Agrovouga: Luís Souto propõe união do Governo e IES para resolver invasões de jacintos-de-água
Ao intervir no colóquio “O Desafio da Água e seu Licenciamento”, que precedeu a inauguração da Agrovouga na passada sexta-feira, dia 21, Luís Souto de Miranda, presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), sugeriu ao Governo, por intermédio do secretário de Estado Silvério Regalado, que as Instituições de Ensino Superior (IES) se unissem ao poder político no desenvolvimento de uma solução para as invasões de jacintos-de-água. Com os jornalistas, o autarca comentou que muitas vezes o poder político e a comunidade científica estão de “costas voltadas” e falou na possibilidade de ter uma “task-force” para resolver o problema.
Gonçalo Pina
Na sequência da acumulação de jacintos-de-água na Ria de Aveiro, Luís Souto colocou o desafio de articular a investigação científica e o poder político num trabalho ao serviço da “nação”. Segundo afirma, é preciso que o Estado estabeleça prioridades, sendo que a problemática dos jacintos-de-água acaba por ser recorrente e transversal. A título de exemplo, o autarca referiu que também no Norte, no Rio Ave, uma invasão desta espécie colocou em causa uma “ponte secular”.
“O Estado financia tantos projetos de investigação com milhões… esta era uma prioridade. Se esta investigação já tivesse sido feita, não estávamos sempre a pensar no que se há de fazer”, apontou Luís Souto, que também disse que há países que conseguem “transformar um limão numa limonada” no que diz respeito aos jacintos-de-água.
Aos jornalistas, sem querer colocar em causa a independência da investigação científica, o presidente da Câmara Municipal disse acreditar que o trabalho que se faz nas universidades também deveria ter em conta aquelas que são as prioridades do país. Recordando que o problema não é de agora nem se limita a um único local, Luís Souto aponta que é importante abordar a questão com uma visão de conjunto: “Não faz sentido estar a controlar os jacintos numa ponta e depois não fazer isso de forma integrada. Eles vão multiplicar-se logo a seguir (…) Confrontar qualquer município sozinho sobre o problema dos jacintos-de-água não faz sentido tem de ser uma perspetiva integrada”.
Autarca salienta função “educativa” da Agrovouga
Luís Souto falou ainda da Agrovouga como um local de aproximação entre os mais novos e o mundo da agropecuária. Ao considerar que existe hoje um grande afastamento em relação àquilo que é a vida no campo, o presidente da CMA sublinha que a feira tem uma função “educativa”, a que se junta também a valorização da “pequena economia local, que é genuína e diferente”.
O autarca destacou ainda o facto de a Agrovouga ter retomado o seu nome original já que nas últimas edições tomava o nome de “Nova Agrovouga”. Partilhou ainda ser necessário avaliar se o novo calendário faz sentido uma vez que, este ano, o certame ocorre entre 21 e 30 de novembro, cerca de uma semana mais tarde do que tem ocorrido. Segundo Luís Souto, a intenção do Município passa mesmo por ter um grande evento de mês a mês.
Por agora, o presidente aponta que “é já tempo de começar a preparar a Agrovouga 2026”.
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Num comunicado divulgado na segunda-feira, na sua página na internet, a PGRP refere que a acusação contra o militar da GNR foi deduzida em 14 de novembro, imputando-lhe os crimes de peculato na forma tentada e falsidade informática. Segundo a Procuradoria, os factos criminosos ocorreram em 17 de novembro de 2020. De acordo com a investigação, o arguido terá introduzido na plataforma informática da GNR dados relativos a serviços remunerados que não realizou, com o objetivo de receber gratificações. O MP refere ainda que o arguido só não recebeu os valores em causa devido à intervenção de outros militares da GNR.
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A primeira preocupação elencada por João Sarmento em conversa com a Ria foi mesmo relacionada com o papel da UA no Município. No que toca às residências universitárias, o presidente da JS defende que a autarquia devia fazer um esforço para que os preços destas fossem “mais acessíveis”. No seguimento, aponta ainda a conjetura do desenvolvimento do tecido económico e da parte social. Segundo explica, “apesar da qualificação que têm e obtêm através da Universidade, o tecido empresarial e industrial não consegue fixar todos os jovens”. Depois, subdividindo em três eixos – habitação, transportes e associações culturais e desportivas -, João Sarmento fala nos “problemas para os quais não existem desculpas para que não tenham sido resolvidos durante estes 12 anos dos mandatos de Ribau Esteves”. Ao que indica o presidente da JS-Aveiro, “infelizmente parece que as políticas vão agora no mesmo sentido com o presidente Luís Souto”. Sobre a mudança no executivo camarário, João Sarmento diz mesmo que “não há nenhuma mudança” entre Ribau Esteves e Luís Souto. A título de exemplo, o presidente dá nota de que o atual autarca não pretende fazer alterações nem no Plano de Pormenor do Cais do Paraíso nem no projeto para a antiga Lota. “Não consigo compreender como é que um presidente que a sua base de formação [Biologia] até lhe deveria dar uma maior sensibilidade do ponto de vista do que é a sustentabilidade e as alterações climáticas acha que o plano para a antiga Lota não tem erros”, atira. João Sarmento foi eleito para a estrutura concelhia da Juventude Socialista ao lado de Sara Matos, Gabriel Maia, Francisca Nicolau, João Silva, Mariana Laranjeiro e Guilherme Melo, que também vão integrar o secretariado.
Silvério Regalado e Luís Souto assumem que eixo Aveiro-Águeda não vai ser financiado pelo PRR
O eixo Aveiro-Águeda foi logo o primeiro assunto a ser abordado por Silvério Regalado na sua intervenção. O secretário de Estado começou por dizer que “não seria lógico” não falar do investimento num evento em que estiveram presentes os presidentes da Câmara Municipal de Aveiro e da Câmara Municipal de Águeda, que acumula funções com a presidência da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA). Segundo afirma Silvério Regalado, “é um compromisso do Governo, sem margem para dúvidas, e irá ser concretizado”. “Por razões diversas que todos conhecemos, não foi possível que esta obra fosse incluída nos financiamentos do PRR”, reconheceu o governante. Recorde-se que o valor apresentado na candidatura ao Plano era de 46,9 milhões de euros – um valor muito abaixo dos 143 milhões de euros mencionados numa informação publicada no site da autarquia no passado dia 3 de outubro, uma discrepância assumida pelos presidentes da Câmara Municipal de Aveiro e de Águeda – e que, no Relatório do Orçamento do Estado para 2026, o Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda surge inscrito no “Quadro 4.20 – Investimentos estruturantes: Administração Central e Segurança Social (Parte III)”, com uma verba prevista de 47 milhões de euros, acompanhada da nota de que “inclui PRR”. De acordo com o portal ‘Mais Transparência’ do Governo, o projeto tinha data de início em 9 de junho de 2022 e conclusão prevista para 31 de dezembro de 2025, mas, neste momento, foram executados apenas 6,1 milhões, o concurso para a empreitada ainda está em fase de lançamento e os diferentes intervenientes admitem que a execução se vai prolongar para além dos prazos definidos. À margem do evento, também Luís Souto admitiu não estar a contar com o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, dando nota de que “há outros mecanismos” que podem garantir a obra. Se, no passado dia 13, após a última reunião de Câmara, Luís Souto disse à Ria que iria reunir ao longo da semana seguinte com a Câmara Municipal de Águeda para fazer o “ponto de situação”, desta vez acabou por afirmar que quem tem de ser questionado é o Governo. No entanto, referiu a postura transmitida por Silvério Regalado, de que o executivo liderado por Luís Montenegro “não deixa cair o projeto”, e reafirmou a “confiança” no trabalho do governo. “Estaremos atentos e vigilantes para que os passos sejam dados nesse sentido [de que a obra não caia]”, concluiu.
Noiserv apresenta novo álbum em Aveiro este sábado
O novo disco – o quinto da carreira do artista – conta com um total de nove temas, sendo que cada um remete para diferentes fases da sua carreira: passado, presente e previsões para o futuro. “7305”, nome do álbum que corresponde ao número de dias ao longo de 20 anos, sucede a “Uma Palavra Começada por N”, editado há cinco anos. Segundo a nota de imprensa, Noiserv é “conhecido pelos seus concertos intimistas e por uma relação profundamente genuína com o público” e estabeleceu-se como “um dos nomes mais relevantes da música independente portuguesa”.
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AAUAv assume “vitória” com congelamento das propinas, mas antevê “batalha a continuar” com o Governo
“[Estamos] contentes e agradados pelo facto de as nossas posições terem sido ouvidas, o que nem sempre acontece, e valorizadas. Mostra, uma vez mais, que quando o movimento estudantil se junta é possível termos resultados positivos”, disse a dirigente estudantil, para quem o congelamento das propinas se trata de uma “vitória”. Apesar de o passo dado ter sido positivo, Joana Regadas não acredita que o Governo desista do aumento das propinas. Segundo considera, esta deve ser uma “batalha para continuar”, uma vez que tanto Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, como o PSD e CDS, partidos que suportam o governo, têm sido “bastante claros face à sua posição sobre as propinas”. Se, quando anunciou o aumento das propinas, Fernando Alexandre também garantiu o reforço da ação social no ensino superior, Joana Regadas não acredita que este congelamento da taxa possa significar um retrocesso no campo da ação social. A presidente afirma que “há uma grande convicção do atual Governo e por parte do ministro de que a ação social tem de ser reforçada (…) Por isso, se essa narrativa se mantiver (…), espero que a ação social não seja descurada”. De acordo com a agência Lusa, o valor das propinas para o ano letivo de 2026/2027 vai manter-se inalterado em todos os ciclos de estudos, depois de o Governo ter anunciado o seu aumento no passado mês de setembro. Inicialmente, a proposta tinha sido chumbada pelo Chega, mas o partido acabou por voltar atrás e mudar o sentido de voto. Estava previsto um aumento de 13 euros no primeiro ciclo de estudos do ensino superior, com o valor máximo da propina a passar de 697 para 710 euros. Para o segundo ciclo de estudos, estava previsto que as Instituições de Ensino Superior (IES) pudessem fixar o valor das propinas de mestrado de acordo com a sua opção estratégica e sem tetos máximos fixados. Ainda antes de aprovar o congelamento das propinas, o Parlamento chumbou também uma proposta do PSD para indexar o valor das propinas à taxa de inflação. No texto da proposta que mereceu o voto contra de todos os partidos da oposição podia ler-se: "O valor máximo das propinas nas instituições de ensino superior públicas é igual ao valor fixado no ano letivo de 2025-2026, acrescido da taxa de variação média do índice de preços no consumidor".
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