‘Aveiro Tech Week’: Reitor da UA diz que as tecnologias são uma “espécie de novas artes liberais”
Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro (UA), realçou que Aveiro pode-se tornar num “epicentro” para as tecnologias caso haja um “contributo decisivo” de todos os parceiros da Aveiro Tech Week. A partilha foi feita à margem do evento de abertura da Tech Week.
Isabel Cunha Marques com Ana Patrícia Novo
JornalistasO Teatro Aveirense foi o palco escolhido para a primeira sessão do evento, mas a iniciativa multidisciplinar [Aveiro Tech Week] está a decorrer espalhada um pouco por toda a cidade. Na sessão de abertura, Paulo Jorge Ferreira partilhou a vontade comum dos envolvidos na Aveiro Tech Week, entre eles, “empresas, poder local, Parque de Ciência e Inovação (PCI) e Altice” em promover o desenvolvimento da região, nomeadamente, através das “exportações, do conhecimento, do emprego e da qualificação”.
Neste sentido, o reitor da UA alertou que a Universidade “não pode fazer isso sozinha” e que é necessário um “contributo decisivo” de todos os parceiros do evento para fazer de Aveiro “um epicentro nas tecnologias que são, neste século 21, uma espécie de novas artes liberais”, comparou.
Em declarações à Ria, Paulo Jorge Ferreira destacou que, no caso específico da UA, a Universidade é responsável pela “atração de talento”, realçando que a Tech Week é importante para “fixar talento e com esse talento fixar mais inovação”.
“Este tipo de eventos têm apenas o direito de existir em Lisboa”
José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, realçou também o apoio das empresas parceiras na Aveiro Tech Week e, foi mais além, ao afirmar que, atualmente, são o “motor principal da atividade económica do país”. “Nós só temos de continuar a ser o motor auxiliar neste processo de crescimento e desenvolvimento de geração de riqueza”, assegurou.
O autarca esperançou ainda que espera que o evento [Tech Week] continue a acontecer “anualmente”, em Aveiro, “porque como sabemos, em Portugal, este tipo de eventos têm apenas o direito de existir em Lisboa”, atirou.
Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial, marcou também presença no evento e destacou a evolução dos temas de ordem pública. “Agora o que falam os presidentes da Câmara é de tecnologia, inovação e arte”, atirou. “Isto mostra como o nosso país está mudado, como as pessoas se transformam e o país está transformado”, completou.
O ministro falou ainda da importância do ‘relatório Draghi’ [que apresenta os desafios da Europa em termos de competitividade e segurança] para evitar a possível regressão da Europa. “A nossa geração tem agora uma grande oportunidade de dar a volta, nomeadamente, através da tecnologia para que não aconteça esse declínio anunciado”, rematou.
Após a sessão de abertura, a atividade continuou, no Largo da República, com uma visita a um conjunto de expositores tecnológicos. Num dos stands encontravam-se Francisco Silveira, estudante-atleta do Mestrado em Ciências do Mar e da Atmosfera, na UA e Igor Bernardo, antigo estudante da UA. Representavam um projeto tecnológico relacionado com o pescado. Apesar da satisfação em participar na iniciativa, Francisco realçou que teria sido mais interessante poderem-se conectar mais com as empresas, tendo considerado a exposição um “convívio entre si [tecnologias]”.
A sessão de abertura contou ainda com a presença do embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro Silva, do diretor geral da Altice Labs, João Paulo Firmeza, e do vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Aveiro, João Machado.
A 5.ª edição da Aveiro Tech Week arranco na segunda-feira, 30 de setembro. Exposições, instalações, performances artísticas e tecnológicas, conferências, hackathons e área gaming são algumas das atividades planeadas durantes estes dias em Aveiro.
A iniciativa é organizada pela Câmara Municipal de Aveiro e congrega a programação dos tech days e do PRISMA / Art Light Tech. A entrada nos eventos é gratuita e a programação completa pode ser consultada aqui. A atividade insere-se na programação da ‘Aveiro 2024 - Capital Portuguesa da Cultura’.
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Depois da providência cautelar interposta por Alberto Souto, candidato socialista à Câmara Municipal de Aveiro, que suspendeu a demolição do edifício que servia de sede para a Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Aveiro (CERCIAV), foi a vez de João Moniz defender a preservação do imóvel. Lembre-se que, em resposta a Alberto Souto, Luís Souto, candidato à autarquia pela coligação “Aliança Mais Aveiro”, defendeu que o edifício “não reúne condições para ser reabilitado”. No entender do cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda, a Câmara Municipal “deve fazer o máximo de esforço” para impedir a demolição. Embora considere que a autarquia “deve ir mais longe” ao requalificar e dar uso quotidiano ao edificado, João Moniz sublinha que neste momento o mais importante é preservar o património. O candidato assume que “o BE vai estar nessa luta”.
Luís Souto assinala “compromisso claro” do governo com a Linha do Vouga
No breve texto escrito pelo candidato da “Aliança” fica a garantia de que, caso ganhe as eleições, a Câmara Municipal de Aveiro vai trabalhar ao lado do governo, da Infraestruturas de Portugal, das entidades regionais e dos municípios vizinhos. Luís Souto Miranda garante, “a título de exemplo”, que tanto os horários como os apeadeiros que atravessam o município devem passar a “refletir as novas realidades demográficas e corresponder às necessidades da população”. Na publicação de Miguel Pinto Luz pode ler-se que a reabilitação da via está integrada numa renovação que se vai estender aos 96 quilómetros da linha. De acordo com o ministro, o investimento total chega aos 6,2 milhões de euros e contempla também a automatização de cerca de 70 passagens de nível, a estabilização de taludes e a melhoria dos sistemas de drenagem, assim como a instalação de vedações de proteção e a beneficiação e relocalização de alguns apeadeiros. Miguel Pinto Luz explica que a reabilitação entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga consistiu na substituição integral de carril, travessas e fixações, a balastragem da via e ataque mecânico pesado. Para 2026 está prevista uma intervenção complementar para repor o cruzamento de comboios nas estações de Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha.
Teatro Aveirense promove concertos ao ar livre nas noites de quinta e sexta-feira
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Habitação: BE-Aveiro antevê que seja “difícil” encontrar ponto de encontro com PS e “Aliança”
À porta do Tribunal de Aveiro, depois de terem sido entregues as listas de candidatos, João Moniz apontou o dedo às forças políticas que têm governado a Câmara Municipal. O candidato defende que o atual executivo tem “recusado fazer políticas de habitação” e tem seguido uma política de recuperação urbanística que potencia a especulação imobiliária. No entender do cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda, é necessário construir habitação para arrendar a preços controlados. Para além de pedir uma maior intervenção no mercado, João Moniz acredita que é preciso espalhar os estabelecimentos de Alojamento Local pelas várias freguesias. O candidato propõe ainda que, à semelhança do que diz acontecer em Berlim, através do licenciamento de obras para construção de novo edificado, seja consignada uma parte dos novos fogos para o mercado de habitação a preços controlados. Questionado pela Ria, João Moniz explicou que “será difícil” encontrar pontos de entendimento com as forças políticas que atualmente têm assento na Câmara Municipal de Aveiro. Dando o exemplo dos terrenos do Cais da Fonte Nova, o candidato disse que o “historial de venda agressiva de terrenos públicos” de PSD/CDS e PS não se alinha com o caminho que defende. “Se existir um consenso entre essas forças para mudar de rumo e usar a capacidade financeira, construtiva e o património da Câmara para dar uma resposta efetiva aos problemas da habitação, o Bloco de Esquerda não se vai opor”, afirmou João Moniz. Outra das bandeiras do partido na candidatura aos órgãos autárquicos de Aveiro é a preparação do Baixo Vouga Lagunar para as alterações climáticas. João Moniz alerta para o perigo da salinização dos terrenos agrícolas, das cheias decorrentes do aumento do nível média das águas do mar e para a falta de proteção das dunas. Apesar de reconhecer que não pode ser um trabalho feito exclusivamente pela Câmara Municipal, o candidato sugere que, para combater o problema, a autarquia lidere o processo político que deve culminar na criação de um Parque Natural do Baixo Vouga. Durante a sua intervenção, o cabeça-de-lista bloquista propôs ainda uma rede pública de creches. João Moniz afirmou que a falta de resposta nos cuidados pré-escolares e anteriores é “reconhecida pela Câmara Municipal”. O objetivo do Bloco de Esquerda para as eleições autárquicas em Aveiro é “expandir” a sua representação no concelho. Recorde-se que o partido tem dois eleitos na Assembleia Municipal e quatro eleitos nas Assembleias de Freguesia: um em Glória e Vera Cruz, um em Esgueira, um em Santa Joana e um em Oliveirinha.
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AAUAv acredita que menos pessoas procuram o ensino superior devido ao aumento dos custos associados
A estudante considera que o aumento generalizado dos valores associados à permanência no ensino superior é o principal fator que justifica o decréscimo no número de inscrições. De acordo com Joana Regadas, o facto de os estudantes saberem “a priori” que nem todos vão ter acesso a bolsas de ação social acaba por demover muitas famílias, que sabem não ter capacidade financeira para comportar os custos da vida académica. Recorde-se que, conforme noticiado pela Ria, não havia tão poucos inscritos na primeira fase do concurso nacional de acesso desde 2018. A descida do número de inscritos não é surpresa para a presidente, que nota que o número de inscritos já tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos. Apesar dos esforços dos estudantes para trazer a problemática “para a praça pública”, Joana Regadas afirma que o trabalho feito “não tem sido suficiente”. Para além do aumento das rendas e da insuficiência na atribuição de bolsas, a representante da AAUAv acrescenta ainda que alguma desinformação na transição para o novo processo de candidaturas pode ajudar a justificar a quebra.
Luís Souto assinala “compromisso claro” do governo com a Linha do Vouga
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