Investigação: Ângela Almeida (PSD) apresenta-se como licenciada pela UA, mas Universidade desmente
A Ria - Rádio Universitária de Aveiro recebeu, no dia 23 de março, uma denúncia anónima, por email, que afirmava que a presidente de Junta de Freguesia de Esgueira e deputada à Assembleia da República pelo PSD, Ângela Almeida, não era licenciada pela Universidade de Aveiro.
Redação
Ângela Almeida apresenta-se no site oficial do Parlamento e no site oficial do PSD como licenciada em Português, Latim e Grego. Simultaneamente, na nota de imprensa enviada pelo PSD no dia 21 de março aos órgãos de comunicação social, onde a atual presidente da Junta de Freguesia de Esgueira era anunciada como a indicação da concelhia do PSD-Aveiro para a lista de deputados do círculo de Aveiro, podia-se ler que “Ângela Almeida, que segue no seu terceiro mandato à frente dos destinos de Esgueira, é licenciada em Português, Latim e Grego, pela Universidade de Aveiro”.
A Ria iniciou uma investigação e solicitou, no dia 24 de março, aos Serviços de Gestão Académica da Universidade de Aveiro, um pedido de esclarecimento sobre esta situação. No esclarecimento, a Universidade de Aveiro foi categórica: "Em resposta ao solicitado informamos que Ângela Maria Bento Rodrigues Nunes e Saraiva de Almeida não concluiu, na Universidade de Aveiro, a Licenciatura em Português, Latim e Grego."
Face a esta contradição entre a nota de imprensa oficial do PSD-Aveiro e a informação da Universidade de Aveiro, a Ria tentou obter uma reação tanto da estrutura distrital e concelhia do partido, como da própria. À margem da sessão de abertura da Feira de Março, que decorreu ontem, dia 25 de março, a Ria tentou confrontar Ângela Almeida com a denúncia anónima recebida. Recorde-se que, à data, a Universidade de Aveiro ainda não tinha respondido ao pedido de esclarecimento.
A deputada à Assembleia da República afirmou que não comentava “perfis falsos” e “documentos falsos”. “Eu não preciso de provar nada a ninguém, está tudo provado”, deu nota Ângela Almeida. A também deputada à Assembleia da República, questionada sobre se podia disponibilizar o certificado de habilitações, prontamente respondeu: “poder não é uma questão, causa-me muita estranheza esta maledicência”.
Até ao momento, não foi possível obter reações por parte de Emídio Sousa, presidente da distrital de Aveiro do PSD, nem de Firmino Ferreira, presidente da concelhia do PSD-Aveiro. A Ria - Rádio Universitária de Aveiro continuará a acompanhar o desenvolvimento deste caso.
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Alberto Souto (PS) coloca em cima da mesa nova localização para o Hospital de Aveiro
Numa publicação no seu Facebook, esta sexta-feira, 16 de maio, Alberto Souto de Miranda afirmou que a situação atual do Hospital de Aveiro é insustentável e revela “uma falta de espaço ostensiva”, salientando que “os contentores vão-se multiplicando” para colmatar carências imediatas. Recorde-se que a solução que está a ser trabalhada pelas partes envolvidas – Hospital de Aveiro, Câmara Municipal de Aveiro e Governo – é a construção de um novo edifício nos terrenos do antigo Estádio Mário Duarte, anexos ao atual Hospital. Esta infraestrutura desportiva foi demolida no verão de 2020, com a Câmara Municipal de Aveiro a informar, à data, que se perspetivava “o arranque da execução do projeto [do novo Hospital] neste ano de 2020 e o início da execução de obras em 2022”. Perspetivas que não se vieram a confirmar, sendo que cinco anos depois o novo Hospital de Aveiro continua ainda sem projeto e com a esmagadora maioria do orçamento estimado para a sua obra por garantir. “Há 25 anos que o Estado português anda a prometer o novo Hospital”, recorda Alberto Souto de Miranda. “Como é sabido, infelizmente, ainda não há sequer projeto e Montenegro tinha anunciado que Aveiro não estava nas suas prioridades para os próximos quatro anos”, afirma Alberto Souto. Note-se que, nos últimos 25 anos, o Governo foi liderado pelo Partido Socialista (PS) durante 17 anos e pelo Partido Social-Democrata (PSD) durante 8 anos. Recorde-se que Luís Montenegro referiu, no lançamento da primeira pedra para a construção do Hospital de Lisboa Oriental, no dia 7 de outubro de 2024, que um dos focos da sua legislatura seria “assegurar todos os procedimentos com vista à construção do novo hospital de Barcelos, do novo hospital universitário do Algarve, do novo hospital do Oeste e da ampliação e requalificação do hospital de Beja”, considerando as referidas empreitadas como “as próximas quatro prioridades”. Na altura, o tema já tinha sido polémico, levando vários partidos políticos de Aveiro a denunciarem a ausência do Hospital de Aveiro das prioridades de ação governativa de Luís Montenegro. Apesar disso, mais recentemente, na apresentação pública de Luís Souto de Miranda como candidato da coligação 'Aliança Mais Aveiro' à CMA, Luís Montenegro quis contrariar os partidos de oposição, anunciando que as obras do novo Hospital de Aveiro arrancariam ainda este ano. Informação entretanto contrariada por José Ribau Esteves, atual presidente da CMA, que deu nota do "equívoco" do atual primeiro-ministro. Perante este cenário, o candidato socialista desafia a repensar a estratégia: “Nestas condições há um ensejo de pensar planeamento. O que se deve fazer?” E apresenta duas hipóteses. A primeira, que considera mais provável com “o Estado que temos”, consiste em construir mais um bloco junto aos existentes, ficando o Hospital “disperso por quatro blocos”. A segunda, que defende como a mais acertada do ponto de vista do planeamento regional, é “relocalizar o novo hospital e construir um edifício de raiz, no cruzamento do Eixo Aveiro/Águeda com a A17, a cinco minutos do centro de Aveiro e com muito melhores acessos para toda a região do Baixo Vouga que serve.” O candidato socialista acrescenta ainda que, no âmbito desta segunda hipótese, os atuais edifícios poderiam ser reaproveitados para responder a outras necessidades habitacionais. “Os edifícios atuais seriam reconvertidos em residências universitárias ou habitação acessível”, sugere. A proposta já gerou forte reação nas redes sociais onde a publicação soma dezenas de comentários. Apesar de uma esmagadora maioria dos comentários defender a hipótese B, falta perceber qual o custo adicional que representaria para o Estado português esta alternativa, sendo certo que a solução atual, em 2020, segundo informação oficial da Câmara Municipal de Aveiro, representava “uma estimativa base de 120 milhões de euros” de custo com a obra. A título de exemplo, o novo Hospital de Évora, construído de raiz, já supera largamente o custo de 200 milhões de euros.
Município de Aveiro condena vandalismo no Monumento Evocativo da Muralha e inicia limpeza
O Monumento Evocativo da Muralha de Aveiro, concebido pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira e inaugurado em dezembro de 2024, foi vandalizado na madrugada desta quinta-feira, 15 de maio, tal como a Ria noticiou, com uma mensagem ofensiva dirigida ao presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves. Na nota enviada à comunicação social, a autarquia esclarece que os trabalhos de limpeza estão agora “em curso” e que a “intervenção está a ser realizada pela Equipa dos Serviços Urbanos da Câmara”. O Município manifesta “o seu firme repúdio” pelos atos de vandalismo praticados e considera “inaceitável que o património público e simbólico da cidade seja alvo de destruição gratuita e cobarde”. Na nota apela ainda à “responsabilização cívica e legal dos autores" e reforça que "atitudes deste tipo são um atentado à identidade coletiva e não podem ser toleradas”. Recorde-se que, ao longo desta quinta-feira, foram várias as forças e figuras políticas que vieram a público condenar o ato.
BE acusa Governo do PSD/CDS de “juras de amor falsas” sobre Hospital de Aveiro
Nessa nota, o partido começa por referir que, ao longo da conversa, ficou “claro” que ao contrário do que anunciou Luís Montenegro, primeiro-ministro, na apresentação pública da candidatura de Luís Souto, candidato da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’ à Câmara Municipal de Aveiro (CMA) nas eleições autárquicas de 2025 “a obra de ampliação não começará este ano”. “Pelo contrário, a mesma não tem ainda verba necessária e pode mesmo demorar vários anos até ser concretizada”, explica. Recorde-se que também José Ribau Esteves, presidente da CMA, em entrevista à Ria, já tinha afirmado que havia um “equívoco” com as declarações do primeiro-ministro. Neste seguimento, o BE refere que o Conselho de Administração do Hospital de Aveiro conta em ter “em junho” a adjudicação do projeto “e que, caso corra tudo bem, só em final de 2026 é que terá o projeto concluído”. “Depois segue-se a empreitada propriamente dita, com uma dificuldade adicional: o governo ainda não garantiu os 75 milhões de euros necessário”, continua a nota. Face a isto, o partido afirma ainda que “Luís Montenegro mentiu ao distrito de Aveiro” e que o “Governo do PSD/CDS não acautelou minimamente a ampliação do hospital, tal e qual o Governo anterior”. “Só em campanha é que se lembram do hospital de Aveiro. Mas são juras de amor falsas, porque em nenhum outro momento garantiram celeridade para o lançamento do projeto ou verbas para o lançamento da obra”, critica. Numa nota final, o partido assegura que só a eleição de deputados do BE pelo distrito de Aveiro “poderá fazer esta obra arrancar”. “Insistimos agora como no passado: o hospital de Aveiro tem de ser ampliado e os 75 milhões têm de ser imediatamente garantidos. Se não fosse a incúria do PS e da AD, tal obra já estaria concluída”, atira.
Aberto concurso público para ampliação da sede da Comunidade Intermunicipal
A obra, com um preço base de 2,05 milhões de euros e um prazo de execução de 20 meses, “visa responder ao crescimento das funções intermunicipais”. O projeto prevê a construção de um novo edifício contíguo ao atual, com cinco pisos, que incluirá uma zona técnica e arquivo, áreas de exposição e reunião, e espaços de trabalho.
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PJ de Aveiro apreendeu 125 quilos de droga e deteve três pessoas
Em comunicado, a PJ esclareceu que os detidos são suspeitos de introduzirem elevadas quantidades de produto estupefaciente na zona centro do país. No decorrer da operação, segundo a PJ, foi apreendida uma grande quantidade de droga, de elevada qualidade e grau de pureza, nomeadamente, dois quilogramas de cocaína e 123 quilogramas de haxixe. Fonte da Judiciária disse à Lusa que a droga foi apreendida quando estava a ser transportada por via terrestre entre Aveiro e o Porto. "Em causa está o fornecimento de diversos canais de abastecimento, conforme o tipo de estupefaciente em causa, praticado em larga escala, conforme demonstrado pela dimensão da apreensão efetuada", refere a mesma nota. A PJ refere ainda que um dos homens detidos possui já antecedentes pelo crime de tráfico de estupefacientes, tendo cumprido anteriormente pena de prisão efetiva.
Greve da função pública fecha bares e cantinas da UA, exceto em Águeda
Em declarações à Ria, Mário Pelaio, administrador da UA, revelou que, até ao momento, a adesão à greve por parte dos trabalhadores dos SASUA ronda os “25%”. Esta adesão resultou no encerramento das cantinas e bares dos SASUA em todo o campus da UA, com exceção da cantina da ESTGA-UA. No que diz respeito aos serviços de alojamento, a greve não teve qualquer impacto, mantendo-se a sua atividade normal. Relativamente aos restantes departamentos e aos serviços centrais da UA, Mário Pelaio referiu que, embora ainda não existam dados definitivos, não foram até agora reportadas adesões significativas à paralisação. A greve da função pública foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), em protesto contra a degradação das condições de trabalho e a falta de valorização profissional no setor.
Concurso de Previsão Eleitoral: maioria esmagadora prevê vitória da AD
Entre os 228 participantes, 93% acreditam que a AD – Coligação PSD/CDS será a candidatura mais votada a nível nacional. Apenas 6% indicam o Partido Socialista (PS) como provável vencedor. De acordo ainda com a média das previsões dos 228 participantes, a AD deverá obter 31,5% dos votos, seguida do Partido Socialista (PS) com 27,3%. O Chega surge como terceiro partido mais votado, com 17,9%, enquanto a Iniciativa Liberal (IL) regista 6,8%. O Livre aparece com 4,1%, o Bloco de Esquerda (BE) com 3,4%, a CDU com 3,0% e o PAN com 1,6%. Face à previsão dos participantes do concurso, não é expectável que a composição da Assembleia da República sofra grandes alterações em relação à última legislatura e o país poderá continuar a viver um período de grande instabilidade política. Destaca-se a subida da AD, da IL e do Livre e a diminuição da votação do PS, BE, CDU e PAN. O Chega mantém praticamente o mesmo resultado das eleições legislativas de 2024. Estes dados representam apenas a média das previsões submetidas pelos participantes e são disponibilizados exclusivamente para fins informativos, representando um retrato estatístico das expectativas da comunidade académica sobre o resultado das próximas eleições legislativas. Esclarece-se que não se tratam de dados de sondagem e não devem ser interpretados como tal. A maioria dos participantes recorreu a dados de sondagens e a extrapolações de resultados anteriores, ajustadas à realidade atual, como metodologia para submissão das suas previsões. Muitos referiram também o recurso a modelos pessoais que combinavam diferentes fontes com a leitura subjetiva do clima político atual, incluindo a avaliação dos debates eleitorais, a observação de tendências nas redes sociais e a perceção das narrativas dominantes nos media. Em termos estatísticos, a proximidade entre a média e a mediana das previsões indica que os resultados não estão enviesados por valores extremos. A mediana representa a previsão que fica exatamente a meio da distribuição de respostas ordenadas, sendo, por isso, uma medida robusta para confirmar a consistência dos dados. Recorda-se que os vencedores do concurso serão anunciados após a divulgação dos resultados oficiais, sendo o grau de acerto avaliado com base no índice LSq (Least Squares Index), uma adaptação do índice de Gallagher.