleições do próximo dia 5. Se por um lado é vontade dos dois grupos a reativação da competição do Inter-Iscas, a forma como o levar a cabo e a relação a manter com a AAUAv são assuntos onde há divergência. Soraia Silva, estudante do segundo ano da Licenciatura em Contabilidade na UA sublinhou que a sua lista assenta em “quatro pilares: tradição, transparência, união e principalmente a integridade”. Para a estudante, a reativação do Interiscas [um evento de carácter desportivo, pedagógico e cultural que junta numa só cidade atletas dos quatro ISCA's] é uma tarefa “muito difícil”, mas acredita estar preparada para a enfrentar. A divergência entre as listas é notada na relação a manter com a AAUAv. Soraia aponta que “a essência” do ISCA não é incompatível com os valores da AAUAv e que “ser ISCA não é denegreir os outros”. “Aquilo que nós queremos fazer, aquilo que nos distingue, é levar a tradição sempre com apoio da AAUAv (…) nós temos que ser ISCA juntos com a AAUAv”, repara Soraia. Simão Ramos, candidato da lista H, sublinha a intenção de manter uma relação com a AAUAv, mas deixa claro que “não vamos mudar as nossas tradições por causa do regulamento da AAUAv”. Os membros da lista reforçam que a continuidade da ligação com a estrutura liderada por Joana Regadas dependerá, acima de tudo, da vontade dos estudantes. “Em primeiro lugar, vamos atender às necessidades dos nossos estudantes e ouvir aquilo que eles querem. Não estamos a dizer que vamos cortar ligações, mas vamos seguir a sua vontade. Se os estudantes não quiserem participar em determinada atividade com a AAUAv, então essa será a nossa prioridade”, explicam. Quanto ao Interiscas, a lista que apresenta Simão Ramos como candidato a coordenador aponta que a solução deve passar por tornar a iniciativa mais acessível, reduzindo custos. A lista aponta ainda a cobrança de um valor simbólico para ajudar a financiar a atividade como uma possibilidade. No Núcleo de Economia a diferença de personalidades deu abertura para que surgissem duas listas. Ana Vale e Marta Sousa são as candidatas a coordenadoras, pela Lista C e A, nomeadamente. À Ria, Ana Vale, estudante do quarto ano da Licenciatura em Economia na UA aponta que “a diferença de pensamento” quanto a estratégias de se aproximar aos estudantes é a maior diferença entre as duas listas. A candidata a coordenadora pela lista C aponta que o seu slogan, “compromisso e confiança”, reflete a essência do projeto e refere a “experiencia prática naquilo que é o núcleo” como uma vantagem. Reconhece, no entanto, que a lista da oposição tem argumentos válidos: “pode ter havido um enviesamento de preocupação para um grupo de estudantes, mas nós estamos de olhos abertos e temos a humildade de perceber aquilo que podemos fazer melhor”, apontam. A candidata pela lista A identificou as mesmas diferenças entre as listas, considerando que “os últimos anos têm sido muito repetitivos” e que poderiam “fazer melhor”. Marta sublinha ser parte integrante da atual equipa do NEEC e aponta “a união” do grupo e a criação de relação entre os estudantes como os principais pontos a melhorar para o futuro. “Acreditamos que podemos fazer com que as pessoas que não fazem parte da praxe se sintam bem-vindas no curso também”, aponta Marta. No Núcleo de Línguas e Relações Empresariais, Diana Peralta e João Lobo são os candidatos, pela lista I e J, respetivamente, a coordenadores. Ambos pertencem ao atual núcleo e sublinham a existência de duas listas como algo saudável. Diana aponta que a sua lista “tem um programa muito bem pensado”, algo que considera ser o principal ponto de diferença do seu adversário. “A diferença está mesmo na seriedade das medidas que propomos”, aponta a estudante. “A nossa lista é I de integração e destaca-se muito por essa componente: queremos ter uma melhor integração dos estudantes do primeiro ano e também do pessoal do mestrado”, frisa Diana Peralta. A lista J nasce da vontade de João Lobo de “criar uma lista com muito mais sentido para o próximo ano”. O candidato aponta que o principal objetivo é “ser uma lista mais próxima dos estudantes” e sublinha “ter pessoas com muita experiência” como um fator distintivo. “[A lista] tem bastante gente nova, mas são pessoas que estão habituadas a trabalhar”, assegura João Lobo. Recorde-se que a eleição dos Núcleos da AAUAv realiza-se esta quinta-feira, dia 5 de junho. As urnas abrem pelas 9h30 e encerram pelas 17h00, com exceção das mesas das Escolas e da ESSUA que encerram às 21h00 e às 20h00, respetivamente. A contagem dos votos será realizada na Casa do Estudante.
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Feira abre ensino secundário na EB 23 de Paços de Brandão e lança obras de 8,5 ME
Segundo essa autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, a mudança já foi confirmada pelo Ministério da Educação e o novo ciclo de escolaridade ficará disponível logo em setembro, no arranque do ano letivo 2025/2026. O referido estabelecimento do Agrupamento de Escolas de Paços de Brandão passará assim a contar com duas turmas do 10.º ano, uma para o Curso de Ciências e Tecnologias, e outra para o de Línguas e Humanidades, o que abrirá “novas oportunidades para os jovens do território”. A perspetiva é de Amadeu Albergaria, presidente da Câmara Municipal da Feira, que afirma que a medida do Ministério da Educação vem dar resposta à crescente procura por ensino secundário nesse concelho de 213,4 quilómetros quadrados e cerca de 137.000 habitantes, e reflete “um reforço estratégico” da rede de ensino pública. “A abertura do Ensino Secundário em Paços de Brandão é uma conquista há muito desejada pela comunidade e uma das prioridades que identifiquei quando assumi a presidência da Câmara”, declara o autarca social-democrata. “Em 15 meses, fizemos o caminho certo, com trabalho, persistência e um diálogo direto e exigente com o Governo”, acrescenta, defendendo que o alargamento “reforça a coesão do território, valoriza a escola pública” e dá aos jovens do concelho “a oportunidade de permanecerem e crescerem na sua comunidade”. Quanto às obras de adaptação anunciadas para os anos seguintes, visam “uma requalificação profunda da escola”, o que implicará modernizar os espaços do recinto, renovar o seu pavilhão gimnodesportivo e construir de raiz um novo edifício. No ano letivo 2025/2026, enquanto o estabelecimento só ministrar o 10.º grau de escolaridade, Câmara propõe-se avançar com o projeto de arquitetura e com o concurso público para adjudicação da empreitada. Em 2027, quando a escola já acolher turmas de 10.º e 11.º anos, deverão então iniciar-se os trabalhos concretos no terreno, com as aulas a decorrerem em paralelo à intervenção. Dos 8,5 milhões de euros que a autarquia contagastar na empreitada que se prevê de12 meses, “cerca de seis milhões serão financiados por fundos comunitários e 2,5 milhões pelo próprio orçamento municipal”.
UA2030 destaca pluralismo na vitória; UA50 sublinha surpresa positiva e apela à transparência
Luís Castro, docente no Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro (DMat-UA), foi um dos seis membros eleitos pela Lista ‘UA2030’ para o Conselho Geral da UA. Em declarações à Ria, sublinha que a UA “deve estar contente, porque a democracia funcionou e, portanto, temos uma universidade plural”. A Lista ‘UA2030’ venceu em todas as circunscrições, tendo sido a mais votada, com 438 votos obtidos, num total de 751 votantes nestas eleições. O docente realça estar “contente” pelo facto da lista que integra ter vencido todas as circunscrições. As eleições para o Conselho Geral foram disputadas, no que diz respeito aos docentes e investigadores, por duas listas. O recém-eleito conselheiro admite, no entanto, que “teria muito gosto que houvesse mais que duas listas” por considerar a discussão de ideias como algo “bom”. “Iremos trabalhar com todos para termos, efetivamente, uma universidade melhor”, assegura. Também Ana Raquel Simões, docente doDepartamento de Educação e Psicologia (DEP), eleita pela mesma lista, partilha da visão. “O resultado da eleição também demonstra que vivemos numa academia que é democrática e acreditamos (…) que iremos trabalhar em conjunto por uma por uma universidade melhor”, enaltece. Relativamente à eleição do reitor, Luís Castro sublinha que há “a expectativa de colaborar positivamente com todos os colegas que foram eleitos para o Conselho Geral e, também, naturalmente, com aqueles que vão ser cooptados”. Lembra, no entanto, que “nem sequer sabemos se [a eleição do reitor] vai ser uma das funções do Conselho Geral”, apontando que ainda não se sabe o modelo de eleição que será adotado devido às alterações que estão a ser levadas a cabo no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), que ficaram em suspenso com a dissolução da Assembleia da República. Questionado sobre os valores da abstenção, que este ano se situou nos 33,07% (uma ligeira melhoria face aos 33,77% de 2021), Luís Castro apontou que “gostaríamos de ter uma maior participação para termos maior representatividade de toda a Universidade”. Para o futuro, o docente do DMat diz-se comprometido com “os seis eixos fundamentais” apresentados pelo projeto ‘UA2030’, sublinhando “um cuidado enorme em aproximar o Conselho Geral de todos os membros da Universidade, sejam eles estudantes, técnicos, investigadores ou docentes”. Ana Raquel aponta também acreditar “que o bom senso vai imperar”. Relativamente à Lista ‘UA50’, Diogo Gomes foi um dos quatro elementos eleitos. À Ria, o docente no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática (DETI-UA) indica que vê a eleição dos quatro membros da sua lista “com bastante alegria”, destacando que “não havia expectativas” relativamente a resultados e, “portanto, foi tudo bom”. “Começamos com uma lista que não tinha candidato a reitor (…) e, como tal, não sabíamos como é que íamos ser recebidos: o facto de termos eleito quatro foi estupendo”, frisa o professor. Também Miriam Reis, docente na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN-UA) eleita pela Lista ‘UA50’, frisa a felicidade com o resultado obtido. “Acho que é um excelente resultado termos conseguido quatro membros eleitos”, aponta Miriam. “Todos sabemos que a outra lista estava bastante implementada, já com algumas pessoas que estão ligadas ao poder atual, portanto não tínhamos mesmo expectativas e ficámos muito contentes”, repara a docente. Para os membros da Lista ‘UA50’ o foco está agora na “próxima fase”: a cooptação dos membros externos para o Conselho Geral. A expectativa é a de que se encontre “bons representantes para termos uma Universidade mais forte”, repara Diogo Gomes. Apontam ainda como “grande objetivo” para o mandato “aumentar a transparência” no funcionamento do Conselho Geral, sublinhando vontade em “manter a postura que tivemos durante este tempo em que estivemos a ser apresentados, no debate e nas apresentações nas outras escolas, porque encaramos isto (…) como um trabalho que tem de ser partilhado e cocriado e principalmente as ideias têm de ser discutidas”, frisa Miriam. Quanto à eleição do reitor, os membros da Lista ‘UA50’ apontam que a decisão será tomada de forma imparcial. “Esperaremos por todos os candidatos, analisaremos de forma independente o candidato que já existe e outros que possam aparecer ou não, e nessa altura as coisas acontecerão normalmente”, garante Diogo Gomes. Miriam acrescenta ainda considerar “extremamente importante” o aumento do debate e da discussão em torno do Conselho Geral. “Acho que a Universidade tem de ser construída em conjunto e trazer também esta voz, de não dizer mal do que está sem apresentar ideias para melhorar”, aponta. É previsível que os conselheiros tomem posse nas próximas semanas. Tal como referido pelos membros eleitos, o próximo passo será a escolha das personalidades externas que serão cooptadas pelo Conselho Geral. Nesta votação, têm direito de voto os dez docentes e investigadores, os três estudantes e o trabalhador TAG (pessoal técnico, administrativo e de gestão). Até à eleição do próximo presidente do Conselho Geral, a convocatória para as reuniões e a condução dos trabalhos é da responsabilidade do decano (o professor mais antigo de entre os docentes eleitos), ou seja: Luís Castro, membro eleito pela Lista 'UA2030'. A Ria continuará a acompanhar os próximos desenvolvimentos.
Detido alegado cabecilha de grupo que atacou uma caixa ATM em Aveiro em 2023
Em comunicado, a PJ esclareceu que desencadeou uma operação policial nas zonas de Aveiro e Águeda visando o cumprimento de dois mandados de busca domiciliária e a consequente detenção de um homem de 41 anos. Segundo a Judiciária, o detido é suspeito dos crimes de falsificação de documentos e furto qualificado com recurso a explosão, cujo alvo foi uma caixa ATM instalada num posto de abastecimento de combustíveis em Quintãs – Aveiro, em 04 de agosto de 2023. “Trata-se de um cidadão que as autoridades acreditam ser o cabecilha do plano criminoso, ativista do grupo de extrema-direita 1143, e que tem antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime”, refere a mesma nota. A PJ adianta que esta operação ocorreu no âmbito de uma investigação complexa, que se prolonga há vários meses tendo resultado já, anteriormente, na detenção de outro suspeito, e na identificação e constituição de um terceiro elemento, que atualmente se encontra a cumprir pena de prisão no Estabelecimento Prisional da Covilhã. O inquérito é titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Aveiro.
Cerca de 120 expositores e 31 espetáculos na Expobairrada de Oliveira do Bairro
De acordo com a autarquia, o certame contará com cerca de 120 expositores, com destaque para as áreas da indústria, agricultura e comércio, para além da gastronomia e dos vinhos e espumantes. A Expobairrada irá decorrer entre 02 e 06 de julho, no Espaço Inovação, localizado na zona industrial de Vila Verde, “dando a conhecer o que de melhor se faz no coração da Bairrada, a nível industrial, comercial e agrícola”. Ao longo de cinco dias passarão por três palcos cerca de três dezenas de espetáculos, onde se destacam Carolina Deslandes e Nuno Ribeiro (02 de julho), Van Zee e DJ Sara Santini (03 de julho), Matias Damásio e Smells Like 90’s (04 de julho), Richie Campbell e DJ Kiss Kiss Bang Bang (05 de julho) e Paulo de Carvalho com a União Filamónica do Troviscal (6 de julho). No certame marcarão presença 15 restaurantes, para degustação das melhores iguarias da região, estando ainda prevista uma zona de vinhos e espumantes e outra destinada a bares. A área expositiva de âmbito empresarial ficará situada dentro do pavilhão, numa área coberta com 5 mil metros quadrados (m2), havendo ainda um espaço exterior para o setor agrícola. Segundo a Câmara de Oliveira do Bairro, promotora do evento, a Expobairrada vai manter a aposta na vertente ambiental, assumindo-se com um "EcoEvento", por via da parceria estabelecida entre o Município e a empresa Ersuc - Resíduos Sólidos do Centro. “A responsabilidade social marcará também nesta edição, com a presença do “Banco Solidário – Vamos fazer uma criança sorrir”, onde os visitantes poderão entregar roupa, livros e brinquedos, que serão depois entregues a lojas sociais”, referiu. Os ingressos terão um custo de 2,5 euros para o bilhete diário e 7,5 euros para o passe geral. O último dia é de entrada gratuita.