RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Bugalho desafia Carneiro a dizer se quer dialogar com PSD ou acusá-lo de aliança com Chega

O eurodeputado do PSD Sebastião Bugalho desafiou este domigno o líder do PS a dizer se quer dialogar com o PSD ou acusá-lo de se aliar ao Chega, defendendo que foram os sociais-democratas a vencer as eleições a André Ventura.

Bugalho desafia Carneiro a dizer se quer dialogar com PSD ou acusá-lo de aliança com Chega
Redação

Redação

29 set 2025, 09:05

Bugalho falava num almoço em Águeda (distrito de Aveiro), no âmbito da volta nacional autárquica do PSD, que no domingo não contou com a presença do líder social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro. Na sua intervenção, depois dos elogios à obra local, o cabeça de lista da AD nas últimas europeias disse ser o momento de fazer um balanço “não necessariamente feliz” dos primeiros três meses da liderança do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro.

“Eu acho que já se percebeu que não se percebe nada sobre o Dr. José Luís Carneiro”, começou por acusar.

O eurodeputado criticou o líder do PS por, neste período, ter desafiado o Governo “para cinco pactos de regime” e, ao mesmo tempo, acusado o executivo de estar coligado com o Chega. “O PS quer fazer acordos com alguém que acusa de estar ao lado do Chega. É um pouco estranho. Eu acho que é tempo do Dr. José Luís Carneiro se decidir, se quer dialogar ou se quer acusar, se quer soluções ou se quer problemas, se quer acordos em nome do interesse nacional, ou se quer o populismo do seu interesse partidário”, criticou.

Bugalho frisou ainda que, apesar de o secretário-geral do PS ter dito que os seus candidatos “nunca negociariam com o partido de André Ventura”, existe um numa capital de distrito “a dizer que vai negociar com quem quiser”, numa referência a João Azevedo, em Viseu. “Nós, nas nossas candidaturas locais, não temos nada a ver nem com uns, nem com outros: nem com aqueles que dizem que os políticos são todos iguais, nem com aqueles que querem que fique tudo na mesma”, afirmou.

E acrescentou: “Eu acho que é tempo de dizer à liderança do PS que quem ganhou as eleições ao Chega foi o PSD. Quem vai continuar a ganhar as eleições ao Chega será o PSD. E quem perdeu as eleições para o Chega foi o PS. É uma grande diferença”.

O eurodeputado aproveitou para deixar duas perguntas a José Luís Carneiro sobre o mais recente pacote do Governo sobre habitação, que tem merecido muitas críticas do socialista. “Há ou não falta de casas disponíveis no mercado para adquirir ou arrendar em Portugal? Sim ou não? Sabemos todos que há. Segunda pergunta, as medidas deste Governo vão ou não colocar mais casas no mercado? Sim ou não?”, desafiou.

Bugalho disse querer fazer até “uma aposta com os vários líderes da oposição”: “Se aprovarem na Assembleia da República a descida do IVA para a construção, vamos ver se daqui a um ou dois anos a receita fiscal não vai aumentar, apesar dessa descida do IVA”, disse.

Sobre Águeda, o eurodeputado elogiou não só os projetos desenvolvidos pelo movimento “Juntos por Águeda” nos últimos dois mandatos, como o facto de o PSD ser um partido aberto “a independentes” e “aos melhores de cada comunidade”.

Em Águeda, o candidato do PSD (numa coligação com o MPT) é o atual presidente da Câmara, o independente Jorge Almeida, que prometeu manter o município como um dos concelhos com mais baixos impostos do país.

Além de Jorge Almeida, concorrem à Câmara de Águeda Catarina Martins (Chega), Milton Matos (CDU), Cláudia Afonso (BE), Antero Almeida (CDS) e Francisco Vitorino (PS).

As eleições autárquicas estão agendadas para dia 12 de outubro.

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Cordão dunar entre as praias da Barra e Costa Nova reforçado com dragados
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Cordão dunar entre as praias da Barra e Costa Nova reforçado com dragados

“Terminada a época balnear, encontra-se a decorrer a intervenção de reforço do cordão dunar, entre a Costa Nova do Prado e a Praia da Barra, na zona que foi afetada pela agitação marítima e subida do mar, em fevereiro passado”, dá conta a autarquia em nota de imprensa. A operação, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), contempla a alimentação artificial da praia a sul do esporão da Barra, numa extensão aproximada de 700 metros. Para o reforço do cordão dunar são utilizados inertes provenientes das dragagens de manutenção realizadas pelo Porto de Aveiro. “Esta solução permite repor a areia e reforçar a proteção natural da frente costeira”, salienta o texto.  Além da deposição de dragados, será ainda removido um pequeno esporão localizado a sul do esporão da Barra, considerado obsoleto. Os materiais provenientes do desmantelamento desse esporão “vão ser reaproveitados para reforçar a raiz do esporão da Barra e mitigar os efeitos da erosão sobre o cordão dunar naquela zona”. De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, a intervenção “visa proteger e conservar a linha de costa, funcionando como uma defesa passiva contra a erosão e antecipando riscos agravados pelas alterações climáticas”.  O prazo de execução previsto, tanto para a alimentação artificial de areia, como para a remoção do esporão sul e consolidação do esporão da Barra, é de cerca de um mês, segundo avança a autarquia. Em fevereiro, o mar avançou vários metros sobre as dunas, devido às marés e à forte ondulação, e destruiu parte do passadiço que ligava as praias da Barra e Costa Nova. Na ocasião, o presidente da Câmara de Ílhavo queixou-se de que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não intervinha para resolver o problema (do avanço do mar sobre as dunas naquela zona), lamentando que, desde 2020, não eram feitas recargas de areia, defendendo a deposição de sedimentos como medida para conter o avanço do mar.

Empresa de Ovar cria lanchas de autor para atenuar dilema ambiental de barcos abandonados
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Instalada em Esmoriz, no referido município do distrito de Aveiro, a Ohnos resulta de um conceito desenvolvido por João Gonçalves e Cátia Rebelo, dois engenheiros eletrotécnicos e de computadores que, tendo atividade profissional noutros setores, se lançaram na náutica artesanal para dar resposta a um “grande problema ambiental da atualidade”. “O fim de vida da maioria das embarcações é um problema muito complicado de resolver, porque, mesmo com uma lancha pequena, o abate é tão caro e tão complicado que os proprietários optam simplesmente por abandoná-la ou então afundam-na de propósito para a darem como perdida”, declara à Lusa o fundador e gestor de projetos da marca, João Gonçalves. Mesmo que o barco esteja numa zona de atracagem permitida, “fica mais barato ao proprietário pagar uns tostões por ano à marina do que desfazer-se dele em definitivo, porque não há quem trate devidamente do assunto” e descarte peças e materiais de acordo com as “complicadas” normas de reciclagem do setor. Para Cátia Rebelo, cofundadora e diretora de estratégia da Ohnos, é isso que explica a presença de “tantos barcos abandonados nas margens do rio Douro ou nas praias da Torreira, todos cheios de ferrugem, fugas de óleo” e com fibra de vidro “impossível de decompor”, o que gera um problema ambiental crescente que “a atual legislação portuguesa não está a saber tratar”. Para lidar com isso, o processo produtivo da empresa começa pela identificação de embarcações sem utilização cujos cascos sejam viáveis e, após um diagnóstico positivo, a respetiva compra. A partir daí, o casco é libertado de todos os elementos supérfluos e, uma vez limpa essa carcaça “mesmo até à fibra”, ela começa a ser adaptada ao novo desenho de João Gonçalves – no caso dos barcos por ele idealizados – ou às especificações indicadas pelo cliente – quando há uma encomenda prévia. Além de “sistemas de combustível topo de gama”, as embarcações ganham assim decks e solários de cortiça criados a partir de moldes próprios, mobiliário exclusivo como cadeiras de skipper com orientação variável para proa ou popa, dupla hélice para maior estabilidade e propulsão, motores de última geração em termos de consumo e desempenho ambiental, âncoras em aço inoxidável 316L, luzes LED subaquáticas, comandos digitais, diários de bordo, etc. Face a características como essas e a determinadas certificações, os preços finais são desta ordem: uma lancha com seis metros de comprimento custará cerca de 60.000 euros, uma de 10 metros pode chegar aos 280.000 e aquela em que a Ohnos está a trabalhar atualmente, com 14 metros e duas cabines, ainda não tem custo definido, mas será de valor bem mais elevado. “Uma embarcação destas não é aquele artigo de luxo produzido em massa, com vários exemplares iguais para todas as pessoas que tenham capacidade financeira de os comprar”, realça Cátia Rebelo. “É um artigo único, irrepetível, para quem aprecia verdadeira exclusividade e valoriza trabalho artesanal exigente”, defende. João Gonçalves afirma que “não há ninguém na Península Ibérica a produzir assim, com este nível de customização e de design próprio,” e, embora confiante de que “há mercado em Portugal” para o tipo de barco em causa, confia no potencial da Ohnos para também atrair clientes de outros países, sobretudo aqueles “onde há mais prática náutica e cultura da água” devido à proximidade a grandes rios e lagos. A expectativa de Cátia Rebelo é que a empresa apoiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência no âmbito da medida “Vouchers para Startups - Novos Produtos Verdes e Digitais” possa criar duas a três embarcações por ano, com recurso a uma equipa que, além dos engenheiros fundadores, também envolve carpinteiros, eletricistas, designers, técnicos de programação CNC e outros especialistas em transporte náutico. O prazo de entrega será de oito meses e João Gonçalves justifica: “Não é trabalho que se possa apressar, porque muitas das peças que utilizamos nem sequer existem em Portugal e outras são concebidas por encomenda a partir de desenhos nossos, com especificações definidas caso a caso, barco a barco”.

Autárquicas: Nuno Melo aposta em Vale de Cambra, Oliveira do Bairro e Albergaria-a-Velha
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Autárquicas: Nuno Melo aposta em Vale de Cambra, Oliveira do Bairro e Albergaria-a-Velha

Além de Aveiro, o roteiro inclui Velas (Açores), Santana (Madeira) e Ponte de Lima (Viana do Castelo). A volta nacional de Nuno Melo arranca na segunda-feira, ainda antes do início oficial da campanha, em Vila Franca de Xira, onde a candidatura é encabeçada pelo líder parlamentar do partido, Paulo Núncio. Nesse mesmo dia, segue para Almada, com a vice-presidente Ana Clara Birrento. Na quarta-feira, o líder do CDS-PP estará em Sintra, em apoio ao candidato Maurício Rodrigues, e no dia 4 de outubro desloca-se a Viseu, onde o antigo deputado Hélder Amaral enfrenta o autarca social-democrata Fernando Ruas. Durante a primeira semana de campanha, estão ainda previstas passagens por Mondim de Basto, Leiria, Covilhã, Vieira do Minho, Vila Verde, Oliveira do Hospital e Meda. Na segunda semana estará também em Torre de Moncorvo, Vagos, Montemor-o-Novo e Sever do Vouga. Fonte oficial do partido disse ainda à agência Lusa que Nuno Melo deverá estar com o líder do PSD, e primeiro-ministro, Luís Montenegro, num jantar/comício no dia 08 de outubro, em Santarém, onde João Leite concorre pela AD. De acordo com a mesma fonte, poderão acontecer mais cruzamentos das duas campanhas e dos dois líderes, em locais onde estes partidos concorram coligados. Já em Lisboa e no Porto, não estão previstas ações do CDS-PP, uma vez que apoia as candidaturas de Carlos Moedas e Pedro Duarte, respetivamente, em coligação com PSD e IL. O encerramento da campanha está previsto para os Açores. Nesta campanha para as eleições autárquicas de 12 de outubro, Nuno Melo vai apostar em ações de contacto com a população e arruadas, visitas a feiras e mercados e comícios.

Distrito de Aveiro sob aviso amarelo este sábado devido à agitação marítima
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Distrito de Aveiro sob aviso amarelo este sábado devido à agitação marítima

Este sábado, além do distrito de Aveiro, também Coimbra, Braga e Porto estarão sob aviso amarelo. Nestes quatro distritos, o alerta vigorará até às 9h00 de domingo. No caso dos distritos de Faro, Setúbal, Lisboa, Leiria e Beja, o IPMA elevou o aviso para laranja. De acordo com o IPMA, o aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de três, foi determinado devido à previsão de agitação marítima forte, com ondas de oeste/sudoeste com 05 a 06 metros, podendo atingir os 11 metros de altura máxima. Estes cinco distritos vão estar também sob aviso amarelo no sábado a partir das 18h00. O estado do tempo em Portugal continental poderá ser afetado a partir de sábado pela passagem da depressão pós-tropical Gabrielle, que está a afetar os Açores desde quinta-feira.

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Câmara Municipal de Aveiro apresenta projeto de reabilitação e ampliação do Conservatório de Aveiro
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Recorde-se que a obra não tem sido consensual ao longo dos últimos meses. No passado dia 29, Alberto Souto, candidato do Partido Socialista à autarquia, interpôs uma providência cautelar à demolição do edifício que servia de sede à CERCIAV, que está integrado no projeto de remodelação e ampliação do Conservatório. Mais tarde, para poder prosseguir com a demolição, a Câmara Municipal aprovou, na reunião do passado dia 7 de agosto, uma resolução fundamentada que acabou com a suspensão resultante da providência cautelar. Agora, e depois de aprovada a abertura do concurso público para a obra com um valor-base de 6.893.848,21€, a autarquia revelou as primeiras imagens do projeto. Segundo a autarquia escreve na nota de imprensa, o projeto prevê a construção de uma ala nova para a área de formação em dança, salas de estudo individual e um novo hall de entrada com condições de acessibilidade universais, através de escada e elevador.

JSD e JP-Aveiro divulgam Manifesto Autárquico Jovem assente em oito pilares
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De acordo com a publicação divulgada pelas juventudes, o manifesto resulta de “meses de trabalho e dedicação” e é “simples, direto e de facílima leitura”. Da mesma forma, na página inicial, num comunicado assinado por Leonardo Maio, presidente da JSD-Aveiro, e por Carlota Ferreira Braga, presidente da JP-Aveiro, os dirigentes afirmam que, na construção do documento, foram tidas conversas com os “profissionais mais capacitados” e com associações juvenis para procurar respostas para os problemas existentes. O tema que abre o Manifesto é a mobilidade, onde os sociais-democratas e os centristas apresentam seis propostas. Entre as medidas que jovens querem ver implementadas estão a construção de parques de estacionamento em altura, o alargamento do sistema de Bugas a todas as freguesias e realizar um estudo externo para melhorar a rede de autocarros. No âmbito ambiental, as juventudes propõem criar um plano estratégico para substituir o eucalipto em áreas abandonadas, organizar cimeiras de empreendedorismo no Parque de Exposições de Aveiro, instalar painéis fotovoltaicos nos edifícios camarários e continuar a modernização da iluminação pública. Já na página dedicada à higiene urbana, é sugerida a instalação de novos bebedouros no espaço público, a criação de parques caninos no Município e a instalação de cinzeiros ao ar livre, entre outras propostas. Algumas das propostas mais sonantes que as juventudes partidárias fazem para as outras áreas são a dinamização da zona do Estádio Municipal de Aveiro através de parcerias com entidades oficiais para acolher campeonatos europeus e mundiais, assim como concertos de renome, a introdução do Selo Emprego Jovem para empresas que contratem pessoas com menos de 30 anos, a reabilitação dos Centros de Saúde no concelho, com prioridade para a Unidade de Saúde Familiar (USF) Moliceiro ou a atribuição de dois cheques-psicólogo por ano a todos os jovens trabalhadores até aos 30 anos.

Debate alargado reúne esta noite os candidatos à Câmara Municipal de Aveiro
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O encontro junta os seis candidatos à presidência da Câmara Municipal de Aveiro dos partidos que atualmente têm assento na Assembleia Municipal: Luís Souto, pela coligação 'Aliança com Aveiro' (PPD/PSD.CDS-PP.PPM), Alberto Souto, do PS, Diogo Soares Machado, do Chega, João Moniz, do Bloco de Esquerda, Ana Rita Moreira, do PAN, e Isabel Tavares, da CDU. O debate será transmitido em direto no Facebook e no YouTube da Ria e promete um confronto de ideias sobre as principais prioridades e desafios do concelho numa fase determinante da campanha para as eleições autárquicas de 2025. Logo após o debate, a Ria apresenta uma emissão especial dedicada à análise do desempenho dos candidatos e das estratégias eleitorais que têm marcado esta campanha. O painel de comentadores contará com Filipe Teles, pró-reitor da Universidade de Aveiro e especialista em governação local, Pedro Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Crédito Agrícola do Baixo Vouga e ex-vereador da Câmara Municipal de Aveiro entre 2005 e 2013, e André Reis, diretor executivo da Ria – Rádio Universitária de Aveiro. A emissão pós-debate será também transmitida nas plataformas digitais da Ria e pretende oferecer ao público uma leitura crítica e contextualizada dos argumentos apresentados pelos candidatos e das mensagens que têm marcado a disputa eleitoral no concelho.

Livre quer Aveiro como “cidade dos 15 minutos” com habitação, mobilidade e sustentabilidade
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“Porque Aveiro é muito mais do que um lugar onde vivemos, é a cidade que queremos transformar no palco do nosso presente, mas também do nosso futuro”, afirmou o candidato, sublinhando a necessidade de repensar o desenvolvimento do município “baseado na representação, participação e proximidade”. Bruno Fonseca destacou a importância de “trazer os valores democráticos para a vida quotidiana, no bairro, na escola, no transporte que apanhamos de manhã, na praça que partilhamos ao fim do dia”. Entre as prioridades da candidatura, o candidato apontou a habitação como “um dos problemas mais urgentes”, lembrando que “as rendas e os preços para arrendamento ou compra já não são comportáveis” e que “jovens, famílias e estudantes estão a ser empurrados para fora da cidade”. Para responder a esta realidade, o Livre propõe “mais habitação pública, cooperativas de habitação e a aplicação e reforço do programa municipal 3C - Casa, Conforto e Clima”. No domínio da mobilidade, Bruno Fonseca defendeu uma estratégia “moderna, verde e inclusiva”, sublinhando a necessidade de aproximar serviços e equipamentos dos cidadãos. O candidato do Livre afirmou querer transformar Aveiro numa “cidade dos 15 minutos”, onde as pessoas teriam os “serviços perto de casa”. Entre as propostas apresentadas, destacou-se a criação de um metro de superfície, assegurando uma ligação “efetiva” com a linha do Vouguinha. Para concretizar essa visão, considerou essencial uma “requalificação efetiva” e defendeu que a Câmara deve pressionar o Governo Central a assumir essa prioridade. Bruno Fonseca apontou ainda outras medidas, como a construção de ciclovias integradas, a implementação de um passe intermodal acessível e tendencialmente gratuito, e o reforço da qualidade e frequência dos transportes públicos. “A mobilidade é liberdade. É tempo devolvido às pessoas”, resumiu. A nível ambiental, Bruno Fonseca afirmou que “Aveiro é Ria”, mas que perante a crise climática também é “fragilidade”. “Precisamos de um município que aplique um plano de arborização em todas as freguesias, reforce os seus espaços verdes, crie também hortas comunitárias, proteja de facto a ria de Aveiro e os seus ecossistemas”, insistiu, defendendo ainda que a cidade não precisa de construções de 12 andares numa referência direta ao Plano de Pormenor do Cais do Paraíso.  “Uma sustentabilidade que garante um urbanismo sustentável e resiliente contra cheias e incêndios, porque a justiça climática começa no território onde vivemos”, continuou. No setor da saúde, o candidato reivindicou melhores acessos, mais profissionais e investimento no Hospital de Aveiro. Entre as medidas propostas, destacou a criação de centros de dia e creches descentralizados, programas de literacia em saúde, apoio a cuidadores informais e iniciativas de enriquecimento ativo, promovendo a intergeracionalidade. Bruno Fonseca defendeu também que Aveiro deve ser “uma cidade que combate todas as formas de desigualdade”, onde não haja barreiras de acessibilidade e em que “pessoas LGBT, imigrantes, idosos, pessoas com deficiência ou vítimas de violência doméstica se sintam verdadeiramente livres e protegidas”. No ensino, o candidato do Livre deixou também a nota de que querem “abrir as escolas à comunidade e valorizar o ensino profissional”. Na cultura, o apoio aos artistas e a criação de cooperativas culturais. Na economia, a valorização do comércio local e a aposta numa economia circular que estimule a “inovação sustentável”. “Porque uma cidade que valoriza o conhecimento e a cultura é uma cidade que cresce sem deixar ninguém para trás”, finalizou. A apresentação da candidatura contou ainda com os contributos de Aurora Cerqueira, número dois na lista para a Assembleia Municipal e João Paixão, número três para a Assembleia Municipal. No momento esteve ainda presente o deputado à Assembleia da República eleito pelo Porto, Jorge Pinto. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, esta é a primeira vez que o partido Livre vai avançar com uma candidatura ao Município de Aveiro.