Obra do Mercado de Santiago suspensa devido a “graves problemas estruturais” identificados
O Município de Aveiro aprovou, esta quinta-feira, 6 de março, na reunião camarária, o despacho de suspensão da obra do Mercado de Santiago, que começou em outubro de 2024, devido aos “graves problemas estruturais” detetados nos “vários” pilares do primeiro piso.
Isabel Cunha Marques
Jornalista“(…) No desenvolvimento da obra e na parte mais crítica do edifício que é a cave onde se estaciona (…) foi descoberto que vários dos pilares estavam com graves problemas estruturais (…) [relacionados com] a estrutura de ferro que integra os pilares que, por um lado, estava construída de forma muito superficial e com um nível de oxidação que em muitos deles se considerou grave (…)”, informou José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), no período da ordem do dia.
Face a isto, Ribau Esteves realçou que a situação levou a autarquia a suspender os trabalhos e a contratar com urgência uma inspeção estrutural ao edifício pelo Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro. "Analisado o conteúdo do Relatório de Inspeção foi possível concluir que, apesar de não haver risco para os utilizadores do mercado, a Câmara Municipal deve avançar com uma intervenção extraordinária agregada à empreitada em curso de forma a corrigir as patologias estruturais detetadas (e parar a degradação já ocorrida), promovendo os reforços e a substituição dos elementos necessários", esclareceu uma nota de imprensa enviada à comunicação social também esta quinta-feira.
Na reunião camarária, o autarca garantiu ainda que, por enquanto, não existe uma “estimativa orçamental” para os trabalhos adicionais em causa, estando, neste momento, a trabalhar em conjunto com o projetista e o empreiteiro para criar as condições de reinício da empreitada de reabilitação do mercado no “presente mês de março”, cumprindo os compromissos assumidos. “Temos aqui algumas centenas de milhares de euros, vamos ver quantas são, para somar ao investimento nesta importante obra (…) Esta já é uma obra grande… É uma obra de quase 2.4 milhões de euros (…) que não é financiada por fundos comunitários (…)”, atentou.
Aveiro investe mais de 3.7 milhões de euros para transformar antiga biblioteca em Museu de Arte Cerâmica
Ainda no período da ordem do dia, o executivo aprovou a abertura de um concurso público para a remodelação do antigo edifício da Biblioteca Municipal, localizado junto à Avenida Doutor Lourenço Peixinho, para a instalação do Museu de Arte Cerâmica Contemporânea, por um valor base superior a 3.7 milhões de euros e com um prazo de execução de 540 dias. A intervenção consiste em reabilitar e requalificar o edifício original com a remoção das estruturas e elementos introduzidos para a adaptação da biblioteca, retomando as características originais do edifício.
Ribau Esteves acrescentou que a empreitada procurará respeitar a “memória patrimonial e histórica” do edifício original e que a mesma terá prevista a ampliação do edifício através de “um corpo novo”. A sua implantação coincidirá com os canteiros existentes, onde, no princípio do século XX, existia um murado. Este novo elemento será revestido com azulejos que confiram ao edifício uma identidade própria, associada à temática de cerâmica artística que se pretende promover. Neste novo espaço será ainda instalado o Museu de Arte Cerâmica Contemporânea que irá acolher obras do espólio Municipal resultante do concurso internacional “Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro” que, no presente ano, irá contar com a sua 17.ª edição.
Face a isto, Fernando Nogueira, vereador do Partido Socialista (PS) informou que o partido se absteria na votação deste ponto por ter “muitas dúvidas com o conteúdo e a forma da solução encontrada”.
PS mantém “reservas” quanto ao empréstimo de médio/longo prazo da CMA
Na reunião camarária foi ainda aprovado a minuta do aditamento ao contrato de empréstimo de médio/longo prazo para investimentos municipais, no montante de “19.350.000” celebrado em dezembro de 2024, entre a Câmara de Aveiro e a Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Económica Bancária, S.A. Ribau Esteves explicou que o aditamento surge em resposta a uma solicitação do Tribunal de Contas no âmbito do processo em curso de fiscalização prévia para emissão de visto do contrato em causa.
Na nota de imprensa enviada à comunicação social, a mesma relembra que “o crédito aberto será aplicado, exclusivamente, pela CMA nos seguintes investimentos municipais: Pavilhão Municipal – Oficina do Desporto, no montante global de 17.350.000,00 euros e na requalificação e beneficiação do Estádio Municipal de Aveiro – Mário Duarte, no montante global de 2.000.000 euros”.
Mais uma vez, o partido socialista optou por “não acompanhar a Câmara”, tendo votado contra “por uma questão de congruência”. “É uma formalização de uma decisão (…) A inconformidade com as nossas reservas anteriormente expressas, relativamente, a este empréstimo (…)”, esclareceu Fernando Nogueira.
Novo parque de estacionamento do Rossio faturou “208 mil euros” entre fevereiro e dezembro
Já no período de intervenção do público, um dos munícipes questionou ainda o presidente da Câmara, relativamente, a um comunicado do Município, enviado às redações no passado dia 28 de fevereiro, em que dava nota que, no primeiro ano de funcionamento, o novo parque de estacionamento do Rossio em Aveiro tinha totalizado “67.739 entradas, com destaque para o mês de setembro de 2024 (com 11.569 entradas) seguindo-se os meses de agosto e julho (com 10.381 e 8.445 respetivamente)”, interpelando-o, entre outros pontos, quanto à sua rentabilidade.
Neste seguimento, o presidente da CMA avançou que “entre fevereiro e dezembro” [de 2024] o novo parque de estacionamento do Rossio faturou “208 mil euros”. “Lembrando que nos dois primeiros meses [fevereiro e março] os valores são muito baixos… Tivemos pouco mais de duas mil entradas no parque (…) A partir daí, passamos para cinco/sete mil [entradas], depois passamos para dez/11 mil [entradas], em julho e setembro e depois ficamos a acabar o ano no patamar das oito/nove mil [entradas]”, enumerou. “Para um primeiro ano de um contrato que tem 40 anos é uma performance tranquila e normal e nem a empresa (…) está preocupada com isso (…)”, exprimiu Ribau Esteves.
O autarca relembrou ainda que no caso de a receita “correr muito mal” a empresa concessionária “tem direito a acionar uma cláusula contratual que se chama de reequilíbrio financeiro”. “Esperamos todos que isso não seja preciso”, finalizou.
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BE diz que Rui Carneiro pediu apoio para candidatura independente e vereador nega
A acusação surge no dia em que o vereador Rui Soares Carneiro lhe viu ser retirada a confiança política pela concelhia do PS. Contactado pela Ria, Nelson Peralta confirmou que o visado do texto era precisamente “Rui Carneiro” e que a freguesia do Município se referia a “Cacia”. Numa publicação no Facebook, Nelson Peralta afirmou ter sido contactado no início de junho por “um eleito de outro partido” que lhe pediu “apoio formal e institucional do Bloco de Esquerda a uma candidatura independente a uma freguesia do município”. Classificou a abordagem como “absolutamente abstrusa, inconcebível e sem sentido”, e acusou o vereador de protagonizar uma “fantochada” com motivações pessoais e “oportunistas”. “A única ideia apresentada foi a sua discordância em relação à escolha do candidato do seu partido à freguesia”, escreveu. Recorde-se que, à data que Nelson Peralta diz ter sido contactado ("início de junho"), já tinha decorrido, no dia 26 de maio, a aprovação dos nomes dos cabeças de lista às dez juntas de freguesia do Município numa reunião interna do PS-Aveiro. O bloquista acusou ainda o autarca de tentar pressionar o PS através da comunicação social, destacando que “aparentava fazer ameaça ao seu partido de - ou o valorizam nas listas - ou há uma candidatura independente”. “Isto, recorde-se quando já tinha pedido apoio formal de outro partido a uma candidatura independente sua e enquanto mantinha o lugar de eleito desse partido. Nada que não fosse expectável desde o início”, continuou. Confrontado pela Ria, Rui Soares Carneiro negou ter feito qualquer “pedido formal e institucional” ao BE. Contudo, admitiu ter mantido contactos com “n partidos”, mas apenas na sequência do convite que recebeu do PS para ser o candidato à Junta de Freguesia de Cacia - convite esse que, segundo afirmou, nunca chegou a aceitar, por saber que o partido estaria a considerar outras opções além do seu nome. Questionado sobre uma eventual candidatura independente a Cacia, Rui Soares Carneiro voltou a afastar essa hipótese, sublinhando que “não foi convidado para nada”. Relembre-se que o secretariado do PS-Aveiro (a direção local do partido) retirou esta segunda-feira a confiança política a Rui Soares Carneiro. Em causa estão declarações públicas feitas de forma “reiterada” pelo autarca, nas quais expressa contestação à escolha do candidato à Junta de Freguesia de Cacia, admite não apoiar a candidatura do PS à CMA e não exclui a possibilidade de integrar uma eventual candidatura independente. Contactada pela Ria, Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS Aveiro, afirmou que não havia outra solução, além da retirada de confiança política a Rui Soares Carneiro. “Se há um militante do PS que está a exercer funções de vereador na Câmara Municipal (…) se reiteradamente diz que não sabe se vai apoiar ou não a candidatura do seu partido à Câmara, diz-se disponível para integrar uma candidatura independente… Acha que se pode confiar num militante que (…) faz estas afirmações?”, questiona. “Parece-me que não”, responde. No seguimento, considerou ainda que a publicação do BE só confirmou a decisão do PS: “Não se pode confiar para representar a Câmara Municipal para vereador e num munícipe que em relação ao seu partido não respeita os estatutos”, insiste. “Há órgãos próprios e à liberdade de expressão dentro do PS. (…) Não houve contestação nenhuma nem do candidato à Câmara, nem do candidato à Junta de Cacia. Foram ambos aprovados em Comissão Política Concelhia por unanimidade. Portanto, é mentira quando se diz que há contestação interna. Se há contestação interna, em primeira instância, é nos órgãos próprios que tem de ser feito e nunca foi”, justificou. Recorde-se que Rui Soares Carneiro afirmou à Ria que teve conhecimento da retirada de confiança do PS através da comunicação social. À redação adiantou ainda que estará presente e que participará na reunião pública da Câmara Municipal marcada para esta terça-feira, sem avançar, para já, mais comentários sobre o seu futuro político.
Aveiro abre três novos concursos públicos num valor total de cerca de 8 milhões de euros
O Museu de Arte Cerâmica volta a concurso público, no valor de 4,8 milhões de euros, registando um aumento de 1 milhão face ao último concurso. O prazo da execução mantem-se nos 540 dias. Recorde-se que a oposição se absteve de votar a última proposta apresentada em reunião camarária, apontando ter “muitas dúvidas com o conteúdo e a forma da solução encontrada”. A reunião contará ainda com a abertura do terceiro concurso para a requalificação do Parque de Campismo de São Jacinto, com um valor base de 2,3 milhões face aos anteriores 1,6 milhões. O prazo de execução contratual mantém-se nos 210 dias, dá nota a autarquia. O primeiro concurso para a empreitada foi lançado há um ano. Também a requalificação da antiga Junta da Vera Cruz volta a ser alvo da abertura de um novo concurso público, com um valor de 809 mil euros e um prazo de execução de 180 dias. A intervenção no imóvel, aponta a autarquia em comunicado, pretende “responder à necessidade de resolver um conjunto significativo de patologias construtivas, assegurando também a reorganização dos espaços interiores, com o objetivo de tornar o edifício mais funcional, polivalente e adaptado às exigências atuais de utilização”.
Rui Soares Carneiro perde confiança política do PS Aveiro, mas garante presença em reunião camarária
O secretariado da Comissão Política Concelhia de Aveiro do PS anunciou esta segunda-feira, 23 de junho, a retirada de confiança política ao vereador Rui Soares Carneiro. Em causa estão declarações públicas feitas de forma “reiterada” pelo autarca, nas quais expressa contestação à escolha do candidato à Junta de Freguesia de Cacia, admite não apoiar a candidatura do PS à CMA e não exclui a possibilidade de integrar uma eventual candidatura independente. “Perante o desrespeito, reiterado, pelos Estatutos do Partido Socialista, não tivemos outra alternativa”, afirma o secretariado concelhio em comunicado. Contactado pela Ria, Rui Soares Carneiro confirmou que teve conhecimento da decisão pela comunicação social, embora tenha recebido um email sobre o assunto durante esta manhã. O vereador adiantou ainda que estará presente e que participará na reunião pública da Câmara Municipal marcada para esta terça-feira, sem avançar, para já, mais comentários sobre o seu futuro político. Recorde-se que o vereador socialista, Fernando Nogueira, já tinha pedido também a retirada de confiança a Rui Soares Carneiro. A Ria contactou ainda a concelhia do PS Aveiro, mas até ao momento não obteve resposta.
Aveiro: RIA volta a dar cor aos bairros da Glória e Vera Cruz este sábado
Com início marcado pelas 14h00 na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, o evento arrancará com um percurso artístico por “dez estabelecimentos” locais: “Alma de Alecrim, Brenzo, Maldita Brewpub, Trigamilha Mãe, Yeah! Aveiro, Though Love Taproom, Choice Boutique, PokeBox, The Iron Duke e Raiz - O Vegetariano do Bairro”. Ao longo deste caminho, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, será possível encontrar diversas expressões artísticas como música, ilustração, pinturas, bordados, crochê e tufting. Os artistas responsáveis por estas são: Ana Sofia Mendes, Gabriela Lário, Renato Nakazone, Yana Protasova, Joana Braga, Hélder Brandão Antunes, Sigra, Alice Boavista e Isabel Sixel, Rita Ricardo, Elsa Mendes, Camilo Esteban e SQE Rugs. A partir das 18h30, o ponto de encontro será novamente a Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, para "um convívio bem ao estilo bairrista, repleto de música, petiscos e diversão".
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BE diz que Rui Carneiro pediu apoio para candidatura independente e vereador nega
A acusação surge no dia em que o vereador Rui Soares Carneiro lhe viu ser retirada a confiança política pela concelhia do PS. Contactado pela Ria, Nelson Peralta confirmou que o visado do texto era precisamente “Rui Carneiro” e que a freguesia do Município se referia a “Cacia”. Numa publicação no Facebook, Nelson Peralta afirmou ter sido contactado no início de junho por “um eleito de outro partido” que lhe pediu “apoio formal e institucional do Bloco de Esquerda a uma candidatura independente a uma freguesia do município”. Classificou a abordagem como “absolutamente abstrusa, inconcebível e sem sentido”, e acusou o vereador de protagonizar uma “fantochada” com motivações pessoais e “oportunistas”. “A única ideia apresentada foi a sua discordância em relação à escolha do candidato do seu partido à freguesia”, escreveu. Recorde-se que, à data que Nelson Peralta diz ter sido contactado ("início de junho"), já tinha decorrido, no dia 26 de maio, a aprovação dos nomes dos cabeças de lista às dez juntas de freguesia do Município numa reunião interna do PS-Aveiro. O bloquista acusou ainda o autarca de tentar pressionar o PS através da comunicação social, destacando que “aparentava fazer ameaça ao seu partido de - ou o valorizam nas listas - ou há uma candidatura independente”. “Isto, recorde-se quando já tinha pedido apoio formal de outro partido a uma candidatura independente sua e enquanto mantinha o lugar de eleito desse partido. Nada que não fosse expectável desde o início”, continuou. Confrontado pela Ria, Rui Soares Carneiro negou ter feito qualquer “pedido formal e institucional” ao BE. Contudo, admitiu ter mantido contactos com “n partidos”, mas apenas na sequência do convite que recebeu do PS para ser o candidato à Junta de Freguesia de Cacia - convite esse que, segundo afirmou, nunca chegou a aceitar, por saber que o partido estaria a considerar outras opções além do seu nome. Questionado sobre uma eventual candidatura independente a Cacia, Rui Soares Carneiro voltou a afastar essa hipótese, sublinhando que “não foi convidado para nada”. Relembre-se que o secretariado do PS-Aveiro (a direção local do partido) retirou esta segunda-feira a confiança política a Rui Soares Carneiro. Em causa estão declarações públicas feitas de forma “reiterada” pelo autarca, nas quais expressa contestação à escolha do candidato à Junta de Freguesia de Cacia, admite não apoiar a candidatura do PS à CMA e não exclui a possibilidade de integrar uma eventual candidatura independente. Contactada pela Ria, Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS Aveiro, afirmou que não havia outra solução, além da retirada de confiança política a Rui Soares Carneiro. “Se há um militante do PS que está a exercer funções de vereador na Câmara Municipal (…) se reiteradamente diz que não sabe se vai apoiar ou não a candidatura do seu partido à Câmara, diz-se disponível para integrar uma candidatura independente… Acha que se pode confiar num militante que (…) faz estas afirmações?”, questiona. “Parece-me que não”, responde. No seguimento, considerou ainda que a publicação do BE só confirmou a decisão do PS: “Não se pode confiar para representar a Câmara Municipal para vereador e num munícipe que em relação ao seu partido não respeita os estatutos”, insiste. “Há órgãos próprios e à liberdade de expressão dentro do PS. (…) Não houve contestação nenhuma nem do candidato à Câmara, nem do candidato à Junta de Cacia. Foram ambos aprovados em Comissão Política Concelhia por unanimidade. Portanto, é mentira quando se diz que há contestação interna. Se há contestação interna, em primeira instância, é nos órgãos próprios que tem de ser feito e nunca foi”, justificou. Recorde-se que Rui Soares Carneiro afirmou à Ria que teve conhecimento da retirada de confiança do PS através da comunicação social. À redação adiantou ainda que estará presente e que participará na reunião pública da Câmara Municipal marcada para esta terça-feira, sem avançar, para já, mais comentários sobre o seu futuro político.
Aveiro abre três novos concursos públicos num valor total de cerca de 8 milhões de euros
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Universidade de Aveiro em projeto para aumentar resistência da porcelana
“O projeto “PorCoating” visa desenvolver revestimentos funcionais e decorativos para porcelanas, melhorando a sua resistência mecânica e agregando novas funcionalidades, diferenciando a porcelana tradicional”, refere uma nota de imprensa alusiva ao projeto. Segundo o texto, a inovação do “PorCoating – Revestimentos funcionais e inteligentes para porcelanas”, está na introdução de novas características com múltiplas funcionalidades e melhoria da resistência mecânica, nomeadamente quanto a flexão, tração e impacto ao bordo. Um dos desafios identificados pela equipa de investigação foi a dificuldade de adesão dos revestimentos, requerendo trabalho de investigação industrial e desenvolvimento experimental.Os investigadores propõem a aplicação de um filme transparente extra por Deposição Física de Vapor, visando melhorar a adesão global dos revestimentos. “A solução proposta permitirá o desenvolvimento de um novo produto”, salienta a nota da Universidade, concluindo que “o projeto tem potencial para revolucionar o mercado de porcelanas, trazendo produtos mais resistentes e versáteis para os consumidores”. O projeto conta com o envolvimento de investigadores do Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (i3N-FSCOSD), do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, e do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CENTIVC). Ao nível empresarial é liderado pela empresa Porcelanas da Costa Verde, S.A., em consórcio com as empresas Kerajet, S.A., e Coatit – Desenvolvimento de Superfícies Inteligentes, Lda. O PorCoating, será apoiado pelo programa Compete 2030, no âmbito do Sistema de Incentivos à Competitividade Empresarial Investigação e Desenvolvimento Empresarial, envolvendo um investimento elegível de 1,2 milhões de euros, a que corresponde um incentivo FEDER de quase um milhão de euros.
UA acolhe debate sobre “Microcredenciais e o Ensino ao Longo da Vida” esta quarta-feira
De acordo com uma nota enviada à Ria, as conversas cruzadas têm como objetivo “reunir especialistas, gestores de empresas, professores do ensino superior e profissionais, a fim de debaterem a integração das microcredenciais no ensino universitário”. A sessão desta quarta-feira contará com dois painéis. O primeiro abordará “A Formação ao Longo da Vida e a Atualização de Competências dos Engenheiros em resposta aos desafios do Sector Industrial”, pelas 15h15, e contará como convidados Ana Santana, responsável do departamento de recursos humanos do Grupo Grestel; Pedro Ribeiro, diretor de R&D da Bosch Aveiro e Élio Cardoso, diretor geral da Embeiral Construction. O segundo painel decorrerá pelas 17h30 e terá como tema “Os Novos Modelos de Ensino e as Novas Tecnologias, as propostas da Academia”. Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, António Gouveia, presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão - Politécnico de Viseu e Isabel Lança, presidente da Região Centro da Ordem dos Engenheiros serão os convidados desta segunda sessão. A sessão de boas-vindas ficará ainda a cargo de Isabel Lança, presidente da Região Centro da Ordem dos Engenheiros, pelas 15h00, sendo que pelas 17h00 haverá ainda uma assinatura de um protocolo entre a UA e a Ordem dos Engenheiros. A programação na íntegra pode ser consultada aqui. Na nota enviada à Ria, a Ordem dos Engenheiros da Região Centro esclarece ainda que as "microcredenciais, enquanto instrumentos de certificação de aprendizagens obtidas, mediante formações curtas e específicas, emergem como uma solução inovadora, permitindo que os engenheiros adquiram e comprovem competências de forma adaptada às necessidades do mercado e especificidades dos setores profissionais em que se integram".