PS Aveiro apresenta Alcino Canha na União de Freguesias de Requeixo, Fátima e Nariz e critica junta
O Partido Socialista (PS) apresentou este domingo, 14 de setembro, Alcino Canha como cabeça de lista à União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz. Durante a sessão, no Largo da Capela da Póvoa do Valado, o candidato criticou o atual executivo da junta pela falta de civismo e manutenção na freguesia. Alcino Canha destacou ainda deficiências em transportes, saneamento, gás natural e habitação.
Redação
Na sua intervenção, Alcino Canha sublinhou que reside na freguesia "há mais de 40 anos" e que, estando atualmente reformado, dispõe de “tempo livre” para se dedicar à comunidade. “Verifiquei nestes últimos anos que além do que se tem feito pelo atual executivo da Junta, ainda há muito para fazer”, disse. Quanto às motivações da sua candidatura, avançou que são “várias”, sublinhando a importância de criar “novos acessos, novos espaços públicos, requalificar equipamentos e garantir toda a atenção que os nossos mais velhos e as crianças merecem”.
Entre as preocupações que pretende priorizar, o candidato apontou a questão da habitação, destacando “a enorme falta de lotes para construção, que permitam aos jovens edificar as suas casas e fixar-se na União de Freguesias”. Apontou ainda a “falta de civismo” na limpeza da freguesia. “Há um desleixo muito grande da própria junta e alguns objetos ficam vários anos colocados onde não deviam estar”, disse. “Se for eleito presidente de Junta garanto que farei mais e melhor”, assegurou.
Alcino Canha mostrou ainda inquietação pelos transportes públicos atuais atirando mesmo que, atualmente: “Estamos tão perto e tão longe de Aveiro”. No seguimento, apontou ainda a falta de acesso a saneamento e a gás natural em toda a freguesia, o mau estado dos caminhos, a falta de ocupação dos tempos livres dos jovens e a falta de soluções de bem-estar para os idosos.
A sessão contou ainda com a intervenção de Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro, que recordou a obra feita na gestão socialista e assumiu novos compromissos. “Quando aqui chegamos, chegamos sempre de cabeça erguida. Quando deixámos Aveiro há 20 anos, 98,5% da população tinha rede de saneamento e o saneamento chegou aos lugares mais distantes do Município”, afirmou, apontando como exemplos as freguesias de “Nariz, Requeixo, Fátima, São Jacinto, Oliveirinha, São Bernardo e Santa Joana”. “Vamos também completar esses 0,5% que faltam”, prometeu.
O candidato socialista apontou ainda a necessidade de requalificar os equipamentos desportivos, prometendo que “Requeixo e Nariz” vão ter os seus campos pelados transformados em relvados sintéticos, criando condições para poderem “competir na Associação de Futebol de Aveiro”.
No seguimento, Alberto Souto de Miranda criticou a alegada concentração de investimentos apenas em “Fátima” e acusou o atual executivo de só avançar com obras em ano eleitoral. Como exemplos, referiu a construção da nova escola e do centro de saúde. “O povo não é estúpido. Chega-se ao ano das eleições e é quando se avança com a construção do centro de saúde”, atirou.
Sobre Nariz e Requeixo disse ainda que “ficaram praticamente esquecidos”. Relativamente a estes dois lugares prometeu “mais habitação e equipamentos desportivos”. “Com o acesso que vai ser feito entre Águeda e Aveiro, Requeixo vai ficar muito bem servida de acessos. (…) Requeixo vai ficar a cinco/sete minutos de Aveiro”, atentou o candidato do PS à Câmara. Apontando para o futuro, destacou ainda, entre outros, a necessidade da criação de uma nova zona industrial e a valorização da Pateira de Requeixo.
Já na Póvoa do Valado, apresentou uma outra visão: transformar a zona entre o largo da capela e a antiga escola num “parque verde”, resultando num anfiteatro ao ar livre para “espetáculos musicais, teatro, bandas, etc”.
Numa crítica direta a Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS-PP/PPM), relativamente à construção do hotel de 12 andares, no Cais do Paraíso, o candidato do PS atirou que “há uns meses o engenheiro Ribau Esteves (…) disse que o parque subterrâneo servia para receber as águas em casos de inundações e agora o meu opositor (…) resolveu fazer outra graçola e diz que a torre dos 12 pisos é para se houver inundações a malta subir lá para cima e fugir às inundações”.
"Eu acho que eles andam a meter muita água e a brincar com coisas sérias. Tudo isto me parece infantil, irresponsável, e não se resolvem os problemas sérios de Aveiro com anedotas e com piadolas que ninguém leva a sério", rematou.
Recomendações
João Manuel Oliveira e Pedro Pires da Rosa comentam hoje debates e campanha eleitoral na Ria
O painel de comentadores será composto por João Manuel Oliveira, assessor de comunicação e candidato à Assembleia Municipal pela coligação 'Aliança com Aveiro' (PSD/CDS/PPM), e Pedro Pires da Rosa, advogado e candidato à Assembleia Municipal pelo Partido Socialista. Ambos irão analisar não só o debate desta noite, mas também o confronto de ontem entre os candidatos dos partidos com assento na Assembleia Municipal, bem como as estratégias que têm marcado a campanha eleitoral. A emissão será conduzida pelo jornalista Gonçalo Pina, em direto no Facebook e YouTube da Ria, proporcionando ao público uma leitura crítica e plural dos momentos-chave que antecedem as eleições autárquicas de 2025 no concelho de Aveiro.
BE-Aveiro reafirma propostas no campo da mobilidade e da habitação no arranque campanha eleitoral
O cabeça-de-lista aponta também à adoção de um novo modelo de urbanismo “que ponha as pessoas e o ambiente no centro das decisões e não os interesses especulativos”, à criação de uma rede pública de creches e lares e à criação do Parque Natural da Ria de Aveiro. A habitação é mesmo o problema que, segundo João Moniz, merece uma resposta mais urgente. Tal como já tinha referido, o objetivo do BE é duplicar o parque habitacional público ao longo da próxima década, o que representa um acréscimo de 800 a 1000 casas. Para poder concretizar a proposta, que considera “ambiciosa, mas realista”, o candidato refere a necessidade de avançar com um projeto de habitação pública no antigo Hospital de Saúde Mental de São Bernardo e de exercer “pressão máxima” junto do governo para concretizar o projeto de habitação pública nos terrenos da antiga Luzoestela. No mesmo sentido, João Moniz afirma que devem ser “expropriados 20 hectares de campos de milho entre a Av. Francisco Sá Carneiro e a EN109 e avançar com um Plano de Pormenor para essa zona que articule habitação pública com amplos espaços públicos, parques verdes e mobilidade intermodal”. Até agora, de acordo com o comunicado, o partido esteve envolvido no contacto direto com a população no feira de Oliveirinha e na Feira dos 28, no Mercado de Santiago e num convívio com a população em Nossa Senhora de Fátima.
JS Aveiro acusa JSD e JP de incoerência sobre Conselho Municipal de Juventude
Num comunicado enviado às redações, a JS lembra que a medida agora defendida pela JSD e JP já tinha sido apresentada pelo Partido Socialista em 2021, através do deputado aveirense Filipe Neto Brandão, e rejeitada na Assembleia Municipal (AM). A estrutura socialista recorda ainda que, em 2018, uma proposta semelhante apresentada pelo PAN foi igualmente chumbada com os votos contra da bancada do PSD, incluindo de Joana Lopes, em representação da JSD, e de Luís Souto, atual candidato da ‘Aliança com Aveiro’ à Câmara Municipal de Aveiro. “A Aliança com Aveiro votou contra, bem como o presidente da Assembleia, Luís Souto. Para além desta lamentável posição face ao incumprimento da lei, a atual candidata à presidência da União de Freguesias Glória e Vera Cruz, Glória Leite, abandonou temporariamente a AM para não votar de maneira diferente do seu partido”, refere a nota da JS. A estrutura socialista critica ainda o conteúdo do manifesto autárquico jovem- apresentado pela JSD e JP-, acusando-as de ignorarem problemas centrais como a habitação estudantil. “Num momento em que a habitação é um flagelo gritante, a JSD ignora o problema. Nem respondem perante os grandes problemas e entraves que os universitários se deparam quando tentam desesperadamente encontrar um quarto a preços suportáveis”, refere o comunicado. A JS questiona também a estratégia da ‘Aliança com Aveiro’ em matéria de urbanismo, recordando a alienação de terrenos públicos “para o privado praticar preços exorbitantes, como aconteceu com o terreno junto à rotunda do hospital”. “Se a JSD e a JP, assim como Aliança com Aveiro, estivessem mais concentradas em tentar resolver os problemas dos aveirenses, e dos jovens em particular, em vez de andarem entretidos em colocar cartazes deselegantes e populistas, talvez tivessem tempo para apresentar mais e melhores ideias ao Município”, continua a nota. Recorde-se que, no passado dia 16 de setembro, a JS Aveiro reagiu ao cartazafixado pela JSD e JP, em Aveiro, onde se podia ler: “Aveiro não merece outra bancarrota. Não hipoteques o teu futuro”, numa crítica direta a Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro. Após dois dias, em entrevista à Ria, Leonardo Maio, presidente da JSD Aveiro, desvalorizou as críticas e frisou que o cartaz quer “passar uma mensagem divertida”. Na conclusão da nota, a JS Aveiro afirma que continuará a ser “o garante da defesa dos jovens aveirenses” e promete manter-se “na linha da frente para dar voz aos anseios de todos aqueles que lutam por um Aveiro melhor”. Tal como avançado pela Ria, o Manifesto Autárquico Jovem da JSD e JP foi divulgado, no passado domingo, 28 de setembro, através das redes sociais. No documento constam propostas para mobilidade, ambiente, higiene urbana, educação, associativismo, desporto, saúde e cultura.
Câmara de Aveiro assinala primeiro aniversário da Casa de Música com concerto gratuito
A obra de requalificação do edifício “Casa de Música”, realizada pela CMA entre 2022/2024, contou com um investimento de cerca de 1,1 milhões de euros. Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, a empreitada “permitiu a renovação e qualificação de todas as infraestruturas, a readaptação de espaços funcionais, o melhoramento das condições de acessibilidade, com o objetivo de dar uma nova vida a um espaço destinado à realização de atividades culturais”. Na nota, a autarquia recorda ainda que a Casa de Música é hoje uma “casa de cultura”, onde se situa o serviço de ação cultural da CMA, um polo de leitura e a Orquestra Filarmonia das Beiras. Tem ainda uma estreita colaboração com escolas de música e jovens músicos, “organizando anualmente cursos internacionais de direção de orquestra e de música vocal, bem como estágios internacionais de orquestra sinfónica”. Com um programa especialmente pensado para assinalar o primeiro aniversário da Casa de Música e o Dia Mundial da Música, o Quarteto de Solistas irá evocar “a diversidade das linguagens musicais, a alegria do encontro e o poder universal da música a favor da coesão humana”. A entrada é livre, limitada à lotação da sala.
Últimas
João Manuel Oliveira e Pedro Pires da Rosa comentam hoje debates e campanha eleitoral na Ria
O painel de comentadores será composto por João Manuel Oliveira, assessor de comunicação e candidato à Assembleia Municipal pela coligação 'Aliança com Aveiro' (PSD/CDS/PPM), e Pedro Pires da Rosa, advogado e candidato à Assembleia Municipal pelo Partido Socialista. Ambos irão analisar não só o debate desta noite, mas também o confronto de ontem entre os candidatos dos partidos com assento na Assembleia Municipal, bem como as estratégias que têm marcado a campanha eleitoral. A emissão será conduzida pelo jornalista Gonçalo Pina, em direto no Facebook e YouTube da Ria, proporcionando ao público uma leitura crítica e plural dos momentos-chave que antecedem as eleições autárquicas de 2025 no concelho de Aveiro.
Cerca de 67% dos idosos vitimas de violência estão fora de serviços da rede de apoio social
Na véspera do Dia Nacional da Pessoa Idosa, a entidade fundadora desta linha nacional, a Fundação Bissaya Barreto, de Coimbra, divulga números recolhidos durante mais de uma década e que apontam como prioridade a proteção da saúde mental e as redes de apoio no combate à violência contra esta faixa etária. Nos mais de 2.000 pedidos de ajuda referentes a pessoas idosas vítimas de violência recebidos pela linha desde que foi criada, em 2014, a violência psicológica é a forma mais identificada (55%), seguida da negligência (41%), da violência financeira (28%) e da violência física (20%). Os casos de abandono atingem os 11%, a violência institucional 8% e a autonegligência 12%, adiantam os dados a que a agência Lusa teve hoje acesso. O estudo adianta que a maioria dos agressores de pessoas idosas convive diariamente em coabitação com a vítima (47%), sendo muitas vezes os próprios filhos ou cônjuges, o que torna a violência um fenómeno oculto e de difícil denúncia, sendo que metade dos agressores é filho/a da vítima e cerca de 21% dos casos de violência prolongam-se durante mais de cinco anos, “revelando um caráter reiterado”. A maioria das situações reportadas envolve mulheres, muitas vezes viúvas, em situação de dependência física ou cognitiva, com escassa rede de apoio familiar ou comunitário, segundo os números da Linha SOS Pessoa Idosa, dirigida por Marta Ferreira. A análise dos casos mostra que a saúde mental é uma das áreas mais críticas, pois cerca de um quarto das vítimas apresenta indícios ou diagnóstico de demência e 22% sofre de doença mental, “fatores que agravam a vulnerabilidade e o risco de isolamento”, segundo a análise efetuada, que acrescenta que também nos agressores a presença de patologias mentais é frequente e indicada como um fator preditor da ocorrência de violência. Os dados apontam que cerca de 30% dos agressores apresentam problemas de saúde mental, frequentemente associados a consumos de estupefacientes ou álcool (11%). Além disso, acrescenta a fundação, a sobrecarga do cuidador (12%), isolamento social, antecedentes de violência e dependência habitacional do idoso constituem fatores adicionais que potenciam este ciclo de abuso. A responsável por este serviço nacional, Marta Ferreira afirma, em comunicado, que “as redes de apoio representam uma das ferramentas mais poderosas na prevenção e combate à violência, mas, infelizmente, o alcance é limitado”, salientando que “este acompanhamento possibilita a deteção de casos e intervenções mais profícuas, transformando a rede de apoio num verdadeiro fator de proteção e de prevenção da violência”. “É crucial reforçar os recursos disponíveis e garantir que a saúde mental passa a ocupar um lugar central nas políticas públicas e na ação institucional”, defende. Apesar da dimensão do problema, os dados apontam que a subnotificação dos casos continua a ser elevada, pois em 58% das situações é pedido anonimato e muitos idosos não denunciam por medo, vergonha ou dependência emocional e financeira. “O silêncio continua a ser o maior aliado da violência. É essencial que a comunidade esteja atenta e que as redes de apoio funcionem de forma eficaz”, alerta Marta Ferreira. Desde maio de 2014 que o Serviço SOS Pessoa Idosa disponibiliza uma linha nacional e gratuita (800 102 100) e o contacto por e-mail, [email protected], para denúncia de situações de violência ou negligência. O serviço “assegura anonimato a quem procura ajuda e dispõe de atendimento direto e personalizado, assim como de mediação familiar. Paralelamente, promove a articulação entre governo, instituições, organizações, comunidades e cidadãos, com o objetivo de reforçar as redes de apoio e valorizar as pessoas idosas”.
Pateira de Fermentelos recebeu nova ceifeira aquática para combater invasão de jacintos-de-água
Conforme assinala o Município de Águeda em declarações à Agência Lusa, o equipamento que foi adquirido nos Países Baixos vem substituir a ceifeira que tem sido utilizada e que já tem 18 anos. Com este investimento de 700 mil euros, a autarquia afirma que a capacidade de resposta na remoção e controlo da espécie invasora vai ser aumentada. No entanto, Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, admite que a remoção dos jacintos “é uma operação com alguma complexidade” e que vai ser impossível extinguir completamente a espécie infestante.
BE-Aveiro reafirma propostas no campo da mobilidade e da habitação no arranque campanha eleitoral
O cabeça-de-lista aponta também à adoção de um novo modelo de urbanismo “que ponha as pessoas e o ambiente no centro das decisões e não os interesses especulativos”, à criação de uma rede pública de creches e lares e à criação do Parque Natural da Ria de Aveiro. A habitação é mesmo o problema que, segundo João Moniz, merece uma resposta mais urgente. Tal como já tinha referido, o objetivo do BE é duplicar o parque habitacional público ao longo da próxima década, o que representa um acréscimo de 800 a 1000 casas. Para poder concretizar a proposta, que considera “ambiciosa, mas realista”, o candidato refere a necessidade de avançar com um projeto de habitação pública no antigo Hospital de Saúde Mental de São Bernardo e de exercer “pressão máxima” junto do governo para concretizar o projeto de habitação pública nos terrenos da antiga Luzoestela. No mesmo sentido, João Moniz afirma que devem ser “expropriados 20 hectares de campos de milho entre a Av. Francisco Sá Carneiro e a EN109 e avançar com um Plano de Pormenor para essa zona que articule habitação pública com amplos espaços públicos, parques verdes e mobilidade intermodal”. Até agora, de acordo com o comunicado, o partido esteve envolvido no contacto direto com a população no feira de Oliveirinha e na Feira dos 28, no Mercado de Santiago e num convívio com a população em Nossa Senhora de Fátima.