UA: Joana Regadas anuncia candidatura à presidência da AAUAv
Joana Regadas, atual vice-presidente adjunta da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) é a primeira a avançar com uma candidatura à presidência da AAUAv para o mandato de 2025.
Isabel Cunha Marques
JornalistaEm entrevista à Ria, a atual estudante no Mestrado em Engenharia Biomédica na Universidade de Aveiro (UA) revelou que “não foi uma decisão fácil” e que quer retribuir aos estudantes o que a AAUAv lhe deu, ao longo destes dois anos, com esta candidatura. “A Associação Académica deu-me muito. Deu-me voz. A minha personalidade não era assim. Sempre tive opiniões, mas sentia que não tinha espaço para as divulgar nem à vontade para as discutir (…) Isso foi das coisas que mais me motivou a aceitar o desafio no meu primeiro ano e de me estar agora a colocar nesta posição”, expressou. “Sei que não é uma posição fácil e que requer muito empenho e muita responsabilidade, mas sei que acima de tudo me permite não só usar a minha voz, mas dar voz aos estudantes. É um privilégio da minha parte ter a oportunidade de fazer isso”, frisou Joana.
Apesar de não querer revelar já os objetivos da sua candidatura destacou que “um dos grandes pilares” passará pela saúde mental. “Apesar de ser um assunto que é constantemente falado ainda não são vistos os resultados. Nós queremos sentar-nos à mesa e apresentar qual é a realidade… E temos de ser francos... Não é muito boa, atualmente”, frisou. Para Joana Regadas é necessário trabalhar esta temática com os núcleos dos diferentes cursos, nomeadamente, com formações. “Muitos destes núcleos acabam por ser o primeiro contacto com estes estudantes”, considerou.
Sobre a sua equipa [constituída por 39 estudantes] destacou que há “renovação de rostos” e que a mesma é composta também por estudantes que já tinham, anteriormente, integrado a AAUAv. Neste segundo caso, a estrutura “não se cinge à direção, mas a toda a estrutura de núcleos e órgãos sociais. Há caras conhecidas mesmo que não fizessem parte da direção”, adiantou. Para a atual vice-presidente adjunta da AAUAv é “importante haver uma pluralidade daquilo que são as pessoas que fazem parte do projeto para que a voz seja mais abrangente e seja mesmo um projeto que represente toda a comunidade e as diferentes realidades”.
Questionada ainda pela Ria se está confiante, relativamente, à sua lista, Joana Regadas assegurou que tem um “projeto seguro e muito robusto”. “Estamos a construir algo que vá ao encontro daquilo que as pessoas que estão envolvidas no projeto acreditam ser o futuro e o passo a seguir para a direção e como a estrutura como um todo”, afirmou. “Nós não fazemos um projeto a pensar só na direção, mas a pensar na estrutura da direção académica que envolve imensos dirigentes”, continuou.
Numa nota final, a atual vice-presidente adjunta da AAUAv destacou que “quer chegar aos estudantes e acima de tudo que os estudantes sintam que podem chegar até nós”.
Recomendações
Colaboração entre UA e PHBP tenta desenvolver armários outdoor mais eficientes e sustentáveis
O objetivo principal, escrevem os responsáveis, é “desenvolver armários outdoor com capacidade superior de dissipar calor, reduzir ganhos térmicos e diminuir o nível de ruído, superando as limitações dos sistemas tradicionais”. Para que seja possível “otimizar o desempenho térmico e acústico dos armários outdoor”, o projeto deve recorrer a soluções “inovadoras”, como materiais de mudança de fase (PCM), fluídos térmicos e otimização do sistema de free cooling. A colaboração entre a UA e a PHBP junta, de acordo com a nota de imprensa, a experiência industrial com o conhecimento académico, potenciando o desenvolvimento de soluções tecnológicas de ponta. A equipa de investigadores na UA tem Artur Ferreira, professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA), como líder e é coorientada por Augusto Lopes, professor do Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica. Vão estar ainda envolvidos investigadores do CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro e do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação (TEMA). Do lado da PHBP, vai estar envolvida uma equipa multidisciplinar com formação avançada em engenharia mecânica, eletrotécnica e energia renovável.
UA: Greve da função pública obriga a fechar cantinas e bares dos SAS, exceto o bar do Edifício 3
Pelas 12h30, quando a Ria conseguiu contactar a administração da Universidade de Aveiro, confirmava-se o fecho de todas as cantinas e bares dos SAS da instituição, à exceção do bar do Edifício 3 – correspondente à antiga reitoria. De resto, disse o responsável da instituição, todos os serviços continuam em funcionamento. À mesma hora, a UA já tinha apurado que 103 trabalhadores tinham aderido à greve, dos quais 81 pertencem aos Serviços de Ação Social (SAS). Não obstante, o responsável da Universidade ressalva que ainda não estão apurados os números definitivo e que ainda aguarda que alguns dirigentes façam chegar a informação de quantos trabalhadores aderiram. Na passada terça-feira, em conferência de imprensa, Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública – organização que convocou a greve de hoje – diz que a greve “vai obrigar o Governo, se tiver bom senso, a perceber que está a comprar conflito social e que não vai parar porque os trabalhadores exigem políticas diferentes”. O dirigente afirmava também que os trabalhadores não podem aceitar um Orçamento de Estado que prevê a degradação das condições de trabalho e desinvestimento nos serviços públicos.
Estudantes de primeiro ano do mestrado em Medicina da UA celebraram Cerimónia da Bata Branca
A Cerimónia da Bata Branca representa, de acordo com a nota de imprensa, “o início de uma nova etapa no percurso formativo dos futuros médicos”. Para além disso, é também o momento em que os estudantes passam a usar a bata branca, que simboliza “compromisso com a ética, o respeito e a humanização dos cuidados de saúde”. Dizem os responsáveis que a cerimónia serve também como “oportunidade para celebrar o esforço, a dedicação e os valores que orientam a prática médica”.
Equipa feminina de Basquetebol 3x3 da AAUAv/UA sagrou-se campã nacional universitária
A Associação Académica da Universidade de Aveiro / Universidade de Aveiro (AAUAv/UA) apresentou na competição quatro equipas diferentes, num total de 16 estudantes-atletas. Segundo conta à Ria o treinador João Balseiro, que pela primeira vez está a frente da equipa universitária, normalmente a competição de 3x3 ficava reservada para o final do ano, mas com a alteração do modelo competitivo o principal objetivo passou a ser ter o “maior número de atletas possível a competir”. Das quatro equipas, apenas uma delas não foi capaz de chegar aos quartos-de-final. Entre três que chegaram ao segundo dia, só uma chegou à meia-final e foi mesmo essa a que viria a ficar com a medalha de ouro. O técnico aponta que “Aveiro tem tido nos últimos anos, principalmente no feminino, sucesso no basquetebol” e recorda que a equipa de 5x5 é hexacampeã universitária. “O título de 3x3 tinha fugido nos últimos anos, mas era uma questão de pormenor”, garante. Por seu lado, a atleta-estudante Madalena Picado, que frequenta a licenciatura em Marketing, valoriza o apoio da comunidade da Universidade de Aveiro na conquista. Depois de ter estado no último título universitário na modalidade de 5x5, que foi conquistado em Coimbra no passado mês de abril, a jogadora afirma que esta vitória é “muito diferente”. O facto de a própria modalidade exigir uma maior distância em relação ao treinador e de a equipa ter menos jogadores fez com que houvesse um “espírito de equipa mais forte”. O título vale uma passagem direta para os Jogos Europeus Universitários 2026, que se disputam em Salerno entre 18 de julho e 1 de agosto. Aí, João Balseiro espera encontrar “corpos, em tamanho e dimensão, completamente diferentes”, mas afirma que é “mais uma experiência que as atletas vão poder vivenciar” e que “vai trazer bagagem para o futuro”. No mesmo sentido, Madalena Picado considera que o europeu vai ser “muito mais desafiante”, mas garante que as jogadoras estão “preparadas”. “Queremos representara Universidade de Aveiro da melhor forma”, conclui. A Madalena Picado juntou-se também Maria Neto, Maria Andorinho (ambas da Licenciatura em Fisioterapia) e Joana Silva (da Licenciatura em Geologia) na conquista do Campeonato.
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Relógios atrasaram uma hora na madrugada de domingo
Na madrugada deste domingo, 26 de outubro, em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios atrasaram 60 minutos quando marcavam as 2h00, passando para a 1h00. Na Região Autónoma dos Açores, a mudança aconteceu à 1h00 da madrugada de domingo, passando para as 00h00. A hora legal voltará depois a mudar a 29 de março 2026, para o regime de verão. O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.
Ribau Esteves lança livro e garante que o seu futuro ainda não está "decidido"
Foi no Teatro Aveirense que o ainda presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, apresentou este sábado, 25 de outubro, o livro “Aveiro, Coragem de Mudar, com Ribau Esteves”. Com a plateia praticamente lotada na parte inferior da sala, o evento contou com a presença de várias figuras ligadas à política, entre elas, vereadores do atual executivo, elementos da oposição como Rui Carneiro (agora independente), presidentes de junta e até o recém-eleito presidente da Câmara, Luís Souto de Miranda, da coligação ‘Aliança com Aveiro’. À entrada do teatro, antes do início da sessão, Ribau Esteves fez questão de cumprimentar pessoalmente cada convidado, distribuindo cumprimentos. Às 18h14, deu-se início à apresentação, que começou com a exibição de um pequeno vídeo, no qual o autarca partilhava reflexões sobre o seu percurso e sobre a obra agora publicada. Mal o vídeo terminou, o público respondeu com uma prolongada salva de palmas. Foi então que Ribau Esteves subiu ao palco, acompanhado por dois jornalistas que fez questão de convidar para conduzirem a conversa de apresentação do livro. A primeira “provocação” do jornalista incidiu sobre a exaustividade do livro, questionando-o se o mesmo era uma “prestação de contas” ou antes um “relatório de contas para a sociedade”. Face à questão, Ribau Esteves respondeu prontamente que era “um testemunho”. “Aliás, escolhemos o dia de hoje para lançar o livro por uma questão muito simples: é o dia mais comprido do ano, tem 25 horas”, observou, arrancando novamente uma salva de palmas da plateia. Sobre a pergunta inicial, acrescentou que “toda a gente pode pegar e ler os relatórios de contas”, mas que o formato do livro é mais “agradável e acessível”. Tal como avançado pela Ria, esta foi uma obra escrita, na íntegra, pelo ainda presidente da Câmara. Durante a sessão, o autarca admitiu que, “numa primeira fase”, contactou uma entidade para escrever o livro, mas depois acabou por decidir que “não fazia sentido”. “Eu queria escrevê-lo pela minha mão.Queria ter a opção de estrutura, de contar histórias, umas mais conhecidas, outras nunca conhecidas, e fazê-lo em exercício de funções”, exprimiu. Na ocasião disse ainda que o escreveu entre março e outubro deste ano. “[Foi escrito] nos domingos, um sábado ou outro mais livre, nos voos para Bruxelas. (…) Deixei de ir às missas todos os domingos, de fazer as minhas corridas. (…) Precisava de tempo para escrever o livro e para juntar tudo e ainda por cima fi-lo em círculo fechado. Eu só tenho três colaboradores que me deram uma ajuda: (…) o meu chefe de gabinete, o Guilherme Carlos, o meu adjunto, Simão Santana, e a minha chefe de divisão de Cultura e Turismo, a Sónia Almeida”, partilhou. Questionado, em seguida, sobre onde encontrou ânimo para os seus 28 anos de vida autárquica, Ribau Esteves destacou que o seu “primeiro recurso é ter vontade”. Sublinhou ainda que, se pudesse escolher o que fazer nos “próximos quatro anos”, voltaria a ser presidente da Câmara de Aveiro. “Mas, felizmente, há limitações de mandatos, eu sou completamente a favor, e, portanto, muito feliz por chegar ao fim destes 12 anos e por passar a pasta, neste caso, ao meu sucessor, Luís Souto de Miranda”, afirmou. Aproveitou ainda o momento para justificar o porquê desta obra contar com prefácios de Luís Montenegro, primeiro-ministro, e de António Costa, presidente do Conselho Europeu, tal como avançado pela Ria. “O António Costa foi o primeiro-ministro com quem mais tempo trabalhei. Um pouco mais de oito anos dos 12. E o Luís Montenegro é o atual”, referiu. O livro conta ainda com uma passagem a que apelidou de “judicialização da política”. Conforme relata na obra, a que Ria já teve acesso, em “fevereiro de 2020”, o autarca escreveu uma “Carta Aberta Contra a Judicialização da Política em Aveiro”, devido à tensão política que se vivia na altura. “A tensão política estava num nível alto e com a utilização que considerei excessiva e despropositada de processos interpostos em Tribunal e queixas formais à Polícia Judiciária, ao Ministério Público e à Inspeção Geral de Finanças”, lê-se. No Tribunal, por exemplo, recorda que os processos eram relativos ao “novo PDM”, à “nova carta educativa” e ao projeto do “Rossio”. Na obra agora publicada, Ribau Esteves fez questão de incluir a transcrição da referida carta. Questionado sobre essa aposta, o autarca sublinhou que nada tem contra quem recorre aos meios judiciais para o que é justo, mas manifestou discordância quando, segundo as suas palavras, “as pessoas não sabem ser democratas”. “É eu ter ido a votos e ter dito que vou fazer a obra do Rossio (…) e quem perdeu não saber respeitar a democracia e a derrota e ir tentar, em tribunal, impedir a Câmara de fazer uma obra democrática”, afirmou. Recorde-se que a obra de requalificação do Rossio e da Praça General Humberto (também conhecida como Ponte-Praça), teve um custo de 20,5 milhões de euros. Um custo de mais 8,1 milhões do que estava adjudicado inicialmente [12,4 milhões de euros]. Em janeiro de 2021, como noticiou o Notícias de Aveiro, o Movimento 'Juntos pelo Rossio' interpôs uma providência cautelar para tentar travar a obra, mas em setembro do mesmo ano receberam a resposta de que a acção tinha sido indeferida. Ainda a título de exemplo, criticou também a providência cautelar interposta por Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal nestas eleições autárquicas. “Entretanto, um candidato à Câmara discorda que a gente ponha abaixo uma casa velha que não serve para nada, mas pronto, ele discorda. (…) O que é que ele faz? Mete-nos em tribunal. É isto que eu condeno”, atirou. Acrescentou ainda o processo que o PS lhe interpôs por ter afirmado que a Câmara de Aveiro tinha problemas de corrupção. “Os vereadores entenderam que a minha acusação pública de corrupção os afetava como socialistas e a credibilidade dos autarcas do partido socialista. (…) [O processo] foi arquivado”, sublinhou. Já na reta final da conversa, um dos jornalistas “atreveu-se” a voltá-lo a questionar quanto ao seu futuro. Face à questão, o autarca respondeu que, nestas eleições autárquicas, foi convidado pelo “partido” para ser candidato a outras Câmaras. “A única coisa que pedi foi compreensão pelo meu não”, disse. Face à insistência da jornalista por uma resposta concreta, o autarca adiantou que no dia “31 deste mês” já tem jantar marcado e que no “dia 1 [de novembro] já tem esquema montado”. “Um tipo também tem de transitar de forma saudável”, afirmou. “Aquilo que estamos hoje a fazer é a conversar com o líder do partido. O partido entende que os meus recursos e o meu conhecimento devem ser úteis ao país no quadro de serviço público e estamos a falar sobre isso com toda a tranquilidade e seriedade”, avançou, salientando que, por enquanto, não pode dizer mais nada. “A última conversa com o Montenegro até foi por SMS (…) e não há conversa sobre esse assunto, nem se aponta indícios se é empresa pública ou entidade não sei de quê, se é Norte, se é Sul, se é regional… Zero”, referiu. “É assim que eu acho que as coisas devem ser. Eu não me quero pôr naquela lógica de que eu quero ser isto ou aquilo. Não é essa a lógica. Não é segredo... Quando for segredo eu digo-vos que já está decidido, mas é segredo. Não posso dizer nada”, rematou. Recorde-se de que, ao longo da campanha eleitoral, Ribau Esteves foi alvo de críticas por parte da oposição, que associou a sua mudança de postura - passando da recusa à participação ativa na campanha ao apoio público a Luís Souto de Miranda - a eventuais negociações para garantir lugares políticos após o fim do seu mandato autárquico. Sem ignorar também as críticas que surgiram após a divulgação da obra, motivadas pelo facto de ter sido integralmente paga pelo Município de Aveiro, e aproveitando o momento em que entregava uma lembrança aos dois convidados, Ribau Esteves afirmou: “Há malta que se incomoda porque o livro custou dinheiro. Graças a deus, já pagamos. Mas como ele é pago pelo dinheiro do povo todos os presentes levam um livro de borla”. A declaração mereceu, de imediato, uma salva de palmas a quem por lá se encontrava. *Notícia alterada no dia 26 de outubro, pelas 10h12, na sequência da alteração do título de "Ribau Esteves lança livro e garante que o seu futuro “já está decidido, mas é segredo”" para "Ribau Esteves lança livro e garante que o seu futuro ainda não está "decidido"". Foi ainda feita uma alteração no antepenúltimo parágrafo da notícia com o acrescento da citação:“É assim que eu acho que as coisas devem ser. Eu não me quero pôr naquela lógica de que eu quero ser isto ou aquilo. Não é essa a lógica. Não é segredo... Quando for segredo eu digo-vos que já está decidido, mas é segredo. Não posso dizer nada”, rematou.
Crimes contra idosos subiram 26,4% em quatro anos
As estatísticas da justiça sobre os crimes contra pessoas com 65 ou mais anos registados pelas autoridades policiais avançam que os crimes contra os idosos aumentaram de 33.469 em 2020 para 42.313 em 2024, o que corresponde a um crescimento percentual de 26,4%. Os dados divulgados esta sexta-feira, 24 de outubro, mostram que em 2020 e 2021 o número de crimes é idêntico (33.469), aumentando para 38.721 em 2022, voltando aumentar para 43.640 em 2023, mas baixou para 42.313 no ano passado. A DGPJ destaca que o aumento de crimes foi ligeiramente superior ao longo dos últimos quatro anos contra os idosos, apesar da maioria dos crimes ser contra a população com menos de 65 anos. As estatísticas indicam também que as pessoas com 65 anos ou mais são principalmente afetadas por crimes contra o património, que constituem 67,5% das ocorrências neste grupo, seguidos por crimes contra as pessoas, com 28,6%. Entre os crimes contra as pessoas, a DGPJ destaca que no ano passado 3.071 idosos foram vítimas de ofensa à integridade física voluntária simples, surgindo a violência doméstica contra cônjuge ou análogo como a segunda categoria de crime mais numerosa, contabilizando 2.434 pessoas com 65 anos ou mais. Outros dos crimes de que esta população foi vítima em 2024 estão a ameaça e coação (951), outros tipos de violência doméstica (812), ofensa à integridade física voluntária grave (80) e, “com menor expressão quantitativa, mas elevada gravidade”, homicídio voluntário consumado (16). Em relação aos crimes contra o património, as estatísticas da justiça sublinham que no ano passado 2.645 pessoas idosas foram vítimas de furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas, seguido de 2.409 situações de burla informática ou comunicações. Outros tipos de crimes de que esta população é alvo incluem o furto em veículo motorizado (1.774), o furto em residência sem arrombamento (1.564), o furto de oportunidade de objetos não guardados (1.495), o furto por carteirista (1.441), o furto de veículo motorizado (1.247), o abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento (1.104). A DGPJ avança ainda que os distritos do interior norte e centro do país registam as maiores proporções de crimes contra pessoas idosas, sendo Bragança o que apresenta o valor mais elevado com 25,18%, seguido Vila Real (22,99%), Guarda (22,72%), Castelo Branco (21,83%), Viana do Castelo (20,57%), Santarém (19,98%), Portalegre (18,47%), Viseu (18,40%), Coimbra (18,36%). “Este fenómeno contrasta com os valores observados nos grandes centros urbanos e regiões litorais, onde Lisboa apresenta a menor proporção (11,47%), seguida pelo Porto (13,36%) e Setúbal (13,93%). Apesar de, em termos absolutos, distritos como Lisboa (8.189), Porto (5.911), Setúbal (3.916) e Faro (3.016) registarem mais casos, a sua expressão proporcional é menor devido ao elevado número total de vítimas nestas regiões mais populosas”, refere o documento. A DGPJ explica ainda que para uma "compreensão mais alargada do fenómeno, foi realizada uma análise que considera a população com mais de 65 anos ou mais em cada distrito, para calcular a permilagem das pessoas idosas lesadas/ofendidas/vítimas em cada distrito e assim averiguar o risco para a população idosa de cada área geográfica". Segundo a nota, os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa, Porto, Viseu e a Região Autónoma da Madeira são os que apresentam "a menor taxa com 3 lesados/ofendidos por cada 1.000 pessoas com 65 anos ou mais".
Pescador resgatado ao largo de Espinho após embarcação virar com golpe do mar
Em declarações à Lusa, o comandante da Zona Marítima do Norte da Marinha Portuguesa, Rui Lampreia, explicou que o alerta foi dado esta sexta-feira, 24 de outubro, por volta das 16h30, de que uma embarcação de pesca tinha virado ao largo de Espinho. A Polícia Marítima conseguiu resgatar com vida o único tripulante da embarcação, um homem com cerca de 70 anos. O tripulante foi assistido pelos Bombeiros Voluntários de Espinho numa ambulância. A embarcação de recreio terá sido “surpreendida pelo golpe do mar”, mas arrojou na praia a norte do Hotel Sol Verde, acrescentou a mesma fonte.