RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Abate do ferryboat “Cale de Aveiro” tem de ser oficializado “este ano”

O abate do antigo ferryboat “Cale de Aveiro”, substituído pelo ferry “Salicórnia” (a primeira embarcação 100% elétrica da Península Ibérica), responsável pelo serviço de travessia entre São Jacinto e o Forte da Barra, em Aveiro, vai ser formalizado “este ano”. A informação foi avançada por José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, na última reunião camarária.

Abate do ferryboat “Cale de Aveiro” tem de ser oficializado “este ano”
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
16 nov 2024, 15:51

Questionado por Rui Soares Carneiro, vereador do Partido Socialista (PS), antes do período da ordem do dia, sobre os “desenvolvimentos” do desmantelamento e envio para a sucata do antigo ferryboat “Cale de Aveiro”, Ribau Esteves realçou, em entrevista à Ria, que os problemas estão no “procedimento administrativo”. “Como é que se abate? Todos nós sabemos como se abate um carro (…) não é um processo fácil, mas é um processo comum. Um navio, um ferryboat de uma Câmara Municipal…. Qual foi o último que se abateu em Portugal? Não há. Estamos num episódio único”, relembrou.

Face a isto, o autarca aveirense disse estar a “ultimar o procedimento” em conjunto com a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e a Capitania do Porto de Aveiro. “Não temos a certeza que o que vamos fazer esteja 100% bem. Ninguém tem, mas vamos fazer. Temos de abater o navio”, afirmou. Neste caso, “abater tem duas dimensões: a dimensão administrativa [a matrícula e o licenciamento] (…) e depois tem o outro abate de fazer um concurso para que uma empresa que desmantela navios faça o seu desmantelamento como manda a lei”, completou.

Ribau Esteves recordou que abater o ferry “Cale de Aveiro” era uma das “obrigações” do contrato com o fundo comunitário [POSEUR] que financiou a nova embarcação elétrica. “Nós temos de formalizar o abate durante este ano. O lançamento do procedimento de abate tem de acontecer este ano. É uma obrigação contratual. Vai correr bem? A fase administrativa vai seguramente (…) A outra parte física? Vamos a um concurso. Sabemos que em Portugal há uma empresa que faz uma coisa desta natureza”, disse.

Sobre os custos do desmantelamento, o autarca aveirense referiu “não saber” e “não estar muito preocupado com isso”. “A lógica é de hasta pública em que vamos definir um valor porque o desmantelar tem um custo, mas tem uma receita. A empresa que vai comprar o ferro e pô-lo a abater vai ter custos (…) mas o ferro cortado é vendido em regra à siderurgia nacional para entrar no ciclo de fundição e voltar a ser ferro”, reconheceu.

O “Salicórnia” é o primeiro ferryboat elétrico a ser desenvolvido inteiramente em Portugal, por empresas nacionais, para servir uma região portuguesa. É também o primeiro ferry elétrico da Península Ibérica.O projeto do ferryboat elétrico representou um investimento total do Município de Aveiro de cerca de nove milhões de euros, tendo sido também cofinanciado pelo POSEUR, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo de Coesão, no valor de 2,25 milhões de euros. A embarcação foi inaugurada no dia 2 de fevereiro deste ano.

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PS e PAN inauguram esta noite ciclo de debates autárquicos promovido pela Ria
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PS e PAN inauguram esta noite ciclo de debates autárquicos promovido pela Ria

A sessão de hoje contará com a presença dos dois candidatos à Câmara Municipal de Aveiro: Ana Rita Moreira pelo PAN e Alberto Souto de Miranda pelo PS. Ana Rita Moreira tem 24 anos, é formada em sociologia pela Universidade da Beira Interior, encontrando-se a desenvolver o seu doutoramento em Gerontologia e Geriatria, no âmbito do programa doutoral do ICBAS-Universidade do Porto/Universidade de Aveiro, com um projeto focado na solidão das pessoas idosas, dando continuidade ao tema do seu mestrado. Atualmente residente e a realizar um estágio profissional na sua área de especialização em Águeda, a candidata é membro da Comissão Política Distrital de Aveiro do PAN, sendo também associada da Associação Nacional de Gerontólogos. Alberto Souto de Miranda tem 67 anos, é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e pós-graduado e mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi presidente do Município de Aveiro entre 1998 e 2005 e Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações no XXI e no XXII Governos constitucionais. No currículo profissional constam ainda empresas como a Caixa Geral de Depósitos, a Autoridade Nacional das Comunicações, o Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Europeu de Investimento.  O frente-a-frente de hoje [entre o PAN e o PS] terá início pelas 20h30 e poderá ser acompanhado pelo Facebook e pelo Youtube da Ria. No dia seguinte, 10 de setembro, segue-se o partido Chega (CH) e o Bloco de Esquerda (BE) e no dia 11 de setembro, quinta-feira, o BE e o PAN, no mesmo horário e nos mesmos moldes. Os debates irão abordar questões sobre a atualidade da campanha, perguntas temáticas em áreas como habitação, urbanismo, mobilidade, transportes, turismo, educação, economia, empresas, inovação, ambiente, espaço público, saúde, ação social, educação, desporto e cultura, bem como questões sobre governabilidade na Câmara e na Assembleia Municipal. Todos os tempos serão cronometrados e iguais para cada candidatura, garantindo equilíbrio no confronto de ideias. Tal como noticiado pela Ria, durante quatro semanas, os candidatos às eleições autárquicas em Aveiro vão confrontar-se em duelos diretos, com 45 minutos de duração, e em debates alargados, com 90 minutos. Dos debates frente-a-frente, dos partidos com assento na AM, apenas Luís Souto de Miranda, candidato da coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS/PPM), não estará presente. Serão ainda realizados dois debates alargados: um no dia 29 de setembro, pelas 20h30, com todos os partidos com assento na AM (‘Aliança com Aveiro’, Partido Socialista, PAN, Bloco de Esquerda, Chega e CDU), e outro no dia seguinte, à mesma hora, com todos os partidos sem assento na AM (Iniciativa Liberal, Livre e Nós, Cidadãos!).

PS Aveiro apresenta amanhã André Ferreira como candidato à Junta de São Bernardo
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PS Aveiro apresenta amanhã André Ferreira como candidato à Junta de São Bernardo

Com 41 anos, André Ferreira é natural de Aveiro e é Técnico Superior de Justiça. Nas eleições de 2021 integrou, como número três, o movimento independente São Bernardo Mais e Melhor (SB-MM), tal como noticiado pela Ria, pelo qual foi eleito vogal na Assembleia de Freguesia -cargo que ainda exerce. Citado numa nota do PS Aveiro enviada às redações, o candidato à Junta diz que São Bernardo tem um enorme potencial e juventude. “Quero potencializar essa juventude e energia para fazer crescer a freguesia”, sublinha. André Ferreira, desde jovem, faz ainda parte da Associação Musical e Cultural de São Bernardo, onde é músico e também dirigente: “vogal da direção, vice-presidente e presidente da direção”. Na mesma associação preside atualmente à Assembleia Geral. No campo do desporto foi ainda jogador de andebol do Centro Desportivo de São Bernardo. “Por tudo isto, está bastante familiarizado com as necessidades das associações e das gentes de São Bernardo”, sublinha a nota. Nas últimas autárquicas, a coligação 'Aliança com Aveiro' venceu em São Bernardo com 53,61% dos votos e seis mandatos, seguida do SB-MM com 29,02% e três mandatos. O PS não teve representação direta.

Cais do Paraíso: revogação do Plano de Pormenor pode obrigar a indemnizações
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Cais do Paraíso: revogação do Plano de Pormenor pode obrigar a indemnizações

Na última sessão da Assembleia Municipal, o presidente da Câmara, José Ribau Esteves, começou por afastar de forma categórica a hipótese de compensações financeiras. “A revogação deste Plano de Pormenor implica indemnizar alguém? Resposta clara e cristalina: negativo”, afirmou, lembrando que “o nosso PDM acabou com construção de 6 pisos para 0, de 6 para 2, teve mudanças brutais em Santa Joana, em São Bernardo, em tantos sítios” sem que tivesse havido indemnizações. O autarca acrescentou que também não existe risco de o investidor avançar de imediato com a obra, já que, mesmo que o projeto desse entrada logo após a publicação do plano, “menos de 3/4 meses [para emitir licença] é impossível”, devido às várias etapas internas e externas necessárias. Com o objetivo de esclarecer estas e outras questões, a Ria - Rádio Universitária de Aveiro ouviu Fernanda Paula Oliveira, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) e especialista em direito urbanístico, que admite cenários em que o investidor poderá ser indemnizado e alerta para a possibilidade de o projeto avançar através do regime da comunicação prévia. Comecemos pelo fim, a revisão do PDM e a eventual revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso são, na opinião da docente da FDUC, coisas “totalmente diferentes”. O PDM corresponde a um instrumento de cariz mais genérico, que define regras para todo o concelho e cujas alterações afetam milhares de parcelas em simultâneo - motivo pelo qual os tribunais raramente reconhecem direito a indemnização. Já um Plano de Pormenor incide sobre uma área muito limitada e, muitas vezes, associada a projetos concretos. A sua aprovação, dependendo das circunstâncias, pode criar nos investidores uma expectativa qualificada de poder avançar com a operação urbanística em conformidade com o plano. Por isso, a revogação de um PP não pode ser comparada com uma revisão do PDM. E quanto a indeminizações? Fernanda Paula Oliveira admite cenários em que o investidor poderá ser indemnizado: tudo depende da fase em que o processo de licenciamento se encontre. A jurista recorda que a licença tradicional de construção tem duas etapas: primeiro a aprovação do projeto de arquitetura e, depois, a entrega dos projetos de especialidade, que permitem a decisão final. Segundo a especialista, a aprovação do projeto de arquitetura “é juridicamente considerada um ato constitutivo de direitos”. Assim, se o Plano de Pormenor for revogado depois dessa aprovação, o direito do promotor a avançar com a obra não é afetado. A única exceção seria a revogação do Plano ser acompanhada da concomitante revogação desse ato, o que implicaria o pagamento de indemnização ao interessado. Mas a especialista chama a atenção para outro ponto: se o Plano de Pormenor define com rigor os parâmetros de construção - como acontece no Cais do Paraíso, que fixa volumetria, número de pisos, recuos, usos, capacidade máxima do hotel, etc -, o procedimento não será o de um licenciamento tradicional, mas sim o de comunicação prévia. Neste regime, previsto na lei, o promotor pode entregar de imediato todos os projetos (arquitetura e especialidades), demais documentos necessários para começar a obra, pagar as taxas e, após uma verificação meramente formal pela Câmara, fica com o direito de realizar a obra sem esperar por uma qualquer aprovação expressa. Na prática, isto significa que o processo pode ser muito mais célere do que os “3/4 meses” referidos por Ribau Esteves. Se o investidor já tiver preparados os projetos de arquitetura e especialidades, a comunicação prévia garante efeitos automáticos. A jurista lembra ainda que o espírito do legislador, ao introduzir esta figura, foi sobretudo reduzir burocracia quando o essencial já está decidido: se já existe um plano urbanístico detalhado, aprovado pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal, com parecer da CCDR (e, em regra, das demais entidades), discussão pública e publicação em Diário da República, então as grandes opções urbanísticas já foram democraticamente discutidas e juridicamente vinculadas. O candidato socialista à Câmara, Alberto Souto, reforçou este alerta e acusou Ribau Esteves de tratar os aveirenses “como se fossem uns analfabetos cívicos”. Numa publicação nas redes sociais, considerou provável que o pedido do hotel esteja pronto a ser apresentado logo após a entrada em vigor do plano, advertindo que a sua revogação “pode originar vultuosas indemnizações”. Para o ex-presidente da autarquia, “a solução urbanística é uma colossal enormidade e uma aberração desrespeitosa a Aveiro”, destinada apenas a prejudicar “a família Bóia” e a “salvar a pele de quem o prometeu” a seis semanas das eleições. A aprovação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso expõe a autarquia a um risco jurídico concreto: a criação de direitos quase automáticos para o investidor. Basta a apresentação de uma comunicação prévia completa e o pagamento das taxas, para que o promotor adquira imediatamente o direito de construir - o que poderá implicar indemnizações em caso de revogação futura do plano. Ainda assim, Ribau Esteves assegura que “infelizmente, não vai entrar projeto nenhum” enquanto se mantiver à frente da Câmara, pelo que dessa forma a situação não se colocará.

CMA adjudica requalificação da Praça Dr. Jaime Magalhães Lima, em Eixo
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CMA adjudica requalificação da Praça Dr. Jaime Magalhães Lima, em Eixo

A recuperação estrutural e estética do largo são prioridades da intervenção. A maior preocupação prende-se com o muro existente em adobe, que apresenta fissuras graves provocadas pela pressão das raízes da árvore de grande porte “Magnolia grandiflora”. Apesar de estar prevista a manutenção do desenho do muro na sua globalidade, deve ser demolido o troço em frente à passadeira e deve ser fechada uma abertura intermédia. A ideia é “corrigir diferenças de nível e melhorar mobilidade”. De acordo com a CMA, a obra vai usar técnicas especializadas que permitem a manutenção da árvore e o reforço da capacidade estrutural e de contenção do lago e do muro de suporte. A conservação da magnólia passa pela poda corretiva, com redução de algumas das raízes mais críticas.

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PS e PAN inauguram esta noite ciclo de debates autárquicos promovido pela Ria
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PS e PAN inauguram esta noite ciclo de debates autárquicos promovido pela Ria

A sessão de hoje contará com a presença dos dois candidatos à Câmara Municipal de Aveiro: Ana Rita Moreira pelo PAN e Alberto Souto de Miranda pelo PS. Ana Rita Moreira tem 24 anos, é formada em sociologia pela Universidade da Beira Interior, encontrando-se a desenvolver o seu doutoramento em Gerontologia e Geriatria, no âmbito do programa doutoral do ICBAS-Universidade do Porto/Universidade de Aveiro, com um projeto focado na solidão das pessoas idosas, dando continuidade ao tema do seu mestrado. Atualmente residente e a realizar um estágio profissional na sua área de especialização em Águeda, a candidata é membro da Comissão Política Distrital de Aveiro do PAN, sendo também associada da Associação Nacional de Gerontólogos. Alberto Souto de Miranda tem 67 anos, é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e pós-graduado e mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi presidente do Município de Aveiro entre 1998 e 2005 e Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações no XXI e no XXII Governos constitucionais. No currículo profissional constam ainda empresas como a Caixa Geral de Depósitos, a Autoridade Nacional das Comunicações, o Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Europeu de Investimento.  O frente-a-frente de hoje [entre o PAN e o PS] terá início pelas 20h30 e poderá ser acompanhado pelo Facebook e pelo Youtube da Ria. No dia seguinte, 10 de setembro, segue-se o partido Chega (CH) e o Bloco de Esquerda (BE) e no dia 11 de setembro, quinta-feira, o BE e o PAN, no mesmo horário e nos mesmos moldes. Os debates irão abordar questões sobre a atualidade da campanha, perguntas temáticas em áreas como habitação, urbanismo, mobilidade, transportes, turismo, educação, economia, empresas, inovação, ambiente, espaço público, saúde, ação social, educação, desporto e cultura, bem como questões sobre governabilidade na Câmara e na Assembleia Municipal. Todos os tempos serão cronometrados e iguais para cada candidatura, garantindo equilíbrio no confronto de ideias. Tal como noticiado pela Ria, durante quatro semanas, os candidatos às eleições autárquicas em Aveiro vão confrontar-se em duelos diretos, com 45 minutos de duração, e em debates alargados, com 90 minutos. Dos debates frente-a-frente, dos partidos com assento na AM, apenas Luís Souto de Miranda, candidato da coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS/PPM), não estará presente. Serão ainda realizados dois debates alargados: um no dia 29 de setembro, pelas 20h30, com todos os partidos com assento na AM (‘Aliança com Aveiro’, Partido Socialista, PAN, Bloco de Esquerda, Chega e CDU), e outro no dia seguinte, à mesma hora, com todos os partidos sem assento na AM (Iniciativa Liberal, Livre e Nós, Cidadãos!).

Quase metade dos adultos portugueses só consegue compreender textos curtos
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Quase metade dos adultos portugueses só consegue compreender textos curtos

É preciso chegar quase ao final da tabela publicada no relatório “Education at a Glance 2025”, divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), para encontrar Portugal. Segundo entre 30 países com o nível mais baixo de proficiência em literacia, 46% dos portugueses com idades entre os 25 e 64 anos tem muita dificuldade em interpretar textos e só consegue compreender textos muito curtos e com o mínimo de informação irrelevante. A conclusão resulta do inquérito às competências dos adultos, conduzido no âmbito do Programa para a Avaliação Internacional de Competências de Adultos (PIAAC, na sigla em inglês) da OCDE. Com cinco níveis de proficiência, que variam entre a capacidade de identificar informação em textos curtos (nível 1) e de sintetizar e avaliar criticamente informações complexas (nível 5), perto de metade dos portugueses ficou no nível 1 ou abaixo, com uma percentagem muito superior à média da OCDE (27%). Atrás de Portugal, ficou apenas o Chile, onde 57% dos inquiridos também não foram além do nível 1. Por outro lado, cerca de um terço dos inquiridos em Portugal consegue integrar informação de múltiplas fontes e 18% foram um pouco mais longe e mostraram ser capazes de interpretar e avaliar textos complexos. Nos níveis mais elevados (4 e 5) pontuaram apenas 3% dos portugueses, percentagem idêntica na Polónia e Eslováquia e mais baixa apenas no Chile e Lituânia (ambos 2%), enquanto a média na OCDE é 12%. A análise feita a estes resultados no âmbito do Education at a Glance 2025 revela ainda que o nível de escolaridade e as competências estão intimamente ligadas. Em Portugal, por exemplo, os adultos com ensino superior demonstraram maior facilidade na compreensão e análise de textos, conseguindo, em média, obter mais 36 pontos do que aqueles que têm apenas o secundário e perto de 70 pontos acima dos inquiridos sem o 12.º ano concluído. Os níveis de proficiência em literacia encontram também relação, por outro lado, com a aposta na formação, sendo que os adultos com melhores competências têm maior probabilidade de participar na educação ou formação. De acordo com as conclusões do inquérito, em 2023, 80% dos adultos nos níveis 4 ou 5 de proficiência em literacia tinham integrado algum curso ou formação, formal ou informal, no último ano, algo que apenas 22% daqueles posicionados no nível 1 ou abaixo fizeram.

Autárquicas: Independente Lígia Pode concorre a Ovar com foco na limpeza urbana e estradas
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Autárquicas: Independente Lígia Pode concorre a Ovar com foco na limpeza urbana e estradas

A cabeça de lista, que desde 2016 é também vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro, validou a sua candidatura entregando no tribunal “mais de 5.000 assinaturas” – o que constitui “47% mais do que o necessário” – e concorre no boletim de voto sob a designação oficial “AGIR - Pelo desenvolvimento da nossa terra". Com candidatos a todos os órgãos locais, a expectativa de Lígia Pode é que as eleições lhe permitam garantir uma nova organização à autarquia, no que conta com o apoio das estruturas locais do CDS-PP e da Iniciativa Liberal (IL). “O nosso projeto é claro e assenta numa visão de futuro para Ovar, com desenvolvimento económico e social que não deixe ninguém para trás e que se traduza em mais qualidade de vida para todos. E para que tudo isto seja possível, precisamos de uma casa arrumada – a câmara municipal tem que ser transparente, tem que ser um parceiro e não um obstáculo”, declara a candidata à Lusa. Para o conseguir, Lígia Pode anuncia que irá “implementar um sistema de gestão (…) mais ágil e mais ajustado às necessidades reais do município”, no que considera “urgente rever os processos de manutenção e limpeza” de ruas, jardins e outros espaços públicos do concelho, “como o Parque do Buçaquinho”. A candidata propõe-se ainda “otimizar a recolha do lixo” e dar também “uma resposta firme aos problemas que há muitos anos se arrastam em Ovar”, nomeadamente “as estradas degradadas” e as obras de proteção costeira sujeitas a sucessivos “atrasos”. Com 48 anos e residente em Ovar, Lígia Pode é formada em Gestão pela Universidade de Aveiro e é a atual administradora Grupo OHR SGPS, S.A, que detém a empresa de fabrico de alimento para animais Ovargado S.A. – na qual é diretora executiva. “Começou a trabalhar ainda jovem no comércio local, numa loja da mãe, tendo mais tarde chegado à Ovargado, onde passou pelos vários departamentos da firma. Ao longo dos anos, foi desenvolvendo várias empresas que vieram a constituir o Grupo OHR”, adianta fonte da candidatura. A nível local, foi ainda “uma das impulsionadoras da plataforma cívica contra a integração do Hospital de Ovar e das unidades de saúde do concelho na Unidade Local de Saúde Aveiro”. Em nota conjunta remetida à Lusa, CDS e IL explicam que apoiam a candidatura do movimento AGIR, porque “Lígia Pode é uma empresária notável e conseguiu reunir à sua volta um conjunto de cidadãos de grande valor local, que, no seu todo, se propõem executar grandes melhorias no concelho”, inclusive ao nível da “transparência”. A mesma fonte realça que, “apesar de absolutamente independente, o movimento integra candidatos que foram militantes de partidos políticos de quase todo o espectro político”, no que se incluem elementos da IL e “alguns dos mais notáveis quadros concelhios” do CDS. Além de Lígia Pode pelo AGIR, os outros candidatos à Câmara de Ovar nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro são Flávio Costa pelo Chega, Henrique Araújo pelo PPM e Nós Cidadãos, Mário Manaia pelo BE, Carlos Ramos pela CDU, Emanuel Oliveira pelo PS e Domingos Silva pelo PSD. Esse último é o atual presidente da autarquia, na sequência da renúncia de Salvador Malheiro ao cargo em março de 2024, após a sua eleição como deputado da Assembleia da República. O executivo camarário desse município costeiro com 148 quilómetros quadrados e cerca de 55.400 habitantes é composto por sete eleitos sociais-democratas e dois vereadores socialistas.

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