Ribau Esteves avalia compra da SAD do Beira-Mar
Numa jogada ousada para reforçar a sua posição como a maior marca de Aveiro à frente dos ovos moles, Ribau Esteves está a avaliar a possibilidade de adquirir a SAD do Beira-Mar. Segundo fontes próximas do autarca, a ideia surgiu enquanto contemplava o vazio existencial deixado por não ter mais rotundas para construir ou avenidas para requalificar.
Estagiário
Entretenimento“Se já consegui pôr Aveiro no mapa com a ria, os moliceiros e o monumento do Siza, imaginem o que posso fazer com um clube de futebol. Isto é uma oportunidade para internacionalizar a marca Ribau”, terá dito o presidente entre vários apertos de mão ao adeptos do Beira-Mar.
Entre as ideias mais arrojadas está a escolha de Rogério Carlos, vice-presidente da Câmara Municipal, para treinador principal. "É a oportunidade perfeita para ele ganhar notoriedade. Eu tenho-lhe dado mais palco, mas com uma época desastrosa no futebol é certo que o nome dele vai estar em todas as capas de jornal. O futebol é o palco ideal para ele aprender a lidar com pressão…”, afirmou Ribau Esteves. “E se falhar?”, perguntaram os jornalistas. “É só dizer que o árbitro estava comprado”, respondeu prontamente Ribau.
Rogério, por sua vez, mostrou entusiasmo contido: "Eu adoro futebol… Embora seja mais de ver do que de jogar. Ainda recentemente meti-me em aventuras e fui parar ao bloco operatório”, brincou o provável futuro treinador principal que tem aparecido em público com muletas.
Quem já reagiu a esta novidade foi a presidente da concelhia do PS-Aveiro. "Não há palavras para mais uma tentativa de Ribau Esteves secar tudo à sua volta. Mas bem, se ele conseguir manter o Beira-Mar nos nacionais, já é mais do que aquilo que fez na Câmara", ironizou Paula Urbano Antunes.
Nuno Quintaneiro, atual presidente do clube, tem resistido ao tradicional “braço longo” de Ribau e insiste em gerir o clube com independência. “Nós queremos um Beira-Mar sustentável, não um palco político”, declarou recentemente. Contudo, segundo rumores, essa postura mais firme pode ter acelerado os planos de Ribau tomar as rédeas da SAD.
"O Quintaneiro está sempre a falar de sustentabilidade financeira, mas o que é isso comparado com um plano de expansão mediática? O Beira-Mar precisa de mediatismo e eu sou o único que pode garantir isso", terá dito Ribau numa reunião privada.
Enquanto Ribau sonha com o Beira-Mar a brilhar nos palcos internacionais, os aveirenses esperam para ver se este novo projeto será um golaço ou mais um remate ao lado. A única certeza? Com Ribau no jogo, o espetáculo está garantido – com ou sem eucaliptos no relvado.
Recomendações
Páscoa na família Souto: falha de comunicação provoca excesso de cabrito no almoço de domingo
Luís Souto, aproveitou este domingo de Páscoa para lançar um vídeo onde ensina os seguidores a cozinhar chanfana. O vídeo é tão longo e didático que a dada altura fazia lembrar as suas aulas de Genética ainda com Power Point em Comic Sans. Fontes próximas admitem que só a introdução demorou mais do que as promessas de Luís Montenegro para a requalificação do Hospital de Aveiro. O vídeo acumula já 13 visualizações, das quais 11 são da esposa do próprio Luís, que o partilhou em todos os grupos de Facebook onde é admin e comentou “meu presidente <3” em cada publicação. Já Alberto Souto, armado em chef rústico, atirou-se ao tradicional cabrito no forno de lenha. Só que a lenha estava molhada - tal como os olhos dos eleitores aveirenses sempre que se lembram do seu último mandato. O vídeo, filmado ao estilo "como acender um forno com zero dignidade", mostra Alberto a soprar brasas com a mesma convicção com que se defendia das críticas sobre endividamento municipal. A dada altura, ouvimos “isto com a antiga equipa da Câmara não acontecia”, mas o cabrito continuou cru e o almoço parece que vai passar a lanche. Fontes próximas garantem que os irmãos não falaram entre si sobre o menu, o que resultou numa quantidade de carne suficiente para alimentar todas as demissões no PSD-Aveiro. A comida era tanta que tiveram de improvisar um novo convidado: Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro, que, agora em fim de mandato, anda a aceitar tudo o que seja petiscos e tainadas. Os irmãos Souto, sempre atentos às oportunidades, ponderam agora lançar um outro familiar para reitor da UA. Entretanto, Ribau Esteves, depois de uma semana de recuperação em casa pelas violentas dores de costas que o impediram de sair da cadeira no Hotel Meliá na apresentação de Luís Souto, já foi visto novamente muito irritado com toda a situação. Fontes próximas afirmam que já viu os vídeos e deixou claro que não apoia nenhum dos irmãos. Sobre Alberto diz que “continua igualzinho, a gastar dinheiro em lenha sem critério”. De Luís afirma que “tem mais vocação para chefe de cozinha do que para presidente”. Ribau terá ainda acrescentado: “o Luís foi o único aveirense que acreditou que as obras do Hospital arrancam esta ano… deve pensar que a Câmara é como a Bimby: é carregar num botão e esperar milagres”. O almoço terminou sem intoxicações alimentares, mas não por falta de sorte. Felizmente, como as urgências do Hospital de Aveiro estão encerradas neste domingo de Páscoa, ninguém se atreveu a repetir o prato. “Mais vale prevenir do que precisar de médico”, terá dito um dos convivas, enquanto escondia o tupperware com sobras de cabrito no porta-bagagens.
PCP-Aveiro avança com moção de censura pelo atraso no anúncio do cartaz da Feira de Março 2025
“A maior festividade do concelho está a ser gerida com mais segredo do que a escolha de Luís Souto de Miranda como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA)", acusou o partido em comunicado, reforçando que "a Feira de Março deve pertencer ao povo e não ser um privilégio das elites que sabem o cartaz antes do resto da população". Apesar de oficialmente ainda não haver confirmações, o PCP-Aveiro jura a pés juntos que já sabe que Diogo Piçarra, Bárbara Tinoco e Richie Campbell fazem parte do alinhamento. “Se nós já descobrimos, não nos venham com histórias de que ainda estão a fechar contratos”, disparou um dirigente comunista, visivelmente indignado por não haver ainda um anúncio oficial. Quem não perdeu tempo a reagir foi o atual presidente da CMA. Ribau Esteves garantiu que "o cartaz será revelado quando for a altura certa”, mas relembrando os aveirenses que “se fosse pelo PCP, a Feira de Março era animada pelos Cante Alentejano e terminava com um debate sobre a luta sindical”. Fontes internas do município garantem que o grande motivo para o atraso na divulgação do cartaz tem nome: MC Soutinho, a dupla escolhida para cabeça de cartaz. A escolha não terá agradado a todos os elementos do Executivo Municipal. Segundo as mesmas fontes, Ribau Esteves terá mostrado algum desagrado, confessando que a sua escolha para cabeça de cartaz seriam os Irmãos Verdades, pois, segundo ele, "o alinhamento político e musical seria mais consistente". Perante a insistência da sua equipa, Ribau terá admitido: "Se queriam uma dupla de irmãos, ao menos que fosse uma que tivesse êxitos nos tops e não nas jogatanas políticas”. Já Rogério Carlos, atual vice-presidente da autarquia, mostrou-se mais soltinho depois de ter sido afastado da corrida à liderança da CMA. “Se querem animar o cartaz da Feira de Março deste ano, pelo menos que sejam mais originais. Eu sugiro um dia dedicado aos cantares ao desafio com um despique amigável entre Catarina Barreto e Ângela Almeida ou Filipe Neto Brandão e Manuel Sousa”, afirmou no meio de gargalhadas irónicas enquanto se preparava para assistir ao debate parlamentar que poderá ditar novas eleições legislativas em Portugal. Outro momento alto será o show "Banda das Coligações", onde diferentes partidos políticos se juntam em leilão ao som do hit musical “eu estou à venda”. Fontes próximas garantem que será uma atuação curta, porque nem sempre conseguem tocar a mesma música até ao fim. Entretanto, os aveirenses continuam sem cartaz oficial, mas já têm uma certeza: o verdadeiro espetáculo da Feira de Março não está no palco, está mesmo na política local.
Estagiário: Sérgio Ribau Esteves avança com candidatura independente ao Município de Aveiro
Em exclusivo para a página do Estagiário da Ria, Sérgio quis juntar-se ao “verdadeiro espetáculo circense que se assiste na cidade” e declarou que “num momento particularmente difícil para o meu irmão, eu não podia deixar de dizer presente”. “Os Soutos querem mostrar que controlam esta cidade, mas se estamos nessa onda, então vão ter que levar com os Ribaus”, afirmou enquanto apertava um fato axadrezado emprestado pelo seu irmão, relembrando que, tal como Luís Souto, também ele é cronista no Diário de Aveiro. Ribau Esteves também quis prestar declarações ao Estagiário da Ria: "Sim, posso confirmar que o meu mano avisou-me previamente da sua candidatura." Confrontando pelo Estagiário da Ria relativamente ao facto de Luís Souto não ter contactado Alberto Souto antes do anúncio da sua candidatura, Ribau Esteves afirmou no meio de gargalhadas irónicas: "Olhe, essa pergunta tem que fazer ao Luís Souto, não é ele que se apresenta como especialista em genética?" Enquanto isso, o recém-lançado candidato Sérgio Ribau Esteves parece apostado em criar uma “irmandade eleitoral” para melhorar a imagem da cidade, recordando os aveirenses que tem experiência muito útil em gestão de irmandades. “Se sei gerir a irmandade dos ovos moles, acha que será muito diferente gerir um Município? É tudo uma questão de doçura”, afirmou. O candidato independente aproveitou para dizer, com aquele sorriso de quem domina matemática, que, diferentemente do Alberto Souto – "que se contenta com 101 ideias para Aveiro" – ele tem “mil e uma ideias”. “Não acha que as minhas ultrapassam as do candidato socialista? E não são apenas devaneios mirabolantes, são planos de verdade para mudar a cidade", afirmou enquanto olhava para o programa eleitoral desenhado pelo seu irmão com 1001 árvores preparadas para abate. Agora, Aveiro aguarda ansiosamente para ver se esta súbita multiplicação de irmãos candidatos irá resultar numa revolução familiar na política local… ou apenas num almoço de domingo com demasiadas conversas sobre urnas de voto e propostas mirabolantes. O Estagiário da Ria continua atento a mais novidades, enquanto espreita para ver se ainda resta alguma vaga para ser candidato a sobrinho, primo ou cunhado dos Soutos & Ribaus.
Ribau Esteves negoceia com Fábio Coentrão instalação do viveiro de marisco na Ria de Aveiro
"Durante os meus mandatos batemos todos os recordes de turismo. Demos uma nova vida aos nossos canais com os moliceiros elétricos e amigos do ambiente. Agora está na altura de dar o próximo passo: Aveiro precisa de marisco premium e quem melhor que o Fábio Coentrão para ser o rosto desta nova fase?", declarou Ribau Esteves, enquanto tirava uma fotografia ao lado de uma lagosta gigante, com Rogério Carlos a tentar reproduzir o movimento. Entretanto, o reitor da Universidade de Aveiro também já reagiu à mais recente notícia, revelando interesse em localizar o novo viveiro nas marinhas da UA. “Já falei com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro e dei-lhe nota da nossa intenção”, declarou Paulo Jorge Ferreira. Confrontado pelos jornalistas sobre a reação de Ribau Esteves, o reitor da UA realçou: “Gostou muito da iniciativa. Afinal de contas, ainda há dias anunciou o início da construção de uma nova residência privada para os estudantes. Ora todos sabemos o tipo de estudantes que procuram estas residências. Colocar o novo viveiro junto à UA pode ser uma excelente oportunidade para atrair ainda mais estudantes deste mercado”. Quem já reagiu a esta nova investida do edil aveirense foi Alberto Souto de Miranda. “Com sinceridade, desta vez tenho que reconhecer que é uma excelente iniciativa de Ribau Esteves. Todos nós vimos a cara avermelhada com que o presidente terminou a arruada de São Gonçalinho. Penso que se continuar a tirar fotos ao lado de lagostas, certamente que o seu tom de pele não irá dar tanto nas vistas” atirou o candidato à CMA, enquanto escrevia a centésima segunda ideia do livro que só ele leu.
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Legislativas-Aveiro: Cabeças de lista debateram futuro dos jovens e problemas regionais
Os oito partidos que se apresentam às próximas eleições legislativas, que se realizam já este domingo, dia 18 de maio, estiveram presentes na passada quarta-feira no debate organizado pela Ria e pela AAUAv na Universidade de Aveiro (UA). As quase três horas de debate ficaram marcadas pelas intervenções de Emídio Sousa (AD – PSD/CDS), Hugo Oliveira (PS), Pedro Frazão (CHEGA), Mário Amorim Lopes (IL), Luís Fazenda (BE), Filipe Honório (LIVRE), Isabel Tavares (CDU) e Ana Gonçalves (PAN). A primeira ronda de perguntas, dedicada às políticas de juventude, abordou temas como a habitação, emprego, educação e transportes e a sua relação com a emigração, em especial nas camadas mais jovens da população. Em 2024, aponta o Observatório da Emigração, cerca de 1,8 milhões de portugueses residiam no estrangeiro, 70% com idades entre os 15 e os 39 anos. Também o abandono estudantil, face às despesas com habitação e a propina, foi outro dos temas abordados. Os representantes foram consensuais no reconhecimento das problemáticas, mas as medidas vistas como prioritárias para inverter a situação foram diferentes. Os partidos mais à esquerda (Livre, BE e CDU) sublinharam a necessidade de aumentar salários e de investir em políticas públicas, nomeadamente na habitação, enquanto à direita (IL e Chega) centraram-se mais nas medidas de incentivo às empresas, de forma a atrair investimento e a criar emprego. Emidio Sousa (AD), deu nota de que é necessário “deixar de exportar jovens”, considerando que “as nossas políticas de emprego e de educação estavam a provocar um êxodo de portugueses para o estrangeiro e a sua substituição completamente desregrada por uma imigração descontrolada”. A afirmação foi repetida na ronda que abordou as perguntas do público e mereceu críticas por parte dos partidos à esquerda, nomeadamente PS, BE, CDU e Livre por se aproximar do discurso anti-imigração do Chega. Como solução para a saída de jovens de Portugal, Emídio apontou o “desenvolvimento económico e o investimento” e a necessidade de “inverter este êxodo dos portugueses”, reparando que o governo tem vindo a tomar medidas, embora reconheça que “é impossível fazer coisas em 11 meses”. Os candidatos mais à direita, nomeadamente Iniciativa Liberal e Chega, apontaram também a necessidade de voltar a captar os jovens que têm saído do país. O Chega propõe para tal “isentar os jovens de IRS até aos 100 mil euros”, bem como isentar de IRC as empresas “que tenham nos seus corpos gerentes empreendedores até aos 35 anos”. No mesmo sentido a IL acredita que é necessário “criar oportunidades (…) para que os jovens fiquem cá” e “criar riqueza”. “A carga fiscal é muito importante (…), mas para além disso temos de criar aqui uma condição positiva no país para que as empresas queiram crescer cá, para que pessoas como vocês [estudantes] queiram criar as vossas próprias empresas e postos de trabalho e para que consigamos atrair empresas para Portugal para criar postos de trabalho altamente qualificados”. A oposição (PS) destacou, por sua vez, que os jovens emigram “para onde os salários são mais altos”, considerando que a forma de manter os jovens no país passa por “qualificar e diversificar a economia” e “aumentar os salários”. Também o BE apontou que há problemas estruturais relacionados com a “regulação do mercado de trabalho, baixos salários e precariedade laboral”, salientando ainda “problemas de habitação e de acesso à habitação, que exigem a regulação do mercado de arrendamento”. “Há um défice de política económica, de capacidade de intervir sob os vários mercados com políticas integradas que possam realmente respeitar à solidariedade e à justiça”, terminou Luís Fazenda. A CDU contrapôs esta perspetiva, sublinhando que é “a ausência de políticas que respondam às necessidades dos jovens do nosso país” a principal causa da emigração jovem. Defendeu, ainda, que a valorização dos salários é essencial para permitir que os jovens consigam suportar o custo de vida e construir o seu futuro em Portugal. “A inversão das políticas que têm sido praticadas é uma necessidade, não é com a redução do IRS que se vai resolver o problema dos jovens, é sim com respostas objetivas do ponto de vista do emprego estável e justos, que permitam aos jovens viver dignamente”, sublinhou Isabel Tavares. A ideia foi também reforçada pelo Livre, que utilizou o salário espanhol como referência de atratividade em comparação ao salário português. “O Livre defende a subida do salário mínimo nacional para 1250 euros até ao final da legislatura”, apontou Filipe Honório, que defendeu ainda a necessidade de “crescer salários médios” e de “garantir serviços públicos”. “É com políticas sociais (…) que nós conseguimos reter pessoas”, frisou. O PAN entende “o bem-estar e a garantia autónoma da juventude” como “essencial para construir uma sociedade justa, (…) inclusiva e sustentável”. Para tal, defende “a criação de um programa de combate ao emprego precário” e o “incentivo de contratação estável para jovens qualificados na economia verde e na transição energética”. Ana Gonçalves reconheceu também a dificuldade no acesso à habitação como um obstáculo à fixação dos jovens no país defendendo por essa razão “um programa nacional de arrendamento acessível exclusivo para jovens até aos 35 anos”. Quanto ao abandono escolar, os partidos tenderam a concordar com a solução apontada pelo PAN, que prevê “a conversão dos edifícios públicos [devolutos] (…) para dar resposta à habitação estudantil”. A medida teve a concordância da generalidade dos partidos. Já a redução – ou mesmo a eliminação da propina, no caso da CDU - foi colocada em cima da mesa, mas não reuniu consenso. A medida não tem o apoio da Iniciativa Liberal que apontou a discordância por considerar que “a propina é uma pequena fração” dos custos associados ao ensino superior. “Quando olhamos para a universidade em Portugal, a universidade é frequentada por classe média alta. Devia de ser [mais] democrática do que o que é. As propinas são subsídios aos ricos e é curioso estar a ver a esquerda a querer subsidiar quem mais tem para colocar na universidade”, frisou Miguel Lopes. Emidio Sousa, da AD, partilhou a perspetiva. Note-se, ainda, que o governo de Luís Montenegro voltou esta legislatura a falar na possibilidade de descongelar as propinas, algo que esteve presente nas manifestações realizadas no Dia Nacional do Estudante. O Chega também não defendeu a extinção nem a redução da propina, apontando como solução a adoção de “algo parecido com o modelo inglês” onde “existe um valor de propina (…) que não é cobrado enquanto o aluno está na universidade, [mas] começa a ser cobrado quando o aluno entra no mercado de trabalho”. A mobilidade foi também uma das preocupações, não só por representar um custo para os estudantes, como também pela oferta pública ser considerada insuficiente, especialmente em Aveiro. A CDU criticou, inclusive, as filas que se formam em frente à estação de Aveiro, apontando que a adjudicação da empresa de autocarros aos privados “piora” a oferta. No debate foram ainda abordadas temáticas regionais, nomeadamente a ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro, a abolição da totalidade das portagens da A25 e a ferrovia – com especial foco na renovação da Linha do Vouga e na passagem da Linha de Alta Velocidade em Aveiro, com a ligação Aveiro-Salamanca. A ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro foi uma questão onde existiu alguma unanimidade, com todos os representantes a assumir a necessidade do avanço da empreitada. Emídio Sousa apontou as várias etapas do processo, assumindo que “quatro anos é perfeitamente confortável” para que o Hospital de Aveiro possa avançar. Por sua vez, Hugo Oliveira lembrou que o primeiro-ministro foi desmentido por José Ribau Esteves relativamente ao Hospital de Aveiro, considerando “revelador” que Luís Montenegro desconheça “o estado em que se encontra” o processo do hospital. Note-se, no entanto, que o programa eleitoral do PS também não faz referência à referida unidade de saúde. Também Luís Fazenda considerou que a intervenção de Emídio “desmentiu” o primeiro-ministro. “Lamento, mas na verdade, neste momento, as palavras do primeiro-ministro são vazias, não tem ainda qualquer tipo de concretização”, apontou. O Chega criticou as posições do PS e do PSD, garantindo que os três deputados do Chega por Aveiro têm defendido a necessidade da empreitada. A IL apontou a importância do Hospital de Aveiro “para assegurar um hospital universitário para a UA para manter aquela que foi a grande conquista da universidade: a criação do curso de medicina”. À esquerda (BE, CDU e Livre) defendem a aposta e o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando a ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro como uma necessidade e mais-valia para a região. Quanto às portagens, o Partido Socialista apontou que as mesmas “têm sido reduzidas” tendo lembrado que o partido “se comprometeu a eliminar as portagens” e apontando que é um objetivo para o futuro. Também neste ponto houve unanimidade, com a Iniciativa Liberar a ser o único partido a defender o princípio do utilizador-pagador. “Não nos parece minimamente justo (…) financiar algo que não é utilizado por todos”, apontou Mário Amorim Lopes. Ainda assim, o deputado referiu que “por uma questão de igualdade” se devem eliminar “todos” os pórticos da A25. A ferrovia foi outro dos temas que gerou divisão. A vontade é que a Linha do Vouga, com trabalhos a decorrer neste momento, seja não só requalificada como também prolongada para outas zonas da região. Em simultâneo, a ligação ferroviária de alta velocidade entre Aveiro e Salamanca é também uma reivindicação da região, de forma a reforçar a posição de Aveiro não só a ligação internacional como também no Corredor Atlântico. Nesta matéria, a AD apontou que a prioridade relativamente à alta velocidade é a ligação Porto-Lisboa, tendo considerado que “tudo o resto neste momento é prematuro”. Quanto à Linha do Vouga, o representante do candidato da AD nota que “a aposta na requalificação da Linha do Vouga é uma certeza” e que “o que se pretende fazer no futuro é a eletrificação da linha [do Vouga] com comboios em bitola ibérica e a sua ligação em Espinho diretamente ao Porto”. Avisa, no entanto, que a reivindicação da região “vai levar o seu tempo”. Visão bem diferente é a dada por Hugo Oliveira. O representante socialista indicou que “a Linha do Vouga pode funcionar para esta região como metro de superfície”, assumindo que o “objetivo mesmo é trazer a linha do Vouga à Universidade e a Ílhavo e fazer a sua reparação na totalidade”. Hugo Oliveira expôs ainda que levar a Linha do Vouga até Espinho “como uma plataforma intermodal” é o que pode tornar a oferta mais competitiva. “Acham que o importante é nós entrarmos no comboio e sairmos diretos no Porto, não percebendo que a competitividade de um transporte público tem a ver com o custo, mas principalmente com o seu tempo”, apontou. O Chega considerou ser necessário “executar estas grandes obras para poder dar às populações alternativas de mobilidade”. A IL propôs que haja “uma junção em todas as capitais de distrito” relativamente à ferrovia, por considerar que a mesma “é um instrumento importante”. Sobre a Linha do Vouga o representante da IL considerou “fundamental trabalhar e melhorar o Vouginha porque de facto há uma grande assimetria aqui no distrito: no Norte do distrito os concelhos têm o apoio e estão próximos da Linha do Norte (…) mas de facto quem está mais para dentro (…) está dependente da Linha de Baixo Vouga e, portanto, é necessário reforçá-la”, afirmou. À esquerda, o BE perspetiva “o investimento na modernização e eletrificação da Linha do Vouga” como “um investimento absolutamente estruturante da região”. O bloquista repara ainda como necessário verificar “a interoperabilidade do passe ferroviário com os passes rodoviários das várias articulações existentes ao nível intermunicipal”. Na mesma linha, também a CDU aponta como necessária a requalificação da Linha do Vouga que deverá dar resposta a quem encontra habitação na periferia. “Durante anos fomos os únicos que defendemos que houvesse a requalificação da Linha [do Vouga] e que houvesse resposta às populações por onde ela passa que estão desprovidas de meios de transporte público”, atirou Isabel Tavares que olha ainda para a aposta na ferrovia como uma solução a nível ambiental e como uma forma de resposta à população. Também o Livre assegurou que quer “um futuro onde as pessoas (…) possam voltar a utilizar um meio de transporte que já aqui foi bastante defendido” para melhorar a “qualidade de vida das pessoas”. “Não é só a questão do meio de transporte, o Vouguinha foi essencial para o desenvolvimento não só industrial, como social e cultural daqueles territórios”, reparou. Filipe Honório defendeu ainda que a população está “agarrada” ao automóvel e que o investimento na mobilidade significa também “tempo e lazer” para muitas famílias. “É isso que nós quemos recuperar”, assegurou. Ana Gonçalves concordou com a perspetiva da esquerda (LIVRE, BE e CDU), trazendo para cima da mesa as preocupações da população e das empresas dos locais por onde vai passar a Linha de Alta Velocidade. “Não nos podemos esquecer do impacto que [a Linha de Alta Velocidade] vai ter nas populações que têm as suas casas e as suas empresas, que já estão muito preocupadas por onde é que vai passar a linha (…) tem de ser tudo muito bem pensado, muito bem refletido”, atentou a representante do PAN. Das perguntas enviadas pelo público, foi dado destaque à temática da imigração, nomeadamente no que diz respeito às medidas de combate à imigração ilegal e a medidas de integração das comunidades. De forma geral, PS, BE, CDU, Livre e PAN apontaram o seu rumo de ação para as medidas de integração das comunidades, enquanto a direita, PSD, IL e Chega, focaram-se nas medidas de combate à imigração ilegal. Do lado do PAN, LIVRE, CDU e BE o argumento utilizado é que é necessário acolher os imigrantes da mesma forma que os portugueses têm sido acolhidos em outros países. Além do mais, relembraram a atual contribuição dada pelos imigrantes na economia portuguesa. À direita, o PSD, como anteriormente referido, voltou a aludir à teoria da substituição considerando ainda que “precisamos de imigrantes, (…) mas [que estes] devem vir de uma forma ordenada e devidamente enquadrada no país”. A IL, por sua vez, reconhece que a imigração é “muito importante para Portugal”, mas considera que “não há sistema que aguente tanta gente ao mesmo tempo” e que “isto deu origem a situações que são indignas e desumanas”. Já o Chega aponta que o assunto “está na génese do nascimento do Chega” e que a solução do partido se prende com o “acabar com a imigração ilegal e criar um sistema de quotas em Portugal”. O último tema abordado – o da reforma eleitoral – mostrou que todos os partidos concordam com a ideia de ser uma ação necessária, mas o PS e o PSD assumem que não é um tema para “a próxima legislatura”. Da direita à esquerda, ainda que de formas diferentes, os partidos com menor representação parlamentar acusam os partidos do centrão de falta de vontade política em levar a reforma para a frente. Em Portugal, a eleição de mandatos faz-se através do método de Hondt, um método matemático que distribui os mandatos proporcionalmente ao número de votos, mas criticado por “tendencialmente favorecer os partidos maiores”, lê-se no site oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE).As críticas que têm vindo a ser feitas ao sistema eleitoral prendem-se com os “votos perdidos”, tendencialmente em partidos mais pequenos, que poderiam aumentar a representação parlamentar dos partidos e até fazer com que existissem mais partidos com representação parlamentar. Nas eleições legislativas de 2024, avança o Expresso, “mais de 10% dos votos válidos não foram convertidos em mandatos”, algo que se traduz no “desperdício” de “um em cada nove votos”. O artigo avança ainda que Portalegre é o distrito onde mais votos são desperdiçados e que o BE é o partido mais afetado. No debate, de forma unanime, foi reconhecida a necessidade de se proceder a uma reforma eleitoral, com o representante da AD a frisar que para tal, é “obrigatório” que haja “um amplo consenso político partidário”, algo que acredita existir. Também o representante socialista concordou, reparando que “o país fala muito pouco daquilo que é a regionalização”. “É difícil de o podermos fazer, mas é algo que está previsto na constituição”, reparou ainda o socialista. A IL discordou da perspetiva do PSD, por não acreditar “que os dois maiores partidos (…) do parlamento queiram verdadeiramente reformar o sistema eleitoral e sobretudo incluir um círculo de compensação que permita ir buscar estes 1.2 milhões de votos”. Também BE, Livre e PAN concordam com a perspetiva apontada pelos liberais, defendendo a tese de criar um círculo de compensação nacional. A CDU, por sua vez, reparou que “pode haver algum afastamento e desinteresse” da política por parte do eleitorado, mas considera que o mesmo é “fruto das políticas praticadas e não tanto do sistema eleitoral”. Já o Chega apontou a reforma eleitoral como uma “questão central” do seu programa, defendendo não só a criação do círculo de compensação nacional como também “a criação de círculos uninominais”. Defendem, no entanto, “uma diminuição do número de deputados na Assembleia da Republica”. O debate pode ser visto na íntegra através da página de Facebook da Ria. As eleições legislativas decorrem já este domingo, dia 18.
Ílhavo: Travessia da Ria a Nado com inscrições abertas até 13 de junho
A prova realiza-se no dia 6 de julho e prevê a participação de 160 atletas, num percurso de 750 metros, ligando as margens da Gafanha da Encarnação à Costa Nova do Prado. A concentração dos participantes está marcada entre as 11h20 e as 12h35, no Largo da Bruxa, na Gafanha da Encarnação e a partida está prevista para as 13h06. As inscrições estão abertas até dia 13 de junho, ou até ser atingido o limite de vagas disponíveis, e devem ser efetuadas através da plataforma Lap2Go.
ASAE desmantelou casino ilegal em São João da Madeira
Em comunicado, a ASAE esclareceu que realizou uma operação de prevenção criminal, no âmbito do combate ao jogo ilícito num estabelecimento de restauração e bebidas, onde se procedia de forma ilícita e camuflada à prática reiterada de jogos de fortuna ou azar, no concelho de São João da Madeira. Durante a ação, segundo a ASAE, foi possível verificar que nessas instalações existia uma secção oculta, de acesso restrito e condicionado, onde, durante o período noturno, se praticava de forma reiterada o jogo de póquer, bem como diversos jogos do tipo ‘slot machines’, envolvendo elevadas quantias monetárias. “Como resultado da operação, foi desmantelado este casino clandestino e aberto um processo-crime pela prática dos crimes de exploração de jogos de fortuna ou azar fora dos locais legalmente autorizados”, refere a mesma nota. De acordo com a ASAE, foram também apreendidas quatro máquinas de jogo de fortuna ou azar, concebidas para se assemelharem esteticamente às utilizadas em casinos legalmente constituídos, 305 euros em dinheiro, bem como diversa documentação indiciária e probatória da prática organizada dos ilícitos em investigação. Segundo a nota de imprensa, o valor total da apreensão ascendeu a 17.000 euros. A ASAE refere ainda que foram constituídos arguidos dois indivíduos e sujeitos a Termo de Identidade e Residência (TIR).
Partidos políticos condenam vandalismo no Monumento Evocativo da Muralha
O deputado municipal Pedro Pires da Rosa, eleito pelo Partido Socialista (PS), reagiu de imediato nas redes sociais. Apesar de recordar que "sempre" foi contra a construção deste monumento, deixou um "abraço de solidariedade democrática" e apelou à autarquia para que “apague o quanto antes os escritos” e divulgue os custos da intervenção. “Tenho esperança de que os meliantes se envergonhem do valor em que prejudicaram a comunidade e que naturalmente possam ser julgados pela prática deste crime público”, escreveu o socialista na sua página de Facebook. Também a Iniciativa Liberal (IL) condenou veementemente o vandalismo “como forma de protesto”. Em publicação nas redes sociais, o partido sublinhou que a “liberdade de expressão é um valor essencial em democracia”, mas que “a destruição ou o insulto não se justificam”. “O vandalismo apenas descredibiliza quem protesta e desvia o foco do verdadeiro problema”, lê-se. Sobre o próprio monumento, a IL considera que se trata de um “desperdício de recursos públicos” e defende que o espaço merecia “mais cuidado, mais integração urbana e menos vaidade”. “O resultado é um elemento dissonante, mal-enquadrado e sem valor acrescentado para os aveirenses. Aveiro precisa de investimento com propósito, não de obras simbólicas sem sentido”, remata o comunicado. João Moniz, dirigente da concelhia do Bloco de Esquerda (BE), também se pronunciou, condenando “este tipo de ações”. Para o bloquista, “a crítica em democracia não só é legítima como necessária e bem-vinda”, mas deve ser feita com “argumentos, debate e participação democrática”. “Em tempos de crescente demagogia e polarização, muitas vezes artificial, Aveiro merece mais”, concluiu. Por sua vez, Luís Souto de Miranda, presidente da Assembleia Municipal de Aveiro e candidato pela Aliança Mais Aveiro à CMA às eleições autárquicas afirmou que “está na moda vandalizar monumentos”, criticando o que classificou como uma tendência de “atitudes verdadeiramente insolentes para com políticos, atirando tintas ou gritando insultos”. Para o autarca, este tipo de ações revela “uma crise de valores e uma ausência da mais elementar educação”. Recorde-se que o monumento em questão integra o projeto de requalificação do Adro da Sé de Aveiro, num investimento global superior a 740 mil euros, e foi concebido para evocar simbolicamente a antiga muralha da cidade. A Ria contactou a CMA, mas até ao momento não obteve qualquer comentário sobre o incidente.