RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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UA: Joana Regadas anuncia candidatura à presidência da AAUAv

Joana Regadas, atual vice-presidente adjunta da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) é a primeira a avançar com uma candidatura à presidência da AAUAv para o mandato de 2025.

UA: Joana Regadas anuncia candidatura à presidência da AAUAv
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
26 nov 2024, 08:32

Em entrevista à Ria, a atual estudante no Mestrado em Engenharia Biomédica na Universidade de Aveiro (UA) revelou que “não foi uma decisão fácil” e que quer retribuir aos estudantes o que a AAUAv lhe deu, ao longo destes dois anos, com esta candidatura. “A Associação Académica deu-me muito. Deu-me voz. A minha personalidade não era assim. Sempre tive opiniões, mas sentia que não tinha espaço para as divulgar nem à vontade para as discutir (…) Isso foi das coisas que mais me motivou a aceitar o desafio no meu primeiro ano e de me estar agora a colocar nesta posição”, expressou. “Sei que não é uma posição fácil e que requer muito empenho e muita responsabilidade, mas sei que acima de tudo me permite não só usar a minha voz, mas dar voz aos estudantes. É um privilégio da minha parte ter a oportunidade de fazer isso”, frisou Joana.

Apesar de não querer revelar já os objetivos da sua candidatura destacou que “um dos grandes pilares” passará pela saúde mental. “Apesar de ser um assunto que é constantemente falado ainda não são vistos os resultados. Nós queremos sentar-nos à mesa e apresentar qual é a realidade… E temos de ser francos... Não é muito boa, atualmente”, frisou. Para Joana Regadas é necessário trabalhar esta temática com os núcleos dos diferentes cursos, nomeadamente, com formações. “Muitos destes núcleos acabam por ser o primeiro contacto com estes estudantes”, considerou.

Sobre a sua equipa [constituída por 39 estudantes] destacou que há “renovação de rostos” e que a mesma é composta também por estudantes que já tinham, anteriormente, integrado a AAUAv. Neste segundo caso, a estrutura “não se cinge à direção, mas a toda a estrutura de núcleos e órgãos sociais. Há caras conhecidas mesmo que não fizessem parte da direção”, adiantou. Para a atual vice-presidente adjunta da AAUAv é “importante haver uma pluralidade daquilo que são as pessoas que fazem parte do projeto para que a voz seja mais abrangente e seja mesmo um projeto que represente toda a comunidade e as diferentes realidades”.

Questionada ainda pela Ria se está confiante, relativamente, à sua lista, Joana Regadas assegurou que tem um “projeto seguro e muito robusto”. “Estamos a construir algo que vá ao encontro daquilo que as pessoas que estão envolvidas no projeto acreditam ser o futuro e o passo a seguir para a direção e como a estrutura como um todo”, afirmou. “Nós não fazemos um projeto a pensar só na direção, mas a pensar na estrutura da direção académica que envolve imensos dirigentes”, continuou.

Numa nota final, a atual vice-presidente adjunta da AAUAv destacou que “quer chegar aos estudantes e acima de tudo que os estudantes sintam que podem chegar até nós”.

Recomendações

UA: SBIDM assinala em junho a Semana Internacional dos Arquivos
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UA: SBIDM assinala em junho a Semana Internacional dos Arquivos

A Semana Internacional dos Arquivos 2025, promovida pelo Conselho Internacional de Arquivos (ICA), pretende celebrar “o papel fundamental dos arquivos na salvaguarda da memória coletiva, na promoção do acesso à informação”. De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, o tema proposto pelo ICA “coloca a tónica na importância de garantir que os arquivos sejam verdadeiramente inclusivos, acessíveis e preparados para os desafios da era digital”. Neste contexto, a SBIDM da UA associa-se à iniciativa com um conjunto diversificado de atividades, que se desenvolvem ao longo de uma semana dedicada à “reflexão, à formação e à partilha de boas práticas na Área da Gestão Documental e da Preservação da Informação”. “A programação proposta destaca-se pelo seu foco na acessibilidade, na preservação digital e na aproximação dos arquivos à comunidade, promovendo os arquivos como espaços vivos, participativos e fundamentais para a construção de uma sociedade mais equitativa e informada”, lê-se. Assim, entre as atividades propostas estão: o ciclo de webinars, em formato online, que decorrem no dia 9 de junho das 10h00 às 11h00 e das 11h00 às 12h00 e no dia 12 de junho das 15h00 às 16h00; as sessões de digitalização que ocorrem no dia 9 de junho, entre as 14h00 e as 18h00 e no dia 11 de junho, das 9h30 às 12h30; o “Simpósio Arquivos Acessíveis: Preservar, Aceder, Democratizar” que acontece no dia 11 de junho, das 14h00 às 18h00, no Auditório Mestre Hélder Castanheira da UA e a “campanha ‘Digitalize a sua História’” que acontece no dia 13 de junho na sala de formação da biblioteca da UA. Todas as atividades são gratuitas, mas têm inscrição obrigatória aqui. A Semana Internacional dos Arquivos 2025 integra-se na iniciativa global promovida pelo ICA, entidade de referência mundial que coordena esta celebração, anualmente, sublinhando o papel fundamental dos arquivos na salvaguarda da memória, no acesso à informação e na construção de sociedades mais inclusivas e participativas.

“recorder” é a nova produção original do GrETUA e estreia este sábado
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“recorder” é a nova produção original do GrETUA e estreia este sábado

Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, a peça “recorder” constitui-se através da abordagem de três encenadores diferentes: Maria Soares, João Garcia Neto e João Tarrafa. Com interpretações de Daniela Lopes, Diogo Figueiredo, Inês Hermenegildo e Ana Inês Conde, formandos do curso de formação teatral, a peça parte do gesto de gravação de uma história para “explorar os temas da memória, da imaginação, e dos objetos que usamos para recordar”. “Este caminho é feito pelas três diferentes interpretações que os três encenadores fazem de um mesmo texto, ao qual trazem diferentes linguagens, passando pelo movimento, o cinema e o teatro, e marcas autorais distintas”, lê-se. Esta é uma produção que envolve um vasto conjunto de pessoas empenhadas em várias áreas, desde a produção, à cenografia, à conceção e execução de figurinos, técnica, comunicação e tudo o que “envolve a criação de um espectáculo de teatro, cujo envolvimento do coletivo é a marca de água deste grupo”. O texto escrito por David Calão estreia este sábado pelas 21h30 e estará em cena no GrETUA até ao dia 18 de maio. O espetáculo tem um custo de 5 euros para estudante e de 7.5 euros para o público em geral. As reservas deverão ser efetuadas aqui. Na sinopse lê-se que "o registo, seja ele uma fotografia, um filme ou uma gravação sonora, promete sempre um regresso que nunca se cumpre integralmente. O gravador permite capturar um momento, mas captura sobretudo a sua fragilidade, o seu caráter transitório, o seu fantasma. Três amigos reúnem-se em torno de um gravador para se gravarem. O gesto imediatamente se revela difícil, como repetir uma pose que apenas surge naturalmente, mas a repetição, o ciclo de tentativa-erro, para além da promessa do regresso, contém em si também a potência do inesperado. Em 'recorder', três encenadores diferentes oferecem três abordagens particulares a um único texto, proporcionando-lhe assim diferentes formas de se revelar, pelas linguagens do movimento, do cinema e do teatro, convocando-as para uma discussão acerca de memória e imaginário”.

A ouvir e a agir: o balanço de Pedro Lages como provedor do estudante da UA
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A ouvir e a agir: o balanço de Pedro Lages como provedor do estudante da UA

Nomeado por unanimidade pelo Conselho Geral, o também antigo dirigente associativo e alumni UA começou por explicar à Ria que aceitou o convite para esta entrevista “por acreditar que é relevante poder prestar contas sobre aquilo que tem sido o seu trabalho (…), mas também [para] promover um pouco mais a figura do provedor”. Este “é um dos objetivos que acabei por definir quando aceitei este desafio”, assegurou. Ao refletir sobre a sua missão, Pedro Lages avançou que a tem encarado de uma “forma tranquila” para “conhecer bem os problemas que são transmitidos pelos estudantes”. “Isso também acredito que é um garante da independência que esta função pode ter. É escutar os problemas que os estudantes nos transmitem, estudá-los de certa forma e enquadrá-los na realidade da UA, para depois poder promover mudanças ou resoluções que possam ir de encontro às suas expectativas”, sintetizou. Apesar da importância do cargo, o provedor reconheceu que a maioria dos estudantes desconhece a sua existência. “Se nós atentarmos no número de estudantes da nossa universidade e no número de requisições que o provedor do estudante tem ao longo dos tempos, desde a sua criação, reparamos que não ultrapassamos o 1% dos estudantes a recorrerem ao provedor. Isto não pode ser por não existirem situações a carecer de apoio, porque elas acontecem diariamente e não quer dizer que a universidade esteja a falhar na sua missão”, refletiu. Para Pedro Lages a curta duração dos ciclos de estudo pode ser uma das razões que contribuiu, ao longo dos tempos, para esse afastamento. “Se não houver um esforço constante de promoção dos órgãos e dos serviços da universidade... Eles não vão conhecê-los durante a sua passagem. [Os estudantes] passam por cá em ciclos cada vez mais curtos. As licenciaturas têm três anos, os novos públicos que conseguimos atrair vêm cá em formações cada vez mais reduzidas e, portanto, este esforço de difusão desta figura deve ser constante”, reforçou. Pedro considera ainda o provedor do estudante como o “último recurso” dentro da universidade “para resolver situações que os estudantes possam considerar injustas, eventuais conflitos com serviços, docentes, colegas”. Embora não tenha poder deliberativo, o provedor tem a capacidade de “mediar (…) junto dos órgãos ou dos serviços da universidade”. “[É] quase um soft power, que é, não tendo capacidade de decidir, as suas recomendações são ou carecem de uma justificação em caso de não serem seguidas por parte da entidade que recebe a recomendação”, expôs. Ao longo do seu mandato, um dos eixos prioritários tem sido a proteção dos estudantes com atividades extracurriculares, entre os exemplos, dirigentes associativos ou trabalhadores-estudantes. “A universidade não é apenas uma instituição de formação académica, é também um espaço de cidadania. (…) Portanto, todos estes estudantes carecem de uma maior proteção”, vincou. Ao longo da entrevista, Pedro Lages analisou ainda o último relatório de atividades disponível de 2023 onde foram identificadas como principais áreas de atuação os temas académico-administrativos, pedagógicos e de ação social. Apesar do relatório de 2024 ainda não estar disponível, publicamente, o provedor adiantou que o número de exposições “aumentou” e que, apesar dos temas serem transversais [aos de 2023], há uma “grande prevalência nos temas académico-administrativos”. Dentro destes temas, destacam-se assuntos relacionados com dívidas de propinas, concessão de estatutos especiais e pedidos para inscrição em unidades curriculares adicionais. “No ano de 2024 eu posso destacar um aumento da procura por estudantes de doutoramento, associada a temas de pressão académica, que devemos estar atentos e analisar com a calma necessária, mas que devem merecer aqui a nossa atenção”, adiantou. “Há alguns conflitos conducentes, alguma incompatibilidade com orientadores, mas são temas que carecem também de calma, de reflexão, para percebemos como é que conseguimos ultrapassar estas situações”, continuou o provedor estudante. Já com um olhar crítico sobre o perfil de um provedor de provedor do estudante, Pedro Lages afirmou que se revê com o modelo utilizado na UA já que este prevê a escolha de um provedor sem vínculo formal à universidade. “Eu acredito que este modelo mais facilmente salvaguarda esta independência. E é uma independência que, ao mesmo tempo, deve uma responsabilidade diretamente aos estudantes”, sublinhou. Também sobre a duração do número de anos do mandato [três anos], o provedor opinou ser “relevante” e “adequada”. “Seria, na minha opinião, muito mais relevante definir quantos mandatos é que um provedor pode fazer limitando-os. Acredito que essa renovação acaba por ser muito importante no exercício das funções, ou seja, traz dinamismo, novas ideias e impede quem está no exercício do cargo de se acomodar ao normal funcionamento”, exprimiu. Note-se que na revisão dos estatutos da UA não foi definido nenhum limite de mandatos para a figura do provedor do estudante, mas a proposta do Governo para o novo RJIES aponta a um limite de dois mandatos de três anos. Questionado ainda sobre a relação com a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), o provedor definiu-a como “extraordinária”. “Pela minha experiência não me faria sentido, exercendo estas funções, não ter uma relação próxima com a Associação Académica. (…) A relação com a AAUAv tem sido extraordinária, tem vindo a melhorar ao longo do tempo, fruto também dessa maior proximidade que eu tenho tentado assumir junto da Associação”, disse. A um ano para terminar o mandato, Pedro Lages exprimiu que sente que tem sido “útil” à comunidade e que “essa é uma das grandes satisfações” que leva do exercício destas funções. Sobre uma eventual continuidade no cargo, responde com ponderação: “Naturalmente, tendo exercido um mandato, ou estando a chegar próximo do final do mandato, tenho disponibilidade, naturalmente, para continuar, porque também tenho mais conhecimento e acredito que (…) posso aportar um maior valor”, considerou.

Desfile do Enterro: Milhares de estudantes encheram as ruas de Aveiro com crítica e criatividade
Universidade

Desfile do Enterro: Milhares de estudantes encheram as ruas de Aveiro com crítica e criatividade

O fim da tarde do Dia do Trabalhador trouxe ao centro comercial ‘Glicínias Plaza’ um maior fluxo de pessoas. Estudantes e familiares apressavam-se para assistirem ao arranque do desfile dos estudantes da Universidade de Aveiro. Eram cerca de 19h quando os carros começaram a sair do piso -1 do estacionamento do espaço comercial – onde os estudantes se reuniram durante os últimos sete dias para se prepararem para percorrer as ruas de Aveiro. Desfilaram pela Rua Mário Sacramento, com destino ao Cais da Fonte Nova, onde se encontrava o júri que daqui a cerca de uma semana anuncia o resultado do desfile deste ano. O curso de Ciências Biomédicas venceu o desfile do ano passado, o que lhe deu a possibilidade de ser o primeiro curso a desfilar este ano. Criticam a “partilha de informações falsas e enganadoras nas redes sociais que podem levar a uma má informação da população no que diz respeito à saúde”, enquanto alertam, simultaneamente, para o perigo da “confiança cega” dos conteúdos que consomem. Quem o diz é Miguel Marques, aluno do primeiro ano de Ciências Biomédicas da UA. O carro leva atrelado um boneco vendado a bordo de um moliceiro. É a “metáfora para a confiança cega que as pessoas depositam na informação que retiram das redes sociais”, explica o estudante. A parte de trás é um monte de areia, onde estão elementos que remetem para o conhecimento científico e para a razão. “O moliceiro desloca-se para fora da areia”, aponta Miguel Marques, numa clara alusão ao afastamento da valorização do conhecimento científico por parte da população. Mas Ciências Biomédicas não é o único curso que traz a Saúde às ruas aveirenses. O carro da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) – e dos vários cursos da escola – critica também matérias relativas à Saúde. Apostaram na “emigração dos profissionais de saúde e, por consequência, a falta de mão-de-obra em Portugal que leva ao fecho de alguns serviços de saúde”, explica Samuel Cruz, estudante de Imagem Médica e Radioterapia. Psicologia – um curso também ligado à Saúde - muda ligeiramente a temática e critica a utilização da inteligência artificial como substituição de aconselhamento psicológico. “ChatGPT versus psicológos” é o tema do carro, aponta Beatriz Moreira, estudante do primeiro ano do curso. O objetivo “é tentar mostrar às pessoas que a inteligência artificial não faz o mesmo trabalho que nós”, aponta a estudante. Na linha da tecnologia, também o curso de Multimédia e Tecnologias da Comunicação (MTC) decidiu criticar a inteligência artificial, juntamente com a liberalização do acesso às tecnologias dos mais novos. “Infância digital: já não se brinca no parquinho” é o tema do carro, aponta Carolina Pereira, estudante do terceiro ano de MTC. Querem “alertar para o facto das crianças já numa idade muito nova estarem logo em contacto com as tecnologias” e, pelo caminho, levantam, enquanto futuros profissionais da área, a “preocupação em relação à forma como as tecnologias são utilizadas”. Saindo da tecnologia, o curso de curso de Línguas, Literaturas e Culturas apresenta um carro sobre o abuso contra as mulheres e o machismo. “Apesar de estarmos no século 21, acho que ainda é um tema muito recorrente e acho que toda a gente deve lutar contra isso”, nota Rafaela Silva, estudante do curso. Ao seu argumento junta que a escolha partiu muito também pelo facto de serem “um curso maioritariamente de raparigas” e o caso recente da demissão de dirigentes associativos da Universidade do Porto, por alegadamente captarem imagens de colegas sem autorização. Ainda no campo social, o curso de Engenharia e Gestão Industrial explica que a temática escolhida se foca na “injustiça social”. “É um tema que é básico, mas a verdade é que está sempre presente na nossa na nossa sociedade, é algo que já é muito antigo, mas nunca há soluções eficientes”, apontam duas estudantes do primeiro ano do curso que preparavam uma faixa onde se iria ler “onde uns jantam, outros sobrevivem”. “É o nosso slogan”, aponta Laura. “A nossa mesa tem uma balança que está muito caída para o lado «rico», tem muitas coisas lá e do outro lado não tem quase nada e mesmo na mesa o pobre tem ali um um pãozito e um banquito para se sentar, enquanto o rico vai ter uma garrafa de vinho. um jantar todo completo, um trono para se sentar”, sublinham as estudantes. Mas nem só de crítica foi feito o desfile. Os cursos de Design e Engenharia Mecânica foram dois cursos que mantiveram vivas tradições. Em Design não houve carro – a estrutura do curso foi carregada às costas. Em Engenharia Mecânica foi literalmente quase construído um carro que, avisam os estudantes com orgulho, “nunca chega ao fim do percurso” e “é sempre desqualificado”. Um coração gigante pintado de vermelho assente numa estrutura de canas foi o carro de Design. Não têm propriamente uma crítica, mas sim a pretensão de exaltar o curso. “o nosso tema é vermelho nas veias”, começa por explicar Alice Silva, estudante do primeiro ano de design. “Todos nós viemos ter aqui a Design por algum motivo e esse motivo corre-nos nas veias, está no nosso sangue (…), mesmo sendo todos pessoas muito diferentes, (…) temos isto em comum”, repara Alice. A estrutura em canas de bambu foi carregada aos ombros, uma tradição que, pensa Alice, dura “há 26 anos”. Engenharia Mecânica, por sua vez, começou a preparação do carro com uma ida à sucata há já “um ou dois meses”. É Carlos Santos, estudante de Engenharia Mecânica que conta a história do único carro do desfile que não é totalmente preparado no parque de estacionamento subterrâneo do Glícinias Plaza. “Nós vamos à sucata, eles oferecem-nos o carro e depois vêm-no buscar no fim”, começa por contar o estudante. “É a mesma sucata já há 20 e tal anos”, frisa. “Escolhemos o carro, o que estiver disponível para nos dar (…) e nós depois inventamos o escape e os miúdos fazem as pinturas e as construções das coisas e pronto, tenta-se depois fazer o máximo de barulho”, aponta. Este ano o carro queria ser uma espécie de crítica aos casinos ilegais, mas o objetivo dos estudantes fica-se mais pelo “carro ‘fazer’ o máximo de cenário possível”, explica. O final do desfile fica marcado para os estudantes do curso pela destruição do trabalho feito no carro, que é devolvido à sucata. “Nós somos sempre desqualificados porque na teoria isto não se pode fazer, mas o nosso carro é o melhor na mesma: só não tem prémio”, aponta.

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AAUAv e Ria organizam debate com candidatos por Aveiro nas eleições legislativas 2025
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AAUAv e Ria organizam debate com candidatos por Aveiro nas eleições legislativas 2025

O debate terá lugar no Auditório Renato Araújo, no Edifício Central e da Reitoria da Universidade de Aveiro, a partir das 16h00, e contará com a participação dos representantes de todos os partidos com assento parlamentar. O evento será moderado por Isabel Marques, diretora de informação da Ria, e terá transmissão em direto na página de Facebook da Ria – Rádio Universitária de Aveiro. O público poderá assistir presencialmente ou acompanhar online, garantindo o acesso alargado ao debate de ideias entre os candidatos. Serão abordados temas que afetam diariamente a vida dos jovens portugueses e dos estudantes do Ensino Superior, bem como temas estruturantes para a população em geral do distrito de Aveiro. Haverá um período onde serão colocadas perguntas aos candidatos enviadas pela população. Estas perguntas devem ser enviadas até à próxima quarta-feira, dia 7 de maio, às 11h00, para informacao@radioria.pt. A redação da Ria - Rádio Universitária de Aveiro irá selecionar as perguntas mais relevantes. Estão confirmadas as presenças de Emídio Sousa (AD – PSD/CDS), em substituição de Luís Montenegro, Hugo Oliveira (PS), em substituição de Pedro Nuno Santos, Pedro Frazão (CHEGA), Mário Amorim Lopes (IL), Luís Fazenda (BE), Filipe Honório (LIVRE), Isabel Tavares (CDU) e Ana Gonçalves (PAN). O evento será aberto à comunidade académica e à população em geral.

UA: SBIDM assinala em junho a Semana Internacional dos Arquivos
Universidade

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Jovens voluntários recolhem mais de 90 quilos de lixo da Ria de Aveiro
Cidade

Jovens voluntários recolhem mais de 90 quilos de lixo da Ria de Aveiro

Foi com a mentalidade “de que a nossa Ria merece ser respeitada e cuidada” que os voluntários da Agora Aveiro junto com o Grupo 249 de Escoteiros de Aveiro deram início a uma “árdua” manhã de trabalho nos Passadiços de Aveiro, em Esgueira. A atividade iniciou com uma “vigorosa” pedalada da Casa da Bicicleta até ao Cais de Esgueira com as bicicletas de carga emprestadas pela Ciclaveiro, para transporte dos resíduos. Já à entrada dos passadiços, a Anabela Pereira da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) deu uma mini-palestra para a sensibilização ambiental e proteção da biodiversidade na Ria de Aveiro. “A poluição continua a ser um dos grandes problemas em todo o mundo com a poluição marinha a aumentar a cada ano que passa. Não há cidade que escape a esta ameaça e Aveiro não é exceção. A Ria de Aveiro tem uma área de 1693 quilómetros quadrados, e a Região do Baixo Vouga uns cerca de 370 mil habitantes. É uma região recheada de paisagens tão distintas e encantadoras”, alerta a nota enviada pela Agora Aveiro à Ria.  No total, foram retirados “91.5 quilos de lixo” das lamas da Ria, transportados com recurso às bicicletas da Ciclaveiro e, no final, recolhidos pela Veolia. “Ainda que o peso final pareça elevado, corresponde apenas a uma pequeníssima fração dos resíduos que abundam na ria. Material de construção, garrafas de plástico e vidro, pneus, contentores de detergentes, sacos, pedaços de esferovite, redes e arames foram alguns dos objetos mais comuns”, descreve. A recolha foi ainda feita com a ajuda de galochas e jardineiras impermeáveis emprestadas pela Associação Bioliving e pela ASPEA.