Câmara de Aveiro assinala Dia Mundial da Hipertensão Arterial com atividades na Praça do Mercado
O Município de Aveiro, em parceria com o Programa Municipal SAUD’Aveiro – Saúde na Praça e outras entidades locais, irá assinalar o Dia Mundial da Hipertensão Arterial este sábado, 17 de maio, na Praça do Mercado Manuel Firmino.
Redação
Ao longo da manhã, entre as 9h00 e as 13h00, o público poderá participar em várias iniciativas de promoção da saúde e estilos de vida saudáveis, com especial atenção à prevenção das doenças cardiovasculares, nomeadamente a hipertensão arterial, destacada em maio, mês do coração.
O grupo de reabilitação cardíaca da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULRSA) realizará a habitual caminhada anual, que dará início ao programa às 9h00 (inscrição prévia em [email protected]).
Durante o evento, das 10h00 às 13h00, decorrerão avaliações e auto-medições de tensão arterial, com orientações para boas práticas. A chef Sara Oliveira realizará um showcooking com degustação de receitas com baixo teor de sal, promovendo a importância da alimentação saudável e o consumo preferencial de produtos frescos, locais e sazonais, reforçando a necessidade de reduzir a ingestão de sal.
O Consórcio “Saúde na Praça”, que integra a CMA, a ULRSA, a Unidade de Cuidados na Comunidade de Aveiro e a Universidade de Aveiro, através da sua Escola Superior de Saúde, tem como missão promover estilos de vida saudáveis e aumentar a literacia em saúde na comunidade.
Recomendações
Sociedade desportiva do Beira-Mar aprovada: Nuno Quintaneiro aponta já ao futuro
Foi no dia 23 de abril que a direção do SC Beira-Mar, liderada por Nuno Quintaneiro, apresentou a proposta para criação de uma sociedade desportiva na sequência de um pré-acordo celebrado com o empresário brasileiro Breno Dias Silva, que prevê um investimento total de 10 milhões de euros no universo do futebol aurinegro. Esse montante inclui 1,5 milhões de euros para liquidação do passivo do clube, 3,5 milhões para construção de um centro de excelência dedicado ao alto rendimento e 5 milhões para financiamento da equipa sénior ao longo de cinco épocas. Na altura, a proposta gerou dúvidas entre alguns associados, entre os quais vários antigos dirigentes, que manifestaram preocupações com a falta de informação sobre a empresa que participaria na constituição da sociedade desportiva, bem como com a inexistência de uma garantia bancária internacional do valor previsto para a liquidação do passivo. Após o chumbo, a direção do clube anunciou que iria avançar com três alterações principais: a prestação de uma garantia bancária anual de 100 mil euros durante 10 anos (compromisso que já tinha sido assumido por Nuno Quintaneiro na última Assembleia Geral do clube), a inserção de uma cláusula que responsabiliza o investidor pelo passivo da futura sociedade desportiva, caso as quotas ou ações revertam para o clube, e a disponibilização de informação adicional sobre os parceiros envolvidos no projeto. As alterações introduzidas ao documento acabaram por satisfazer a globalidade dos sócios e a Assembleia Geral de ontem, 16 de maio, confirmou o avanço da criação da sociedade desportiva, com praticamente todos os 252 sócios presentes a votarem favoravelmente, com exceção de um sócio que optou pela abstenção. Nuno Quintaneiro, em entrevista à Ria, confessa que se sente “grato, com uma energia e ânimo renovados”, agradecendo a “confiança e a expectativa que é depositada neste novo ciclo que agora se inicia”. Nuno Quintaneiro relembra ainda que os “esclarecimentos e as questões levantadas já tinham sido prestados e assegurados na última Assembleia Geral”. “Não havia, na minha perspetiva, necessidade de votar contra, nem provocar aqui um atraso de três semanas (...) na preparação daquilo que é a próxima época desportiva e estruturação do que será esta relação com a sociedade”, afirma o presidente do SC Beira-Mar. Apesar disso, o presidente do clube aurinegro respeita o “entendimento das pessoas que votaram contra” na última Assembleia Geral e já está focado no futuro. “Agora há um conjunto de atos que vão ter que se suceder, nomeadamente os pressupostos que o investidor vai ter que cumprir e depois há toda a tramitação formal de constituição da sociedade desportiva que também temos que executar”, esclarece. Segundo Nuno Quintaneiro, “se o processo andar rápido, correr bem”, o clube terá a sociedade desportiva formalmente constituída “no espaço de três semanas a um mês”, acreditando que será possível inscrever as duas equipas de futebol sénior (A e B), nas respetivas competições desportivas, já como sociedade desportiva. Quanto à próxima época, Quintaneiro esclareceu que o trabalho de parceria com o investidor é para continuar, recordando que “as decisões do futebol [ao longo dos últimos meses], apesar de tomadas pelo clube, foram sempre em diálogo e em consenso com o parceiro”. “Temos uma visão estratégica partilhada, temos uma filosofia e uma orientação alinhadas e que nos permitem com alguma facilidade gerar consensos nas decisões”, esclareceu, sem antes afirmar, que o que irá mudar é, no fundo, “a capacidade de investimento” que o clube não tinha. Confrontado pela Ria relativamente a um possível atraso na preparação da próxima época, fruto do clube ter passado o último mês a discutir quanto ao avanço da sociedade desportiva, Nuno Quintaneiro deu nota que não consegue “avaliar os danos que possa ter causada”, apesar de transmitir uma mensagem de confiança. “Eu acredito que grande parte das situações serão recuperáveis e conseguiremos minimizá-las. (...) Tenho a consciência de algumas oportunidades que possamos ter perdido neste período. (...) Naquilo que diz respeito ao futebol sénior é mais complicado, porque estamos a falar de contextos em que os melhores atletas, aqueles que na relação qualidade-preço temos mais interesse, naturalmente são mais apetecíveis e sabemos que têm outras propostas, outras ofertas e podem já estar alguns deles comprometidos e não terem ficado à espera”, clarificou. Quanto à escolha do treinador para a próxima época, o presidente da direção do SC Beira-Mar não quis adiantar uma data. “Têm existido conversas sobre o assunto, temos que nos voltar a sentar, voltar a estruturar um orçamento com algum grau de certeza para a partir daqui poder-se trabalhar e tomar decisões. Ou seja, uma coisa é ter perspetivas, outra coisa é tomar decisões e avançar para elas. E nesse sentido, só a partir de agora vamos passar a essa fase”, afirmou. Durante a Assembleia Geral que decorreu ontem, 17 de maio, no Parque de Feiras e Exposições de Aveiro, Nuno Quintaneiro aproveitou para responder a José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Recorde-se que o autarca aveirense, durante a sessão solene de comemoração do 25 de abril, fez considerações sobre a forma como decorreu a última Assembleia Geral do SC Beira-Mar. Durante o seu discurso, Ribau Esteves afirmou que era preciso “combater o extremismo da má educação, da agressão física e verbal ignóbil que (...) aconteceu esta semana na Assembleia Geral de uma das nossas associações privadas sem fins lucrativos”, naquilo que foi entendido com uma referência clara à reunião magna do SC Beira-Mar. Em entrevista à Ria, Nuno Quintaneiro recorda que Ribau Esteves não esteve presente na última Assembleia Geral do clube, reconhecendo que está sentido com o edil aveirense pelas considerações que considera “injustas”, “completamente extemporâneas” e “sem qualquer fundamento”. O presidente da direção do SC Beira-Mar afirma que “os sócios manifestaram a sua intenção de voto de forma totalmente livre, esclarecida e houve respeito máximo por todos”, reconhecendo que “após a Assembleia”, possa ter existido no exterior do Estádio Municipal de Aveiro “algumas trocas de bocas entre alguns associados”. Contudo, reafirma que são “situações normais que acontecem na vida em comunidade, em que as pessoas que discutem visões, podem eventualmente cometer algum excesso de linguagem”. “Estou a admitir coisas que não assisti, mas nunca a pôr em causa a democracia na instituição. Isso é absolutamente inaceitável”, remata Nuno Quintaneiro. Por último, o líder aurinegro esclareceu ainda que o clube tem nos seus órgão sociais “pessoas com um percurso notável também de luta pela liberdade”.
Aveiro celebrou o Dia dos Mártires da Liberdade com homenagem e exposição
A cerimónia teve início com a tradicional deposição de uma coroa de flores junto ao Obelisco da Liberdade - monumento erguido em 1909 por iniciativa do Clube dos Galitos, em homenagem aos mártires da liberdade: Francisco Manuel Gravito da Veiga e Lima, Francisco Silvério de Carvalho Magalhães Serrão, Clemente da Silva Melo Soares de Freitas, Manuel Luís Nogueira, Clemente Morais Sarmento e João Ferreira. Rogério Carlos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, presente no evento, manifestou a sua satisfação pela adesão dos aveirenses e focou o seu discurso na exposição “1828 – A Revolução Liberal e os Mártires da Liberdade”, patente na mesma praça e que pretende contar a história da cidade. “Muitas vezes, fala-se do que aconteceu, dando destaque à cidade do Porto, mas foi aqui, em Aveiro, que tudo começou”, recordou. A exposição, que foi posteriormente apresentada aos presentes numa visita guiada, estará “no próximo ano letivo” nas escolas de Aveiro, com o objetivo de “dar a conhecer e perpetuar o nome destes seis ilustres aveirenses, assim como de quem os liderou neste movimento tão importante para o nosso país”, avançou o vice-presidente da Câmara. No seu discurso, Rogério Carlos também reforçou os valores da “liberdade” e do “respeito”, manifestando repúdio face à vandalização recente do Monumento da Muralha de Aveiro. “Situações como aquela que vivemos ontem, no nosso município, com atos de vandalismo a um monumento, não podem acontecer. O respeito é um valor fundamental que deve prevalecer na nossa sociedade”, concluiu. A cerimónia incluiu ainda um momento musical, durante o qual foi interpretada a emblemática canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho.
“Aveiro em Família” regressa este sábado com peddy paper na freguesia de Santa Joana
A atividade que decorre este sábado é dirigida ao público em geral. A atividade propõe um percurso em torno do Centro Paroquial e Igreja de Santa Joana, onde os participantes recolhem materiais para criar um painel coletivo. A participação tem um custo simbólico de 1.00 euros e requer inscrição prévia para o email: [email protected]. No sábado, 24 de maio, às 11h00, o ATLAS Aveiro acolhe uma nova sessão de “Contos e Música para Bebés”, dinamizada por Tó Zé Novais e Sofia Morais. A iniciativa combina narração oral e experimentação sonora, sendo dirigida a famílias com bebés dos 3 aos 36 meses. A entrada é gratuita, com inscrição obrigatória aqui. No dia 31 de maio, sábado, às 10h00, também no ATLAS Aveiro, decorre a ação “A nossa Terra em Arquivo”, que oferece uma jornada fotográfica pela história local, revelando o passado da cidade, da ria e das suas gentes. A atividade destina-se a famílias com crianças com mais de 8 anos e requer inscrição através do email: [email protected]. Já em junho, o programa continua no dia 8, sábado, com uma visita guiada à fauna e flora da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, entre as 9h00 e as 14h30. A atividade é gratuita, dirigida a famílias com crianças com mais de 5 anos, e exige inscrição prévia via [email protected]. No dia 14 de junho, sábado, pelas 10h00, o ATLAS Aveiro recebe a ação “Arquivos como instrumento de preservação e acesso à informação”, para famílias com crianças com mais de 8 anos. A entrada é gratuita, mediante inscrição em [email protected], destacando-se o papel dos arquivos na preservação da memória coletiva. O “Solstício na Marinha da Troncalhada” será celebrado a 21 de junho, sábado, às 15h00, no Ecomuseu Marinha da Troncalhada. A atividade inclui uma introdução à salicultura em Aveiro, com oportunidade para degustar salicórnia e flor de sal. O custo é de 1.00 euros, com entrada livre para o público em geral. A encerrar a programação, no dia 28 de junho, sábado, às 11h00, realiza-se a sessão “Histórias Sensoriais”, por Soraia Picado, no ATLAS Aveiro. Dirigida a famílias com crianças entre os 3 e os 6 anos, a participação é gratuita, mediante inscrição aqui.
Ribau Esteves juntou-se a Firmino Ferreira na arruada final da AD (PSD/CDS) em Aveiro
Marcada para as 17h30, no largo exterior do Mercado Manuel Firmino, a arruada final da campanha da AD começou de forma informal. Entre as várias figuras políticas locais presentes - como Luís Souto de Miranda, candidato da coligação 'Aliança Mais Aveiro” à CMA nas eleições autárquicas; Catarina Barreto, presidente da Junta de Freguesia de Aradas; e Ana Cláudia Oliveira, presidente da concelhia do CDS-PP de Aveiro - distribuíam-se bandeiras do PSD e do CDS, enquanto se testava uma coluna de som portátil de onde ecoava o hino da coligação. Apesar da hora marcada, a arruada só arrancou, oficialmente, cerca de uma hora depois, com a chegada de José Ribau Esteves. Recebido num ambiente de festa e boa disposição, Ribau Esteves dirigiu-se a Firmino Ferreira e, em tom descontraído, comentou que já tinha votado nele no último domingo, através do voto antecipado. Pegou num dos folhetos da coligação e, em jeito de brincadeira, questionou-o sobre o que tinha para distribuir pelo povo durante a tarde. Com a comitiva completa, seguiram rumo à ‘Cervejaria Tico-Tico’, ao som da música da AD e das palavras de ordem: “Firmino amigo, Aveiro está contigo”. Pelo caminho, José Ribau Esteves, Firmino Ferreira e Luís Souto de Miranda iam cumprimentando quem encontravam pelas esplanadas dos cafés e distribuindo folhetos e palavras de incentivo. A arruada prosseguiu depois em direção à Avenida Lourenço Peixinho. Questionado pela Ria sobre a razão da sua presença na arruada, Ribau Esteves foi claro: “Faço questão de trabalhar naquilo que é o meu exercício de gestão como presidente da Câmara e (…) como militante do Partido Social-Democrata.” Clarificou, no entanto, que o convite partiu do presidente da concelhia do PSD-Aveiro, Firmino Ferreira, exprimindo que o “sim foi fácil de dizer, foi só ajustar o calendário”. Neste seguimento, o autarca aveirense desvalorizou ainda o impacto direto destas ações, sublinhando que “os momentos finais de campanha são muito mais para gerir a psique de nós que somos candidatos do que para conquistar eleitores”. “As sondagens dão sempre, atualmente, entre 15% e 19% de indecisos. Eu digo sempre que a palavra indecisos está incorreta. Já toda a gente decidiu o que vai fazer”, desabafou. Ribau Esteves confirmou ainda ter votado antecipadamente, justificando-se com uma deslocação oficial. “No domingo, dia 18, o meu avião levanta voo às 6h15 da manhã, rumo ao Japão. Votei antecipadamente e, obviamente, votei na AD. Não há dúvida nenhuma sobre a minha militância, nem sobre a minha opção nestas eleições”, vincou. Apesar de reconhecer “limitações” e “questões em relação à candidatura [da AD]”, o presidente da Câmara de Aveiro defendeu que “é de longe a melhor”, sustentando essa opinião com os programas apresentados e com os perfis dos candidatos a primeiro-ministro. “Pedro Nuno Santos não é uma alternativa capaz e competente”, atirou. Sublinhou ainda a necessidade de estabilidade governativa. “Eu tenho 12 anos de Câmara. Vou conhecer o meu sétimo Governo. Portanto, isto significa que houve 1,7 anos por Governo, o que é mau demais para governar um país. Quero muito que venhamos a ter um Governo de quatro anos”, desejou. Confrontado com a sua ausência na cerimónia de homenagem ao Dia dos Mártires da Liberdade, que decorreu também esta sexta-feira, pelas 18h00 – meia hora depois do início da arruada - Ribau Esteves respondeu que “nunca” esteve presente nessa cerimónia “em 12 anos de mandato”. “É uma questão de gestão da nossa política. (…) Decidi desde o meu primeiro ano que sou presidente da Câmara, que eu vivo o feriado municipal, 12 de maio, mas não estou no 16 de maio. Portanto, nada de diferente no ano 25 em relação aquilo que aconteceu desde o ano de 2014”, reforçou. Sobre a sua participação na campanha, Ribau Esteves sublinhou que esteve presente “em dois momentos”. “Estive quando o presidente do partido, Luís Montenegro, participou na caminhada da Maratona da Europa e estive no almoço dos autarcas em Pombal há oito dias”. Relembrado pela Ria sobre um outro momento – a entrega de listas às eleições legislativas - o presidente da autarquia referiu que esse foi um “momento simbólico”. “Sou um autarca que tenho responsabilidades no PSD por ser o responsável pela ala social-democrata na Associação Nacional de Municípios. Estive no almoço em Pombal dos autarcas faz exatamente hoje oito dias. Com gosto associo-me também neste momento, que é um episódio de encerramento, com o simbolismo que estas coisas têm”, relembrou Ribau Esteves. Recorde-se que esta foi a primeira vez que José Ribau Esteves participou num momento de campanha da AD pelo círculo de Aveiro nestas eleições legislativas sem a presença de Luís Montenegro. Também em entrevista à Ria, no último dia de campanha, Firmino Ferreira revelou que as expectativas são “elevadas”. “Eu acho que nós conseguimos passar a mensagem pelo povo português de que, de facto, é necessário termos um Governo com alguma estabilidade (…) para que se possa continuar a desenvolver um conjunto de projetos e de políticas para os portugueses, que vinha tendo grande sucesso nos últimos 11 meses”, sustentou. Questionado sobre a possibilidade de ser eleito deputado, Firmino respondeu com modéstia, sublinhando que tudo depende da decisão dos eleitores: “Só ocuparei, de facto, o lugar, se os portugueses assim entenderem, nomeadamente os aveirenses, que eu acredito que possam dar esse contributo para que alguém de Aveiro, com raízes de Aveiro e que esteja preparado para defender os interesses de Aveiro no Parlamento Nacional”, garantiu, reforçando que será esse “porta-voz”. Sobre a acumulação de funções, assegurou que não pretende afastar-se do trabalho autárquico. “Vou ser autarca até ao final do mandato em Oliveirinha e vou apoiar os nossos autarcas locais e seguir claramente ponto por ponto”, afirmou. Reconheceu, no entanto, o aumento das exigências que essa dupla responsabilidade implica: “Vai ser mais exigente em todos os aspetos, mas estou preparado para isso, é um desafio que aceito com muita força e com consciência de que posso dar o contributo para resolver um conjunto de coisas.” A escolha do Mercado Manuel Firmino como ponto de partida da arruada final também foi intencional, explicou. “Quando estivemos em Aveiro também praticamente terminámos aqui, portanto, como nós não queremos deixar nada para trás, nós vamos começar daqui em direção ao resto da nossa Avenida e de um conjunto de ruas que são para nós também significantes”, justificou. Firmino frisou ainda que estas ações de rua, apesar de não mudarem votos, têm um valor simbólico. “Sabemos que uma arruada, que uma distribuição de brindes não vai mudar garantidamente o voto de ninguém, mas é uma forma de transmitirmos ao nosso líder, ao nosso primeiro-ministro, Luís Montenegro, que estamos aqui com ele com muita força e que queremos continuar a dar-lhe esse apoio”, afirmou. As eleições legislativas decorrem este domingo, 18 de maio. As diferentes listas dos partidos, pelo círculo eleitoral de Aveiro, “definitivamente admitidas” podem ser consultadas na íntegra aqui.
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Sociedade desportiva do Beira-Mar aprovada: Nuno Quintaneiro aponta já ao futuro
Foi no dia 23 de abril que a direção do SC Beira-Mar, liderada por Nuno Quintaneiro, apresentou a proposta para criação de uma sociedade desportiva na sequência de um pré-acordo celebrado com o empresário brasileiro Breno Dias Silva, que prevê um investimento total de 10 milhões de euros no universo do futebol aurinegro. Esse montante inclui 1,5 milhões de euros para liquidação do passivo do clube, 3,5 milhões para construção de um centro de excelência dedicado ao alto rendimento e 5 milhões para financiamento da equipa sénior ao longo de cinco épocas. Na altura, a proposta gerou dúvidas entre alguns associados, entre os quais vários antigos dirigentes, que manifestaram preocupações com a falta de informação sobre a empresa que participaria na constituição da sociedade desportiva, bem como com a inexistência de uma garantia bancária internacional do valor previsto para a liquidação do passivo. Após o chumbo, a direção do clube anunciou que iria avançar com três alterações principais: a prestação de uma garantia bancária anual de 100 mil euros durante 10 anos (compromisso que já tinha sido assumido por Nuno Quintaneiro na última Assembleia Geral do clube), a inserção de uma cláusula que responsabiliza o investidor pelo passivo da futura sociedade desportiva, caso as quotas ou ações revertam para o clube, e a disponibilização de informação adicional sobre os parceiros envolvidos no projeto. As alterações introduzidas ao documento acabaram por satisfazer a globalidade dos sócios e a Assembleia Geral de ontem, 16 de maio, confirmou o avanço da criação da sociedade desportiva, com praticamente todos os 252 sócios presentes a votarem favoravelmente, com exceção de um sócio que optou pela abstenção. Nuno Quintaneiro, em entrevista à Ria, confessa que se sente “grato, com uma energia e ânimo renovados”, agradecendo a “confiança e a expectativa que é depositada neste novo ciclo que agora se inicia”. Nuno Quintaneiro relembra ainda que os “esclarecimentos e as questões levantadas já tinham sido prestados e assegurados na última Assembleia Geral”. “Não havia, na minha perspetiva, necessidade de votar contra, nem provocar aqui um atraso de três semanas (...) na preparação daquilo que é a próxima época desportiva e estruturação do que será esta relação com a sociedade”, afirma o presidente do SC Beira-Mar. Apesar disso, o presidente do clube aurinegro respeita o “entendimento das pessoas que votaram contra” na última Assembleia Geral e já está focado no futuro. “Agora há um conjunto de atos que vão ter que se suceder, nomeadamente os pressupostos que o investidor vai ter que cumprir e depois há toda a tramitação formal de constituição da sociedade desportiva que também temos que executar”, esclarece. Segundo Nuno Quintaneiro, “se o processo andar rápido, correr bem”, o clube terá a sociedade desportiva formalmente constituída “no espaço de três semanas a um mês”, acreditando que será possível inscrever as duas equipas de futebol sénior (A e B), nas respetivas competições desportivas, já como sociedade desportiva. Quanto à próxima época, Quintaneiro esclareceu que o trabalho de parceria com o investidor é para continuar, recordando que “as decisões do futebol [ao longo dos últimos meses], apesar de tomadas pelo clube, foram sempre em diálogo e em consenso com o parceiro”. “Temos uma visão estratégica partilhada, temos uma filosofia e uma orientação alinhadas e que nos permitem com alguma facilidade gerar consensos nas decisões”, esclareceu, sem antes afirmar, que o que irá mudar é, no fundo, “a capacidade de investimento” que o clube não tinha. Confrontado pela Ria relativamente a um possível atraso na preparação da próxima época, fruto do clube ter passado o último mês a discutir quanto ao avanço da sociedade desportiva, Nuno Quintaneiro deu nota que não consegue “avaliar os danos que possa ter causada”, apesar de transmitir uma mensagem de confiança. “Eu acredito que grande parte das situações serão recuperáveis e conseguiremos minimizá-las. (...) Tenho a consciência de algumas oportunidades que possamos ter perdido neste período. (...) Naquilo que diz respeito ao futebol sénior é mais complicado, porque estamos a falar de contextos em que os melhores atletas, aqueles que na relação qualidade-preço temos mais interesse, naturalmente são mais apetecíveis e sabemos que têm outras propostas, outras ofertas e podem já estar alguns deles comprometidos e não terem ficado à espera”, clarificou. Quanto à escolha do treinador para a próxima época, o presidente da direção do SC Beira-Mar não quis adiantar uma data. “Têm existido conversas sobre o assunto, temos que nos voltar a sentar, voltar a estruturar um orçamento com algum grau de certeza para a partir daqui poder-se trabalhar e tomar decisões. Ou seja, uma coisa é ter perspetivas, outra coisa é tomar decisões e avançar para elas. E nesse sentido, só a partir de agora vamos passar a essa fase”, afirmou. Durante a Assembleia Geral que decorreu ontem, 17 de maio, no Parque de Feiras e Exposições de Aveiro, Nuno Quintaneiro aproveitou para responder a José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Recorde-se que o autarca aveirense, durante a sessão solene de comemoração do 25 de abril, fez considerações sobre a forma como decorreu a última Assembleia Geral do SC Beira-Mar. Durante o seu discurso, Ribau Esteves afirmou que era preciso “combater o extremismo da má educação, da agressão física e verbal ignóbil que (...) aconteceu esta semana na Assembleia Geral de uma das nossas associações privadas sem fins lucrativos”, naquilo que foi entendido com uma referência clara à reunião magna do SC Beira-Mar. Em entrevista à Ria, Nuno Quintaneiro recorda que Ribau Esteves não esteve presente na última Assembleia Geral do clube, reconhecendo que está sentido com o edil aveirense pelas considerações que considera “injustas”, “completamente extemporâneas” e “sem qualquer fundamento”. O presidente da direção do SC Beira-Mar afirma que “os sócios manifestaram a sua intenção de voto de forma totalmente livre, esclarecida e houve respeito máximo por todos”, reconhecendo que “após a Assembleia”, possa ter existido no exterior do Estádio Municipal de Aveiro “algumas trocas de bocas entre alguns associados”. Contudo, reafirma que são “situações normais que acontecem na vida em comunidade, em que as pessoas que discutem visões, podem eventualmente cometer algum excesso de linguagem”. “Estou a admitir coisas que não assisti, mas nunca a pôr em causa a democracia na instituição. Isso é absolutamente inaceitável”, remata Nuno Quintaneiro. Por último, o líder aurinegro esclareceu ainda que o clube tem nos seus órgão sociais “pessoas com um percurso notável também de luta pela liberdade”.
recorder: As pessoas por detrás das personagens, a vida por detrás do palco
A estreia contou com casa cheia e as sessões seguintes têm seguido o mesmo caminho. Este fim de semana é a última oportunidade para visualizar a peça e, apesar de ainda existirem lugares disponíveis, a probabilidade é que esgotem com brevidade. Horas antes do espetáculo arrancar, chegam ao espaço os atores, os encenadores e os técnicos que garantem que tudo está pronto para que as portas se abram ao público pelas 21h30. Diogo Figueiredo dá vida a Chuck, Daniela Lopes a Billie, Ana Conde é Vera e Inês Hermenegildo interpreta a Lu. Juntos, os formandos do Curso de Formação Teatral 2024-2025 do GrETUA dão vida a recorder. Conversaram com a Ria nos camarins. As roupas com que iam entrar na personagem esperavam num cabide, um microfone repousava numa cadeira vermelha, na mesa de maquilhagem viam-se alguns fósforos e descansavam alguns lápis. Descansavam, por ora – pouco depois, seriam usados para aquecer as vozes e treinar a dicção. A par do lendário “merda” que desejam entre si, é um dos “pequenos rituais” feitos pela equipa antes de entrar em cena, revela Inês. O GrETUA é o ponto de encontro dos quatro intérpretes, que vieram de áreas e percursos distintos antes de encontrarem o espaço por detrás da prisão de Aveiro. Daniela é uma antiga estudante da Universidade de Aveiro. Frequentou o curso de Design, área na qual trabalha atualmente. “Enquanto espectadora, sempre gostei de ir ao teatro”, partilha. “Depois sempre tive alguma curiosidade em experimentar fazer teatro também e foi por isso que eu decidi começar a fazer os cursos aqui do GrETUA”, conta Daniela. É o segundo Curso de Formação Teatral do GrETUA que frequenta: “no ano da pandemia (…) fiz o curso de teatro radiofónico, um registo um bocadinho diferente porque devido à Covid não dava para fazer o curso e as aulas como normalmente são”, lembra. Este ano, depois de ter continuado a “fazer alguns cursos”, decidiu por fim “participar na peça”. Daniela destaca as diferenças entre as experiências, assumindo que recorder tem sido um desafio “muito intenso”. “O facto de serem três abordagens diferentes, com três encenadores diferentes, para nós (…) enquanto intérpretes foi um bocadinho diferente daquilo que estávamos à espera, mas por outro lado é muito interessante pegar num texto e ter três leituras completamente distintas. Isso é muito fixe”, aponta. A intensidade é, de resto, adjetivo utilizado entre todos - intérpretes, equipa técnica e espectadores. Inês Hermenegildo chegou a Aveiro vinda de Lisboa. Trabalhava no Hospital de Aveiro durante o curso e ao fim do dia, pelas 18h30, chega ao GrETUA, onde se junta aos colegas. O seu primeiro contacto prático com o teatro foi mesmo no espaço da academia aveirense. “Nunca tinha feito teatro nem nada que se assemelhasse e vim também de uma área completamente diferente, mas foi algo que eu sempre tive alguma curiosidade, e foi uma ótima conjunção de disponibilidade e de estar no sítio certo”, conta Inês. Chegou ao grupo por sugestão de uma amiga. “Ela disse que devia ir lá espreitar, que eles tinham coisas engraçadas, eu fui e pronto - fui ficando e cá estamos”, conta entre sorrisos. Diogo, por sua vez, já conhecia a casa. Apresentou a tese em dezembro do ano passado e esta é a segunda vez que participa no curso de formação do GrETUA. Começou, segundo conta, “pelo aborrecimento de estar a fazer a tese” e pela vontade de “ter algo mais na vida para além do trabalho”. Recorda a primeira apresentação da peça como “a mais desafiante”, mas sublinha que tem sido “uma aprendizagem constante”. “Foi sem dúvida um desafio aprender três formas de dizer o mesmo texto (…) porque decorar um texto grande com diferentes intenções é uma coisa, agora decorar o mesmo texto com três intenções diferentes, foi desafiante, nunca me tinha passado pela cabeça”, reforça Diogo. Desafio esse que faz com que Diogo se queira manter no teatro. “Não sei como, mas de alguma forma gostava de continuar a fazer teatro, sim”, admite. “O GrETUA acho que é uma porta de entrada para muita gente para este mundo do teatro e não só, das artes em geral, e acho que há muita gente que fica com a vida descarrilada”, aponta Diogo em tom de brincadeira. Ainda assim, até agora, nenhum dos quatro desistiu da área para a qual se formou. Ana Conde também já tinha ligação ao grupo. Está a terminar o mestrado em Biologia, na UA, e colabora com o GrETUA na parte da comunicação. Participou este ano pela primeira vez no curso de teatro. “Achei que era um bocado parvo fazer parte de um grupo que é baseado no teatro e nunca ter tido esta experiência, nunca ter feito o curso”, denuncia bem-humorada. “Sempre gostei muito da área da cultura, sempre fui uma grande consumidora, e por isso é que também me juntei ao grupo, mas nunca tinha feito nada deste género”, admite. Revê-se na personagem que interpreta, apesar de a considerar “uma versão muito mais cool daquilo que eu sou”, e aponta que o facto de não ser de Aveiro é parte da razão pela qual isso acontece. “Revejo-me muito na necessidade de crescer para além da sua origem, (…) acho que é comum a todos os jovens”, desvenda Ana. Além dos quatro interpretes que todas as noites dão vida à história destas personagens, há toda uma equipa técnica por detrás. As cerca de duas horas de peça contam com cerca de um mês – mais hora, menos hora - de preparação de espaços, luzes, sons e outras coisas que fazem também a magia do teatro acontecer. Há luzes e projeções, música original, roldanas e cordas que fazem um palco rodar ao sabor das interpretações. E um véu de uma espécie de tule de cor pérola, que pode ou não fazer lembrar o nevoeiro que as memórias podem ser. A história vai-se tornando mais clara conforme se vai desenrolando, pelo menos até o espetáculo terminar. O final dá lugar à troca de teorias e impressões entre os espectadores. Vão sendo ouvidas pelo espaço e são quase tantas – se não mais - como as pessoas que vão passando pelo espetáculo. Algo que se pode interpretar como um sucesso, visto que era um objetivo desde o início, tanto por parte do autor como dos encenadores. Durante este fim de semana a peça vai ser interpretada duas vezes por dia. A primeira sessão de sábado, dia 17, acontece pelas 16h, e há já poucos bilhetes disponíveis. A segunda sessão realiza-se pelas habituais 21h30, mas os bilhetes já estão esgotados. Domingo, dia de eleições legislativas, a peça sobe a palco a primeira vez pelas 15h e há ainda alguns lugares disponíveis, mas a última sessão já está esgotada. Apesar de poucos lugares vagos, os bilhetes ainda podem ser adquiridos através do formulário online.
Aveiro celebrou o Dia dos Mártires da Liberdade com homenagem e exposição
A cerimónia teve início com a tradicional deposição de uma coroa de flores junto ao Obelisco da Liberdade - monumento erguido em 1909 por iniciativa do Clube dos Galitos, em homenagem aos mártires da liberdade: Francisco Manuel Gravito da Veiga e Lima, Francisco Silvério de Carvalho Magalhães Serrão, Clemente da Silva Melo Soares de Freitas, Manuel Luís Nogueira, Clemente Morais Sarmento e João Ferreira. Rogério Carlos, vice-presidente da Câmara Municipal de Aveiro, presente no evento, manifestou a sua satisfação pela adesão dos aveirenses e focou o seu discurso na exposição “1828 – A Revolução Liberal e os Mártires da Liberdade”, patente na mesma praça e que pretende contar a história da cidade. “Muitas vezes, fala-se do que aconteceu, dando destaque à cidade do Porto, mas foi aqui, em Aveiro, que tudo começou”, recordou. A exposição, que foi posteriormente apresentada aos presentes numa visita guiada, estará “no próximo ano letivo” nas escolas de Aveiro, com o objetivo de “dar a conhecer e perpetuar o nome destes seis ilustres aveirenses, assim como de quem os liderou neste movimento tão importante para o nosso país”, avançou o vice-presidente da Câmara. No seu discurso, Rogério Carlos também reforçou os valores da “liberdade” e do “respeito”, manifestando repúdio face à vandalização recente do Monumento da Muralha de Aveiro. “Situações como aquela que vivemos ontem, no nosso município, com atos de vandalismo a um monumento, não podem acontecer. O respeito é um valor fundamental que deve prevalecer na nossa sociedade”, concluiu. A cerimónia incluiu ainda um momento musical, durante o qual foi interpretada a emblemática canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho.
“Aveiro em Família” regressa este sábado com peddy paper na freguesia de Santa Joana
A atividade que decorre este sábado é dirigida ao público em geral. A atividade propõe um percurso em torno do Centro Paroquial e Igreja de Santa Joana, onde os participantes recolhem materiais para criar um painel coletivo. A participação tem um custo simbólico de 1.00 euros e requer inscrição prévia para o email: [email protected]. No sábado, 24 de maio, às 11h00, o ATLAS Aveiro acolhe uma nova sessão de “Contos e Música para Bebés”, dinamizada por Tó Zé Novais e Sofia Morais. A iniciativa combina narração oral e experimentação sonora, sendo dirigida a famílias com bebés dos 3 aos 36 meses. A entrada é gratuita, com inscrição obrigatória aqui. No dia 31 de maio, sábado, às 10h00, também no ATLAS Aveiro, decorre a ação “A nossa Terra em Arquivo”, que oferece uma jornada fotográfica pela história local, revelando o passado da cidade, da ria e das suas gentes. A atividade destina-se a famílias com crianças com mais de 8 anos e requer inscrição através do email: [email protected]. Já em junho, o programa continua no dia 8, sábado, com uma visita guiada à fauna e flora da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, entre as 9h00 e as 14h30. A atividade é gratuita, dirigida a famílias com crianças com mais de 5 anos, e exige inscrição prévia via [email protected]. No dia 14 de junho, sábado, pelas 10h00, o ATLAS Aveiro recebe a ação “Arquivos como instrumento de preservação e acesso à informação”, para famílias com crianças com mais de 8 anos. A entrada é gratuita, mediante inscrição em [email protected], destacando-se o papel dos arquivos na preservação da memória coletiva. O “Solstício na Marinha da Troncalhada” será celebrado a 21 de junho, sábado, às 15h00, no Ecomuseu Marinha da Troncalhada. A atividade inclui uma introdução à salicultura em Aveiro, com oportunidade para degustar salicórnia e flor de sal. O custo é de 1.00 euros, com entrada livre para o público em geral. A encerrar a programação, no dia 28 de junho, sábado, às 11h00, realiza-se a sessão “Histórias Sensoriais”, por Soraia Picado, no ATLAS Aveiro. Dirigida a famílias com crianças entre os 3 e os 6 anos, a participação é gratuita, mediante inscrição aqui.