Autárquicas: Chega aparece na entrega das listas de candidatos com os olhos postos na vitória
“Se não for para ganhar fico em casa”, garante Diogo Soares Machado, candidato do Chega à Câmara Municipal de Aveiro, em conversa com a Ria. O cabeça de lista falou depois de, na tarde de ontem, dia 18, ter sido o último a entregar as listas de candidatos aos órgãos autárquicos no Tribunal de Aveiro.
Redação
Foi com uma comitiva bem mais curta do que a “Aliança com Aveiro” (coligação PSD/CDS-PP/PPM), que entregou as listas na manhã desta segunda-feira, que o Chega se apresentou para a formalização da candidatura. No entanto, não é pela menor expressão junto do Tribunal que o candidato do Chega é menos ambicioso. O principal objetivo que assume na corrida à Câmara Municipal é “não deixar” que os destinos de Aveiro fiquem nas mãos da mesma família, referindo-se aos laços de sangue que unem os irmãos Luís Souto Miranda, candidato da “Aliança Com Aveiro” e Alberto Souto Miranda, candidato do PS.
Diogo Soares Machado diz que os oponentes têm “estratégias alinhadas” e “objetivos comuns” e considera “indecente, pouco ético, pouco recomendável e nada democrático que uma família entenda poder gerir, à mesa de um almoço de domingo, os destinos de um município como Aveiro”. Para além de apontar que a candidatura é mesmo para ganhar, pois “se não for para ganhar fico em casa”, o candidato do Chega vai mais longe e diz mesmo que descarta “absolutamente” uma possível coligação pós-eleitoral. Recorde-se que já, em entrevista à Ria, no dia 31 de julho, o cabeça de lista do Chega à Câmara de Aveiro tinha descartado tal opção.
Depois de, na manhã de ontem, Luís Souto ter afirmado que o crescimento do Chega em Aveiro “só pode favorecer o Partido Socialista”, Diogo Soares Machado garante que não vai favorecer “nem a candidatura do irmão que deixou Aveiro endividada para 50 anos, com 250 milhões de euros contabilizados, nem a candidatura do irmão que não sabe muito bem o que é que andou a fazer oito anos, a não ser votar de cruz naquilo que o engenheiro Ribau dizia para votar”. O candidato do Chega comentou ainda o “piscar de olho” de Luís Souto aos eleitores do Chega com uma citação de Abraham Licoln: “Mais vale ficar calado e parecer tolo do que falar e confirmá-lo”. Ainda sobre o possível roubo de “espaço” ao centro-direita que o Chega possa fazer, o candidato responde que “o espaço dele [Luís Souto], o tempo dele e o caminho dele é responsabilidade dele próprio”.
Mas não foi só a Alberto e Luís Souto que Diogo Soares Machado deixou críticas. O outro grande visado foi José Ribau Esteves, o atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Entre os pilares que defende para a sua candidatura, o Chega fala em “contas certas” – algo que, afirma o candidato, contrasta com a política do atual executivo, que deixa a situação financeira do município “ao nível do buraco que o candidato Alberto Souto deixou a Aveiro em 2005”, na ordem dos 200 milhões de euros. Diogo Soares Machado apontou o dedo a Ribau Esteves também no caso do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. O cabeça-de-lista diz “ser contra a versão que o presidente quer aprovar a correr” por ter sido projetada “ao contrário, em função do investidor”. Neste dossier, Diogo Soares Machado assume que vai apresentar uma reclamação em sede de consulta pública e que vai confrontar o executivo na reunião camarária "do próximo dia 27".
Embora avance que só vai apresentar o seu programa eleitoral no final da segunda semana de setembro, Diogo Soares Machado aproveitou para revelar à Ria as principais promessas do partido para a corrida eleitoral. Relembre-se que na sequência da sessão de apresentação de Diogo Machado e Armando Grave, o cabeça de lista do Chega avançou aos presentes que a construção de um novo hospital central, a criação de um “Departamento da Transparência” na estrutura da Câmara Municipal, o reforço da segurança e a habitação seriam algumas das metas da candidatura. À Ria, na tarde de ontem, acrescentou também a aposta numa nova zona industrial intermunicipal em parceria com Vagos e Oliveira do Bairro e a redução da fiscalidade. O candidato comprometeu-se ainda a “acabar com as contratações milionárias de programadores” na área da cultura, a rever a obra da Avenida Dr. Lourenço Peixinho e a assumir um compromisso com a “fiscalidade justa”, algo que passa por “trabalhar o IMI, o IRS, o IMT e a derrama, para captarmos novas empresas”.
Na candidatura à Câmara Municipal de Aveiro, Diogo Soares Machado faz-se acompanhar de Carlos Balseiro, Marlene Rocha, Vasco Sousa e Paula Gomes. A lista para a Assembleia Municipal é encabeçada por Armando Grave, deputado à Assembleia da República, que tem a seu lado Nuno Tavares, Matilde Machado, Ernesto Barros e Fernando Carvalhal.
Ao contrário do que tinha dito à Ria na apresentação da sua candidatura, Diogo Soares Machado anuncia que o Chega não se vai candidatar a todas as Juntas de Freguesia por muitos dos candidatos terem sido vítimas de “campanhas vergonhosas de ameaças e de quase violação dos direitos de cidadania”. Assim, o Chega apresenta-se apenas na luta por sete das dez juntas do Município de Aveiro: Esgueira; Glória e Vera Cruz; Eixo e Eirol; Aradas; Oliveirinha; Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz e Santa Joana. Gualdina Naia; Fernando Cerqueira; Pedro Fitorra; Luís Silvano; Alexandre Pereira; Jacinta Marlene Cura e Bruno Alves serão os respetivos candidatos.
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Livre arranca arruada em Aveiro com críticas à mobilidade e apelo a uma cidade mais “inclusiva”
Foi no Largo da Estação de Comboios, em Aveiro, que o Livre deu o pontapé de saída para mais uma arruada pela cidade. Um local que, segundo Bruno Fonseca, não foi escolhido ao acaso por se tratar de um “ponto central" que “deveria representar uma maior mobilidade na cidade”. “Foi intencional para dar uma mensagem que a cidade de Aveiro pode ser mesmo um concelho com uma mobilidade séria. O que não acontece até hoje”, atirou. O candidato explicou que o projeto do Livre pretende transformar essa realidade: “Apresentar uma mobilidade e uma rede que seja para todos. A mobilidade não é só o comboio, não é só o Vouguinha, envolve todos os transportes. Temos de incentivar o uso da bicicleta criando ciclovias seguras e interligadas e não que terminem em pontes. Temos de fazer esse processo e apresentar essas ideias. Só com todos é que conseguimos fazer uma cidade que seja inclusiva e democrática no transporte”. Entre bandeiras, megafones e a distribuição de panfletos e do jornal do partido, a iniciativa contou com a presença de Rui Tavares. A acompanhar a comitiva seguia também o ‘pequeno’ José Caçador, de 14 anos, natural de Ílhavo, que se destacava- além da sua tenra idade- ao levar uma das bandeiras do partido. Aos jornalistas, explicou que o que mais o atraía no Livre eram os seus valores: “O europeísmo e a vertente verde, que o diferenciam. É por isso que sou do Livre e não de outro partido”. Terminada a primeira paragem, a arruada prosseguiu pela Avenida Lourenço Peixinho, onde Rui Tavares ia cumprimentando com quem se cruzava pelo caminho. Durante a caminhada, aconteceu uma situação insólita: os megafones da carrinha da ‘Aliança com Aveiro’, estacionada na Avenida, eram claramente audíveis. A situação não passou despercebida a Bruno Fonseca. “Demonstra, mais uma vez, a falta de consciência do que é a mobilidade nesta Avenida. Como podemos verificar é de trânsito. Nós temos de arranjar alternativas para a cidade. As pessoas têm de ter o desejo de querer usar o transporte e não como primeira opção o carro ou o uber”, comentou à Ria. Já pelo Fórum Aveiro, Rui Tavares aproveitou para tomar o segundo café do dia e para conversar com alguns estudantes de 17 anos, indecisos sobre seguir ou não para a universidade. No momento, tirou até uma foto com os jovens. “É sempre uma oportunidade para ouvir as pessoas até mais do que falar. Pelo menos, essa foi a maneira que eu fui encontrando para me sentir confortável nesta pele de político e candidato que não era aquilo que tinha pensado fazer na minha vida. Na verdade, o grande motivo de interesse que tenho quando faço estas caminhadas e estes contactos com as pessoas é perguntar-lhe acerca delas”, contou aos jornalistas. Questionado sobre as expectativas para os resultados das autárquicas, em Aveiro, já que esta é a primeira vez que o partido concorre no concelho, Rui Tavares disse que eram “altas”. “Queremos que o Livre seja um representante político aqui, com o Bruno Fonseca, a Aurora Cerqueira e tantas outras candidatas que honram Aveiro e os cidadãos deste município. Queremos identificar os problemas ambientais, patrimoniais e sociais que podem ser corrigidos e, acima de tudo, apresentar uma visão e um modelo de desenvolvimento que acompanhem o dinamismo da cidade e os sonhos das pessoas que vêm para Aveiro. Há muita gente que vem estudar aqui e decide ficar, e queremos que essas pessoas tenham opções, oportunidades económicas e possam ser felizes em Aveiro”. “Uma candidatura municipal era absolutamente imprescindível para construirmos um caminho de enraizamento. Pessoas que já votaram no Livre [nas legislativas] (…) poderão agora votar no Livre para eleger o Bruno Fonseca para a Câmara Municipal”, acrescentou. A Ria aproveitou ainda para questionar o co-porta-voz sobre o que já tinha ouvido falar da campanha autárquica em Aveiro, marcada pela disputa entre dois irmãos: Alberto Souto de Miranda, pelo PS, e Luís Souto de Miranda, pela ‘Aliança com Aveiro’. “Não é o único município”, respondeu, apontando o Porto como exemplo. “Eu tenho acompanhado a campanha autárquica, um pouco por todo o país, o que espero é que os munícipes de Aveiro tenham escolha. Nós achamos que faltava aqui escolha numa esquerda verde, europeia, que defenda os direitos humanos que, no fundo, representa uma candidatura de progresso, de humanismo e queríamos muito ter esta escolha no boletim de voto”. A arruada terminou no Rossio, depois de uma passagem pela Câmara de Aveiro, onde Rui Tavares perguntou em tom alegre se já era altura de provar os tradicionais ovos moles. Recorde-se que no passado sábado, 27 de setembro, o Livre apresentou a sua candidatura autárquica ao concelho de Aveiro. Entre as prioridades do partido estão a habitação, a mobilidade, a saúde, entre outras. Relembre-se também que esta é a primeira vez que o partido avança com uma candidatura à Câmara de Aveiro. Neste caso, encabeçada por Bruno Santos Fonseca, especialista em Relações Internacionais, de 33 anos, natural de Ovar e residente, atualmente, em Esgueira.
Diogo Machado apresenta queixa contra Ribau Esteves em resposta a acusação de dívida por cobrar
A queixa de Diogo Soares Machado também inclui Rui Soares Carneiro, vereador eleito pelo Partido Socialista, que, durante a reunião, interpelou o presidente a respeito de uma das “imparidades reconhecidas” relacionadas com o “adiantamento por conta de despesas do ex-funcionário Diogo Machado, de um valor superior a 20 mil euros”. Nas palavras do candidato do Chega, quando Ribau Esteves mente sobre si, sobre o seu carácter e sobre o seu comportamento, sabe que Diogo Soares Machado “não lhe perdoa e muito menos deixará que a mentira fique sem punição”. “Ribau é um escroque e terá o tratamento que os escroques merecem. Tal como o esbirro Carneiro”, concluiu o ex-diretor da AveiroExpo. A conferência de imprensa marcada pelo chega para o final da tarde de hoje, dia 3, vai servir para que “tudo fique em pratos limpos”, diz Diogo Soares Machado, que afirma também que “o resto é com o Ministério Público”. Na publicação, o candidato do Chega anexou ainda uma fotografia da Ata de Audiência de Julgamento, referente ao dia 29 de janeiro de 2015, em que fica determinado que a empresa AveiroExpo teve de pagar 5.000€ a Diogo Soares Machado pela cessação do contrato de trabalho.
Autárquicas: Miguel Gomes (IL) propõe "choque liberal" para transformar Aveiro
Miguel Gomes sublinha que o objetivo é “aproximar freguesias, criar qualidade de vida e devolver espaço à cidade e aos cidadãos”. O primeiro eixo deste plano é a "Mobilidade 360º", que assenta na criação de um Terminal Intermodal do futuro junto à Estação de Aveiro, na requalificação da Avenida Europa como espinha dorsal da mobilidade, servida por autocarros rápidos, ‘shuttles’ e bicicletas e na modernização da Linha do Vouga, transformada em linha de superfície ágil e frequente, também a ligar Ílhavo. Com este modelo, o cabeça de lista garante que todas as freguesias ficam a cinco minutos do centro sem depender do automóvel, adiantando que o plano tem ainda impacto direto na habitação. “Quando for tão apelativo viver em Esgueira, Aradas, Cacia como no centro, a oferta aumenta e os preços deixam de sufocar”, explica Miguel Gomes. A segunda proposta incide sobre a antiga lota, um espaço que se encontra devoluto há cerca de 20 anos, e para onde a IL propõe um “lugar de oportunidades, turismo e ambiente”, com esplanadas, bares e restaurantes voltados para a ria, um parque verde com ciclovias e zonas de lazer e um pavilhão multiúsos, assim como espaços dedicados à arte, associações e desportos náuticos. “O espaço da lota deve ser devolvido à cidade como lugar de encontro, cultura e futuro para os aveirenses, dinamizando economicamente aquela área”, afirma Miguel Gomes. A terceira proposta recupera uma ideia já defendida pela IL desde 2021, que é a criação de um Parque Central nos terrenos entre a Avenida 25 de Abril e a Avenida Europa, atrás do pavilhão dos Galitos. “Inspirado no 'Central Park', este será um pulmão verde com mais de 20 hectares que prevê relvados para famílias, lago paisagístico, espaços para desporto e cultura ao ar livre com anfiteatros verdes, arte pública e áreas para feiras e concertos”, refere Miguel Gomes. Para o cabeça de lista da IL, partido que não tem nenhum eleito em Aveiro, estas três propostas são a base de um novo caminho para Aveiro: “Este é o verdadeiro choque liberal para Aveiro. Três projetos que transformam a cidade para as próximas gerações e que só são possíveis com o voto liberal”. Além de Miguel Gomes, pela IL, são candidatos à Câmara de Aveiro Luís Souto (PSD/CDS-PP/PPM), Alberto Souto (PS), Diogo Machado (Chega), João Moniz (BE), Isabel Tavares (CDU), Bruno Fonseca (Livre), Ana Rita Moreira (PAN) e Paulo Alves (Nós, Cidadãos!). A Câmara de Aveiro é atualmente liderada pelo social-democrata José Ribau Esteves, que, no seu terceiro mandato, integra o executivo com outros cinco eleitos da coligação PSD/CDS-PP/PPM e ainda três vereadores da parceria PS/PAN.
Câmara de Aveiro avança com construção da nova Escola Homem Cristo
“O executivo municipal deliberou aprovar o projeto de execução e a abertura de procedimento para o Concurso Público da empreitada da ‘Nova Escola Homem Cristo’, pelo valor base de 10.500.099,98 euros, com um prazo de execução de 732 dias”, refere uma nota camarária. A proposta foi aprovada por maioria com dois votos contra de um vereador do PS e outro vereador eleito pelo PS, mas que atualmente é independente, após a retirada da confiança política por parte do partido. Segundo a autarquia, a nova Escola Secundária Homem Cristo, fica localizada nos terrenos contíguos à Escola Básica de 2º e 3º Ciclo João Afonso de Aveiro, junto à Avenida da Universidade de Aveiro. “Será um edifício novo que a Câmara entregará ao Ministério da Educação, criando melhores condições a toda a comunidade escolar, quer seja ao nível dos edifícios e dos espaços verdes, de recreio e de desporto”, refere a mesma nota. Para as atuais instalações da Homem Cristo, um edifício que está a necessitar de uma obra de profunda requalificação, a Câmara diz estar a projetar “uma vida nova” com a instalação dos serviços camarários, que se encontram atualmente e provisoriamente instalados, há quase 25 anos, no edifício da antiga fábrica Jerónimo Pereira Campos. A autarquia refere ainda que a área ocupada pelos Serviços da Câmara de Aveiro no edifício da antiga fábrica Jerónimo Pereira Campos "será qualificada e adaptada em termos funcionais para integrar o Centro de Congressos de Aveiro”.
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Livre arranca arruada em Aveiro com críticas à mobilidade e apelo a uma cidade mais “inclusiva”
Foi no Largo da Estação de Comboios, em Aveiro, que o Livre deu o pontapé de saída para mais uma arruada pela cidade. Um local que, segundo Bruno Fonseca, não foi escolhido ao acaso por se tratar de um “ponto central" que “deveria representar uma maior mobilidade na cidade”. “Foi intencional para dar uma mensagem que a cidade de Aveiro pode ser mesmo um concelho com uma mobilidade séria. O que não acontece até hoje”, atirou. O candidato explicou que o projeto do Livre pretende transformar essa realidade: “Apresentar uma mobilidade e uma rede que seja para todos. A mobilidade não é só o comboio, não é só o Vouguinha, envolve todos os transportes. Temos de incentivar o uso da bicicleta criando ciclovias seguras e interligadas e não que terminem em pontes. Temos de fazer esse processo e apresentar essas ideias. Só com todos é que conseguimos fazer uma cidade que seja inclusiva e democrática no transporte”. Entre bandeiras, megafones e a distribuição de panfletos e do jornal do partido, a iniciativa contou com a presença de Rui Tavares. A acompanhar a comitiva seguia também o ‘pequeno’ José Caçador, de 14 anos, natural de Ílhavo, que se destacava- além da sua tenra idade- ao levar uma das bandeiras do partido. Aos jornalistas, explicou que o que mais o atraía no Livre eram os seus valores: “O europeísmo e a vertente verde, que o diferenciam. É por isso que sou do Livre e não de outro partido”. Terminada a primeira paragem, a arruada prosseguiu pela Avenida Lourenço Peixinho, onde Rui Tavares ia cumprimentando com quem se cruzava pelo caminho. Durante a caminhada, aconteceu uma situação insólita: os megafones da carrinha da ‘Aliança com Aveiro’, estacionada na Avenida, eram claramente audíveis. A situação não passou despercebida a Bruno Fonseca. “Demonstra, mais uma vez, a falta de consciência do que é a mobilidade nesta Avenida. Como podemos verificar é de trânsito. Nós temos de arranjar alternativas para a cidade. As pessoas têm de ter o desejo de querer usar o transporte e não como primeira opção o carro ou o uber”, comentou à Ria. Já pelo Fórum Aveiro, Rui Tavares aproveitou para tomar o segundo café do dia e para conversar com alguns estudantes de 17 anos, indecisos sobre seguir ou não para a universidade. No momento, tirou até uma foto com os jovens. “É sempre uma oportunidade para ouvir as pessoas até mais do que falar. Pelo menos, essa foi a maneira que eu fui encontrando para me sentir confortável nesta pele de político e candidato que não era aquilo que tinha pensado fazer na minha vida. Na verdade, o grande motivo de interesse que tenho quando faço estas caminhadas e estes contactos com as pessoas é perguntar-lhe acerca delas”, contou aos jornalistas. Questionado sobre as expectativas para os resultados das autárquicas, em Aveiro, já que esta é a primeira vez que o partido concorre no concelho, Rui Tavares disse que eram “altas”. “Queremos que o Livre seja um representante político aqui, com o Bruno Fonseca, a Aurora Cerqueira e tantas outras candidatas que honram Aveiro e os cidadãos deste município. Queremos identificar os problemas ambientais, patrimoniais e sociais que podem ser corrigidos e, acima de tudo, apresentar uma visão e um modelo de desenvolvimento que acompanhem o dinamismo da cidade e os sonhos das pessoas que vêm para Aveiro. Há muita gente que vem estudar aqui e decide ficar, e queremos que essas pessoas tenham opções, oportunidades económicas e possam ser felizes em Aveiro”. “Uma candidatura municipal era absolutamente imprescindível para construirmos um caminho de enraizamento. Pessoas que já votaram no Livre [nas legislativas] (…) poderão agora votar no Livre para eleger o Bruno Fonseca para a Câmara Municipal”, acrescentou. A Ria aproveitou ainda para questionar o co-porta-voz sobre o que já tinha ouvido falar da campanha autárquica em Aveiro, marcada pela disputa entre dois irmãos: Alberto Souto de Miranda, pelo PS, e Luís Souto de Miranda, pela ‘Aliança com Aveiro’. “Não é o único município”, respondeu, apontando o Porto como exemplo. “Eu tenho acompanhado a campanha autárquica, um pouco por todo o país, o que espero é que os munícipes de Aveiro tenham escolha. Nós achamos que faltava aqui escolha numa esquerda verde, europeia, que defenda os direitos humanos que, no fundo, representa uma candidatura de progresso, de humanismo e queríamos muito ter esta escolha no boletim de voto”. A arruada terminou no Rossio, depois de uma passagem pela Câmara de Aveiro, onde Rui Tavares perguntou em tom alegre se já era altura de provar os tradicionais ovos moles. Recorde-se que no passado sábado, 27 de setembro, o Livre apresentou a sua candidatura autárquica ao concelho de Aveiro. Entre as prioridades do partido estão a habitação, a mobilidade, a saúde, entre outras. Relembre-se também que esta é a primeira vez que o partido avança com uma candidatura à Câmara de Aveiro. Neste caso, encabeçada por Bruno Santos Fonseca, especialista em Relações Internacionais, de 33 anos, natural de Ovar e residente, atualmente, em Esgueira.
Diogo Machado apresenta queixa contra Ribau Esteves em resposta a acusação de dívida por cobrar
A queixa de Diogo Soares Machado também inclui Rui Soares Carneiro, vereador eleito pelo Partido Socialista, que, durante a reunião, interpelou o presidente a respeito de uma das “imparidades reconhecidas” relacionadas com o “adiantamento por conta de despesas do ex-funcionário Diogo Machado, de um valor superior a 20 mil euros”. Nas palavras do candidato do Chega, quando Ribau Esteves mente sobre si, sobre o seu carácter e sobre o seu comportamento, sabe que Diogo Soares Machado “não lhe perdoa e muito menos deixará que a mentira fique sem punição”. “Ribau é um escroque e terá o tratamento que os escroques merecem. Tal como o esbirro Carneiro”, concluiu o ex-diretor da AveiroExpo. A conferência de imprensa marcada pelo chega para o final da tarde de hoje, dia 3, vai servir para que “tudo fique em pratos limpos”, diz Diogo Soares Machado, que afirma também que “o resto é com o Ministério Público”. Na publicação, o candidato do Chega anexou ainda uma fotografia da Ata de Audiência de Julgamento, referente ao dia 29 de janeiro de 2015, em que fica determinado que a empresa AveiroExpo teve de pagar 5.000€ a Diogo Soares Machado pela cessação do contrato de trabalho.
Autárquicas: Miguel Gomes (IL) propõe "choque liberal" para transformar Aveiro
Miguel Gomes sublinha que o objetivo é “aproximar freguesias, criar qualidade de vida e devolver espaço à cidade e aos cidadãos”. O primeiro eixo deste plano é a "Mobilidade 360º", que assenta na criação de um Terminal Intermodal do futuro junto à Estação de Aveiro, na requalificação da Avenida Europa como espinha dorsal da mobilidade, servida por autocarros rápidos, ‘shuttles’ e bicicletas e na modernização da Linha do Vouga, transformada em linha de superfície ágil e frequente, também a ligar Ílhavo. Com este modelo, o cabeça de lista garante que todas as freguesias ficam a cinco minutos do centro sem depender do automóvel, adiantando que o plano tem ainda impacto direto na habitação. “Quando for tão apelativo viver em Esgueira, Aradas, Cacia como no centro, a oferta aumenta e os preços deixam de sufocar”, explica Miguel Gomes. A segunda proposta incide sobre a antiga lota, um espaço que se encontra devoluto há cerca de 20 anos, e para onde a IL propõe um “lugar de oportunidades, turismo e ambiente”, com esplanadas, bares e restaurantes voltados para a ria, um parque verde com ciclovias e zonas de lazer e um pavilhão multiúsos, assim como espaços dedicados à arte, associações e desportos náuticos. “O espaço da lota deve ser devolvido à cidade como lugar de encontro, cultura e futuro para os aveirenses, dinamizando economicamente aquela área”, afirma Miguel Gomes. A terceira proposta recupera uma ideia já defendida pela IL desde 2021, que é a criação de um Parque Central nos terrenos entre a Avenida 25 de Abril e a Avenida Europa, atrás do pavilhão dos Galitos. “Inspirado no 'Central Park', este será um pulmão verde com mais de 20 hectares que prevê relvados para famílias, lago paisagístico, espaços para desporto e cultura ao ar livre com anfiteatros verdes, arte pública e áreas para feiras e concertos”, refere Miguel Gomes. Para o cabeça de lista da IL, partido que não tem nenhum eleito em Aveiro, estas três propostas são a base de um novo caminho para Aveiro: “Este é o verdadeiro choque liberal para Aveiro. Três projetos que transformam a cidade para as próximas gerações e que só são possíveis com o voto liberal”. Além de Miguel Gomes, pela IL, são candidatos à Câmara de Aveiro Luís Souto (PSD/CDS-PP/PPM), Alberto Souto (PS), Diogo Machado (Chega), João Moniz (BE), Isabel Tavares (CDU), Bruno Fonseca (Livre), Ana Rita Moreira (PAN) e Paulo Alves (Nós, Cidadãos!). A Câmara de Aveiro é atualmente liderada pelo social-democrata José Ribau Esteves, que, no seu terceiro mandato, integra o executivo com outros cinco eleitos da coligação PSD/CDS-PP/PPM e ainda três vereadores da parceria PS/PAN.
Aprovadas 22 candidaturas da região de Aveiro ao Mar 2030 de 5,8 milhões de euros
“Das 38 propostas submetidas, 22 receberam parecer favorável, totalizando um investimento de 5.813.363,88 de euros, e foram enviadas para homologação pela Autoridade de Gestão do Mar 2030”, informa uma nota de imprensa da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro. De acordo com aquela entidade, “o maior ênfase, tanto em quantidade como em apoio financeiro, recai na melhoria de infraestruturas físicas e na aquisição de material de apoio à transformação, distribuição e comercialização dos produtos”. Outro destaque é a aquisição de equipamentos, como os de apoio à “Arte Xávega”, ou de embarcações que apoiam a preservação da construção naval tradicional. “As propostas aprovadas também fomentam o empreendedorismo ligado ao mar e promovem a sustentabilidade ambiental e a adaptação às alterações climáticas”, realça a nota de imprensa. O Grupo de Ação Costeira da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro é responsável pela execução da Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL), “apoiando iniciativas que reforcem a competitividade dos setores da pesca e aquicultura e valorizem o património marítimo-cultural”. “A CIRA assume, assim, um papel ativo na concretização deste instrumento nacional que aplica o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura, visando promover uma economia azul sustentável”, refere a nota.