Alberto Souto (PS) coloca em cima da mesa nova localização para o Hospital de Aveiro
Alberto Souto de Miranda, candidato do Partido Socialista (OS) à Câmara Municipal de Aveiro (CMA) nas próximas eleições autárquicas, lançou hoje para o debate público uma alternativa à atual proposta de requalificação e ampliação do Hospital de Aveiro. Numa publicação na rede social Facebook, o candidato socialista quer ouvir a opinião dos seus seguidores quanto à construção do um hospital totalmente novo, fora do centro urbano, “no cruzamento do Eixo Aveiro/Águeda”.
Isabel Cunha Marques
JornalistaNuma publicação no seu Facebook, esta sexta-feira, 16 de maio, Alberto Souto de Miranda afirmou que a situação atual do Hospital de Aveiro é insustentável e revela “uma falta de espaço ostensiva”, salientando que “os contentores vão-se multiplicando” para colmatar carências imediatas.
Recorde-se que a solução que está a ser trabalhada pelas partes envolvidas – Hospital de Aveiro, Câmara Municipal de Aveiro e Governo – é a construção de um novo edifício nos terrenos do antigo Estádio Mário Duarte, anexos ao atual Hospital. Esta infraestrutura desportiva foi demolida no verão de 2020, com a Câmara Municipal de Aveiro a informar, à data, que se perspetivava “o arranque da execução do projeto [do novo Hospital] neste ano de 2020 e o início da execução de obras em 2022”. Perspetivas que não se vieram a confirmar, sendo que cinco anos depois o novo Hospital de Aveiro continua ainda sem projeto e com a esmagadora maioria do orçamento estimado para a sua obra por garantir.
“Há 25 anos que o Estado português anda a prometer o novo Hospital”, recorda Alberto Souto de Miranda. “Como é sabido, infelizmente, ainda não há sequer projeto e Montenegro tinha anunciado que Aveiro não estava nas suas prioridades para os próximos quatro anos”, afirma Alberto Souto. Note-se que, nos últimos 25 anos, o Governo foi liderado pelo Partido Socialista (PS) durante 17 anos e pelo Partido Social-Democrata (PSD) durante 8 anos.
Recorde-se que Luís Montenegro referiu, no lançamento da primeira pedra para a construção do Hospital de Lisboa Oriental, no dia 7 de outubro de 2024, que um dos focos da sua legislatura seria “assegurar todos os procedimentos com vista à construção do novo hospital de Barcelos, do novo hospital universitário do Algarve, do novo hospital do Oeste e da ampliação e requalificação do hospital de Beja”, considerando as referidas empreitadas como “as próximas quatro prioridades”.
Na altura, o tema já tinha sido polémico, levando vários partidos políticos de Aveiro a denunciarem a ausência do Hospital de Aveiro das prioridades de ação governativa de Luís Montenegro. Apesar disso, mais recentemente, na apresentação pública de Luís Souto de Miranda como candidato da coligação 'Aliança Mais Aveiro' à CMA, Luís Montenegro quis contrariar os partidos de oposição, anunciando que as obras do novo Hospital de Aveiro arrancariam ainda este ano. Informação entretanto contrariada por José Ribau Esteves, atual presidente da CMA, que deu nota do "equívoco" do atual primeiro-ministro.
Perante este cenário, o candidato socialista desafia a repensar a estratégia: “Nestas condições há um ensejo de pensar planeamento. O que se deve fazer?” E apresenta duas hipóteses. A primeira, que considera mais provável com “o Estado que temos”, consiste em construir mais um bloco junto aos existentes, ficando o Hospital “disperso por quatro blocos”. A segunda, que defende como a mais acertada do ponto de vista do planeamento regional, é “relocalizar o novo hospital e construir um edifício de raiz, no cruzamento do Eixo Aveiro/Águeda com a A17, a cinco minutos do centro de Aveiro e com muito melhores acessos para toda a região do Baixo Vouga que serve.”
O candidato socialista acrescenta ainda que, no âmbito desta segunda hipótese, os atuais edifícios poderiam ser reaproveitados para responder a outras necessidades habitacionais. “Os edifícios atuais seriam reconvertidos em residências universitárias ou habitação acessível”, sugere.
A proposta já gerou forte reação nas redes sociais onde a publicação soma dezenas de comentários. Apesar de uma esmagadora maioria dos comentários defender a hipótese B, falta perceber qual o custo adicional que representaria para o Estado português esta alternativa, sendo certo que a solução atual, em 2020, segundo informação oficial da Câmara Municipal de Aveiro, representava “uma estimativa base de 120 milhões de euros” de custo com a obra. A título de exemplo, o novo Hospital de Évora, construído de raiz, já supera largamente o custo de 200 milhões de euros.
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Habitação: BE-Aveiro antevê que seja “difícil” encontrar ponto de encontro com PS e “Aliança”
À porta do Tribunal de Aveiro, depois de terem sido entregues as listas de candidatos, João Moniz apontou o dedo às forças políticas que têm governado a Câmara Municipal. O candidato defende que o atual executivo tem “recusado fazer políticas de habitação” e tem seguido uma política de recuperação urbanística que potencia a especulação imobiliária. No entender do cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda, é necessário construir habitação para arrendar a preços controlados. Para além de pedir uma maior intervenção no mercado, João Moniz acredita que é preciso espalhar os estabelecimentos de Alojamento Local pelas várias freguesias. O candidato propõe ainda que, à semelhança do que diz acontecer em Berlim, através do licenciamento de obras para construção de novo edificado, seja consignada uma parte dos novos fogos para o mercado de habitação a preços controlados. Questionado pela Ria, João Moniz explicou que “será difícil” encontrar pontos de entendimento com as forças políticas que atualmente têm assento na Câmara Municipal de Aveiro. Dando o exemplo dos terrenos do Cais da Fonte Nova, o candidato disse que o “historial de venda agressiva de terrenos públicos” de PSD/CDS e PS não se alinha com o caminho que defende. “Se existir um consenso entre essas forças para mudar de rumo e usar a capacidade financeira, construtiva e o património da Câmara para dar uma resposta efetiva aos problemas da habitação, o Bloco de Esquerda não se vai opor”, afirmou João Moniz. Outra das bandeiras do partido na candidatura aos órgãos autárquicos de Aveiro é a preparação do Baixo Vouga Lagunar para as alterações climáticas. João Moniz alerta para o perigo da salinização dos terrenos agrícolas, das cheias decorrentes do aumento do nível média das águas do mar e para a falta de proteção das dunas. Apesar de reconhecer que não pode ser um trabalho feito exclusivamente pela Câmara Municipal, o candidato sugere que, para combater o problema, a autarquia lidere o processo político que deve culminar na criação de um Parque Natural do Baixo Vouga. Durante a sua intervenção, o cabeça-de-lista bloquista propôs ainda uma rede pública de creches. João Moniz afirmou que a falta de resposta nos cuidados pré-escolares e anteriores é “reconhecida pela Câmara Municipal”. O objetivo do Bloco de Esquerda para as eleições autárquicas em Aveiro é “expandir” a sua representação no concelho. Recorde-se que o partido tem dois eleitos na Assembleia Municipal e quatro eleitos nas Assembleias de Freguesia: um em Glória e Vera Cruz, um em Esgueira, um em Santa Joana e um em Oliveirinha.
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AAUAv acredita que menos pessoas procuram o ensino superior devido ao aumento dos custos associados
A estudante considera que o aumento generalizado dos valores associados à permanência no ensino superior é o principal fator que justifica o decréscimo no número de inscrições. De acordo com Joana Regadas, o facto de os estudantes saberem “a priori” que nem todos vão ter acesso a bolsas de ação social acaba por demover muitas famílias, que sabem não ter capacidade financeira para comportar os custos da vida académica. Recorde-se que, conforme noticiado pela Ria, não havia tão poucos inscritos na primeira fase do concurso nacional de acesso desde 2018. A descida do número de inscritos não é surpresa para a presidente, que nota que o número de inscritos já tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos. Apesar dos esforços dos estudantes para trazer a problemática “para a praça pública”, Joana Regadas afirma que o trabalho feito “não tem sido suficiente”. Para além do aumento das rendas e da insuficiência na atribuição de bolsas, a representante da AAUAv acrescenta ainda que alguma desinformação na transição para o novo processo de candidaturas pode ajudar a justificar a quebra.
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