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Autárquicas: Alberto Souto de Miranda é o candidato do PS a Aveiro

Alberto Souto de Miranda, ex-presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) entre 1998 e 2005 é o candidato do PS à CMA, revelou hoje a Comissão Política Concelhia.

Autárquicas: Alberto Souto de Miranda é o candidato do PS a Aveiro
Redação

Redação

18 jan 2025, 20:46

O nome de Alberto Souto de Miranda foi escolhido hoje por voto secreto em reunião ordinária da Comissão Política Concelhia de Aveiro do PS.O socialista era o único nome inscrito no boletim de voto, informou o partido em comunicado.

Congratulando-se com esta escolha, a concelhia do PS assumiu que o objetivo é vencer as eleições autárquicas “de olhos postos no futuro e de mãos dadas com os aveirenses”. “Queremos um município liderado por quem está disponível para servir a sua terra e as suas gentes”, refere o comunicado.

A concelhia do PS/Aveiro assumiu querer um município “inclusivo, ambientalmente responsável, culturalmente pujante, economicamente dinâmico”. E ainda um município que integre os imigrantes, que tenha habitação acessível, que aborde a mobilidade de forma integrada e intermunicipal, que ordene o turismo e que aproxime os cidadãos aos órgãos que decidem o seu presente e o seu futuro.

Alberto Souto de Miranda nasceu em 1958, em Aveiro, e é licenciado em Direito, pós-graduado em Direito Europeu e em Ciências Jurídicas e mestre em Ciências Jurídicas. O socialista foi vice-presidente da Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) entre 2006 e 2012 e entre 2012 e 2017 responsável pela proteção de dados do Banco Europeu de Investimento. O antigo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações no Governo de António Costa assumiu diferentes cargos na Caixa Geral de Depósitos (CGD), nomeadamente vogal não executivo do conselho de administração, presidente da Comissão de Governo e membro da Comissão de Auditoria e Controlo Interno e da Comissão de Nomeações, Avaliações e Remunerações.

Atualmente, a CMA é liderada pelo social-democrata Ribau Esteves que completará o seu terceiro mandato e que não poderá, por esse motivo, recandidatar-se.

As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro de 2025.

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Governação em Aveiro: dois caminhos em cima da mesa para Luís Souto
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O primeiro, aquele que se figura como mais provável para o arranque do mandato, é uma governação minoritária, assente em diálogo permanente e na construção de maiorias ‘ponto a ponto’ para viabilizar as matérias estruturantes como orçamento, grandes opções do plano, investimentos de maior escala ou a política fiscal (IMI, IRS, Derrama). O segundo, mais estável, mas politicamente mais exigente, é uma maioria através da partilha de pelouros, que implicaria integrar no executivo, pelo menos, um dos cinco vereadores da oposição - Diogo Soares Machado do Chega ou, por exemplo, um dos vereadores independentes eleitos nas listas do PS, em troca de responsabilidades executivas e um acordo escrito para o mandato. No primeiro cenário, onde a governação de Carlos Moedas em Lisboa é um bom exemplo, a Câmara funciona com a aritmética de 4-4-1 e a estabilidade nasce de conversações antes de cada reunião. Na prática, Luís Souto teria de dedicar uma fatia relevante da sua agenda a reuniões preparatórias com PS e Chega, enviando propostas com antecedência, acolhendo propostas de alteração e combinando, por exemplo, ‘abstenções técnicas’ sempre que existam pontos de convergência. Em Portugal é regra que a maioria dos pontos discutidos em reuniões de Câmara Municipal seja aprovada sem sobressaltos, mas o novo quadro político de Aveiro torna mais difícil a aprovação dos documentos estruturantes. Neste cenário, perde-se alguma velocidade na decisão e cresce a imprevisibilidade quando as sensibilidades partidárias divergem. Ainda assim, é um caminho que preserva a identidade programática da coligação vencedora e respeita o sinal do eleitorado, que fragmentou o poder. O segundo cenário de maioria com partilha de pelouros oferece estabilidade: bastaria conquistar um dos cinco vereadores da oposição para transformar a geometria variável em maioria estável. Isso pode acontecer de duas formas. A primeira é através do Chega, atribuindo-lhe pelouros com fronteira clara, mediante um acordo escrito que detalhe objetivos comuns. A segunda passa por independentes eleitos em listas do PS (como Marta Ferreira Dias ou Rui Castilho Dias), cuja condição de independência lhes confere, em tese, maior margem para arquitetar uma solução de governabilidade sem que o PS entre formalmente no executivo. Em ambos os casos, os ganhos são evidentes - menos desgaste negocial, capacidade de planear quatro anos de obras e políticas sem sobressaltos -, mas o custo político também pesa: integração da oposição na máquina executiva, partilha de resultados e eventual resistência interna dentro do partido. No caso do Chega, há ainda o enquadramento nacional e a leitura pública que uma solução destas poderia suscitar. Em qualquer dos caminhos, o eleitorado deixou um recado claro: a partir de agora, a governação de Aveiro joga-se menos na força das máquinas partidárias e mais na capacidade de construir consensos úteis.

O fim da era Ribau e o início de um ciclo fragmentado na política local de Aveiro
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O fim da era Ribau e o início de um ciclo fragmentado na política local de Aveiro

A vitória de Luís Souto assentou numa estratégia clara: compensar a desvantagem na cidade com uma forte implantação nas freguesias mais afastadas do centro urbano. Enquanto Alberto Souto conquistava margens significativas em zonas urbanas como Glória e Vera Cruz e Esgueira (saldo positivo nestas freguesias de cerca de 1300 votos), o candidato da ‘Aliança com Aveiro’ manteve a hegemonia nas freguesias mais distantes do centro urbano, sustentado pela rede de presidentes de junta de freguesia do PSD. O próprio Alberto Souto, em declarações à Ria no dia das eleições, mostrou consciência dessa dificuldade, ao recordar que, nas últimas eleições, a coligação tinha vencido “dez a zero” nas Juntas de Freguesia. O aviso acabou por se confirmar e reforçou uma evidência que continua a marcar a política aveirense: ser poder nas freguesias é uma vantagem estrutural determinante para vencer a Câmara. Apesar das fissuras internas causadas pela escolha do candidato - uma decisão da direção nacional do PSD que dividiu o partido - e da natural erosão resultante da sucessão a uma liderança marcante como a de Ribau Esteves, Luís Souto conseguiu segurar o eleitorado tradicional da coligação nas zonas periféricas e superar as dificuldades de um ciclo de transição. Um dado curioso ajuda a ilustrar as diferenças entre esta eleição autárquica e a última: apenas em Aradas Luís Souto teve mais votos para a Câmara do que a sua candidata à Junta, Catarina Barreto. Ao contrário de Ribau Esteves, que funcionava como um trunfo eleitoral para os candidatos das freguesias, o novo presidente teve dificuldade em capitalizar o apoio local das estruturas da coligação. Nas Assembleias de Freguesia, a ‘Aliança com Aveiro’ voltou, ainda assim, a ser esmagadora: venceu em nove das dez freguesias. O Partido Socialista apenas conquistou Glória e Vera Cruz, a freguesia da cidade, onde Bruno Ferreira, atual membro do executivo da coligação 'Aliança com Aveiro', se tornou o novo presidente da Junta. A candidata derrotada, Glória Leite, foi uma escolha pessoal de Luís Souto, algo que o próprio fez questão de destacar no discurso da vitória, com um agradecimento especial. Entre os autarcas da coligação, Cristina Gonçalves, em São Jacinto, e Miguel Silva, em Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, foram os únicos a melhorar os resultados percentuais em relação a 2021. Em sentido contrário, houve quedas expressivas em várias freguesias. Em Cacia, Nélson Santos manteve a maioria, mas perdeu 12 pontos percentuais, e só a ausência de uma candidatura do Chega poderá ter evitado maiores danos. Em Esgueira, Rui Cordeiro, que era apontando por todos como o grande favorito, acabou por vencer por uma margem mínima de 12 votos e perdeu 8%, num contexto em que o Chega alcançou 12,16% e elegeu dois mandatos. Já em Aradas, Catarina Barreto viu a sua votação descer de 46,28% (2021) para 34,76% este ano, perdendo a maioria, após um mandato marcado por polémicas que chegaram ao tribunal e afetaram fortemente a imagem do executivo. Do lado socialista, as apostas de Alberto Souto nas freguesias não produziram os resultados esperados. Em Oliveirinha, Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz e São Jacinto, os candidatos do PS obtiveram resultados inferiores aos de 2021. Uma exceção relevante foi Cacia, onde João Matos Silva protagonizou uma das maiores surpresas da noite: subiu de 20,32% para 33,94%, tornando-se o grande destaque socialista nas freguesias e abrindo caminho para uma futura disputa pela presidência local, quando Nélson Santos atingir o limite de mandatos em 2029. A ausência de maiorias em várias freguesias promete agora dias de negociações intensas. Os executivos terão de ser aprovados nas primeiras reuniões das Assembleias de Freguesia e há quatro casos em que isso não está garantido: Glória e Vera Cruz, Esgueira, Aradas e Eixo e Eirol. Nestas freguesias, o papel do Chega poderá ser decisivo para a formação dos executivos, embora, no caso da cidade, a Iniciativa Liberal, que elegeu um mandato, possa garantir ao PS uma maioria se houver entendimento entre ambos. No caso de Aradas, a situação parece mais complicada. Segundo informações recebidas pela Ria, Catarina Barreto, líder da candidatura da ‘Aliança com Aveiro’ nesta freguesia, logo depois de contados os votos e de perceber que tinha perdido a maioria abordou diretamente Gilberto Ferreira, líder do movimento independente ‘Sentir Aradas’, com o objetivo de marcar uma reunião entre ambos. A Ria sabe que será muito difícil para Catarina Barreto conseguir criar executivo nesta Junta de Freguesia. Nesse cenário, poderão ser marcadas eleições intercalares para esta freguesia e tudo fica em aberto, desde entendimentos entre a oposição para superar os 34,76% de Catarina Barreto ou até o surgimento de novos candidatos. Na Assembleia Municipal, o novo mapa reflete a fragmentação do cenário político do contexto nacional. BE, CDU e PAN ficam sem representação, enquanto o Chega passa de um para três mandatos, a Iniciativa Liberal entra com dois e o Livre estreia-se com um. Somando os presidentes de Junta, que têm assento e direito de voto neste órgão, a ‘Aliança com Aveiro’ assegura a maioria necessária para eleger Miguel Capão Filipe como presidente da Assembleia Municipal. As eleições de 2025 confirmam uma mudança estrutural no mapa político de Aveiro. A coligação 'Aliança com Aveiro' assegura os mínimos para vencer, mas terá agora que governar sem maioria; o PS reforça-se, mas continua aquém de reconquistar a Câmara; e o Chega afirma-se como novo ator relevante. Luís Souto inicia o mandato num concelho dividido entre centro e periferia e enfrenta um desafio inédito: liderar Aveiro num tempo em que o poder autárquico já não se conquista apenas pela força da máquina partidária, mas pela capacidade de construir consensos.

Autárquicas: Vereador do Chega em Aveiro disponível para ajudar à “estabilidade governativa”
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Autárquicas: Vereador do Chega em Aveiro disponível para ajudar à “estabilidade governativa”

“Estamos disponíveis para conversar e definir uma base em que se possa garantir a estabilidade governativa do município. Se isso passa por pelouros ou não, é prematuro falar nisso”, disse à Lusa Diogo Machado, garantindo que irá assumir o lugar na vereação. Numa análise aos resultados em Aveiro, Diogo Machado admitiu que esperava mais do que os 10,90% dos votos que o Chega obteve para o executivo municipal. “Não foi o resultado que nós gostaríamos nem que estávamos à espera, mas é um resultado que assumimos como democratas que somos e, portanto, assumimos e vamos honrar o compromisso com os aveirenses que em nós confiaram”, declarou. O candidato do Chega referiu ainda que a correlação de forças no executivo municipal "foi a que os aveirenses quiseram", sublinhando que todos os que têm assento nos órgãos do governo do município, têm que saber honrá-la e respeitá-la. “Eu tenho que saber assumir o resultado com humildade e com a responsabilidade de que fomos eleitos com um programa (...). Vamos agora esperar que quem foi eleito presidente de câmara entenda se quer ou não falar connosco”, concluiu. O Chega foi a terceira força política no concelho e elegeu Diogo Machado como vereador, garantindo assim representação no executivo pela primeira vez. O partido triplicou também a presença na Assembleia Municipal, passando de um para três eleitos, e elegeu oito vogais nas juntas de freguesia. Depois de apurados os resultados nas 10 freguesias, segundo dados do Ministério da Administração Interna, a coligação PSD/CDS-PP/PPM, liderada por Luís Souto, venceu as eleições sem maioria, elegendo quatro mandatos e a oposição elegeu cinco (o PS quatro e o Chega um). Há quatro anos, o PSD/CDS-PP/PPM obteve uma maioria absoluta com 51,26% dos votos (17.549), elegendo o presidente e cinco vereadores, seguindo-se o PS com 26% (8.901) e três vereadores. A coligação conquistou ainda nove das 10 freguesias, acabando por conquistar também esta última em eleições intercalares. O executivo do mandato 2021-2025 é presidido pelo social-democrata Ribau Esteves, que, no seu terceiro mandato, integra o executivo com outros cinco eleitos da coligação PSD/CDS-PP/PPM, e três eleitos da coligação PS/PAN, sendo dois do PS e um independente (ex-PS). Concorreram à presidência da Câmara de Aveiro Alberto Souto (PS), Luís Souto (PSD/CDS-PP/PPM), Diogo Machado (Chega), João Moniz (BE), Isabel Tavares (CDU), Miguel Gomes (IL), Bruno Fonseca (Livre), Ana Rita Moreira (PAN) e Paulo Alves (Nós, Cidadãos!).

Autárquicas: Luís Souto de Miranda ganha Aveiro sem maioria para o PSD/CDS/PPM
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Autárquicas: Luís Souto de Miranda ganha Aveiro sem maioria para o PSD/CDS/PPM

Vencendo por 5,68%, o socialista Alberto Souto, que é seu irmão, o futuro presidente do município com cerca de198 quilómetros quadrados e 62.700 habitantes, não conseguiu maioria absoluta e elegeu quatro elementos face a outros quatro do PS e um do Chega. “Os entendimentos serão feitos na altura devida, tendo em conta o interesse dos aveirenses”, declarou Luís Souto Miranda na sua sede de campanha, entre mais de 100 militantes e apoiantes da sua candidatura. “Sempre dissemos que estávamos neste projeto não por interesse privado ou carreira individual, mas pela melhoria constante do bem-estar dos aveirenses e será sempre essa a nossa linha-mestra”, acrescentou. Para o seu irmão, o vencedor deixou palavras específicas: “Deu o seu contributo como aveirense que é e deu o seu melhor, com uma perspetiva política que foi sempre distinta e até oposta da minha, mas esteve aqui também em nome do seu amor a Aveiro. As pessoas estranharam muito haver dois irmãos na contenda e isso só tem como razão: o facto de ambos gostarmos imenso de Aveiro”. Eleito com 39,35% dos votos, num total de 15.240 boletins a seu favor, Luís Souto Miranda obteve um resultado abaixo do que a mesma coligação obtive nas autárquicas de 2021, quando a coligação PSD/CDS/PPM convenceu 51,26% dos votantes e obteve 17.549 votos, mas desvaloriza essa diminuição. “Havia aqui fenómenos [políticos] novos que não se verificaram no passado e que nós enfrentámos, portanto o resultado é muito bom”, defende. “Sempre que há mudança de um ciclo longo e um líder carismático é natural que haja alguma quebra de força, não é uma surpresa, mas a vitória é muito clara e não deixa margem para dúvidas”, argumenta. Quanto à atividade a desenvolver a partir da tomada de posse, Luís Souto Miranda recorda o espírito da sua campanha eleitoral – “muito alegre e bem-disposta, mas também séria nos princípios e na maneira de estar na política” – e propõe-se continuar no mesmo tom, dando continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos 12 anos pelas equipas do seu antecessor, Ribau Esteves. “Estabelecemos desde o início que a nossa candidatura era de continuidade e inovação. Queremos continuidade em tudo aquilo que foi bom e que foi construído ao longos destes anos, porque não aceitávamos agora um ciclo de destruição, e queremos um ciclo de valorização, para andar para a frente com todos os projetos que já tinham grau de maturidade suficiente para isso”, afirma. Natural de Aveiro, Luís Souto Miranda tem 61 anos, é licenciado em Biologia pela Universidade local, mestre em Genética Humana pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Biomédicas pela de Coimbra. A título profissional, exerce as funções de professor de Bioética e Genética Forense na Universidade de Aveiro, sendo também presidente da Assembleia Municipal de Aveiro desde 2017, da assembleia-geral da ADERAV – Associação de Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro, e da Confraria dos Ovos Moles. Nas autárquicas de 2021, a Câmara de Aveiro também foi ganha pelo PSD/CDS/PPM, com Ribau Esteves a aceder assim ao seu terceiro e último mandato na liderança do executivo. Nessa altura coligação ganhou com uma margem de 51,26%, num total de 17.549 votos, elegendo seis elementos para o executivo camarário, enquanto a coligação PS/PAN se ficou pelos 26% e 8901 votos, com o que obteve três vereadores. Este domingo, contudo, a prestação do PS, não-coligado, aumentou para 33,67% e 13.040 votos. Nas eleições atuais, Luís Souto Miranda foi o cabeça de lista apresentado pela direção nacional do PSD, depois de essa estrutura ter rejeitado o nome de Rogério Carlos, que, enquanto vice-presidente da câmara, era o candidato inicialmente recomendado por Ribau Esteves.

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Autárquicas: Rui Dias (PSD/CDS) espera ter condições para governar Câmara de Ílhavo
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Autárquicas: Rui Dias (PSD/CDS) espera ter condições para governar Câmara de Ílhavo

Rui Dias dá como referência os quatro anos em que o movimento Unir para Fazer dirigiu a autarquia sem maioria absoluta, em que “teve condições semelhantes para governar”. “Não tem que haver necessariamente mais vereadores, porque basta-nos fazer um entendimento com quem tem menos vereadores para construirmos uma maioria absoluta”, disse. O novo presidente da Câmara referia-se às condições de governabilidade de que o seu antecessor, João Campolargo, do movimento de cidadãos Unir para Fazer, que perdeu as eleições para a Câmara, beneficiou, reclamando agora reciprocidade. A coligação PSD/CDS ganhou as eleições no município de Ílhavo, mas sem maioria absoluta, obtendo para a Câmara 6.580 votos (35,74%), encanto o movimento Unir para Fazer foi o segundo mais votado, obtendo 6.405 votos (34,79%) e o PS foi a terceira força mais votada, com 2.458 votos (13,35%). No executivo municipal, a coligação PSD/CDS liderada por Rui Dias elegeu três mandatos, os mesmos do Unir para Fazer, enquanto o PS mantém um eleito. “O processo está no início, sendo fundamental identificar pontos de convergência entre os projetos políticos envolvidos”, comentou Rui Dias, considerando que “há que perceber os possíveis alinhamentos”. O novo presidente da Câmara de Ílhavo, que recuperou a autarquia que foi PSD até 2021, mencionou a experiência anterior de quatro anos na Câmara, liderada por João Campolargo do movimento Unir para Fazer, agora na oposição. “Nós estamos a começar, estamos a arrancar, temos que perceber que pontos de convergência existem entre os nossos projetos e os outros e perceber o alinhamento possível”, concluiu.

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Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, a equipa de investigação do Instituto de Materiais de Aveiro e do Departamento de Química (CICECO) criou “um processo inovador para o pré-tratamento do soro humano, que leva a melhorias na deteção do biomarcador recetor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2)”. A equipa de investigação é composta por: Mara Guadalupe Freire Martins, Maria Silvina Marques Mendes e Ana Francisca Silva, da UA, em colaboração com João Pedro Conde, Inês Agostinho e Virginia Chu, do INESC-MN. A abordagem é “crucial” para a monitorização do cancro da mama, “uma vez que a análise do HER2 no soro humano é de extrema importância na gestão da doença”. Os dispositivos empregues potenciam um “diagnóstico mais ágil e um acompanhamento mais eficaz da doença”. De acordo com as investigadoras, a invenção aborda “vários desafios críticos na deteção e monitorização do cancro da mama”. “Em primeiro lugar, procura superar as limitações dos métodos convencionais de análise, que são frequentemente afetados pela presença de proteínas abundantes no soro humano. Estas proteínas interferem significativamente na deteção precisa e exata de biomarcadores em baixas concentrações, como o HER2”, explicam. O desenvolvimento desta inovação surgiu no âmbito do projeto PTDC/EMD TLM/3253/2020: “Integração do pré-tratamento de fluidos humanos e deteção de biomarcadores tumorais utilizando sistemas aquosos bifásicos formados por líquidos iónicos em dispositivos microfluídicos”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O projeto começou em 1 de março de 2021 e terminou em 28 de fevereiro de 2025. Dado o potencial inovador da tecnologia, a UA, através da sua unidade de transferência de tecnologia, UACOOPERA, submeteu “um pedido provisório de patente, seguido de um pedido europeu”. “Atualmente, decorrem os primeiros 12 meses sobre o depósito, pelo que ainda se pode avançar com a proteção noutros territórios em que haja interesse”, avança ainda a nota.

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De acordo com uma nota à imprensa, a Comissão Permanente Nacional reúne-se a partir das 10:30 num hotel em Lisboa, prevendo-se que Leonor Beleza, primeira vice-presidente do partido, faça uma declaração à imprensa no final. Este órgão integra o presidente do PSD e também primeiro-ministro, Luís Montenegro, os seis ‘vices’ do partido, o secretário-geral e líder parlamentar Hugo Soares e, como convidado, o coordenador nacional autárquico Pedro Alves. Apesar de não ter sido indicado qualquer tema para a convocatória à imprensa, a reunião acontece dois dias depois das autárquicas de domingo que o PSD venceu. Sozinho e em coligações, os sociais-democratas conseguiram eleger o maior número presidentes de câmara, 136, de acordo com os resultados provisórios do Ministério da Administração Interna, sendo que em 109 concelhos governarão com maioria absoluta. Destes, 78 foram eleitos em listas apenas do PSD e 58 em coligações. No total, o PSD conseguiu perto de 1,9 milhões de votos e 34,31% do total. Em relação às anteriores autárquicas, em 2021, o partido conquistou mais 22 câmaras (tinha 114) e inverteu a liderança do poder local, com mais câmaras e freguesias do que o PS, o que lhe permitirá liderar a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), o objetivo traçado por Luís Montenegro. O PSD, sozinho ou em coligações, ganhou os cinco municípios com mais população no país – mantém Lisboa e Cascais, recuperando Porto, Vila Nova de Gaia e Sintra -, vencendo também no bastião socialista Guimarães. No entanto, os sociais-democratas perderam capitais de distrito em relação há quatro anos (lideram agora sete, contra nove em 2021): o PSD ficou sem os bastiões de Bragança e Viseu e câmaras que detinha como Coimbra e Faro; em contrapartida, ganhou Beja pela primeira vez e recuperou o Porto, mantendo Aveiro, Braga, Lisboa, Portalegre e Santarém. Nas autárquicas de 10 de outubro, o PS foi o segundo partido e conquistou, sozinho, 126 câmaras, e mais duas em coligação com o Livre e PAN.

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A coligação PSD/CDS-PP ganhou as eleições no município de Ílhavo, no distrito de Aveiro, mas sem maioria absoluta, obtendo para a Câmara 6.580 votos (35,74%), enquanto o movimento Unir para Fazer foi o segundo mais votado, obtendo 6.405 votos (34,79%) e o PS foi a terceira força política mais votada, com 2.458 votos (13,35%). No próximo executivo municipal, liderado por Rui Dias, a coligação PSD/CDS-PP tem três mandatos, os mesmos do Unir para Fazer, enquanto o PS mantém um vereador. “Tomarei posse e estarei entre os vereadores, e estaremos disponíveis para trabalhar em conjunto com o executivo que irá ser formado”, disse João Campolargo. Sobre o papel do movimento Unir para Fazer nos órgãos autárquicos onde está representado, João Campolargo diz não abdicar do papel fiscalizador que lhe cabe, agora na oposição. “Faremos a nossa avaliação, a nossa fiscalização, desejamos sempre que seja um mandato dessa aliança com um serviço muito próximo e de responsabilidade”, afirmou em declarações à Lusa.  Refletindo sobre os resultados eleitorais, o presidente cessante da Câmara de Ílhavo reconhece que o seu movimento “sofreu uma derrota, apesar de um apoio significativo”. “O movimento de cidadãos perdeu por uma escassa diferença de votos para uma coligação de dois partidos, o que foi um sinal de reconhecimento e admiração pelo trabalho feito, e houve uma aproximação significativa em território e mesas de voto, mas não foi suficiente para a vitória”, declarou. Quanto ao futuro, garante que “o movimento atuará como força de fiscalização, reconhecimento do que é bem feito e usará o conhecimento adquirido para se preparar para dar melhor resposta e participação na discussão democrática ao longo dos próximos quatro anos”.