RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Fábrica Centro Ciência Viva promove novo ciclo de conversas sobre Argilas de Aveiro

Esta sexta-feira, 28 de março, a Fábrica Centro Ciência Viva e o Departamento de Geociências (dgeo) da Universidade de Aveiro (UA) estreia um novo ciclo de conversas sobre o património histórico e geológico relacionado com as argilas de Aveiro. Nesta primeira sessão, será abordada a importância da cerâmica na produção de açúcar e a sua ligação ao aparecimento dos ovos moles.

Fábrica Centro Ciência Viva promove novo ciclo de conversas sobre Argilas de Aveiro
Redação

Redação

28 mar 2025, 16:32

A primeira conversa acontece esta noite, dia 28, pelas 21h00, na Fábrica Centro Ciência Viva. Fernando Rocha, investigador no dgeo da UA e do centro de investigação GeoBioTec, é o convidado da primeira conversa da iniciativa, que versará sob a temática ‘Argilas na origem dos ovos moles’. A entrada é livre.

A iniciativa contará ainda com a realização de outras duas conversas, já agendadas para dia 11 de abril e 17 de maio. A indústria cerâmica de Aveiro nos séculos XIX e XX será o tema da conversa de abril, enquanto a de maio se pretende debruçar sobre as argilas e os barreiros de Aveiro. Existe ainda uma terceira conversa planeada, sob a temática Argilas na saúde, cuja data ainda não foi divulgada.

Recomendações

Luís Souto viu nas notícias que a IL não iria integrar a coligação com o PSD, CDS e PPM
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Luís Souto viu nas notícias que a IL não iria integrar a coligação com o PSD, CDS e PPM

No dia 13 de março, a IL avançava numa nota de imprensa enviada à Ria que iria “declinar o convite para integrar a coligação com o PSD-Aveiro”. Nessa nota, o partido liberal justificava a tomada de decisão com a “vontade da estrutura local de afirmar um projeto político autónomo, fiel aos valores liberais, e de apresentar aos cidadãos de Aveiro uma alternativa diferenciada, assente na defesa da liberdade económica, da eficiência governativa e da proximidade às necessidades reais da população”. No passado sábado, 29 de março, Luís Souto voltou a trazer o tema para cima da mesa no debate sobre a mobilidade, promovido pela Ciclaveiro, lamentando a falta de acordo para uma coligação alargada. Questionado à margem do evento pela Ria, o candidato pelo PSD/CDS/PPM exprimiu que ficou “surpreendido” com a opção da IL apresentar-se a votos sozinha. “Está tudo de acordo [à data]. Passa-se um fim de semana - não sei se dormiram mal, o que é que foi, ou se foram ver um jogo de futebol que algum clube deles perdeu - e de repente, segunda-feira, acordamos e vejo nas notícias que a Iniciativa Liberal não vai estar [na coligação] (…). Mas porquê?”, questionou. Segundo Luís Souto não houve “nenhuma discordância” durante o processo de negociação da coligação. “Tem de perguntar a eles, mas eles de certeza que não podem invocar nenhuma discordância connosco, porque não houve discordância (…) nenhuma. Nós estamos muito bem com a aliança que temos, PSD/CDS/PPM, que era o caminho anterior... A IL é um partido interessante, pode dar aqui um contributo, estávamos abertos a eles. Não quiseram, eu acredito que 90% dos eleitores da IL se vão rever no nosso projeto e vão votar em nós. Tenho pena”, atirou. O candidato pelo PSD/CDS/PPM considerou ainda que “não tem dúvida nenhuma” que a IL ficou a perder ao não ter aceitado a coligação. “Não tenho dúvida nenhuma e, apenas se calhar por uma questão da posição da A, B ou C, não sei se calhar era isso que os preocupava. Isso não preocupa nada para os eleitores de Aveiro. Garanto-lhe que os eleitores de Aveiro não estão nada preocupados se uma pessoa da IL ia, sei lá, em 24º ou 23º, isso não interessa nada às pessoas. Portanto, o que interessa são os grandes projetos (…)”, reforçou. Confrontado com as declarações de Luís Souto, Miguel Gomes, candidato pela IL à CMA, esclareceu à Ria, esta segunda-feira, 31 de março, que só houve uma reunião preparatória com o PSD-Aveiro e que logo após a reunião do plenário do partido liberal os membros “foram unânimes a considerar que a melhor decisão para a IL era ir a sós para mostrar o nosso projeto, para termos as nossas caras e os nossos quadros a defender os princípios do partido”. “Essa era a melhor posição para a IL para se apresentar às eleições, sem dúvida”, frisou. Segundo o candidato da IL, ao contrário do que diz Luís Souto, o PSD-Aveiro soube da decisão de não prosseguirem com a coligação "na segunda-feira, 10 de março". "Luís Souto, soube de facto na segunda-feira porque lhe foi transmitido pela IL isso mesmo", referiu. “Nós nem sequer falávamos em posição A, B ou C. Não chegámos sequer a essa posição. O que interessa aqui é o nome e os princípios da IL e aquilo que nós conseguimos fazer para isso. Os rostos, os quadros, não foram sequer falados nessa reunião. O que nos importa é mesmo a defesa dos princípios e a defesa do melhor interesse para os aveirenses”, continuou Miguel Gomes. “Foi entendimento deste plenário que ficávamos a perder se fôssemos em coligação com o PSD”, disse. O candidato pela IL exprimiu ainda que “muitos eleitores aveirenses vão olhar, se calhar pela primeira vez, até para o nosso programa eleitoral, para as nossas ideias e acredito que nós vamos conseguir conquistar muitos eleitores aveirenses”. *Notícia atualizada no dia 31 de março, às 11h39, com base nas declarações de Miguel Gomes, em resposta à notícia, em que deu conta que a IL informou "na segunda-feira, 10 de março" o PSD-Aveiro que não iria prosseguir com a coligação.

EscutAMA de regresso a São Jacinto no primeiro fim de semana de abril
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EscutAMA de regresso a São Jacinto no primeiro fim de semana de abril

A edição, prevista acontecer em outubro de 2024 foi adiada, na altura devido às más condições climatéricas, e re-agendada para o primeiro fim-de-semana de abril. Com o lema “Somos SAL És Caminho”, o evento contará com a participação de 520 escuteiros e escoteiros do Município de Aveiro, numa ação conjunta de “relevante importância, pelo envolvimento de todos e pelo seu objetivo, com o principal enfoque na formação cívica das nossas crianças e jovens, na consciencialização de toda a comunidade para a adoção de comportamentos de proteção dos ecossistemas e do ambiente”, lê-se em nota enviada às redações. Entre as atividades previstas encontra-se a pernoita, no dia 4 de abril, de um grupo de Caminheiros nas imediações do Centro Municipal de Interpretação Ambiental de Aveiro, a participação os escuteiros e escoteiros num conjunto de atividades promovidas pelo Regimento de Infantaria n.º 10 de São Jacinto e a realização da Eucaristia, aberta à comunidade, no Centro Nacional de Formação Ambiental. A realização da atividade conta com o apoio da CMA, através da atribuição financeira ao Corpo Nacional de Escutas no valor de 18.200,00€, aprovado em Reunião de Câmara.

Exposição ‘Meio Século na Arte’ de Lopes de Sousa vai ser inaugurada a 5 de abril
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Exposição ‘Meio Século na Arte’ de Lopes de Sousa vai ser inaugurada a 5 de abril

A mostra, composta por pinturas de Lopes de Sousa, estará patente na Galeria da Antiga Capitania até ao dia 25 de maio e pode ser visitada de forma gratuita, de terça a domingo nos horários compreendidos entre as 10h00 e as 12h30 e as 13h30 e as 18h00. Natural de Aveiro, Lopes de Sousa frequentou a Academia de Belas Artes de São Paulo, a Escola de Artes Álvaro Torrão em Lisboa e a Cooperativa “Árvore” no Porto, durante os anos 70, nas áreas de pintura e escultura. Dedica-se às artes desde 1975 e comemora, este ano, 50 anos de pintura, tendo realizado já cerca de 350 exposições.

Autárquicas: Debate sobre a mobilidade em Aveiro marcado pela unanimidade entre os candidatos
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Autárquicas: Debate sobre a mobilidade em Aveiro marcado pela unanimidade entre os candidatos

Alberto Souto de Miranda (PS), João Almeida (PAN), João Moniz (BE), João Quintela (Livre), Luís Souto (PSD/CDS/PPM) e Miguel Gomes (IL) foram os representantes dos partidos políticos locais presentes no debate. Com moderação de Sara Moreno Pires, docente no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território (DCSPT) na Universidade de Aveiro (UA), o debate iniciou-se com a exibição de um pequeno vídeo resumo sobre os objetivos que a cidade de Utrecht, na Holanda estabeleceu, relativamente à mobilidade, para o ano de 2050. Posteriormente, os candidatos foram desafiados a construir uma visão estratégica, desta vez, para o futuro de Aveiro. Para Miguel Gomes a mobilidade deve ser pensada de uma “forma integrada”. No que toca aos transportes públicos, em Aveiro, o candidato da IL referiu ser necessário “conforto” e “rapidez”. “Uma pessoa não pode demorar tempo excessivo que prefira ir de carro… É necessário repensar (…) e tem de ser regular (…)”, defendeu. Neste seguimento, sugeriu ainda uma rede de ciclovia, na cidade, que una não só as freguesias, mas também a região. “Precisamos de uma rede de ciclovias ligadas (…) começando por unir a estação de Aveiro às outras paragens”, vincou. Já na ferrovia, o candidato da IL falou sobre o caso da Linha do Vouga que une, atualmente, Aveiro a Águeda defendendo que a mesma deve ser repensada através da implementação de um projeto que conecte Águeda, Aveiro e Ílhavo “através de um LRT, um metro ligeiro”. Alberto Souto de Miranda afirmou ter para 2050 uma visão do espaço público “descarbonizada e sustentável” mas que “tem de ser também antropocêntrica”. Apontou que nos próximos quatro anos a aposta tem de passar por criar “um espaço com menos automóveis e mais transporte público”. “Temos de reconquistar o espaço público dos automóveis”, frisou Alberto Souto. Para o candidato socialista, a aposta na partilha de transportes e a utilização da bicicleta tem também de ser um foco, assumindo querer uma cidade “preparada para cumprir a estratégia nacional”, sublinhando o potencial da bicicleta na promoção da saúde e bem-estar da população. Também João Moniz concordou com a ideia do socialista de que é necessário tirar os carros da cidade. Nesse sentido, o candidato bloquista entende que “as políticas urbanas que se esperam para uma cidade que se quer preparada para 2050 tem de reverter” essa realidade. O candidato referiu que a prioridade do BE é “democratizar o espaço público, não só com políticas de mobilidade como também com políticas de regulação dos solos e do edificado”. O bloquista referiu ainda que iria “abrir as hostilidades” no debate considerando existir “um elefante na sala gigantesco: a concessão e a privatização da MoveAveiro”, entendeu. “É impossível ter políticas de mobilidade (...) sem a reversão da MoveAveiro e da recuperação dos serviços de transportes públicos para a esfera do município”, frisou. Luís Souto referiu, por sua vez, que é necessária “ambição” do Município e que isso passa, em primeiro lugar, pela mudança de mentalidade das pessoas, lançando ao público o desafio sobre quantos deles utilizavam as vias cicláveis. Particularizando sobre algumas das soluções, o candidato social democrata propôs um “Plano Municipal de expansão da rede ciclável” que funcionaria, por exemplo, através da criação de um passaporte municipal. Neste seguimento, João Quintela lançou uma provocação aos restantes candidatos questionando-os: se há um consenso “porque é que as coisas ainda estão como estão?”. Para o candidato do Livre é necessário trabalhar. “Estes problemas têm de ser vistos de forma mais integrada (…) O espaço público deve ser agregador (…) O espaço não pode ser só praças e jardins incluindo os passeios e as ruas. Temos de pensar mais geral”, refletiu. João Quintela defendeu ainda que é necessário trazer as pessoas de novo para a cidade e que o espaço público deve ser um “espaço aberto”. “O espaço público é do público”, vincou. No que toca aos transportes públicos, tal como os restantes candidatos, reconheceu que é necessária uma “rede integrada”, de “proximidade” e com “interligação modal de todos os transportes”. Neste seguimento, João Almeida, candidato pelo PAN, acrescentou que é necessário “que se faça um processo participativo” para se pensar a mobilidade na cidade de Aveiro. “Vemos muito betão e asfalto (…) é preciso pensar o urbanismo de outra forma”, refere. O candidato defende, assim, a necessidade de “esboçar um plano de mobilidade” e defendeu a intermodalidade da bicicleta com os transportes públicos. “Estamos particularmente atrás das zonas metropolitanas”, apontou. Já numa segunda ronda de questões, Sara Moreno Pires questionou ainda os candidatos sobre os dados dos censos sobre a mobilidade suave da cidade e da região e sobre como é possível mobilizar a população para este tipo de mobilidade. “Os dados dos censos mostram que invertemos a visão de futuro”, lançou a moderadora. No que toca a propostas concretas, Miguel Gomes realçou que é necessário um “plano atualizado” que conte com “todos” [privados e públicos]. No que toca aos transportes públicos atuais, o candidato da IL defendeu que a empresa responsável pelos mesmos tem “capacidade de investimento” e que é necessário “continuar a modernizar” a frota de autocarros. Ainda nas propostas, Miguel Gomes recordou que a Câmara Municipal de Aveiro também tem de fazer o seu trabalho, dando como exemplo a Avenida Europa e defendendo que é necessário requalificar a mesma. Como medidas apontou, entre outras, implementar mais faixas de autocarros e melhorar os atuais passeios. Miguel Gomes falou ainda sobre o caso da “BUGA- Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro” realçando que o serviço da mesma está “muito limitado” e que é necessário que a mesma vá “até outras freguesias”. Para o candidato da IL também a Universidade de Aveiro (UA) pode ter um papel importante na mobilidade suave da cidade apontando a Zona Tecnológica Livre (ZTL) como um bom recurso para tal. “Temos de colaborar com a UA para implementar novos projetos para melhorar a mobilidade”, defendeu. Já Alberto Souto apontou que “os dados são um retrato e a função da política é também transformar a realidade: não é só adequar as propostas à situação tal como ela está ”. O candidato socialista referiu ser necessário “termos a coragem de pedonalizar todo o centro histórico”, apontando como medidas concretas a retirada do trânsito e estacionamento, “permitindo apenas cargas, descargas, moradores e veículos de emergência” na Avenida Lourenço Peixinho de forma a “recuperar a avenida para as pessoas”. O candidato socialista apontou ainda ser necessário melhorar a rede de transportes públicos, idealizando, com a ZTL da UA, que “Aveiro pode ser a primeira cidade (...) que tenha autocarros autónomos, sem condutores”. Também em relação à ferrovia, Alberto Souto vê, à semelhança da IL, o metro de superfície como uma solução. A criação de pistas cicláveis que sirvam e liguem as populações do centro às freguesias foi também uma medida apoiada por Alberto Souto, que apontou ainda a criação de “estacionamentos periféricos”. “Se nós apostamos nesta via de retirar todo o tráfego dos centros, nós temos que encontrar soluções de estacionamento periférico”, reiterou. Em resposta a Alberto Souto, o candidato social democrata atirou ao socialista que enquanto esteve na Câmara de Aveiro [de 1998 a 2005] “não fez nada” e que “além do mais, abriu uma frente sobre a Avenida (...) criando uma condicionante fortíssima que foi a abertura do túnel (...) O PSD contestou exatamente essa opção, dizendo que isso ia condicionar o futuro da Avenida”. “É muito bonito pensarmos que vamos fechar grande parte da Avenida [Lourenço Peixinho] (…) e ficar tudo pedonalizado e o que se faz com aquele investimento que foi feito com dinheiros públicos?”, questionou, apesar de reconhecer que ainda há “ajustes a fazer”. Como propostas concretas referiu querer trazer para a ordem do dia a Semana Europeia da Mobilidade sugerindo, entre outros, a criação de ações simbólicas. No entanto, para Luís Souto é preciso saber escolher os dias para que não haja perturbação às atividades económicas. “É preciso dar de comer às pessoas”, relembrou. Como os restantes candidatos disse ainda ser necessário um plano ambicioso municipal feito com, entre outros intervenientes, as pessoas, a universidade e as empresas. João Moniz considerou que “além de medidas concretas é preciso criar uma abordagem holística e sistemática da mobilidade”, apontando como principal prioridade do Bloco, relativamente à mobilidade, a remunicipalização do transporte público em Aveiro. “O instrumento que o BE propõe é uma empresa pública de transportes públicos que deve ser intermunicipal”, reforçou. O candidato bloquista referiu ainda que “existem pré-existências (…) que têm de ser lidadas (…) mas temos de ter uma lógica diferente”, criticando a proposta de Alberto Souto da criação periférica de parques de estacionamento. “É preciso haver coerência não só no plano de mobilidade e no terreno, mas também nas propostas que se trazem a debate”, atirou. João Quintela voltou a lembrar que não podemos “impor” este tipo de mobilidade aos aveirenses e que é necessário “falar com as pessoas”. “É possível ter um espaço público ciclável (…) onde as pessoas se mexam do ponto a ao ponto b”, defendeu. No entanto, o mesmo não é possível com as ciclovias atuais referindo que as mesmas são “curtíssimas”. “Temos de ter uma rede de ciclovias ligada (…) As pessoas têm de ir para Oliveirinha, Cacia…”, apontou. Como medidas concretas afirmou, entre outros, os transportes públicos de proximidade “mais frequentes e mais pequenos”, o uso da ferrovia e a necessidade de haver mais locais onde se possam deixar bicicletas em segurança. Ainda no campo das propostas, o PAN reforçou ser necessário “mudar o chip internamente” antes de se criarem políticas públicas para a mobilidade. Recomendou como necessária a criação de “uma equipa de urbanismo tático”, bem como o reforço da colaboração com entidades e a auscultação da população. O debate foi ainda aberto ao público onde foram feitas questões, entre outras, sobre a segurança na deslocação de bicicleta na cidade e até propostas como a do pequeno André em que pediu aos candidatos para avaliar a exequibilidade de um jacuzzi municipal na cidade. O debate pode ser revisto na íntegra através do facebook da Ria.

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Legislativas: Filipe Neto brandão novamente candidato e Manuel Sousa será o diretor de campanha
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Legislativas: Filipe Neto brandão novamente candidato e Manuel Sousa será o diretor de campanha

Logo após a reunião do secretariado, foi promovida uma reunião com os presidentes das concelhias do partido. Durante esse encontro, Bruno Aragão (Oliveira de Azeméis) e Joana Sá Pereira (Mealhada), ambos deputados à Assembleia da República na última legislatura, depois de uma intervenção onde demonstraram descontentamento pela proposta de lista apresentada, abandonaram a reunião em sinal de protesto. Uma ação que reflete as tensões internas dentro da Federação Distrital do PS, que têm sido acentuadas por divergências entre os apoiantes de Hugo Oliveira, atual presidente, e os apoiantes de Jorge Sequeira, anterior presidente que perdeu as últimas eleições para a federação. Na proposta de lista de deputados apresentada por Hugo Oliveira, tanto Bruno Aragão como Joana Sá Pereira têm uma queda de posições acentuada, baixando para 11.º e 12º lugar, respetivamente, depois de nas últimas eleições legislativas terem integrado o 8.º e o 7.º lugar. Recorde-se que Joana Sá Pereira, outrora muito próxima de Pedro Nuno Santos, demitiu-se do secretariado nacional do Partido Socialista, depois de não ter sido eleita deputada nas últimas eleições legislativas e de, segundo noticiou à data o Expresso, ter-se sentido injustiçada com a proposta salarial que recebeu para assumir funções administrativas e financeiras na sede nacional do partido. Mais sorte teve Paulo Tomaz, presidente do PS-Águeda e adjunto do Grupo Parlamentar do Partido Socialista na Assembleia da República, que foi apoiante de Hugo Oliveira e vê agora o seu apoio recompensado com um sexto lugar na lista, quando nas últimas eleições não foi além do décimo lugar. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, mantém, sem surpresas, a liderança da lista, seguido por Susana Correia, de Santa Maria da Feira, e Hugo Oliveira, presidente da Federação, que ocupa o terceiro lugar. Apesar de também ter apoiado Jorge Sequeira, o deputado Filipe Neto Brandão, mantém-se em lugar elegível na lista de deputados ao ocupar o quarto lugar. Uma escolha que deverá ter relação com a sua longa experiência parlamentar de 16 anos e da sua indicação pela concelhia do PS-Aveiro, a capital do distrito. Outra novidade é que o ex-presidente da concelhia do PS-Aveiro ex-candidato socialista à Câmara Municipal de Aveiro, Manuel Sousa, que também foi falado para integrar a lista de deputados, será o diretor de campanha do PS no distrito de Aveiro. 1 - Pedro Nuno Santos (Indicação Nacional) 2 - Susana Correia (Santa Maria da Feira) 3 - Hugo Oliveira (Estarreja) 4 - Filipe Neto Brandão (Aveiro) 5 - Indicação Nacional (terá que ser uma mulher) 6 - Paulo Tomaz (Águeda) 7 - Nuno Almeida (Espinho) 8 - Ana Marta (Ovar) 9 - Catarina Gamelas (JS/Albergaria) 10 - José António (Castelo de Paiva) 11- Bruno Aragão (Oliveira de Azeméis) 12 - Joana Pereira (Mealhada) 13 - Ricardo Conceição (Anadia) 14 - Daniela Rosalinho (Oliveira do Bairro) 15 - Regina Fontes (Arouca) 16 - João Figueiredo (JS/Santa Maria da Feira) Suplentes: 1 - Cláudia Campos (Murtosa) 2 - Ana Patrícia (Sever Vouga) 3 - Eduardo Conde (Ílhavo) 4 - Ana Magalhães (Vale de Cambra) 5 - Irene Gomes (São João da Madeira)

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