Autárquicas: Chega aparece na entrega das listas de candidatos com os olhos postos na vitória
“Se não for para ganhar fico em casa”, garante Diogo Soares Machado, candidato do Chega à Câmara Municipal de Aveiro, em conversa com a Ria. O cabeça de lista falou depois de, na tarde de ontem, dia 18, ter sido o último a entregar as listas de candidatos aos órgãos autárquicos no Tribunal de Aveiro.
Redação
Foi com uma comitiva bem mais curta do que a “Aliança com Aveiro” (coligação PSD/CDS-PP/PPM), que entregou as listas na manhã desta segunda-feira, que o Chega se apresentou para a formalização da candidatura. No entanto, não é pela menor expressão junto do Tribunal que o candidato do Chega é menos ambicioso. O principal objetivo que assume na corrida à Câmara Municipal é “não deixar” que os destinos de Aveiro fiquem nas mãos da mesma família, referindo-se aos laços de sangue que unem os irmãos Luís Souto Miranda, candidato da “Aliança Com Aveiro” e Alberto Souto Miranda, candidato do PS.
Diogo Soares Machado diz que os oponentes têm “estratégias alinhadas” e “objetivos comuns” e considera “indecente, pouco ético, pouco recomendável e nada democrático que uma família entenda poder gerir, à mesa de um almoço de domingo, os destinos de um município como Aveiro”. Para além de apontar que a candidatura é mesmo para ganhar, pois “se não for para ganhar fico em casa”, o candidato do Chega vai mais longe e diz mesmo que descarta “absolutamente” uma possível coligação pós-eleitoral. Recorde-se que já, em entrevista à Ria, no dia 31 de julho, o cabeça de lista do Chega à Câmara de Aveiro tinha descartado tal opção.
Depois de, na manhã de ontem, Luís Souto ter afirmado que o crescimento do Chega em Aveiro “só pode favorecer o Partido Socialista”, Diogo Soares Machado garante que não vai favorecer “nem a candidatura do irmão que deixou Aveiro endividada para 50 anos, com 250 milhões de euros contabilizados, nem a candidatura do irmão que não sabe muito bem o que é que andou a fazer oito anos, a não ser votar de cruz naquilo que o engenheiro Ribau dizia para votar”. O candidato do Chega comentou ainda o “piscar de olho” de Luís Souto aos eleitores do Chega com uma citação de Abraham Licoln: “Mais vale ficar calado e parecer tolo do que falar e confirmá-lo”. Ainda sobre o possível roubo de “espaço” ao centro-direita que o Chega possa fazer, o candidato responde que “o espaço dele [Luís Souto], o tempo dele e o caminho dele é responsabilidade dele próprio”.
Mas não foi só a Alberto e Luís Souto que Diogo Soares Machado deixou críticas. O outro grande visado foi José Ribau Esteves, o atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Entre os pilares que defende para a sua candidatura, o Chega fala em “contas certas” – algo que, afirma o candidato, contrasta com a política do atual executivo, que deixa a situação financeira do município “ao nível do buraco que o candidato Alberto Souto deixou a Aveiro em 2005”, na ordem dos 200 milhões de euros. Diogo Soares Machado apontou o dedo a Ribau Esteves também no caso do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. O cabeça-de-lista diz “ser contra a versão que o presidente quer aprovar a correr” por ter sido projetada “ao contrário, em função do investidor”. Neste dossier, Diogo Soares Machado assume que vai apresentar uma reclamação em sede de consulta pública e que vai confrontar o executivo na reunião camarária "do próximo dia 27".
Embora avance que só vai apresentar o seu programa eleitoral no final da segunda semana de setembro, Diogo Soares Machado aproveitou para revelar à Ria as principais promessas do partido para a corrida eleitoral. Relembre-se que na sequência da sessão de apresentação de Diogo Machado e Armando Grave, o cabeça de lista do Chega avançou aos presentes que a construção de um novo hospital central, a criação de um “Departamento da Transparência” na estrutura da Câmara Municipal, o reforço da segurança e a habitação seriam algumas das metas da candidatura. À Ria, na tarde de ontem, acrescentou também a aposta numa nova zona industrial intermunicipal em parceria com Vagos e Oliveira do Bairro e a redução da fiscalidade. O candidato comprometeu-se ainda a “acabar com as contratações milionárias de programadores” na área da cultura, a rever a obra da Avenida Dr. Lourenço Peixinho e a assumir um compromisso com a “fiscalidade justa”, algo que passa por “trabalhar o IMI, o IRS, o IMT e a derrama, para captarmos novas empresas”.
Na candidatura à Câmara Municipal de Aveiro, Diogo Soares Machado faz-se acompanhar de Carlos Balseiro, Marlene Rocha, Vasco Sousa e Paula Gomes. A lista para a Assembleia Municipal é encabeçada por Armando Grave, deputado à Assembleia da República, que tem a seu lado Nuno Tavares, Matilde Machado, Ernesto Barros e Fernando Carvalhal.
Ao contrário do que tinha dito à Ria na apresentação da sua candidatura, Diogo Soares Machado anuncia que o Chega não se vai candidatar a todas as Juntas de Freguesia por muitos dos candidatos terem sido vítimas de “campanhas vergonhosas de ameaças e de quase violação dos direitos de cidadania”. Assim, o Chega apresenta-se apenas na luta por sete das dez juntas do Município de Aveiro: Esgueira; Glória e Vera Cruz; Eixo e Eirol; Aradas; Oliveirinha; Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz e Santa Joana. Gualdina Naia; Fernando Cerqueira; Pedro Fitorra; Luís Silvano; Alexandre Pereira; Jacinta Marlene Cura e Bruno Alves serão os respetivos candidatos.
Recomendações
Consulta pública do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso termina hoje
Até hoje, os munícipes podem apresentar reclamações, observações e propostas para alterar o plano que, recorde-se, já motivou críticas por parte da oposição na reunião da Câmara Municipal de Aveiro do passado dia 24 de junho. As participações podem ser submetidas através de correio eletrónico para o endereço [email protected], por correio registado enviado para a morada Edifício Centro de Congressos, Cais da Fonte Nova, 3800-200 Aveiro, ou ainda mediante entrega presencial, utilizando o modelo próprio que será disponibilizado nos locais de consulta pública e online. Terminada a consulta pública, o Executivo Municipal realizará uma reunião extraordinária na próxima quarta-feira, 27 de agosto, pelas 16h30, com vista a analisar e a deliberar sobre o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso e a alteração ao Regulamento Urbanístico do Município de Aveiro (RUMA). A reunião terá caráter público e incluirá uma sessão de audição pública, prevista para as 17h30, possibilitando a participação dos cidadãos interessados. Recorde-se que, até ao momento, vários partidos já se exprimiram publicamente contra o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. No caso do Partido Socialista (PS), Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro, pediu explicações para o facto de o terreno “ter ido parar às imobiliárias” por 20 milhões de euros, insinuando que a conjugação de um valor elevado, venda rápida, projeto urbanístico moldado ao comprador e pressa na aprovação pode sugerir um “perfume de lavagem de dinheiro”. Também a Iniciativa Liberal (IL) assim como o Bloco de Esquerda (BE) reagiram na semana passada, através de um comunicado e das redes sociais, respetivamente, a pedir um novo modelo de ordenamento territorial e a rejeitar o plano proposto. No caso da IL, o partido defende a revogação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso e a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) “de forma integrada” para articular o Cais do Paraíso com a antiga lota. Por sua vez, João Moniz, candidato do BE à Câmara de Aveiro, contestou “mais uma operação de mercantilização do território”. O candidato do BE acusou o atual executivo de “preparar o território ribeirinho da nossa cidade para a especulação imobiliária”. No caso do Chega, Diogo Soares Machado, candidato à Câmara Municipal de Aveiro, em entrevista à Ria, aquando da entrega de listas de candidatos aos órgãos autárquicos no Tribunal de Aveiro, admitiu à Ria “ser contra a versão que o presidente quer aprovar a correr” por ter sido projetada “ao contrário, em função do investidor”. O cabeça de lista assegurou ainda que iria apresentar uma reclamação em sede de consulta pública e confrontar o executivo na reunião camarária do dia 27. Relativamente à posição de Luís Souto de Miranda, candidato da coligação “Aliança com Aveiro” (PSD/CDS-PP/PPM) à Câmara, embora sem mencionar diretamente o processo, no dia da entrega de listas no tribunal, o cabeça de lista comentou que tem vindo a assistir a uma “cruzada que já não é só do Partido Socialista” contra o investimento em Aveiro, numa referência aos restantes candidatos que têm partilhado a sua opinião contra o projeto. Aos jornalistas afirmou ainda que José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, continua a ter “plena legitimidade formal e política” para tomar decisões até ao final do seu mandato. O candidato não se comprometeu em não fazer qualquer alteração aos últimos projetos do atual presidente, caso venha a ser eleito.
IHRU abre concurso para sorteio de cinco habitações de arrendamento acessível em Aveiro
Os concursos visam, segundo o portal do IHRU, a atribuição, “por sorteio, de habitações com tipologias entre T1 e T4, distribuídas por 12 concelhos do país: Aveiro, Bragança, Cinfães, Coimbra, Entroncamento, Figueira da Foz, Penafiel, Peniche, Porto, Santo Tirso, Vila Nova de Gaia e Vila Real”. Em Aveiro estão disponíveis cinco alojamentos a concurso com tipologia T2 e T3. As habitações localizam-se na Quinta da Corisca. As rendas compreendem valores entre os 656 euros e os 759 euros e as condições de arrendamento podem ser consultadas aqui. No portal, o IHRU esclarece ainda que se podem candidatar “pessoas ou agregados familiares que cumpram os critérios de elegibilidade definidos pelo programa e as condições estabelecidas nos avisos dos concursos”. As candidaturas podem ser submetidas até ao dia 5 de setembro, até às 23h59, através da plataforma. O sorteio das casas será, posteriormente, realizado no dia 16 de setembro, pelas 10h30, com “transmissão streaming, através do canal youtube ou de qualquer outra que o IHRU vier a identificar para o efeito”.
Bloco de Esquerda reivindica um maior investimento para a Linha do Vouga
No entender de João Moniz, a Linha do Vouga pode passar a ter “um papel fundamental” em toda a região se for “garantido o investimento necessário para que a ligação estruturante possa ser modernizada e adaptada às necessidades de hoje em dia: eletrificação, conversão para via larga, correção de traçados sinuosos e ligação à Linha do Norte”. Para além de pedir o reforço dos horários e “um serviço regular que sirva efetivamente a população”, o candidato reivindica ainda que a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) “passe a ser um órgão que efetivamente funciona e que luta por mais serviço público”. No diagnóstico, o cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda afirma que a situação é “fruto de anos e anos de desinvestimento dos sucessivos governos na ferrovia e no serviço de transportes públicos”, mas também da “falta de coordenação e liderança política” da CIRA. Para o candidato, a supressão de quase uma centena de comboios em 15 dias é o “colapso total de um serviço público que poderia ter um papel fundamental na mobilidade de milhares de pessoas que se deslocam entre Aveiro e Águeda”.
Festival Dunas promove desconto de 50% na travessia de ferry entre São Jacinto e o Forte da Barra
A Câmara Municipal de Aveiro afirma que, pelo segunda ano consecutivo, volta a “apostar em soluções de mobilidade prática, cómoda e amiga do ambiente”. As travessias são oferecidas a quem se desloque a pé ou de bicicleta e “aproximam as principais áreas do evento através do incentivo de opções de transporte mais sustentáveis”. Recorde-se que, conforme foi noticiado pela Ria, o cartaz do Festival Dunas 2025 conta com nomes como Gisela João (sexta, dia 22), Ana Bacalhau (sábado, dia 23) ou David Fonseca (domingo, dia 24). No sábado, decorre também o Aveiro Air Show, um espetáculo aéreo de duas horas que conta com seis tipos de aeronaves. Para além dos espetáculos musicais e aéreo, contam-se ainda várias outras atividades, como “experiências de surf, stand up paddle, canoagem, frisbee, caminhadas, oficinas ambientais e o tradicional Festival de Papagaios”. As inscrições para as atividades desportivas começaram hoje e estão disponíveis até estarem esgotadas no site do evento.
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Cerca de metade das detenções da PJ por crime de incêndio aconteceram em agosto
De acordo com a informação que consta nos comunicados publicados pela PJ e consultados pela Lusa, entre o dia 01 de janeiro e o dia 20 de agosto, a maioria das detenções foi feita em coordenação com a Guarda Nacional Republicana (GNR) e 25 suspeitos foram presos durante este mês de agosto. As detenções feitas pela PJ decorrem das investigações abertas, mas há também a registar 42 detenções em flagrante delito pela GNR entre 01 de janeiro e 13 agosto, além da identificação de 566 suspeitos do crime de incêndio florestal. Somando os dados da PJ e da GNR, foram já detidas este ano, pelo menos, 94 pessoas, quase tantas como em 2024, ano em que, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024, foram feitas 99 detenções pela PJ, GNR e PSP. A GNR registou ainda 5.996 incêndios florestais e, em relação aos casos que ficaram sob a sua competência - outros passaram para a Polícia Judiciária -, foi possível apurar que 30,2% dos incêndios foram causados pelo uso do fogo, 24% resultaram de incendiarismo, 23,2% tiveram causa indeterminada, 14,5% origem acidental, 6,6% ocorreram por reacendimento, 1% foram casos naturais e 0,5% foram de origem estrutural. Em relação a condenações e medidas preventivas, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) adiantou à Lusa que estão nas cadeias portuguesas 109 presos relacionados com o crime de incêndio florestal - 42 condenados, 24 inimputáveis, 39 a aguardar julgamento em prisão preventiva e 4 a aguardar que a decisão transite em julgado. No ano passado, também de acordo com o RASI, 24 pessoas ficaram em prisão preventiva e foram constituídos 859 arguidos. Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto. Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal. Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos. Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
“Aveiro é Nosso” quer juntar a comunidade aveirense e estudantil na 4ª Corrida Solidária
Segundo a dirigente associativa a “Corrida Solidária” tem sido um dos eventos promovidos pela AAUAv que melhor tem conseguido chegar à cidade. À Ria, Joana Ferreira enaltece o papel da iniciativa na promoção da saúde e bem-estar e explica que o principal objetivo passa por “juntar” a comunidade aveirense e estudantil. Apesar de reconhecer que a corrida ainda não tem a adesão esperada por parte dos estudantes, a vice-presidente do setor “Aveiro é Nosso” espera que, este ano, se verifiquem entre 200 e 250 inscrições. De acordo com a publicação feita nas redes sociais, por cada inscrição, um euro reverterá, na quarta edição, para ajudar a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Aveiro (CERCIAv). A participação na corrida, cujo percurso tem dez quilómetros, custa dez euros, ao passo que a participação na caminhada, de cinco quilómetros, custa apenas sete euros – tendo em conta que o valor da inscrição já garante o seguro do participante e o “kit de corrida” fornecido pela AAUAv. As inscrições podem ser feitas online até ao dia 24 de setembro.
Número de desempregados inscritos nos centros de emprego cai 4% em julho
De acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de julho, "estavam registados, nos serviços de emprego do Continente e Regiões Autónomas, 292.825 indivíduos desempregados, número que representa 66,9% de um total de 437.542 pedidos de emprego". São menos 12.314 pessoas inscritas nos centros de emprego face a julho de 2024. Para este recuo, "na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (-12.727), os que procuram um novo emprego (-11.424) e os maiores de 25 anos (-10.577)", nota o IEFP na nota hoje divulgada. Já na comparação em cadeia, isto é, face a junho, trata-se de menos 663 pessoas inscritas nos centros de emprego. É o sexto mês consecutivo a recuar e, à semelhança do que sucedeu no mês anterior, o número de inscritos é o valor mais baixo desde julho de 2023, quando estavam registadas 284.330 pessoas nos centros de emprego, segundo a análise dos dados disponíveis. No que toca aos grupos profissionais com maior expressão, face ao período homólogo, "observa-se um decréscimo no desemprego nos grupos profissionais dos "agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, pesca e floresta" (-18,5%);"pessoal administrativo" (-14,2%), "técnicos e profissões de nível intermédio" (-9,7%) e “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (-7,2%)". Por outro lado, registou-se um aumento do desemprego "no grupo profissional dos "representantes do poder legislativo, órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos"(+17,3%) e "Trabalhadores não qualificados"(+3,2%)". Em termos regionais, o desemprego registado diminui em todas as regiões, à exceção do Alentejo, face ao período homólogo, tendo o o valor mais acentuado sido registado na região autónoma da Madeira (-19,4%). Já na comparação em cadeia, registou-se "alguns aumentos nas regiões do Norte, Centro e Alentejo", revela o IEFP. No final de julho, as ofertas de emprego por satisfazer atingiram os 19.014 nos serviços de emprego de todo o país, o que corresponde a um aumento das ofertas em ficheiro na análise anual (+6 836; +56,1%), mas a um decréscimo face ao mês anterior (-292; -1,5%).
Azeméis recebe competição de cubo mágico com provas de velocidade e só com uma mão
A iniciativa no referido concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto vai decorrer no Pavilhão Municipal António Costeira e tem organização da Associação Portuguesa de Speedcubing, cofundada pelo jovem local Pedro Azevedo, que em julho foi o único português a participar no campeonato mundial da modalidade em Seattle, nos Estados Unidos, e entrou para o Top100 da categoria de Megaminx (disputada com um dodecaedro) e para o Top200 dos cubos 2x2 (com duas peças por face) e Skewb (cujas peças deslizam num eixo diagonal). Face ao crescente número de competições relacionadas com os cubos criados pelo húngaro Ernő Rubik e com outros puzzles desenvolvidos a partir da sua invenção, Pedro Azevedo quer que o terceiro evento de 'speedcubing' que organiza em Oliveira de Azeméis seja “memorável” e, nesse sentido, anuncia provas em 10 categorias oficiais, cujos resultados contarão para os rankings da Associação Mundial de Cubing (WCA), e ainda uma outra de caráter não-oficial. No primeiro caso, serão avaliados os desempenhos mais rápidos no manuseamento de cubos 2x2, 3x3, 4x4 e 5x5, seguindo-se as rubricas de 3x3 só com uma mão e ainda as relativas aos modelos Megaminx, Skewb, Pyramix (em forma de pirâmide), Clock (que é um disco cujos nove relógios por face devem indicar a mesma hora) e o Square-1 (no que o desafio é fazer uma peça de arestas irregulares adotar a forma final de um cubo). A essas rubricas juntar-se-á ainda a designada “2-Man Mini Guildford”, que, a título não-oficial, é a prova em que equipas de dois participantes tentarão cumprir no menor tempo possível o conjunto total das anteriores 10 categorias do Open. Quanto aos participantes esperados em Azeméis, num leque de idades dos 9 aos 56 anos, entre esses incluem-se ‘cubers’ como Afonso Machado, recordista português de 3x3, e Tiago Morais, 1.º do ranking nacional em várias categorias, assim como o britânico Luan Phillipe, número 20 no seu país a manipular só com uma mão os cubos 2x2 e 3x3. “Para alguns participantes será a primeira competição, para outros a 77.ª, mas fico feliz por ver pessoas de outros países a fazerem viagem mais longas para vir cá participar e o objetivo é que todos desfrutem”, declara Pedro Azevedo à Lusa. O cofundador da Associação Portuguesa de Speedcubing acredita que este ano o evento vai evoluir em termos de qualidade global, até porque conta com o apoio de alguns patrocinadores que “ajudaram a melhorar a experiência do competidor”, e espera agora que o ambiente geral da iniciativa tenha idêntica repercussão nos tempos dos participantes. “Espero que todos terminem a competição satisfeitos, tanto pelo convívio como pelos bons resultados”, conclui o ‘cuber’, cujo recorde pessoal oficial é a resolução de um cubo 3x3 em 6,53 segundos.