UA: Open Talk promoveu diálogo entre Altice Labs e estudantes do DeCA
O percurso na Altice Labs de quatro profissionais foi o ponto de partida para uma conversa com os estudantes sobre a transição do percurso académico para o mercado de trabalho. A iniciativa, promovida pelo Núcleo de Estudantes de Multimédia e Tecnologias da Comunicação (NEMTC) em parceria com a Altice Labs e a InovaRia, decorreu ontem no Auditório João Branco do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) na Universidade de Aveiro (UA).
Ana Patrícia Novo
JornalistaDaniela Rei é atualmente Head of Product Design Prom Communication no Altice Labs e esteve ontem no DeCA da UA numa conversa com os estudantes do departamento. Tirou a licenciatura em Novas Tecnologias da Comunicação na UA e as portas do Altice abriram-se para si através de um estágio. Por lá ficou até aos dias de hoje, tendo sempre progredido na carreira.
“Esta ligação com o DeCA tem-se mantido sempre, mas eu confesso que vir cá falar sobre o meu percurso na Altice Labs e tentar ajudar foi se calhar a melhor intervenção desde os últimos anos”, notou Daniela. O talento e a mão-de-obra da Altice – aliás toda a equipa presente na Open Talk de ontem passou, de uma forma ou outra pelo DeCA – representa uma grande parte da empresa. “Se calhar, 70% da nossa equipa vem daqui” aponta Daniela.
“Nós efetivamente vimos cá buscar porque sabemos perfeitamente que o que é cá lecionado se adequa bastante e está bastante alinhado com aquilo que nós precisamos na Altice Labs”, afirma Daniela. Como prova disso constavam os colegas de equipa - Carlos Figueiredo, Sydney Neto e Rita Carqueija.
Carlos Figueiredo licenciou-se em Informática na Universidade de Évora, mas viu nas microcredenciais da UA uma forma de enriquecer o seu conhecimento, tendo passado a trabalhar em UX Design na Altice Labs ao contrário do trabalho de desenvolvimento de software que fazia anteriormente. Sydney Neto mudou também o seu percurso profissional através do mestrado em Comunicação Multimédia no DeCA e Rita Carqueija, a mais nova do grupo, terminou a licenciatura e mestrado em Design na Universidade de Aveiro e ingressou num estágio na Altice Labs recentemente, seguindo aquilo que sempre desejou.
A conversa contou com a apresentação do percurso académico e profissional dos convidados, imbuído de dicas para o futuro dos estudantes. Da preparação dos currículos e portefólios à entrevista de emprego, sem deixar de parte as ferramentas utilizadas no quotidiano da empresa, o regime de trabalho utilizado e o papel da inteligência artificial – foram vários os temas trazidos para a conversa entre a empresa e os estudantes.
A iniciativa, promovida pelo NEMTC, pretende assegurar uma “maior envolvência entre as empresas e os estudantes”, avança Simão Frade, coordenador do Núcleo. A Open Talk de ontem é apenas uma das várias iniciativas realizadas em parceria com a Altice Labs e a Inova Ria. A adesão por parte dos estudantes tem sido “positiva”, aponta o coordenador do núcleo. “É uma parceria que já vai no seu terceiro ano e acho que vai melhorando de ano para ano”, sublinhou Simão Frade.
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Lágrimas, flores e dedicatórias: Alameda da UA encheu-se de emoção com a bênção de finalistas
A cerimónia estava marcada para as 10h00, mas meia hora antes já muitas famílias caminhavam apressadas rumo à Alameda do Campus da UA. Munidos de pequenos bancos de praia e carregados de orgulho, procuravam garantir um lugar na primeira fila para assistir de perto a um dos momentos mais marcantes na vida académica dos seus filhos: a bênção de finalistas. Entre essas famílias estava Carla, que veio do Porto especialmente para acompanhar a filha. O dia começou cedo: “Acordei às 7h00”, contou à Ria. Para Carla, este é um marco importante. “É uma meta que a minha filha atingiu”, partilhou com orgulho. A jovem está agora a concluir o curso de Tradução - uma escolha que, entre risos, a mãe admite não ter sido a primeira opção. “A Universidade de Aveiro foi a terceira escolha”, confessa. Ainda assim, a emoção prevalece. “Significa que chegou ao fim e que alcançou um objetivo. E nós estamos aqui para comemorar com ela. É um gosto enorme”, acrescenta Carla, que veio acompanhada pelo marido e pelos avós da finalista. Também Teresa Vicente, vinda da Régua, não quis faltar ao momento que assinala o fim de um ciclo na vida do filho, finalista do curso de Multimédia e Tecnologias da Comunicação. “Acordei às 7h30, mas compensa”, diz com um sorriso. “Sente-se muito orgulho ao olhar para o percurso que fizeram até aqui”, continua. Com os olhos brilhantes, recorda o caminho trilhado. “Já passaram três anos. Entrou onde quis, como quis, e agora está a terminar. É um orgulho imenso”, afirma. Determinada a não perder nenhum instante, Teresa chegou cedo à Alameda. “Queria estar na linha da frente”, realça. Ao seu lado, estavam ainda o seu marido, a namorada e os avós do filho. “Depois da missa vamos almoçar todos juntos, tirar umas fotos e regressar a casa”, partilha, visivelmente emocionada. Entre os milhares de estudantes reunidos no Campus de Santiago, Bruna era uma das que mais se destacava. Finalista do curso de Enfermagem, vive este momento com uma companhia especial. Está grávida de oito meses. “Não estou de todo sozinha… Está aqui comigo o meu querido filho ou filha. Não sei o que é. Nós decidimos que não vamos descobrir já… Só quando nascer”, conta com uma gargalhada. Bruna escolheu a UA como primeira opção e percorreu “500 quilómetros desde o Algarve” para aqui estudar. Agora, no final da caminhada, relembra as dificuldades enfrentadas. “Tem sido muito difícil e é uma conquista muito grande para mim e para a minha família. Não tem sido fácil… Muito menos em Enfermagem, a estagiar todos os meses (…), mas estou muito feliz e aliviada de ter conseguido terminar”, admite. Com o olhar no futuro e o coração no presente, partilha o peso simbólico deste dia. “Para mim, simboliza o fim de uma etapa, mas o começo de outra. Sou oficialmente enfermeira. Mas também acredito que simboliza muito mais para a minha família…”, desabafa. Conclui com emoção e orgulho: “Está feito. É um alívio. Saio daqui de coração cheio e não podia ter escolhido melhor.” Também presente na cerimónia, Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) aproveitou o momento para deixar uma mensagem de esperança e reconhecimento. “Espero que levem sempre Aveiro e a UA como uma segunda casa, senão como a primeira. Espero que seja acima de tudo um futuro cheio de ainda mais vitórias e conquistas”, desejou com um sorriso. Com um olhar nostálgico sobre o passado e recordando o seu próprio ano como finalista, Joana partilhou o turbilhão de emoções que sente ao ver aqueles estudantes prestes a concluir os seus cursos. “Fico com um sentimento de tristeza porque gostava de estar ali. (…) É um dia de facto muito emocionante que nos faz pensar sobre todo o nosso percurso, não só na Universidade, mas tudo aquilo que nos trouxe até ao dia de hoje”, admite. No final da cerimónia, muitas famílias aproveitaram ainda para tirar fotografias com os finalistas junto aos respetivos departamentos dos seus cursos. A Bênção de Finalistas é uma cerimónia organizada por um grupo de alunos finalistas, que constitui a Comissão Organizadora da Bênção de Finalistas (CoBEF), através do Centro Universitário Fé e Cultura, em parceria com a UA.
recorder: As pessoas por detrás das personagens, a vida por detrás do palco
A estreia contou com casa cheia e as sessões seguintes têm seguido o mesmo caminho. Este fim de semana é a última oportunidade para visualizar a peça e, apesar de ainda existirem lugares disponíveis, a probabilidade é que esgotem com brevidade. Horas antes do espetáculo arrancar, chegam ao espaço os atores, os encenadores e os técnicos que garantem que tudo está pronto para que as portas se abram ao público pelas 21h30. Diogo Figueiredo dá vida a Chuck, Daniela Lopes a Billie, Ana Conde é Vera e Inês Hermenegildo interpreta a Lu. Juntos, os formandos do Curso de Formação Teatral 2024-2025 do GrETUA dão vida a recorder. Conversaram com a Ria nos camarins. As roupas com que iam entrar na personagem esperavam num cabide, um microfone repousava numa cadeira vermelha, na mesa de maquilhagem viam-se alguns fósforos e descansavam alguns lápis. Descansavam, por ora – pouco depois, seriam usados para aquecer as vozes e treinar a dicção. A par do lendário “merda” que desejam entre si, é um dos “pequenos rituais” feitos pela equipa antes de entrar em cena, revela Inês. O GrETUA é o ponto de encontro dos quatro intérpretes, que vieram de áreas e percursos distintos antes de encontrarem o espaço por detrás da prisão de Aveiro. Daniela é uma antiga estudante da Universidade de Aveiro. Frequentou o curso de Design, área na qual trabalha atualmente. “Enquanto espectadora, sempre gostei de ir ao teatro”, partilha. “Depois sempre tive alguma curiosidade em experimentar fazer teatro também e foi por isso que eu decidi começar a fazer os cursos aqui do GrETUA”, conta Daniela. É o segundo Curso de Formação Teatral do GrETUA que frequenta: “no ano da pandemia (…) fiz o curso de teatro radiofónico, um registo um bocadinho diferente porque devido à Covid não dava para fazer o curso e as aulas como normalmente são”, lembra. Este ano, depois de ter continuado a “fazer alguns cursos”, decidiu por fim “participar na peça”. Daniela destaca as diferenças entre as experiências, assumindo que recorder tem sido um desafio “muito intenso”. “O facto de serem três abordagens diferentes, com três encenadores diferentes, para nós (…) enquanto intérpretes foi um bocadinho diferente daquilo que estávamos à espera, mas por outro lado é muito interessante pegar num texto e ter três leituras completamente distintas. Isso é muito fixe”, aponta. A intensidade é, de resto, adjetivo utilizado entre todos - intérpretes, equipa técnica e espectadores. Inês Hermenegildo chegou a Aveiro vinda de Lisboa. Trabalhava no Hospital de Aveiro durante o curso e ao fim do dia, pelas 18h30, chega ao GrETUA, onde se junta aos colegas. O seu primeiro contacto prático com o teatro foi mesmo no espaço da academia aveirense. “Nunca tinha feito teatro nem nada que se assemelhasse e vim também de uma área completamente diferente, mas foi algo que eu sempre tive alguma curiosidade, e foi uma ótima conjunção de disponibilidade e de estar no sítio certo”, conta Inês. Chegou ao grupo por sugestão de uma amiga. “Ela disse que devia ir lá espreitar, que eles tinham coisas engraçadas, eu fui e pronto - fui ficando e cá estamos”, conta entre sorrisos. Diogo, por sua vez, já conhecia a casa. Apresentou a tese em dezembro do ano passado e esta é a segunda vez que participa no curso de formação do GrETUA. Começou, segundo conta, “pelo aborrecimento de estar a fazer a tese” e pela vontade de “ter algo mais na vida para além do trabalho”. Recorda a primeira apresentação da peça como “a mais desafiante”, mas sublinha que tem sido “uma aprendizagem constante”. “Foi sem dúvida um desafio aprender três formas de dizer o mesmo texto (…) porque decorar um texto grande com diferentes intenções é uma coisa, agora decorar o mesmo texto com três intenções diferentes, foi desafiante, nunca me tinha passado pela cabeça”, reforça Diogo. Desafio esse que faz com que Diogo se queira manter no teatro. “Não sei como, mas de alguma forma gostava de continuar a fazer teatro, sim”, admite. “O GrETUA acho que é uma porta de entrada para muita gente para este mundo do teatro e não só, das artes em geral, e acho que há muita gente que fica com a vida descarrilada”, aponta Diogo em tom de brincadeira. Ainda assim, até agora, nenhum dos quatro desistiu da área para a qual se formou. Ana Conde também já tinha ligação ao grupo. Está a terminar o mestrado em Biologia, na UA, e colabora com o GrETUA na parte da comunicação. Participou este ano pela primeira vez no curso de teatro. “Achei que era um bocado parvo fazer parte de um grupo que é baseado no teatro e nunca ter tido esta experiência, nunca ter feito o curso”, denuncia bem-humorada. “Sempre gostei muito da área da cultura, sempre fui uma grande consumidora, e por isso é que também me juntei ao grupo, mas nunca tinha feito nada deste género”, admite. Revê-se na personagem que interpreta, apesar de a considerar “uma versão muito mais cool daquilo que eu sou”, e aponta que o facto de não ser de Aveiro é parte da razão pela qual isso acontece. “Revejo-me muito na necessidade de crescer para além da sua origem, (…) acho que é comum a todos os jovens”, desvenda Ana. Além dos quatro interpretes que todas as noites dão vida à história destas personagens, há toda uma equipa técnica por detrás. As cerca de duas horas de peça contam com cerca de um mês – mais hora, menos hora - de preparação de espaços, luzes, sons e outras coisas que fazem também a magia do teatro acontecer. Há luzes e projeções, música original, roldanas e cordas que fazem um palco rodar ao sabor das interpretações. E um véu de uma espécie de tule de cor pérola, que pode ou não fazer lembrar o nevoeiro que as memórias podem ser. A história vai-se tornando mais clara conforme se vai desenrolando, pelo menos até o espetáculo terminar. O final dá lugar à troca de teorias e impressões entre os espectadores. Vão sendo ouvidas pelo espaço e são quase tantas – se não mais - como as pessoas que vão passando pelo espetáculo. Algo que se pode interpretar como um sucesso, visto que era um objetivo desde o início, tanto por parte do autor como dos encenadores. Durante este fim de semana a peça vai ser interpretada duas vezes por dia. A primeira sessão de sábado, dia 17, acontece pelas 16h, e há já poucos bilhetes disponíveis. A segunda sessão realiza-se pelas habituais 21h30, mas os bilhetes já estão esgotados. Domingo, dia de eleições legislativas, a peça sobe a palco a primeira vez pelas 15h e há ainda alguns lugares disponíveis, mas a última sessão já está esgotada. Apesar de poucos lugares vagos, os bilhetes ainda podem ser adquiridos através do formulário online.
Greve da função pública fecha bares e cantinas da UA, exceto em Águeda
Em declarações à Ria, Mário Pelaio, administrador da UA, revelou que, até ao momento, a adesão à greve por parte dos trabalhadores dos SASUA ronda os “25%”. Esta adesão resultou no encerramento das cantinas e bares dos SASUA em todo o campus da UA, com exceção da cantina da ESTGA-UA. No que diz respeito aos serviços de alojamento, a greve não teve qualquer impacto, mantendo-se a sua atividade normal. Relativamente aos restantes departamentos e aos serviços centrais da UA, Mário Pelaio referiu que, embora ainda não existam dados definitivos, não foram até agora reportadas adesões significativas à paralisação. A greve da função pública foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), em protesto contra a degradação das condições de trabalho e a falta de valorização profissional no setor.
Concurso de Previsão Eleitoral: maioria esmagadora prevê vitória da AD
Entre os 228 participantes, 93% acreditam que a AD – Coligação PSD/CDS será a candidatura mais votada a nível nacional. Apenas 6% indicam o Partido Socialista (PS) como provável vencedor. De acordo ainda com a média das previsões dos 228 participantes, a AD deverá obter 31,5% dos votos, seguida do Partido Socialista (PS) com 27,3%. O Chega surge como terceiro partido mais votado, com 17,9%, enquanto a Iniciativa Liberal (IL) regista 6,8%. O Livre aparece com 4,1%, o Bloco de Esquerda (BE) com 3,4%, a CDU com 3,0% e o PAN com 1,6%. Face à previsão dos participantes do concurso, não é expectável que a composição da Assembleia da República sofra grandes alterações em relação à última legislatura e o país poderá continuar a viver um período de grande instabilidade política. Destaca-se a subida da AD, da IL e do Livre e a diminuição da votação do PS, BE, CDU e PAN. O Chega mantém praticamente o mesmo resultado das eleições legislativas de 2024. Estes dados representam apenas a média das previsões submetidas pelos participantes e são disponibilizados exclusivamente para fins informativos, representando um retrato estatístico das expectativas da comunidade académica sobre o resultado das próximas eleições legislativas. Esclarece-se que não se tratam de dados de sondagem e não devem ser interpretados como tal. A maioria dos participantes recorreu a dados de sondagens e a extrapolações de resultados anteriores, ajustadas à realidade atual, como metodologia para submissão das suas previsões. Muitos referiram também o recurso a modelos pessoais que combinavam diferentes fontes com a leitura subjetiva do clima político atual, incluindo a avaliação dos debates eleitorais, a observação de tendências nas redes sociais e a perceção das narrativas dominantes nos media. Em termos estatísticos, a proximidade entre a média e a mediana das previsões indica que os resultados não estão enviesados por valores extremos. A mediana representa a previsão que fica exatamente a meio da distribuição de respostas ordenadas, sendo, por isso, uma medida robusta para confirmar a consistência dos dados. Recorda-se que os vencedores do concurso serão anunciados após a divulgação dos resultados oficiais, sendo o grau de acerto avaliado com base no índice LSq (Least Squares Index), uma adaptação do índice de Gallagher.
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Distrital do PS-Aveiro reconhece derrota e promete "reflexão e reestruturação" após queda eleitoral
Em nota enviada às redações, os socialistas saúdam a vitória da coligação AD - PSD/CDS no distrito de Aveiro e garantem que o PS “saberá cumprir, com sentido institucional e responsabilidade democrática, o papel que os eleitores lhe atribuíram”. A estrutura liderada por Hugo Oliveira – deputado eleito também nestas eleições – reconhece que os resultados refletem "a vontade expressa pelos aveirenses" e defende que é tempo de “profunda reflexão e reestruturação” no Partido Socialista que "conduza à reafirmação e ao aprofundamento dos princípios socialista", nomeadamente "a defesa dos trabalhadores, a valorização dos jovens, o apoio às mulheres e às famílias, o fortalecimento dos serviços públicos e o compromisso com um desenvolvimento justo e sustentável para todos". “Cabe-nos, com sentido de responsabilidade, reaproximar o PS das suas bases sociais e da realidade concreta das pessoas, repondo no centro da ação política os valores que historicamente deram força e identidade ao nosso partido”, lê-se na nota. O PS agradece ainda o trabalho de todos os militantes e candidatos envolvidos na campanha, sublinhando o compromisso de continuar a “ouvir as comunidades locais, defender os serviços públicos de qualidade e promover políticas que contribuam para o progresso de todo o distrito”. Nas eleições de 2025, o Partido Socialista ficou em terceiro lugar durante parte da contagem, acabando por assegurar o segundo lugar no distrito com 21,72% dos votos, elegendo 4 deputados – menos um do que em 2024. A AD manteve os 7 eleitos e o Chega foi o único partido a crescer em número de mandatos, passando de 3 para 4 deputados.
AD vence distrito de Aveiro; PS com grande quebra e Chega único a aumentar número de deputados
O Partido Socialista (PS) sofreu uma quebra muito significativa em termos percentuais, descendo de 5 para 4 deputados, com 21,72% dos votos. Durante grande parte da noite, o Chega esteve em segundo lugar no distrito, mas a contagem das freguesias mais urbanas colocou o PS à frente. Ainda assim, o Chega foi o único partido a aumentar o número de deputados, passando de 3 para 4 mandatos, com 20,69% dos votos. A Iniciativa Liberal manteve o seu deputado, com 5,63% dos votos. Os restantes partidos com assento parlamentar não elegeram deputados no distrito de Aveiro. Com estes resultados, a AD - Coligação PSD/CDS não conseguiu desta vez eleger nenhum deputado do Município de Aveiro e Firmino Ferreira, presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha, terá que esperar pela subida ao Governo de alguns dos seus colegas de lista para chegar à Assembleia da República. Por sua vez, Filipe Neto Brandão, deputado socialista natural do concelho de Aveiro, foi novamente eleito deputado pelo Partido Socialista (PS), cargo que ocupa desde as legislativas de 2009. AD (PPD/PSD.CDS-PP): 39,48% – 7 deputados (2024: 35,13% – 7 deputados) PS (Partido Socialista): 21,72% – 90.010 votos – 4 deputados (2024: 27,69% – 5 deputados → perdeu 1 mandato) CH (Chega): 20,69% – 85.760 votos – 4 deputados (2024: 17,25% – 3 deputados → ganhou 1 mandato) IL (Iniciativa Liberal): 5,66% – 23.444 votos – 1 deputado (2024: 5,11% – 1 deputado) L (Livre): 3,09% – 12.805 votos (2024: 2,24%) BE (Bloco de Esquerda): 1,69% – 7.015 votos (2024: 4,10%) ADN: 1,68% – 6.974 votos (2024: 1,36%) PAN (Pessoas-Animais-Natureza): 1,24% – 5.131 votos (2024: 1,72%) PCP-PEV (CDU): 1,19% – 4.923 votos (2024: 1,38%) Aliança Democrática (PPD/PSD.CDS-PP) – 7 deputados 1. Luís Montenegro (cabeça de lista) 2. Emídio Sousa 3. Paula Cardoso 4. Silvério Regalado 5. Salvador Malheiro 6. Adriana Rodrigues 7. Almiro Moreira Partido Socialista (PS) – 4 deputados 1. Pedro Nuno Santos (cabeça de lista) 2. Susana Correia 3. Hugo Oliveira 4. Filipe Neto Brandão Chega – 4 deputados 1. Pedro Frazão (cabeça de lista) 2. Maria José Aguiar 3. Armando Grave 4. Pedro Santos Iniciativa Liberal (IL) – 1 deputado 1. Mário Amorim Lopes (cabeça de lista)
Luís Souto reage e pede "sintonia entre o Governo de Portugal" e o Município de Aveiro
No plano local, a candidatura sublinha a vitória da AD nas dez freguesias do concelho de Aveiro e aponta o “enfraquecimento significativo do Partido Socialista” como um sinal claro da rejeição do eleitorado ao projeto socialista: “Aveiro declarou de forma clara que rejeita o socialismo.” Luís Souto encara os resultados como um impulso político rumo às eleições autárquicas de 2025, referindo que a candidatura entra agora numa nova fase “com confiança redobrada, mas com humildade e trabalho”. A nota termina com a assinatura habitual da candidatura, "Com as Pessoas. Por Aveiro", e não faz qualquer referência a nenhuma outro força política.
AD vence no concelho de Aveiro, PS garante segundo lugar graças às freguesias mais urbanas
A AD (PPD/PSD.CDS-PP) venceu de forma clara as eleições legislativas de 2025 no concelho de Aveiro, com 37,22% dos votos (17.165 votos), reforçando o resultado alcançado em 2024 (34,94%) e impondo-se em todas as freguesias. O Partido Socialista (PS), com uma quebra muito significativa — de 25,19% (2024) para 21,05% em 2025 (9.705 votos) —, consegue ainda manter o segundo lugar graças aos resultados mais sólidos nas freguesias mais urbanas e centrais, como a União de Glória e Vera Cruz e Esgueira, onde recupera alguma desvantagem relativamente ao Chega, quando comparado com freguesias mais periféricas. Nestes territórios, mais densamente povoados, o PS ficou ainda assim muito longe do resultado da coligação AD - PSD/CDS. Já o Chega continua a sua trajetória ascendente e ficou muito próximo do PS, com 19,18% (8.844 votos), uma subida de quase 3 pontos percentuais face a 2024 (16,32%). O partido de André Ventura destacou-se especialmente em zonas mais periféricas, como Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz; Oliveirinha; Eixo e Eirol; e Cacia. Em todas estas freguesias conseguiu o segundo lugar, à frente do Partido Socialista. A Iniciativa Liberal também reforçou a sua presença, alcançando 7,46% (3.442 votos), subindo face aos 6,44% do último ano, enquanto o Livre registou uma das maiores subidas em termos proporcionais, passando de 3,70% para 5,10% (2.353 votos), refletindo a sua crescente penetração no eleitorado jovem e urbano. Em contraciclo, o Bloco de Esquerda (BE) sofreu uma queda muito acentuada, passando de 5,17% para apenas 2,18% (1.007 votos), perdendo representação expressiva em todas as freguesias do concelho. Também o PAN perdeu terreno (de 1,97% para 1,46%), enquanto o ADN conseguiu, surpreendentemente, melhorar o seu resultado de 1,11% para 1,47% dos votos. A CDU (PCP-PEV) desce novamente, desta vez para 1,39%. A participação baixou de 67,27% para 65,70%, com 46.113 votantes entre os 70.189 inscritos no concelho. Com estes resultados, a AD consolida a sua força no território aveirense, enquanto o PS tem um queda muito significativa. Já o Chega confirma a tendência de crescimento no concelho e aproxima-se cada vez mais do patamar das forças tradicionais.