RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Ana Maria, um dos rostos por detrás do licor de alguidar

O licor de alguidar é, a par das cavacas, um dos símbolos mais fortes - e das tradições mais enraizadas - das festas de São Gonçalinho. Ana Maria Garcia é uma das mulheres do bairro da Beira-Mar que continua a produzir a bebida de forma tradicional.

Ana Maria, um dos rostos por detrás do licor de alguidar
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
11 jan 2025, 20:59

Durante todo o ano é vendido nas lojas o Licor de Aveiro. Nas casas do bairro da Beira-mar, em especial pela altura da Festa de São Gonçalinho, faz-se licor de alguidar. Ana Maria Garcia faz “licor do Santo”.

Mora no bairro da Beira-mar “desde sempre”. É uma das mulheres do bairro que ainda faz o famoso licor de alguidar em casa. “Para mim é licor do Santo”, partilha entre sorrisos. “Tradição e pura cavaqueira” é o que move a técnica auxiliar de saúde no Hospital de Aveiro a continuar a produzir o licor.

Tira dias de férias em janeiro para viver a festa de São Gonçalinho, uma tradição de quem vive desde sempre as Festas. Aprendeu a arte do licor de alguidar com as matriarcas da família e com as vizinhas. “As vizinhas juntavam-se todas para fazer licor”, recorda.

Em pequena ficava a assistir enquanto as mulheres da família e do bairro produziam o licor. Mais tarde, começou naturalmente a ‘pôr a mão na massa’. Agora ninguém a para.

Muitas coisas mudaram. Antigamente o licor era feito em alguidares de barro, da mesma forma que salgavam as carnes e peixes para não apodrecerem, explica Ana Maria. “Não havia os meios que há agora”, sublinha. A essência da bebida continua, no entanto, a ser a mesma.

Calda de açúcar, aguardente, cor e essência de menta

Ana Maria tenciona continuar a fazer licor. Faz para a sua família, para os amigos que lhe pedem e para as barraquinhas da Festa de São Gonçalinho. Este ano o seu licor pode ser saboreado na barraquinha do S.C. Beira-Mar. “O nosso clube de tradição”, sublinha.

Registar a patente do seu licor é uma hipótese que não descarta. O incentivo vem da parte do filho e dos amigos. “Tenho uma pessoa muito minha amiga que diz que me quer oferecer a patente”, partilhou.

Calda de açúcar, aguardente, cor e essência de menta são os ingredientes que Ana Maria transforma num licor de cor verde-esmeralda e sabor de menta forte. A calda de açúcar, conta, “tem de estar muito mais do que uma hora a ferver para apurar muito bem”.

Depois juntam-se os restantes ingredientes. No final há que coar o líquido. “Muitas aguardentes, como são caseiras, trazem sempre resíduos e tem de se coar”, ensina Ana Maria.

Agosto é quando começa a fazer licor para a altura do São Gonçalinho. Para a festa que está por estes dias a decorrer, assegurou a produção de mais de 200 litros da bebida caseira. Em anos anteriores (quase todos), a procura foi mais alta do que a oferta e Ana Maria deu por si a fazer o licor durante os dias de festa.

O licor feito em agosto é diferente do que faz nos dias de festa, quando o fluído verde não é suficiente para aquecer as pessoas que correm a festa. Não tem tempo para apurar. “Não quer dizer que este agora não fique bem, fica. Mas não tem aquele corpo que devia ter”, explica.

“Na zona da Beira-Mar toda a gente faz licor”, garante. “Nas casas, a nível particular, as pessoas fazem questão de quando há a arruada abrirem as portas e terem uma garrafa de cada licor”, refere.

A tradição é tão grande que na arruada característica da Festa, as pessoas entram nas casas e bebem o licor que é oferecido pelos residentes. Apesar do licor verde de sabor a menta ser o mais tradicional, não é o único sabor que existe, conta-nos Ana Maria. “Também se faz licor de ananás, de morango, de café, (...) fazem vários licores”, aponta.

As cavacas, a devoção e a mordomia também fazem parte da vivência da Festa para Ana Maria

“A gente faz tudo pelo santinho”, afirma. A produção do licor é apenas um dos laços que a liga às festas. Apesar da devoção a São Gonçalinho, admite não ter promessas. Mas atira cavacas. “O meu pai todos os anos, penso que tinha promessa, atirava cinco quilos”, conta. Hoje em dia o pai já cá não está, mas Ana Maria continua a atirar pela sua vez. “É tradição mesmo”, refere.

A tradição manda também que os homens do bairro – mas não só – façam parte da Mordomia de São Gonçalinho. Recorda ser filha, esposa e mãe de homens que serviram a São Gonçalinho com orgulho. Mas o que gostava mesmo era de ela mesma fazer parte do grupo.

Apesar de existir uma mordomia composta por mulheres, responsáveis por adornar e guardar a capela durante todo o ano, Ana Maria é assertiva quando afirma que “se tivesse de fazer parte de uma mordomia, tinha de ser a dos homens”. Afinal, o sonho de toda a gente da Beira-Mar é mesmo fazer parte da mordomia.

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Incêndios: Portugal em situação de alerta até quinta-feira
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Incêndios: Portugal em situação de alerta até quinta-feira

As elevadas temperaturas e a baixa humidade foram as razões apresentadas pela ministra da Administração Interna para avançar com a situação de alerta entre as 00h00 de 3 de agosto e as 23h59 de 7 de agosto. Neste período, é proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, a realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria, o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos e a realização de queimas e queimadas. As autorizações já emitidas foram suspensas. Durante a sua intervenção, Maria Lúcia Amaral fez um apelo à população para que mantenha a “serenidade e espírito de unidade nacional no enfrentar deste flagelo". A ministra garante que “todo o dispositivo de combate aos incêndios está pronto e mobilizado”, contando com o reforço da resposta operacional da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana e das Forças Armadas. O “agravamento das previsões meteorológicas que apontam um risco significativo de incêndio rural” manifesta-se através do risco máximo de incêndio na maioria dos distritos Norte, Centro e Algarve, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. No dia de hoje, no distrito de Aveiro, os municípios da Anadia, de Mealhada, de Castelo de Paiva, de Arouca, de Sever do Vouga e de Águeda enfrentam risco máximo de incêndio. Vagos, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha têm risco muito elevado, ao passo que Espinho, S. João da Madeira e Oliveira do Bairro estão em risco elevado. À exceção de Vagos, todos os municípios litorais têm apenas risco moderado de incêndio.