Centro de Saúde da Gafanha da Nazaré vai funcionar em instalações provisórias
Foi aprovado em reunião da Câmara Municipal de Ílhavo, no passado dia 18, a abertura de um procedimento para a locação de módulos, que vão funcionar como instalações provisórias do Centro de Saúde da Gafanha da Nazaré. De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria pela autarquia, as instalações vão servir enquanto decorrerem as obras de requalificação e ampliação da infraestrutura.
Redação
A solução, diz a CMI, vai acelerar o avanço da obra, o que vai ajudar a recuperar dos contratempos que resultam da deslocação de um cabo da E-Redes. Nesse sentido, fica garantido o cumprimento dos prazos previstos no âmbito do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A Câmara Municipal aprovou também na mesma sessão uma ligeira ampliação dos monoblocos já instalados na obra de requalificação e ampliação do Centro de Saúde de Ílhavo. A intervenção vai permitir que ambas as Unidades de Saúde possam funcionar nas instalações provisórias sem que sejam afetadas pelos constrangimentos que resultam do ruído das obras.
No edifício atual, nesta fase, apenas vai continuar a funcionar o piso zero. Quando a intervenção dos pisos superiores terminar, os monoblocos passam a dar resposta aos serviços do piso zero.
Recomendações
Pateira de Fermentelos recebeu nova ceifeira aquática para combater invasão de jacintos-de-água
Conforme assinala o Município de Águeda em declarações à Agência Lusa, o equipamento que foi adquirido nos Países Baixos vem substituir a ceifeira que tem sido utilizada e que já tem 18 anos. Com este investimento de 700 mil euros, a autarquia afirma que a capacidade de resposta na remoção e controlo da espécie invasora vai ser aumentada. No entanto, Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, admite que a remoção dos jacintos “é uma operação com alguma complexidade” e que vai ser impossível extinguir completamente a espécie infestante.
Cordão dunar entre as praias da Barra e Costa Nova reforçado com dragados
“Terminada a época balnear, encontra-se a decorrer a intervenção de reforço do cordão dunar, entre a Costa Nova do Prado e a Praia da Barra, na zona que foi afetada pela agitação marítima e subida do mar, em fevereiro passado”, dá conta a autarquia em nota de imprensa. A operação, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), contempla a alimentação artificial da praia a sul do esporão da Barra, numa extensão aproximada de 700 metros. Para o reforço do cordão dunar são utilizados inertes provenientes das dragagens de manutenção realizadas pelo Porto de Aveiro. “Esta solução permite repor a areia e reforçar a proteção natural da frente costeira”, salienta o texto. Além da deposição de dragados, será ainda removido um pequeno esporão localizado a sul do esporão da Barra, considerado obsoleto. Os materiais provenientes do desmantelamento desse esporão “vão ser reaproveitados para reforçar a raiz do esporão da Barra e mitigar os efeitos da erosão sobre o cordão dunar naquela zona”. De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, a intervenção “visa proteger e conservar a linha de costa, funcionando como uma defesa passiva contra a erosão e antecipando riscos agravados pelas alterações climáticas”. O prazo de execução previsto, tanto para a alimentação artificial de areia, como para a remoção do esporão sul e consolidação do esporão da Barra, é de cerca de um mês, segundo avança a autarquia. Em fevereiro, o mar avançou vários metros sobre as dunas, devido às marés e à forte ondulação, e destruiu parte do passadiço que ligava as praias da Barra e Costa Nova. Na ocasião, o presidente da Câmara de Ílhavo queixou-se de que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não intervinha para resolver o problema (do avanço do mar sobre as dunas naquela zona), lamentando que, desde 2020, não eram feitas recargas de areia, defendendo a deposição de sedimentos como medida para conter o avanço do mar.
Empresa de Ovar cria lanchas de autor para atenuar dilema ambiental de barcos abandonados
Instalada em Esmoriz, no referido município do distrito de Aveiro, a Ohnos resulta de um conceito desenvolvido por João Gonçalves e Cátia Rebelo, dois engenheiros eletrotécnicos e de computadores que, tendo atividade profissional noutros setores, se lançaram na náutica artesanal para dar resposta a um “grande problema ambiental da atualidade”. “O fim de vida da maioria das embarcações é um problema muito complicado de resolver, porque, mesmo com uma lancha pequena, o abate é tão caro e tão complicado que os proprietários optam simplesmente por abandoná-la ou então afundam-na de propósito para a darem como perdida”, declara à Lusa o fundador e gestor de projetos da marca, João Gonçalves. Mesmo que o barco esteja numa zona de atracagem permitida, “fica mais barato ao proprietário pagar uns tostões por ano à marina do que desfazer-se dele em definitivo, porque não há quem trate devidamente do assunto” e descarte peças e materiais de acordo com as “complicadas” normas de reciclagem do setor. Para Cátia Rebelo, cofundadora e diretora de estratégia da Ohnos, é isso que explica a presença de “tantos barcos abandonados nas margens do rio Douro ou nas praias da Torreira, todos cheios de ferrugem, fugas de óleo” e com fibra de vidro “impossível de decompor”, o que gera um problema ambiental crescente que “a atual legislação portuguesa não está a saber tratar”. Para lidar com isso, o processo produtivo da empresa começa pela identificação de embarcações sem utilização cujos cascos sejam viáveis e, após um diagnóstico positivo, a respetiva compra. A partir daí, o casco é libertado de todos os elementos supérfluos e, uma vez limpa essa carcaça “mesmo até à fibra”, ela começa a ser adaptada ao novo desenho de João Gonçalves – no caso dos barcos por ele idealizados – ou às especificações indicadas pelo cliente – quando há uma encomenda prévia. Além de “sistemas de combustível topo de gama”, as embarcações ganham assim decks e solários de cortiça criados a partir de moldes próprios, mobiliário exclusivo como cadeiras de skipper com orientação variável para proa ou popa, dupla hélice para maior estabilidade e propulsão, motores de última geração em termos de consumo e desempenho ambiental, âncoras em aço inoxidável 316L, luzes LED subaquáticas, comandos digitais, diários de bordo, etc. Face a características como essas e a determinadas certificações, os preços finais são desta ordem: uma lancha com seis metros de comprimento custará cerca de 60.000 euros, uma de 10 metros pode chegar aos 280.000 e aquela em que a Ohnos está a trabalhar atualmente, com 14 metros e duas cabines, ainda não tem custo definido, mas será de valor bem mais elevado. “Uma embarcação destas não é aquele artigo de luxo produzido em massa, com vários exemplares iguais para todas as pessoas que tenham capacidade financeira de os comprar”, realça Cátia Rebelo. “É um artigo único, irrepetível, para quem aprecia verdadeira exclusividade e valoriza trabalho artesanal exigente”, defende. João Gonçalves afirma que “não há ninguém na Península Ibérica a produzir assim, com este nível de customização e de design próprio,” e, embora confiante de que “há mercado em Portugal” para o tipo de barco em causa, confia no potencial da Ohnos para também atrair clientes de outros países, sobretudo aqueles “onde há mais prática náutica e cultura da água” devido à proximidade a grandes rios e lagos. A expectativa de Cátia Rebelo é que a empresa apoiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência no âmbito da medida “Vouchers para Startups - Novos Produtos Verdes e Digitais” possa criar duas a três embarcações por ano, com recurso a uma equipa que, além dos engenheiros fundadores, também envolve carpinteiros, eletricistas, designers, técnicos de programação CNC e outros especialistas em transporte náutico. O prazo de entrega será de oito meses e João Gonçalves justifica: “Não é trabalho que se possa apressar, porque muitas das peças que utilizamos nem sequer existem em Portugal e outras são concebidas por encomenda a partir de desenhos nossos, com especificações definidas caso a caso, barco a barco”.
Bugalho desafia Carneiro a dizer se quer dialogar com PSD ou acusá-lo de aliança com Chega
Bugalho falava num almoço em Águeda (distrito de Aveiro), no âmbito da volta nacional autárquica do PSD, que no domingo não contou com a presença do líder social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro. Na sua intervenção, depois dos elogios à obra local, o cabeça de lista da AD nas últimas europeias disse ser o momento de fazer um balanço “não necessariamente feliz” dos primeiros três meses da liderança do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro. “Eu acho que já se percebeu que não se percebe nada sobre o Dr. José Luís Carneiro”, começou por acusar. O eurodeputado criticou o líder do PS por, neste período, ter desafiado o Governo “para cinco pactos de regime” e, ao mesmo tempo, acusado o executivo de estar coligado com o Chega. “O PS quer fazer acordos com alguém que acusa de estar ao lado do Chega. É um pouco estranho. Eu acho que é tempo do Dr. José Luís Carneiro se decidir, se quer dialogar ou se quer acusar, se quer soluções ou se quer problemas, se quer acordos em nome do interesse nacional, ou se quer o populismo do seu interesse partidário”, criticou. Bugalho frisou ainda que, apesar de o secretário-geral do PS ter dito que os seus candidatos “nunca negociariam com o partido de André Ventura”, existe um numa capital de distrito “a dizer que vai negociar com quem quiser”, numa referência a João Azevedo, em Viseu. “Nós, nas nossas candidaturas locais, não temos nada a ver nem com uns, nem com outros: nem com aqueles que dizem que os políticos são todos iguais, nem com aqueles que querem que fique tudo na mesma”, afirmou. E acrescentou: “Eu acho que é tempo de dizer à liderança do PS que quem ganhou as eleições ao Chega foi o PSD. Quem vai continuar a ganhar as eleições ao Chega será o PSD. E quem perdeu as eleições para o Chega foi o PS. É uma grande diferença”. O eurodeputado aproveitou para deixar duas perguntas a José Luís Carneiro sobre o mais recente pacote do Governo sobre habitação, que tem merecido muitas críticas do socialista. “Há ou não falta de casas disponíveis no mercado para adquirir ou arrendar em Portugal? Sim ou não? Sabemos todos que há. Segunda pergunta, as medidas deste Governo vão ou não colocar mais casas no mercado? Sim ou não?”, desafiou. Bugalho disse querer fazer até “uma aposta com os vários líderes da oposição”: “Se aprovarem na Assembleia da República a descida do IVA para a construção, vamos ver se daqui a um ou dois anos a receita fiscal não vai aumentar, apesar dessa descida do IVA”, disse. Sobre Águeda, o eurodeputado elogiou não só os projetos desenvolvidos pelo movimento “Juntos por Águeda” nos últimos dois mandatos, como o facto de o PSD ser um partido aberto “a independentes” e “aos melhores de cada comunidade”. Em Águeda, o candidato do PSD (numa coligação com o MPT) é o atual presidente da Câmara, o independente Jorge Almeida, que prometeu manter o município como um dos concelhos com mais baixos impostos do país. Além de Jorge Almeida, concorrem à Câmara de Águeda Catarina Martins (Chega), Milton Matos (CDU), Cláudia Afonso (BE), Antero Almeida (CDS) e Francisco Vitorino (PS). As eleições autárquicas estão agendadas para dia 12 de outubro.
Últimas
João Manuel Oliveira e Pedro Pires da Rosa comentam hoje debates e campanha eleitoral na Ria
O painel de comentadores será composto por João Manuel Oliveira, assessor de comunicação e candidato à Assembleia Municipal pela coligação 'Aliança com Aveiro' (PSD/CDS/PPM), e Pedro Pires da Rosa, advogado e candidato à Assembleia Municipal pelo Partido Socialista. Ambos irão analisar não só o debate desta noite, mas também o confronto de ontem entre os candidatos dos partidos com assento na Assembleia Municipal, bem como as estratégias que têm marcado a campanha eleitoral. A emissão será conduzida pelo jornalista Gonçalo Pina, em direto no Facebook e YouTube da Ria, proporcionando ao público uma leitura crítica e plural dos momentos-chave que antecedem as eleições autárquicas de 2025 no concelho de Aveiro.
Cerca de 67% dos idosos vitimas de violência estão fora de serviços da rede de apoio social
Na véspera do Dia Nacional da Pessoa Idosa, a entidade fundadora desta linha nacional, a Fundação Bissaya Barreto, de Coimbra, divulga números recolhidos durante mais de uma década e que apontam como prioridade a proteção da saúde mental e as redes de apoio no combate à violência contra esta faixa etária. Nos mais de 2.000 pedidos de ajuda referentes a pessoas idosas vítimas de violência recebidos pela linha desde que foi criada, em 2014, a violência psicológica é a forma mais identificada (55%), seguida da negligência (41%), da violência financeira (28%) e da violência física (20%). Os casos de abandono atingem os 11%, a violência institucional 8% e a autonegligência 12%, adiantam os dados a que a agência Lusa teve hoje acesso. O estudo adianta que a maioria dos agressores de pessoas idosas convive diariamente em coabitação com a vítima (47%), sendo muitas vezes os próprios filhos ou cônjuges, o que torna a violência um fenómeno oculto e de difícil denúncia, sendo que metade dos agressores é filho/a da vítima e cerca de 21% dos casos de violência prolongam-se durante mais de cinco anos, “revelando um caráter reiterado”. A maioria das situações reportadas envolve mulheres, muitas vezes viúvas, em situação de dependência física ou cognitiva, com escassa rede de apoio familiar ou comunitário, segundo os números da Linha SOS Pessoa Idosa, dirigida por Marta Ferreira. A análise dos casos mostra que a saúde mental é uma das áreas mais críticas, pois cerca de um quarto das vítimas apresenta indícios ou diagnóstico de demência e 22% sofre de doença mental, “fatores que agravam a vulnerabilidade e o risco de isolamento”, segundo a análise efetuada, que acrescenta que também nos agressores a presença de patologias mentais é frequente e indicada como um fator preditor da ocorrência de violência. Os dados apontam que cerca de 30% dos agressores apresentam problemas de saúde mental, frequentemente associados a consumos de estupefacientes ou álcool (11%). Além disso, acrescenta a fundação, a sobrecarga do cuidador (12%), isolamento social, antecedentes de violência e dependência habitacional do idoso constituem fatores adicionais que potenciam este ciclo de abuso. A responsável por este serviço nacional, Marta Ferreira afirma, em comunicado, que “as redes de apoio representam uma das ferramentas mais poderosas na prevenção e combate à violência, mas, infelizmente, o alcance é limitado”, salientando que “este acompanhamento possibilita a deteção de casos e intervenções mais profícuas, transformando a rede de apoio num verdadeiro fator de proteção e de prevenção da violência”. “É crucial reforçar os recursos disponíveis e garantir que a saúde mental passa a ocupar um lugar central nas políticas públicas e na ação institucional”, defende. Apesar da dimensão do problema, os dados apontam que a subnotificação dos casos continua a ser elevada, pois em 58% das situações é pedido anonimato e muitos idosos não denunciam por medo, vergonha ou dependência emocional e financeira. “O silêncio continua a ser o maior aliado da violência. É essencial que a comunidade esteja atenta e que as redes de apoio funcionem de forma eficaz”, alerta Marta Ferreira. Desde maio de 2014 que o Serviço SOS Pessoa Idosa disponibiliza uma linha nacional e gratuita (800 102 100) e o contacto por e-mail, [email protected], para denúncia de situações de violência ou negligência. O serviço “assegura anonimato a quem procura ajuda e dispõe de atendimento direto e personalizado, assim como de mediação familiar. Paralelamente, promove a articulação entre governo, instituições, organizações, comunidades e cidadãos, com o objetivo de reforçar as redes de apoio e valorizar as pessoas idosas”.
Pateira de Fermentelos recebeu nova ceifeira aquática para combater invasão de jacintos-de-água
Conforme assinala o Município de Águeda em declarações à Agência Lusa, o equipamento que foi adquirido nos Países Baixos vem substituir a ceifeira que tem sido utilizada e que já tem 18 anos. Com este investimento de 700 mil euros, a autarquia afirma que a capacidade de resposta na remoção e controlo da espécie invasora vai ser aumentada. No entanto, Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, admite que a remoção dos jacintos “é uma operação com alguma complexidade” e que vai ser impossível extinguir completamente a espécie infestante.
BE-Aveiro reafirma propostas no campo da mobilidade e da habitação no arranque campanha eleitoral
O cabeça-de-lista aponta também à adoção de um novo modelo de urbanismo “que ponha as pessoas e o ambiente no centro das decisões e não os interesses especulativos”, à criação de uma rede pública de creches e lares e à criação do Parque Natural da Ria de Aveiro. A habitação é mesmo o problema que, segundo João Moniz, merece uma resposta mais urgente. Tal como já tinha referido, o objetivo do BE é duplicar o parque habitacional público ao longo da próxima década, o que representa um acréscimo de 800 a 1000 casas. Para poder concretizar a proposta, que considera “ambiciosa, mas realista”, o candidato refere a necessidade de avançar com um projeto de habitação pública no antigo Hospital de Saúde Mental de São Bernardo e de exercer “pressão máxima” junto do governo para concretizar o projeto de habitação pública nos terrenos da antiga Luzoestela. No mesmo sentido, João Moniz afirma que devem ser “expropriados 20 hectares de campos de milho entre a Av. Francisco Sá Carneiro e a EN109 e avançar com um Plano de Pormenor para essa zona que articule habitação pública com amplos espaços públicos, parques verdes e mobilidade intermodal”. Até agora, de acordo com o comunicado, o partido esteve envolvido no contacto direto com a população no feira de Oliveirinha e na Feira dos 28, no Mercado de Santiago e num convívio com a população em Nossa Senhora de Fátima.