RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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UA e INESC-MN desenvolvem método “inovador” para deteção de biomarcador para cancro da mama

Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA), em colaboração com o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores - Microsistemas e Nanotecnologias (INESC-MN), desenvolveu um processo inovador para deteção de biomarcador para cancro de mama.

UA e INESC-MN desenvolvem método “inovador” para deteção de biomarcador para cancro da mama
Redação

Redação

14 out 2025, 09:59

Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, a equipa de investigação do Instituto de Materiais de Aveiro e do Departamento de Química (CICECO) criou “um processo inovador para o pré-tratamento do soro humano, que leva a melhorias na deteção do biomarcador recetor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2)”. A equipa de investigação é composta por: Mara Guadalupe Freire Martins, Maria Silvina Marques Mendes e Ana Francisca Silva, da UA, em colaboração com João Pedro Conde, Inês Agostinho e Virginia Chu, do INESC-MN.

A abordagem é “crucial” para a monitorização do cancro da mama, “uma vez que a análise do HER2 no soro humano é de extrema importância na gestão da doença”. Os dispositivos empregues potenciam um “diagnóstico mais ágil e um acompanhamento mais eficaz da doença”. De acordo com as investigadoras, a invenção aborda “vários desafios críticos na deteção e monitorização do cancro da mama”. “Em primeiro lugar, procura superar as limitações dos métodos convencionais de análise, que são frequentemente afetados pela presença de proteínas abundantes no soro humano. Estas proteínas interferem significativamente na deteção precisa e exata de biomarcadores em baixas concentrações, como o HER2”, explicam.

O desenvolvimento desta inovação surgiu no âmbito do projeto PTDC/EMD TLM/3253/2020: “Integração do pré-tratamento de fluidos humanos e deteção de biomarcadores tumorais utilizando sistemas aquosos bifásicos formados por líquidos iónicos em dispositivos microfluídicos”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O projeto começou em 1 de março de 2021 e terminou em 28 de fevereiro de 2025.

Dado o potencial inovador da tecnologia, a UA, através da sua unidade de transferência de tecnologia, UACOOPERA, submeteu “um pedido provisório de patente, seguido de um pedido europeu”. “Atualmente, decorrem os primeiros 12 meses sobre o depósito, pelo que ainda se pode avançar com a proteção noutros territórios em que haja interesse”, avança ainda a nota.

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Cerimónia de Abertura do Ano Letivo da UA recebe ministro Fernando Alexandre na próxima quarta-feira
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Cerimónia de Abertura do Ano Letivo da UA recebe ministro Fernando Alexandre na próxima quarta-feira

Para além de assinalar o arranque do novo ano letivo, a cerimónia também serve para distinguir os melhores estudantes que ingressaram nos cursos do primeiro ciclo de estudos da Universidade de Aveiro, bem como daqueles que, já frequentando a UA, “mantêm um excelente desempenho académico”. No total, vão ser entregues 114 bolsas a novos estudantes e 52 bolsas de manutenção. Para além destas bolsas, somam-se ainda aquelas que são entregues por empresas e entidades parceiras da instituição: no âmbito o Prémio de Mérito da Licenciatura em Engenharia Física, vão ser entregues quatro bolsas patrocinadas pelas empresas Aspöck Portugal, Porcelanas da Costa Verde, S.A., Prirev, e MTBrandão; no âmbito o Prémio de Mérito da Licenciatura em Engenharia de Materiais, serão atribuídas nove bolsas patrocinadas pelas empresas Saint-Gobain Portugal, SA, Durit-Metalurgia Portuguesa do Tungsténio, Lda, Polivouga - Indústria de Plásticos, SA, J. Prior, Fábrica de Plásticos, Lda, Grestel - Produtos Cerâmicos, SA, Palbit, SA, Isolago Europe Lda; Componit e Prifer e Technical Molds S.A. Durante a cerimónia vai ser ainda atribuído o Prémio Ambiente & Desenvolvimento, patrocinado pela Fundação Eng. António Pascoal e pelo Instituto do Ambiente e Desenvolvimento. Da mesma forma, ainda vai ser entregue o Prémio Literário Aldónio Gomes a Renata Flaiban Zanete, que venceu o XIV Prémio Literário Aldónio Gomes de 2025 na categoria de narrativa juvenil com o texto "Férias de verão e águas de bacalhau".

MP acusa professor da Universidade de Aveiro por comentários homofóbicos
Universidade

MP acusa professor da Universidade de Aveiro por comentários homofóbicos

O professor universitário de 63 anos, residente no Porto, está acusado de um crime de discriminação e de incitamento ao ódio e violência, segundo o despacho de acusação datado de 23 de setembro, a que a Lusa teve hoje acesso. O caso resultou de uma queixa apresentada junto do Departamento de Investigação e Ação Penal de Aveiro pela Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), que se constituiu como assistente no processo. O MP refere que o docente publicou na sua página, na rede social Facebook, diversos comentários cujos conteúdos "revestem uma conotação de teor depreciativo e discriminatório relativamente a pessoas pertencentes à comunidade LGBT, por causa do seu sexo ou orientação sexual, identidade e expressão de género". Em causa está uma publicação que o professor fez em junho de 2022 a criticar a comunidade LGBTQ+, a propósito de uma campanha publicitária que dava a conhecer vários termos relacionados com esta comunidade, como “gay”, “lésbica”, “queer” ou “não-binária”. “Acho que estamos a precisar urgentemente duma ‘inquisição’ que limpe este lixo humano (?) todo!”, escreveu na altura o docente, adiantando que o ato publicitário era uma agressão e que “merecia umas valentes pedradas nas vitrinas”. Os investigadores referem ainda que o arguido proferiu diversos comentários discriminatórios no telejornal de um canal de televisão, em que admitiu ser homofóbico, fazendo a apologia à violência. O MP diz que o arguido sabia que as expressões usadas eram de caráter injurioso, discriminatório e incentivavam ao ódio e violência contra pessoas ou grupo de pessoas por causa do seu sexo ou orientação sexual, identidade e expressão de género. A acusação realça ainda a elevada gravidade da conduta do arguido, afirmando que esta era suscetível de se projetar e se revelar, de forma negativa, não só na sua idoneidade cívica, mas também enquanto docente no Departamento de Física da UA. O advogado Pedro Teixeira, que representa a AAUAv no processo, refere que a conduta do arguido é especialmente censurável não apenas pela sua função social, atendendo à sua profissão, como pelo meio usado de especial propagação e divulgação. “Lamento também que não veja nos presentes autos um qualquer sinal de arrependimento, ou seja, o desvalor é total”, disse à Lusa o causídico, defendendo que estas atitudes e comportamentos “têm de ser exemplarmente punidos”, para que não se tornem uma prática recorrente na sociedade. Entre as testemunhas arroladas pelo MP está o então presidente da AAUAv Wilson Carmo e antigos alunos do docente. Fonte da UA disse à Lusa que o docente foi suspenso temporariamente, enquanto decorreu o processo disciplinar instaurado pela instituição, mas já recomeçou a dar aulas. “Em resultado da instauração do processo disciplinar em apreço, foi proferida decisão condenatória, cuja bondade e acerto se encontra presentemente a ser discutida em sede judicial, por via de ação própria instaurada pelo Sr. Professor”, referiu a UA. O arguido tem agora um prazo de 20 dias, contados a partir da notificação da acusação, para requerer a abertura de instrução e evitar que o processo chegue a julgamento.

Docente da UA João Paulo Davim é 1º de Portugal no ranking “Stanford World's Top 2% Scientists”
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Docente da UA João Paulo Davim é 1º de Portugal no ranking “Stanford World's Top 2% Scientists”

De entre os 710 cientistas a trabalhar em todas as áreas científicas em Portugal que aparecem no ranking, João Paulo Davim foi o que ficou mais bem classificado. O documento, que avalia a prestação de mais de 230 mil profissionais, foi divulgado no passado dia 19 de setembro e apresenta os 2% de cientistas mais citados em todo o mundo ao longo da carreira. Em relação à lista do ano passado, o docente subiu cerca de 500 posições. O professor da Universidade de Aveiro conta já com uma carreira de mais de 35 anos e conta com vários prémios nacionais e internacionais no currículo.

GrETUA promove aula de apresentação gratuita esta quarta-feira do Curso de Formação Teatral
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GrETUA promove aula de apresentação gratuita esta quarta-feira do Curso de Formação Teatral

Como tem vindo a ser habitual, o curso, “que tem ao longo de vários anos formado centenas de novos intérpretes”, está divido em diferentes módulos: “práticos, teóricos e técnicos” e conta com diferentes formadores. Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, João Garcia Neto, diretor artístico do GrETUA, será o responsável pelo “Laboratório de Criação”, que se realizará em contexto de residência, durante um fim-de-semana, no AGITLab, em Águeda. Beatriz Maia, atriz, ficará com o módulo “Improvisação - Espaço Aberto”, que incidirá sobre técnicas de improvisação. Rui Paixão, referência nacional nas artes do espectáculo e em particular no circo contemporâneo, estará encarregue do módulo de “Clown” e Mariana Camacho do módulo de “Voz”. Por fim, João Tarrafa, ator e encenador, lecionará o módulo “Interpretação - Introdução ao naturalismo” e Janaina Leite, criadora brasileira, o módulo “O Documento na Cena Contemporânea”. “O curso é aberto a todos e não presume qualquer experiência teatral prévia. Todas as dúvidas poderão ser esclarecidas no dia 8 de outubro, nesta aula aberta, sem qualquer custo”, esclarece o GrETUA na nota. A inscrição para a aula, que não está vinculada à inscrição no curso, pode ser feita aqui.

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Autárquicas: “Este resultado é, sem dúvida, uma derrota para o Bloco de Esquerda”, diz João Moniz
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Autárquicas: “Este resultado é, sem dúvida, uma derrota para o Bloco de Esquerda”, diz João Moniz

Em 2021, o Bloco de Esquerda em Aveiro tinha conquistado, nos três órgãos- Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia - um total de 7.565 votos. Este ano, o partido viu esse número cair para 2.752 votos, o que representa menos 4.813 do que há quatro anos. Especificando cada órgão: na Câmara Municipal, onde em 2021 o BE era a terceira força política, com 2.191 votos (6,40%), o partido caiu agora para a sexta posição com 780 votos (2,01%). Na Assembleia Municipal- onde há quatro anos tinha elegido dois deputados- o BE perde representação, alcançando apenas 1.001 votos (2,58%). Já nas Assembleias de Freguesia, às quais o partido concorreu, em 2025, a todas as freguesias exceto São Jacinto, o BE perdeu os quatro mandatos que havia conquistado em 2021. “É uma perda muito grande de votos e de mandatos”, reconheceu João Moniz à Ria. “Nós temos de olhar para a realidade como ela é e o que ela nos diz é que o Bloco de Esquerda foi derrotado nestas eleições. Não há outra forma de dizer isto sem ser esta e qualquer outra forma que tente amenizar o que aconteceu é contraproducente”, continuou. Questionado pela Ria sobre as razões desta queda, o candidato não se “ilibou pessoalmente”, nem à estrutura do partido, mas reconheceu que não é possível “dissociar os resultados autárquicos do Bloco Esquerda daquilo que tem sido a desfiguração do Bloco [a nível nacional]”. “Quem me segue nas redes sociais sabe que eu tenho uma opinião crítica em relação à linha do partido, eu já o disse em entrevistas, em publicações nas redes sociais, mas não queria focar a conversa nisso porque acho que não é tempo para isso. Nós vamos fazer a reflexão interna e aí vamos fazer esse diálogo interno sobre o que é que está em causa e porquê”, afirmou, avançando que o partido tem já assembleia marcada para o “próximo sábado”. “Obviamente nós fizemos alguma coisa de errado e vamos ter uma reflexão interna sobre o que produziu este resultado.Este resultado é, sem dúvida, uma derrota para o Bloco de Esquerda”, completou. Note-se que esta segunda-feira, um dia após as eleições, João Moniz fez uma publicação nas suas redes sociais onde aproveitou para saudar Luís Souto de Miranda pela vitória. Aproveitou também para agradecer a “todos” pelo envolvimento na campanha do BE em Aveiro e reconheceu que apesar “da qualidade da campanha, da prestação nos debates e entrevistas, e da centralidade que muitas das ideias que lançámos adquiriram na campanha, esta foi uma grande e pesada derrota do Bloco de Esquerda em Aveiro”. Questionado ainda sobre se a possível coligação à esquerda, que o BE tentou promover com o Livre, o PAN e a CDU, poderia ter evitado este desfecho, João Moniz admitiu não saber e citou o exemplo do que aconteceu em Lisboa. “A coligação liderada pelo Partido Socialista (PS) foi menos do que a soma dos partidos, pelo menos contabilizando o resultado de 2021. Portanto, as coisas às vezes não são assim tão lineares”, recordou. Recorde-se que também esta terça-feira, 14 de outubro, o BE Aveiro fez uma publicação, através das suas redes sociais, onde reconhece que os “resultados eleitorais ficaram muito aquém das nossas expectativas e representam uma derrota para o Bloco, tanto em Aveiro como no país”. “Apesar do reconhecimento geral na qualidade da campanha que construímos e do programa que apresentámos, o Bloco de Esquerda perdeu toda a sua representação institucional nos órgãos do poder local em Aveiro.É uma derrota que encaramos com humildade e sentido de responsabilidade. Mas é também um momento de balanço e de renovação da nossa determinação”, lê-se. Apesar do resultado, o partido garante que continuará a estar presente em Aveiro “a lutar por um concelho mais justo, solidário e livre”. “Continuaremos a denunciar as desigualdades, a combater a especulação imobiliária, a defender o direito à habitação e a exigir transportes públicos de qualidade. A todas e todos os que acreditam que é possível mudar Aveiro, deixamos uma promessa: continuaremos a trabalhar, com empenho e com esperança”, afirma. Relembre-se que as eleições autárquicas decorreram no passado domingo, 12 de outubro, e que Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM)venceu a Câmara Municipal sem maioriae elegeu quatro elementos face a outros quatro do PS e um do Chega.

Autárquicas: Bruno Fonseca garante que o Livre será “a voz dos aveirenses” na Assembleia Municipal
Cidade

Autárquicas: Bruno Fonseca garante que o Livre será “a voz dos aveirenses” na Assembleia Municipal

Entre os três órgãos a que concorreu - Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia- o Livre Aveiro obteve um total de “2803 votos”. Na Câmara Municipal, o partido alcançou a quinta posição entre as nove forças políticas em disputa, com 849 votos (2,19%). Na Assembleia Municipal manteve a mesma classificação, conseguindo 1.305 votos (3,37%) e elegendo, assim, um deputado municipal, a sua primeira representação no concelho. Já nas Assembleias de Freguesia de Glória e Vera Cruz e de Esgueira, o Livre obteve 649 votos (1,68%), não tendo conseguido eleger qualquer mandato. Face a este desfecho, Bruno Fonseca, que também foi o candidato à Câmara Municipal nestas eleições autárquicas, mostrou-se “feliz” com o resultado alcançado vincando à Ria que o mesmo “ainda torna a responsabilidade maior o que nós queremos fazer pela cidade”. “Isto já é um trabalho que vem detrás mesmo antes de apresentarmos esta candidatura ao Município de Aveiro”, recordou. “Com esta candidatura e com os dados que já temos dá-nos mais alento para continuar a trabalhar e a enraizar o projeto do Livre na cidade”, acrescentou ainda o candidato. Sobre o lugar que agora ocupará na Assembleia Municipal, Bruno Fonseca garantiu: “a voz dos aveirenses vai ser ouvida e colocada na Assembleia Municipal”. “Esse foi o nosso objetivo principal quando apresentamos a candidatura e vamos fazer esse trabalho conjunto com os aveirenses de levantar os problemas e levar as soluções para cima da mesa”, sublinhou. “O Livre será essa voz”, insistiu. Recorde-se que as eleições autárquicas decorreram no passado domingo, 12 de outubro, e que Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM) venceu a Câmara Municipal sem maioria e elegeu quatro elementos face a outros quatro do PS e um do Chega.

Autárquicas: Rui Dias (PSD/CDS) espera ter condições para governar Câmara de Ílhavo
Região

Autárquicas: Rui Dias (PSD/CDS) espera ter condições para governar Câmara de Ílhavo

Rui Dias dá como referência os quatro anos em que o movimento Unir para Fazer dirigiu a autarquia sem maioria absoluta, em que “teve condições semelhantes para governar”. “Não tem que haver necessariamente mais vereadores, porque basta-nos fazer um entendimento com quem tem menos vereadores para construirmos uma maioria absoluta”, disse. O novo presidente da Câmara referia-se às condições de governabilidade de que o seu antecessor, João Campolargo, do movimento de cidadãos Unir para Fazer, que perdeu as eleições para a Câmara, beneficiou, reclamando agora reciprocidade. A coligação PSD/CDS ganhou as eleições no município de Ílhavo, mas sem maioria absoluta, obtendo para a Câmara 6.580 votos (35,74%), encanto o movimento Unir para Fazer foi o segundo mais votado, obtendo 6.405 votos (34,79%) e o PS foi a terceira força mais votada, com 2.458 votos (13,35%). No executivo municipal, a coligação PSD/CDS liderada por Rui Dias elegeu três mandatos, os mesmos do Unir para Fazer, enquanto o PS mantém um eleito. “O processo está no início, sendo fundamental identificar pontos de convergência entre os projetos políticos envolvidos”, comentou Rui Dias, considerando que “há que perceber os possíveis alinhamentos”. O novo presidente da Câmara de Ílhavo, que recuperou a autarquia que foi PSD até 2021, mencionou a experiência anterior de quatro anos na Câmara, liderada por João Campolargo do movimento Unir para Fazer, agora na oposição. “Nós estamos a começar, estamos a arrancar, temos que perceber que pontos de convergência existem entre os nossos projetos e os outros e perceber o alinhamento possível”, concluiu.

Autárquicas: Núcleo duro da direção do PSD reúne-se hoje dois dias depois de vitória eleitoral
País

Autárquicas: Núcleo duro da direção do PSD reúne-se hoje dois dias depois de vitória eleitoral

De acordo com uma nota à imprensa, a Comissão Permanente Nacional reúne-se a partir das 10:30 num hotel em Lisboa, prevendo-se que Leonor Beleza, primeira vice-presidente do partido, faça uma declaração à imprensa no final. Este órgão integra o presidente do PSD e também primeiro-ministro, Luís Montenegro, os seis ‘vices’ do partido, o secretário-geral e líder parlamentar Hugo Soares e, como convidado, o coordenador nacional autárquico Pedro Alves. Apesar de não ter sido indicado qualquer tema para a convocatória à imprensa, a reunião acontece dois dias depois das autárquicas de domingo que o PSD venceu. Sozinho e em coligações, os sociais-democratas conseguiram eleger o maior número presidentes de câmara, 136, de acordo com os resultados provisórios do Ministério da Administração Interna, sendo que em 109 concelhos governarão com maioria absoluta. Destes, 78 foram eleitos em listas apenas do PSD e 58 em coligações. No total, o PSD conseguiu perto de 1,9 milhões de votos e 34,31% do total. Em relação às anteriores autárquicas, em 2021, o partido conquistou mais 22 câmaras (tinha 114) e inverteu a liderança do poder local, com mais câmaras e freguesias do que o PS, o que lhe permitirá liderar a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), o objetivo traçado por Luís Montenegro. O PSD, sozinho ou em coligações, ganhou os cinco municípios com mais população no país – mantém Lisboa e Cascais, recuperando Porto, Vila Nova de Gaia e Sintra -, vencendo também no bastião socialista Guimarães. No entanto, os sociais-democratas perderam capitais de distrito em relação há quatro anos (lideram agora sete, contra nove em 2021): o PSD ficou sem os bastiões de Bragança e Viseu e câmaras que detinha como Coimbra e Faro; em contrapartida, ganhou Beja pela primeira vez e recuperou o Porto, mantendo Aveiro, Braga, Lisboa, Portalegre e Santarém. Nas autárquicas de 10 de outubro, o PS foi o segundo partido e conquistou, sozinho, 126 câmaras, e mais duas em coligação com o Livre e PAN.