Noiserv apresenta novo álbum em Aveiro este sábado
De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, o artista Noiserv apresenta o novo álbum “7305” no Teatro Aveirense no próximo sábado, dia 29, pelas 21h30. O trabalho marca os 20 anos de carreira do músico.
Redação
O novo disco – o quinto da carreira do artista – conta com um total de nove temas, sendo que cada um remete para diferentes fases da sua carreira: passado, presente e previsões para o futuro. “7305”, nome do álbum que corresponde ao número de dias ao longo de 20 anos, sucede a “Uma Palavra Começada por N”, editado há cinco anos.
Segundo a nota de imprensa, Noiserv é “conhecido pelos seus concertos intimistas e por uma relação profundamente genuína com o público” e estabeleceu-se como “um dos nomes mais relevantes da música independente portuguesa”.
Recomendações
Projeto “A cultura faz bem” leva espetáculos de magia e de teatro até ao público sénior
Foi no âmbito do Programa Prescrições Culturais, através do projeto “A cultura faz bem”, que o Município de Aveiro promoveu esta segunda-feira mais um espetáculo, desta vez, dedicado aos utentes da Rede Aveiro Sénior. Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, tratou-se de uma performance “onde o mágico fracassado e um músico que só toca acordes maiores, tentam surpreender o público com truques e ilusionismos nem sempre bem-sucedidos”. Esta sexta-feira, 28 de novembro, pelas 10h30, será a vez do Hospital de Aveiro receber a peça de teatro “Click to Click”, de Diogo Duro. Um espetáculo que resulta da interação entre o palhaço e o público. “Com circo, música e sorrisos para todas as idades, um comediante ambulante alegra a plateia em jogos divertidos”, realça. Na nota, o Município explica que o projeto “A cultura faz bem” começou em 2024 e que pretende proporcionar aos “seniores que integram as instituições da Rede Aveiro Sénior a oportunidade de participar em diferentes ações culturais, nomeadamente espetáculos, visitas aos Museus de Aveiro, workshops no Arquivo Municipal e histórias contadas em formato de ‘Conversas D’Alguidar’”.
Aradas: Luís Souto regista “posição construtiva” do Chega e não afasta acordo na CMA
Na primeira ocasião em que falou aos jornalistas após ter ficado resolvido o impasse em Aradas – recorde-se que o novo executivo autárquico só conseguiu ser eleito após três reuniões de instalação, resultado de um acordo firmado com o Chega – Luís Souto revelou estar “contente”. “Obviamente que não era de interesse nenhum para ninguém que se prolongasse mais tempo […] Acho que é muito importante que se deem sinais de que haja forças políticas que estão numa atitude construtiva. Registamos esses sinais”, sublinha. O autarca não perdeu a oportunidade de deixar uma farpa ao Partido Socialista (PS), uma das forças eleitas para a Assembleia de Freguesia de Aradas que estava a bloquear a aprovação do executivo, por ter mostrado uma postura “pouco construtiva”. Na opinião de Luís Souto, trata-se “quase de uma provocação política”, assim como o foi a “granada” largada pelos vereadores socialistas na primeira reunião pública de Câmara Municipal: a proposta de revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. Questionado em duas ocasiões sobre se o acordo estabelecido em Aradas entre ‘Aliança’ e Chega pode dar aso a um acordo mais amplo de âmbito municipal que passe por atribuir pelouros a Diogo Soares Machado, Luís Souto nunca respondeu, frisando apenas a “postura construtiva [do Chega] manifestada por gestos concretos”. Recorde-se que, em entrevista à Ria, Diogo Soares Machado não descartou a hipótese, embora a considerasse extemporânea. Ao ‘Notícias de Aveiro’, Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD, disse, na última quarta-feira, que “o acordo alcançado para a Assembleia de Freguesia de Aradas não garante por si só um acordo de âmbito municipal, mas reconhecemos que são contributos importantes para o desenvolvimento de uma parceria desejável que permita levar a cabo o programa eleitoral sufragado pelos aveirenses”.
Incêndios: Situação da agricultura familiar em Aveiro agravada por atrasos nos apoios
A presença já habitual de agricultores em protesto à porta da feira agropecuária teve, este ano, uma nova preocupação a juntar às recorrentes dos produtores de leite e carne com os custos dos fatores e baixo preço à produção: os efeitos dos incêndios do verão. “Agora que estamos no inverno, ninguém fala nos incêndios, mas nós estamos aqui mais uma vez para insistir e alertar para a situação vivida no distrito” de Aveiro, disse à Lusa Carlos Alves, dirigente daquela organização. Num documento para entregar aos representantes do Governo e da Assembleia da República presentes no ato inaugural do certame, a UABDA alerta para atrasos na atribuição de apoios e compensações prometidas aos produtores florestais e agricultores afetados pelos incêndios recentes no distrito. “Muita gente ainda está à espera de receber esses apoios”, disse Carlos Alves. O declínio da produção leiteira foi outra chamada de atenção daquela organização de produtores, aproveitando a feira em que os bovinos ocupam desde há vários anos lugar de destaque. “Aveiro, que já foi uma potência na produção de leite, registou o encerramento de mais de duas mil explorações desde a entrada na União Europeia e, só nos últimos três anos, fecharam no distrito aproximadamente 200 explorações”, contabilizou Carlos Alves. Segundo aquele dirigente, “a falta de condições para manter o negócio deve-se ao aumento dos custos dos fatores de produção, nomeadamente das rações e fertilizantes, e à diminuição do preço pago ao produtor”. Situação que é agravada, segundo disse, pela importação de produtos “de baixa qualidade, como leite em pó, que entram no mercado como leite normal”. Perante esse cenário, a UABDA sustenta que os apoios nacionais e comunitários “vão sempre para os mesmos e excluem os mais pequenos, que são quem mais deles precisa”. “A grande maioria dos fundos (quase 90%) é absorvida pelos grandes produtores, que representam apenas cerca de 10% das produções nacionais”, criticam. Garantir o escoamento da produção a preços justos, controlar os preços dos fatores de produção e apoiar os pequenos e médios produtores são propostas do documento elaborado para entregar ao Ministério da Agricultura e do Mar, à Comissão de Agricultura da Assembleia da República e às comissões de coordenação e desenvolvimento regional. A Agrovouga regressou na passada sexta-feira ao Parque das Feiras e Exposições de Aveiro, prolongando-se até ao dia 30, com um programa que visa afirmar o evento como uma referência nacional nos setores agrícola, pecuário, florestal e gastronómico.
Aradas: Chega defende acordo “sem abrir mão” de exigências e não nega possível acordo na CMA
Há dois dias, o executivo em Aradas era, finalmente, aprovado após três tentativas. Em cima da mesa esteve a integração de Ricardo Nascimento, eleito pelo Chega para a Assembleia de Freguesia, no executivo da Junta. Face à tomada de decisão do Chega, os partidos da oposição ('Sentir Aradas' e PS) já reagiram através de comunicados, depois de inicialmente recusarem-se a prestar declarações aos jornalistas à margem da última Assembleia de Freguesia. O Partido Socialista, numa crítica direta ao Chega e à 'Aliança com Aveiro', deu nota que não trabalhava “através de sinais, gestos calculados ou mensagens ambíguas”. Já o Movimento Independente ‘Sentir Aradas’ afirmava que não pactuava com “práticas políticas que contrariem estes valores nem com comportamentos que revelem falta de carácter”. Recorde-se que nas últimas declarações à comunicação social, Marlene Teixeira da Rocha (Chega), em representação de Ricardo Nascimento, dava a entender que as três forças da oposição [Chega, Sentir Aradas e PS] estariam “unidas” e que não iriam “abrir mão” de “três premissas” para viabilizar o executivo: a auditoria financeira independente, o acesso integral à documentação que levou a Junta de Freguesia a ser condenada em Tribunal e a reposição da situação laboral de duas funcionárias da Junta de Freguesia que denunciaram assédio laboral. No entanto, tal entendimento conjunto não se concretizou, tendo apenas o Chega chegado a acordo com Catarina Barreto. Face às críticas que têm sido dirigidas ao partido nos últimos dias, o Chega lançou um comunicado na passada sexta-feira. Começa por referir que a nota pretende esclarecer “todos os aveirenses e aradenses em particular” sobre a “verdade” do processo “que se tornou demasiadamente longo e pouco edificante para a democracia aveirense e para as gentes de Aradas”. À margem da Assembleia de Freguesia, Ricardo Nascimento, quando recordado de um vídeo que o partido promoveu, à porta da Junta de Freguesia de Aradas, nas redes sociais, onde denunciava a falta de “transparência” do executivo, dava nota aos jornalistas que a transparência acabaria por vir à “tona”. Também nesta nota de imprensa fizeram questão de a sublinhar. “A transparência é princípio fundamental e inegociável da nossa ação, mais ainda, se possível, na eleição de um Executivo e Mesa de Assembleia de uma Junta de Freguesia”, lê-se. Para a sustentar, referem que “desde o primeiro dia” definiram “premissas muito claras e objetivas para que o Chega acordasse viabilizar o Executivo da Junta de Freguesia de Aradas”: a “concordância na contratação de auditoria à situação da Junta de Freguesia”; o “acesso a toda a documentação que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro menciona da sua sentença de julho de 2025” e a “resolução dos conflitos laborais existentes à data”. “Fomos, somos e seremos intransigentes nestas condições, as quais e ao dia de hoje, mantemos”, insiste o partido. Por “imperativo de consciência e coerência” e da responsabilidade de “sanar um impasse crescente e lesivo”, o Chega refere que assumiu a “liderança das negociações conducentes a um acordo entre a 'Aliança com Aveiro' e o Chega, (…) que visa garantir condições de governabilidade e estabilidade política à Junta de Freguesia de Aradas”. Segundo o partido, o acordo só foi alcançado porque o Chega teve acesso a “toda a informação e documentos solicitados e exigidos, por parte da presidente da Junta”. “Estes documentos estão na nossa posse e serão disponibilizados sempre que considerado necessário”, afirma. Nota ainda que o acordo assinado entre as partes supramencionadas é “inquestionavelmente explícito e claro quanto à contratação de uma auditoria à Junta de Freguesia de Aradas, em termos, moldes e data a definir exclusivamente entre as partes e em data a oportunamente anunciar aos fregueses de Aradas”. Por último, refere a “resolução dos conflitos laborais existentes à data da assinatura deste acordo”, estando, neste momento, “em curso um processo de inspeção e análise por parte da IGF”. “Deverá ser uma realidade até final deste ano de 2025. Ao que sabemos, esta será uma realidade a muito breve trecho”, adianta. Sobre os partidos da oposição, o partido refere ainda que a “todos foi dado conhecimento deste acordo, antecipada e factualmente, porque somos gente honrada, de valores e com princípios”. Contactado pela Ria, Diogo Soares Machado, vereador e também presidente da concelhia do Chega, garante que, entre os documentos consultados, não foi detetada nenhuma “red flag”. Falando em concreto sobre o processo da ADSE – recorde-se que, conforme noticiado pela Ria, Catarina Barreto recebeu indevidamente apoios da ADSE, tendo regularizado a situação posteriormente -, o vereador do Chega afirma que se trata de uma “questão arrumada”. “Eu neste momento já não levanto suspeitas nenhumas”, frisou Diogo Soares Machado, que, no entanto, não explicou se a presidente tinha sido a única pessoa do executivo a ser inscrita, nem deu nota de quem assinava a sua ficha de inscrição da ADSE – questões colocadas pela Ria aquando da investigação desse processo que nunca foram respondidas. Diogo Soares Machado afirma também que não vai revelar a documentação a que teve acesso, alegando possíveis conflitos legais com o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). No que diz respeito à auditoria – que, diz o acordo, deve acontecer em “termos, moldes e data a definir exclusivamente entre as partes e em data oportuna” -, o vereador do Chega na CMA garante que o processo deverá acontecer “em breve” e que “há um caderno de encargos definido” a que, “oportunamente”, a comunicação social poderá ter acesso. Já sobre as outras forças da oposição, o vereador disse não saber o porquê de o acordo ter ficado fechado apenas entre Chega e ‘Aliança’: “Não sei se houve uma abordagem da ‘Aliança’ com as outras forças políticas, se não houve abertura para o diálogo. (…) O que eu sei é que nós, quando nos sentámos à mesa, sentámos com a intenção de resolver. E resolver era garantir que as nossas condições eram satisfeitas”. Da mesma forma, o comunicado insiste que “jamais abrimos mão das nossas condições e jamais o faremos! Não estamos disponíveis para servir outros interesses que não os de Aradas e dos aradenses”. Relembre-se de que, tal como avançado pela Ria, fontes próximas dos partidos locais referiam que, além da integração de um elemento do Chega no executivo da Junta, estaria em causa um entendimento mais abrangente, envolvendo também a governação da Câmara Municipal de Aveiro, com a atribuição de pelouros ao atual vereador da oposição, Diogo Soares Machado. Contactado pela Ria, na passada quarta-feira, o vereador do Chega não confirmou nem desmentiu. Já Ricardo Nascimento, quando confrontado na última Assembleia de Freguesia, afirmou que era “mentira”. No mesmo dia, em declarações ao “Notícias de Aveiro”, Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD, dizia que “o acordo alcançado para a Assembleia de Freguesia de Aradas não garante por si só um acordo de âmbito municipal, mas reconhecemos que são contributos importantes para o desenvolvimento de uma parceria desejável que permita levar a cabo o programa eleitoral sufragado pelos aveirenses”. Em conversa com a Ria, na passada sexta-feira, Diogo Soares Machado não subscreveu as palavras de Ricardo Nascimento, mas sim as de Firmino Ferreira. Para além de confirmar que “há uma aproximação e conversas”, o vereador volta a não confirmar nem a desmentir que o acordo possa passar pela atribuição de pelouros, embora considere a questão “extemporânea”. No comunicado, o Chega adianta ainda que o partido conseguiu “em menos de um mês o que outros não conseguiram nos quatro anos que durou o mandato autárquico anterior”. “Estamos determinados a prosseguir este caminho de boas práticas, transparência e serviço público nos próximos quatro anos”, garante. “A entrada do Ricardo Nascimento no executivo que agora inicia funções é o garante disso mesmo. (…) O acesso contínuo e permanente a toda as informações e documentação que possam ser relevantes e necessárias para tomadas de decisão futuras e que se pretendem coerentes, responsáveis e sempre em função do que é, em cada momento, melhor para os aradenses e mais ajustado à realidade da Freguesia”, continua. A presença de Ricardo Nascimento não deixa de representar uma surpresa neste acordo entre ‘Aliança’ e Chega, uma vez que significa um acréscimo às exigências feitas anteriormente e que o próprio Chega já tinha dito não ter interesse em estar dentro do executivo. Em conversa com a Ria, Diogo Soares Machado frisa que o seu partido acaba por duplicar a sua presença na autarquia de Aradas - ao membro eleito para a Assembleia de Freguesia, que agora passa a ser Matilde Machado, soma-se também o vogal do executivo – e, questionado sobre como foi possível que o acordo fosse ainda mais benéfico para o Chega, aponta: “o segredo é a alma do negócio”. “Conseguimos porque do lado da ‘Aliança’ houve a inteligência e a boa-fé de perceber que o executivo de Aradas seria mais forte, mais representativo e mais assertivo se integrasse o Ricardo Nascimento”, considera. Na noite de quarta-feira, quando o executivo foi aprovado, Ricardo Nascimento declarou que o Chega não ia “fazer uma oposição descarada”, mas que “continuava na oposição”. Estas são também palavras com que Diogo Soares Machado não se compromete: “É uma maneira de se expressar que não é a minha. Se calhar é uma maneira mais ‘à brasileiro’ do que ‘à português’, porque o Ricardo ainda tem esse ‘handicap’”. Segundo explica, o Chega está “de boa-fé e com vontade de fazer”, sendo “o garante de que as reivindicações são aceites”. Numa crítica direta aos comunicados da oposição, o comunicado do Chega acrescenta ainda que: “Depois da espuma dos dias e de dissipado o nevoeiro de insultos e dislates que outros escolheram como caminho, a verdade prevalecerá e se saberá quem está com a razão e com verdadeiro espírito de servir Aradas”. “E porque nada temos a esconder e nada fizemos (ou faremos) que belisque minimamente a nossa estatura moral e política, anexamos a este comunicado cópia do acordo assinado entre a 'Aliança com Aveiro' e o partido Chega, no passado dia 19 de novembro”, continua. Entretanto, a Ria analisou a cópia do acordo que foi enviado pela Chega em anexo ao comunicado de imprensa. Nesse documento, assinado no dia 19 de novembro, quarta-feira, não só está definida a entrada de Ricardo Nascimento para o executivo enquanto vogal e a definição da Mesa da Assembleia de Freguesia, como os compromissos entre as partes. Segundo indica a cláusula quarta do documento, o “processo negocial que conduziu ao acordo decorreu em estrita observância dos princípios da transparência, seriedade e cooperação institucional e plena troca de informação relevante, tendo sido garantido o acesso a toda a informação e documentos necessários à tomada de decisão consciente e responsável”. Embora, “da consulta e análise (…) nada tenha surgido ou resultado como causa impeditiva do acordo”, as duas forças “acordam na contratação de uma auditoria à Junta de Freguesia de Aradas, em termos, moldes e data a definir exclusivamente entre as partes e em data oportuna”. A cláusula quinta, por seu lado, vem garantir que tanto o Chega como a ‘Aliança’ se “comprometem a assegurar a execução e estabilidade das soluções governativas decorrentes do acordo, abstendo-se de adotar comportamentos que, direta ou indiretamente, comprometam a sua eficácia política e administrativa”.
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PS acusa PSD e vereadora do Agir de pacto para facilitar a destruição do pinhal de Ovar
Em causa está o polémico Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, mancha verde protegida cuja gestão pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) nesse concelho do distrito de Aveiro vem desde 2022 sendo criticada pela maioria das forças políticas locais e motivou uma petição pública com cerca de 20.000 subscritores que também se opunham ao tipo de procedimentos em curso. Após as autárquicas de outubro, os vereadores socialistas Emanuel Oliveira, Fernando Camelo Almeida e Eva Oliveira propuseram que fosse suspenso o plano de gestão florestal dessa área de 2.584 hectares sujeitos a Regime Florestal Parcial, mas a medida foi chumbada em reunião de Câmara pela maioria, constituída por três eleitos do PSD e um do Agir – a vereadora Lígia Pode, que aceitou o convite dos sociais-democratas para assumir em permanência, a meio-tempo, a pasta da Economia. “Os vereadores do PS propuseram à Câmara a deliberação de suspender o Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, na qualidade de proprietário e entidade central na sua elaboração”, informam os socialistas, notando que a aprovação dessa medida permitiria “solicitar ao ICNF e ao Ministério do Ambiente a efetiva suspensão e revisão” dos procedimentos em curso. “O PSD e a vereadora Lígia Pode decidiram rejeitar esta proposta. Optaram, mais uma vez, por um pacto político que se converte agora num pacto pela degradação, pela omissão e por um preocupante desamor pela terra”, dizem os eleitos do PS, defendendo que a contraproposta da maioria de solicitar ao ICNF uma autoanálise à sua própria intervenção “é, na prática, uma mão cheia de nada”. Alegando que “não há coragem para decidir nem vontade de proteger”, os socialistas afirmam que PSD e Lígia Pode pretendem assim apenas “ganhar tempo para avançarem com aquilo que verdadeiramente querem: abrir caminho à destruição do património natural de Ovar”. Questionado pela Lusa, o executivo do PSD diz que rejeitou a proposta socialista porque já estava em curso, por parte da Câmara, um diálogo com o ICNF para se iniciar “um processo de avaliação do plano de gestão florestal” do perímetro dunar de Ovar. “No essencial, ambas as propostas convergiam num ponto: a necessidade de rever o Plano de Gestão Florestal”, admite fonte do executivo liderado por Domingos Silva. “A diferença residia na forma: a suspensão imediata do plano, solicitada pelo PS, não produz qualquer efeito jurídico nem pode ser imposta pela Câmara ao ICNF; já a proposta do presidente da Câmara centrou-se no que é legalmente possível e eficaz, que é desencadear o processo de avaliação e revisão do plano diretamente com a entidade competente”, explica. Argumenta, por isso, que “aprovar uma proposta que exigia a suspensão do plano criaria expectativas infundadas junto dos cidadãos”, sugerindo que o município poderia suspendê-lo, enquanto a alternativa do PSD estabelece que a revisão pode ser “acompanhada pela Assembleia Municipal, que integra todas as forças políticas eleitas”, e envolver também a “comunidade científica, associações ambientais, juntas de freguesia e outros agentes locais”. A Câmara realça que “não recusou promover a revisão do Plano de Gestão” e que a discordância entre PSD/Agir e PS se centrou “apenas no mecanismo”, já que a suspensão imediata recomendada pelos socialistas seria um recurso “sem eficácia legal”. Já Lígia Pode refere partilhar da “preocupação de todos na defesa intransigente” do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, mas acusa os socialistas de proporem medidas “entre a inutilidade e o teatro político”. “Votei contra a proposta apresentada pelo PS por uma razão de honestidade: a Câmara Municipal não tem, por lei, qualquer poder para suspender um plano do ICNF e aprovar essa proposta seria, portanto, enganar os cidadãos”, justifica, acrescentando que “o que o PS propôs é um gesto vazio, uma encenação política que em nada contribui para a resolução do problema. Pior: ao criar um confronto institucional desnecessário com o ICNF, apenas prejudicaria o diálogo construtivo que o Executivo já iniciou”. Lígia Pode revela que a 13 de novembro o presidente da Câmara reuniu-se com o diretor do ICNF e “ficou acordado o início imediato do processo de avaliação do Plano de Gestão Florestal 2020-2038”, pelo que, na sua opinião, o PS estará a tentar “colher os louros do trabalho que outros, de forma séria e sem alarido, já estão a realizar”.
Aradas: Luís Souto regista “posição construtiva” do Chega e não afasta acordo na CMA
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Paulo Jorge Ferreira: “Uma universidade do futuro não pode ficar prisioneira dos modelos do passado”
Foi no espaço SALT (Espaço de Aprendizagem e Ensino Ativos), no Departamento de Educação e Psicologia (DEP) da Universidade de Aveiro, que, ao longo de meia hora, Paulo Jorge Ferreira e Sandra Soares, vice-reitora para o ensino e formação, refletiram sobre inovação pedagógica, numa conversa aberta com a Ria. A escolha deste espaço não passou despercebida para ambos. Sentados num sofá, em pleno centro daquela sala, Paulo Jorge Ferreira começou por confidenciar à Ria que o SALT representa um “excelente exemplo” daquilo que a UA deve fazer no futuro. “Uma universidade que se quer do futuro não pode ficar prisioneira, refém, dos modelos do passado”, comentou. Por sua vez, Sandra Soares exprimiu o “orgulho” que sentia em ali estar. “Foi um caminho longo no caso concreto desta sala. O que aqui podem ver é o resultado da contribuição de estudantes, de docentes, de várias áreas científicas. Até o nome foi pensado em conjunto. Na altura, tínhamos uma equipa de apoio à inovação curricular e pedagógica com esta composição diversa. Foi sempre um espaço de co-construção”, partilhou. No seguimento, a vice-reitora deu ainda nota de que, ao abrigo do financiamento do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), “no contexto do Impulso UA”, já existem vários espaços “desta natureza” em diferentes unidades orgânicas. Nas que ainda não os possuem, Sandra Soares garantiu que a UA irá investir até “junho” (data em que terminam os projetos PRR) na criação de novos espaços, incluindo a reformulação do Complexo Pedagógico. “Vamos lançar um concurso público muito em breve para reforçar estes espaços nas unidades orgânicas e a mesma coisa, relativamente, ao Complexo Pedagógico. Precisamos de ter tudo isto finalizado até 30 de junho de 2026 que é quando terminam os projetos”, frisou. Questionada sobre o Programa de Formação e Atualização Pedagógica que a UA tem, atualmente, em curso, cujo objetivo é transitar para um processo de ensino mais centrado no estudante, Sandra Soares realçou à Ria o quão “especial” lhe era falar sobre o tema. Naquele dia - em que conversamos - a iniciativa completava “seis anos”. “Lançamos o programa em novembro de 2019 e até à data temos 477 ações de formação. (…) Em média, desde o início deste último mandato, temos cerca de 22% da comunidade docente envolvida em alguma destas ações, sendo que temos várias outras para além do programa”, reforçou. No âmbito do aniversário e do podcast relembrou ainda à Ria que, naquela manhã, tinha anunciado o lançamento de uma nova ação de formação: “Academia IA”. “Sabemos que a inteligência artificial veio para ficar e para se expandir. É fundamental que a nossa comunidade compreenda e tenha apoio relativamente à melhor forma de uso no contexto de ensino e aprendizagem. Vamos fazer esse caminho nesta academia”, justificou Sandra Soares. Entre os objetivos desta formação estão, entre outros, o “uso ético e responsável” da inteligência artificial ou a utilização desta ferramenta “enquanto instrumento de apoio” na avaliação e inovação curricular. A vice-reitora adiantou ainda que a “Academia IA” já está disponível na página da “Inovação Pedagógica”. Já num outro ponto da conversa, a Ria questionou ainda Paulo Jorge Ferreira sobre os “Prémios UA” que, ano após ano, têm vindo a distinguir aqueles que se destacaram em quatro categorias [Cooperação; Boas Práticas Pedagógicas; Investigação e TAG] na Universidade de Aveiro. Para o reitor da UA estes prémios são “uma componente de várias componentes”: “Transformar os espaços, apoiar e incentivar os professores a adaptarem os currículos, métodos e a inovarem do ponto de vista pedagógico e curricular”. “Eu diria que apoiar o mérito é sempre útil, mas nesta área da inovação pedagógica senti sempre, nunca tendo duvidado dela, uma adesão tão grande, por parte da comunidade, que me parece que quase que parecia desnecessário [estes incentivos]”, exprimiu. “Uma das grandes surpresas que tive foi a expectativa que tinha quanto ao ritmo de transformação dos métodos e da inovação pedagógica [na UA] e a adesão superlativa que houve depois”, continuou Paulo Jorge Ferreira. Face a isto, o reitor da UA não deixa margem para dúvidas: “A Universidade de Aveiro é uma universidade que se quer transformar. (…) Sentir a academia a correr nessa direção do futuro parece-me extraordinariamente apaixonante e motiva-me muito”. Sandra Soares não deixou de concordar: “Está no ADN da nossa instituição esta vontade e esse ímpeto para fazer melhor, correr atrás, e penso que esta adesão também está intimamente relacionada com o facto de nós ouvirmos sempre quem precisa de colocar estas mudanças em prática ou quer ir atrás das inovações”. Neste contexto, Sandra Soares destacou também um outro projeto responsável por “transformar” a instituição: o “Impulso UA – Aveiro Education and Social Alliance”, iniciado entre 2020 e 2022 e composto por duas submedidas - Impulso Jovens STEAM e Impulso Adultos. “Criamos mais de 200 microcredenciais e vamos seguramente atingir os 100% em termos de indicadores previstos na formação de adultos da região. Temos já dezenas de acordos de parceria firmados. Muitas empresas recorrem a nós porque já conhecem este tipo de ofertas para co-desenharem connosco e qualificarem ou requalificarem os seus quadros”, reforçou. Prestes a entrar na reta final da entrevista houve ainda tempo para questionar Paulo Jorge Ferreira sobre o Mestrado Integrado em Medicina, o curso da UA que demorou mais de uma década a conquistar. Apesar de partilhar o mesmo nome dos cursos existentes noutras universidades, o reitor sublinha que, em termos de organização curricular, o curso da UA é “bastante diferente”. “Não se trata de fazer igual aos outros. Acho que ninguém projetaria um curso de Medicina, hoje, guiando-se por modelos do passado”, exprimiu, insistindo que “este curso é nosso”. Questionado ainda sobre que novas ofertas formativas poderão ser esperadas, nos próximos anos, na UA, Paulo Jorge Ferreira preferiu não avançar com nenhuma área em concreto, deixando essa decisão para o futuro reitor. Vincou, porém, que “há um sentimento de satisfação”. “As novas propostas que fizemos estão a ser bem aceites e as necessidades vão evoluindo. Acho que vai haver mais necessidade de resposta na área da requalificação e nas formações de ciclo curto e profissionais do que propriamente nas licenciaturas”, comentou. “Creio que do ponto de vista dessas formações [tradicionais] estaremos mais próximos da estabilidade”, completou.