GNR inicia terça-feira operação de fiscalização “RoadPol – Safety Days”
A Guarda Nacional Republicana (GNR) inicia na terça-feira uma operação de sensibilização e fiscalização rodoviária direcionada aos comportamentos associados à condução agressiva, em especial dos utilizadores de veículos de duas rodas a motor.
Redação
Em comunicado, a GNR refere que a operação “RoadPol – Safety Days”, que começa na terça-feira e termina em 22 de setembro, “procura fomentar a consciencialização e promoção de hábitos de condução mais seguros e contribuir para a redução dos acidentes de viação causados por comportamentos agressivos durante o exercício da condução”.
A GNR lembra que entre 01 de janeiro e 31 de agosto registou 1.899 contraordenações relacionadas com a condução de motociclos, das quais 428 dizem respeito à falta ou à utilização incorreta do capacete de proteção.
“Importa alertar que a condução agressiva, aliada à velocidade excessiva, à falta de atenção e manobras irregulares, praticada pelos condutores dos veículos aumenta a probabilidade da ocorrência de acidentes de viação, e que em média, diariamente, morrem 70 pessoas nas estradas europeias”, segundo a guarda.
A Roadpol, da qual a GNR é membro e representante nacional, é uma organização estabelecida pelas polícias de trânsito da Europa, com a finalidade de melhorar a segurança rodoviária e a aplicação da lei nas estradas.
De acordo com a nota da GNR, estas operações visam a “criação de um ambiente rodoviário mais seguro, através de uma intervenção simultânea sobre as principais causas de acidentes procurando influenciar positivamente os utilizadores das vias a adotarem comportamentos mais seguros”.
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Cerimónia do 05 de Outubro não vai ter discursos devido a campanha autárquica
Em declarações aos jornalistas após ter almoçado num restaurante português em Berlim, onde se encontra numa visita oficial, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que este ano, devido à campanha eleitoral autárquica, haverá apenas o içar da bandeira e o hino nacional na cerimónia que se realiza anualmente em 05 de outubro na Praça do Município, em Lisboa, para comemorar a implantação da República. É “para evitar, de qualquer maneira, que em pleno período de campanha eleitoral, na ponta final da campanha, a uma semana das eleições, se possa dizer que qualquer coisa que suceda tenha a ver com a campanha eleitoral”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República frisou que, nessa cerimónia, estarão presentes os representantes dos órgãos de soberania, designadamente o Governo, a Assembleia da República, os tribunais e os autarcas de Lisboa (Câmara Municipal e Assembleia Municipal). Marcelo Rebelo de Sousa observou ainda que não é a primeira vez que não haverá discursos na cerimónia do 05 de outubro. A última foi em 2019, em que não houve igualmente discursos por realizar-se numa altura de campanha para as eleições legislativas.
Quase metade dos adultos portugueses só consegue compreender textos curtos
É preciso chegar quase ao final da tabela publicada no relatório “Education at a Glance 2025”, divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), para encontrar Portugal. Segundo entre 30 países com o nível mais baixo de proficiência em literacia, 46% dos portugueses com idades entre os 25 e 64 anos tem muita dificuldade em interpretar textos e só consegue compreender textos muito curtos e com o mínimo de informação irrelevante. A conclusão resulta do inquérito às competências dos adultos, conduzido no âmbito do Programa para a Avaliação Internacional de Competências de Adultos (PIAAC, na sigla em inglês) da OCDE. Com cinco níveis de proficiência, que variam entre a capacidade de identificar informação em textos curtos (nível 1) e de sintetizar e avaliar criticamente informações complexas (nível 5), perto de metade dos portugueses ficou no nível 1 ou abaixo, com uma percentagem muito superior à média da OCDE (27%). Atrás de Portugal, ficou apenas o Chile, onde 57% dos inquiridos também não foram além do nível 1. Por outro lado, cerca de um terço dos inquiridos em Portugal consegue integrar informação de múltiplas fontes e 18% foram um pouco mais longe e mostraram ser capazes de interpretar e avaliar textos complexos. Nos níveis mais elevados (4 e 5) pontuaram apenas 3% dos portugueses, percentagem idêntica na Polónia e Eslováquia e mais baixa apenas no Chile e Lituânia (ambos 2%), enquanto a média na OCDE é 12%. A análise feita a estes resultados no âmbito do Education at a Glance 2025 revela ainda que o nível de escolaridade e as competências estão intimamente ligadas. Em Portugal, por exemplo, os adultos com ensino superior demonstraram maior facilidade na compreensão e análise de textos, conseguindo, em média, obter mais 36 pontos do que aqueles que têm apenas o secundário e perto de 70 pontos acima dos inquiridos sem o 12.º ano concluído. Os níveis de proficiência em literacia encontram também relação, por outro lado, com a aposta na formação, sendo que os adultos com melhores competências têm maior probabilidade de participar na educação ou formação. De acordo com as conclusões do inquérito, em 2023, 80% dos adultos nos níveis 4 ou 5 de proficiência em literacia tinham integrado algum curso ou formação, formal ou informal, no último ano, algo que apenas 22% daqueles posicionados no nível 1 ou abaixo fizeram.
Domingo há eclipse total da Lua, mas "não será muito fácil” vê-lo em Portugal
“Vamos ter a Lua cheia e o que acontece é que a Terra vai ficar à frente da Lua, vai ficar entre o Sol e a Lua e vai bloquear a luz que naturalmente chegava à Lua”, explicou o coordenador da comunicação e investigador daquele instituto. Filipe Pires adiantou que, escondida pela Terra, quando aparecer em Portugal nesse dia a Lua estará “muito mais escura”, com “uma tonalidade ligeiramente avermelhada”. “A única luz que consegue chegar à Lua é aquela que passa pela atmosfera da Terra, e a única luz que consegue realmente passar pela atmosfera da Terra é a luz vermelha”, disse, acrescentando que o fenómeno é designado de “forma apelativa” como Lua de Sangue. O investigador contou que nas suas observações do fenómeno vê sempre a Lua acastanhada, mas explica que se for tirada uma fotografia, conseguindo-se “captar muito mais luz que aquela que o nosso olho vê”, o planeta satélite aparece nas fotos com “um tom mais avermelhado”. Filipe Pires, que também trabalha no Planetário do Porto, disse que no domingo o eclipse poderá começar a ser visto em Portugal “por volta das oito da noite”, com a Lua a “nascer já relativamente ocultada”. “Depois a Lua vai saindo da sombra da Terra e ainda tem sombra até por volta das 21:00”. Para ver o fenómeno, devemos olhar para o lado nascente e “temos que obrigatoriamente ter uma visão completamente desimpedida” do horizonte, existindo essa possibilidade no Algarve e em zonas altas do interior de Portugal. Disse ainda que o eclipse "não é um fenómeno muito raro”, acontecendo mais ou menos de seis em seis meses, nas épocas do ano em que “o plano com que a Lua anda à volta da Terra coincide com o plano com que a Terra anda à volta do Sol”. Segundo informação divulgada pelo portal de notícias Sapo, este eclipse poderá ser visto, pelo menos de forma parcial, por cerca de 88% da população mundial (mais de sete mil milhões de pessoas) e, na totalidade, por 77%, o que corresponde a mais de 6,27 mil milhões de pessoas.
Visitantes de museus e monumentos nacionais mantiveram-se acima dos cinco milhões em 2024
De acordo com a empresa pública que gere 38 equipamentos culturais nacionais desde janeiro de 2024, as visitas registadas passaram de 5.157.404, em 2023, para, 5.065.228, em 2024 (-1,8%), numa "ligeira descida", segundo comunicado divulgado hoje por aquela entidade. “Num ano marcado pelo encerramento total ou parcial de vários museus e monumentos para obras de reabilitação, a maioria no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o número de visitantes assinalou uma tendência de estabilização”, indicam os números oficiais, que revelam menos 92.132 entradas em relação a 2023. Segundo as estatísticas de 2024, os visitantes com entrada paga representaram 66% do total, entre os quais se destacam os turistas estrangeiros, que perfazem 55% do total, acrescenta ainda a MMP, organismo do Ministério da Cultura, Juventude e Desporto. Entre os equipamentos culturais mais visitados em 2024, destacam-se quatro monumentos: o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, que volta a liderar com 946.014 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 443.691 visitantes, a Torre de Belém, com 387.379 entradas, e o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, que somou 376.331 visitantes. Dos monumentos inscritos como Património Mundial da Humanidade - além do Mosteiro do Jerónimos e da Torre de Belém – evidenciam-se o Mosteiro da Batalha, com 354.905 visitantes, o Convento de Cristo, em Tomar, com 349.401, e o Palácio Nacional de Mafra, que acolheu 216.097 entradas, em 2024. No que respeita aos museus, sobressaem, com afluências mais elevadas, o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, que no ano passado recebeu 297.203 visitantes, e o Museu Nacional dos Coches/Picadeiro Real, em Lisboa, com 219.506 entradas. A medida "Acesso 52", que desde 01 de agosto de 2024 permite a entrada gratuita a residentes em território nacional, representou um total de 450.275 visitas aos museus e monumentos nacionais (8,9% do total), aumentando em 32% no que respeita aos ingressos gratuitos (413.941 visitantes), contabiliza ainda a MMP. O Museu Nacional Resistência e Liberdade, localizado na Fortaleza de Peniche, reaberto ao público no dia 27 de abril de 2024, após obras de reabilitação - assinalando os 50 anos da libertação dos presos políticos da ditadura em Portugal - elevou as entradas para 110.909, contrastando com as 3.069 registadas em 2023, indicam os números hoje divulgados. O Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, viu as suas visitas subirem também em 2024 para 134.266, depois de ter recebido 118.123 em 2023, e, na mesma linha, o Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, embora tenha sido alvo de obras do PRR, subiu de 4.621 entradas, em 2023, para 28.186, em 2024. Também em Lisboa, o Museu Nacional de Etnologia viu as suas entradas duplicarem – depois de ter registado 6.907 entradas em 2023, recebeu 12.736 visitantes em 2024 -, e o Museu Nacional do Azulejo aumentou dos 276.209 anteriores para 297.203, enquanto o Palácio Nacional de Mafra foi igualmente alvo de uma maior atração pelo público, com uma subida de 164.972 entradas para 216.097 no ano passado. Devido a encerramentos totais ou parciais forçados pelas obras do PRR em curso, na sua maioria de grande envergadura, alguns museus não contabilizaram visitantes em 2024. Foi o caso do Museu Nacional de Arqueologia (encerrado desde 2022), em Lisboa, com zero entradas no ano passado, e o Museu Nacional da Música, que também não teve entradas nesse ano, mas contabilizou 5.633 visitas em 2023. Pelo mesmo motivo, o Museu dos Biscainhos, em Braga, desceu de 54.321 entradas, em 2023, para 10.150, em 2024, e o Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, recuou de 85.543 para 33.611, enquanto o Museu Nacional do Traje, com uma queda de entradas de 30.830, em 2023, para 23.095, em 2024. Na capital, o Museu Nacional de Arte Antiga e o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado tiveram ligeiras descidas, o primeiro de 107.223, em 2023, para 91.060 entradas, em 2024, e o segundo de 58.904 pera 45.042, respetivamente, e - na mesma linha - o Panteão Nacional desceu de 180.705 para 168.963 visitantes. Em 2017, o número de visitantes de museus, monumentos e palácios nacionais superou pela primeira vez os cinco milhões, contabilizando 5.072.266 entradas, depois de ter registado cerca de 4,6 milhões no ano anterior.
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Câmara de Ovar aprova arquitetura do parque a construir onde existia antigo cineteatro
Aprovado por unanimidade do executivo, constituído por sete elementos do PSD e dois do PS, o projeto para o novo espaço público do distrito de Aveiro encerra assim a polémica em torno do imóvel cujo fim anunciado foi contestado em 2024 por 1.053 subscritores de uma petição pública que acabou discutida no parlamento. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C) chegou a defender que o que restava do cineteatro devia ser classificado, porque “em termos nacionais escasseiam os exemplares classificados de teatros e raros são os casos referentes a arquitetura modernista”, mas o instituto público Património Cultural defendia que o remanescente do imóvel de 1944 já não tinha valor para esse efeito – numa posição semelhante à da própria autarquia. Propondo-se agora avançar com a requalificação estimada em “mais de 840.000 euros”, o presidente da Câmara de Ovar, Domingos Silva, diz que a obra prevista “valoriza a Igreja Matriz, facilita a circulação pedonal e cria uma nova centralidade para a cidade, ao mesmo tempo que respeita a memória do antigo cineteatro”. "A aprovação por unanimidade deste projeto é um marco para o concelho”, realça o autarca à Lusa, acrescentando que “a entrada principal do Parque Urbano de Ovar será transformada, criando uma grande praça para espetáculos ao ar livre e devolvendo dignidade a esse espaço”. Domingos Silva refere ainda que a nova praça “será um tributo à cultura e às artes” e vai albergar aquele que, anunciado como “o maior auditório a céu aberto do concelho”, estará preparado “para acolher cinema, teatro, dança e muitas outras manifestações artísticas num ambiente central e acessível a todos". Segundo o vídeo com a simulação da que virá a designar-se “Praça do Cineteatro”, a antiga fachada será demolida para criar uma área ampla quase ao nível das estradas envolventes, aumentado assim o espaço de circulação pedonal entre a Igreja Matriz de Ovar e os prédios de habitação que, ao lado desse templo, na Rua Ferreira de Castro, têm as traseiras viradas para o parque. Essa nova praça será contornada, nos lados a confinar com os prédios e com o parque, por pisos mais elevados que, ao estilo de varandins sobre um caminho de colunas, estarão vocacionados para observação da paisagem e funcionarão como eventuais galerias para os espetáculos no solo. Uma dessas laterais incluirá uma parede lisa à mesma altura dos prédios de habitação, o que facilitará a projeção de filmes e espetáculos de 'videomapping' (técnica audiovisual que transforma superfícies irregulares em telas de projeção). A partir da praça inicial, a intervenção prevê ainda, rumo ao interior do parque urbano, escadarias para acesso a uma nova zona ajardinada.
Mais de um milhão de euros para reabilitar Centro de Alto Rendimento de Anadia
De acordo com esta autarquia do distrito de Aveiro, a intervenção contempla a reparação das coberturas da nave e da unidade de alojamento, bem como a beneficiação de áreas de apoio logístico, nomeadamente a garagem, oficina e armazém. Prevê também a correção e pintura do piso do velódromo e ainda a impermeabilização e pintura de paredes exteriores e interiores. O protocolo de apoio para a reabilitação do CAR de Anadia, que alberga as modalidades de ciclismo, ginástica e judo, foi celebrado, na quarta-feira, entre o Município de Anadia e o Comité Olímpico de Portugal (COP), no âmbito do Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo 2024-2028. Segundo a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Cardoso, com a assinatura deste contrato-programa “foi dado um passo firme em direção a um desporto mais forte, inclusivo e competitivo”. No entanto, alertou para o facto de esta infraestrutura desportiva “necessitar de outros investimentos” que possam “minimizar os encargos” que o Município tem com esta instalação. “Nomeadamente ao nível da redução da fatura energética, o que implica uma forte aposta na eficiência energética, seja na substituição dos aparelhos de iluminação ou na climatização e tratamento de ar e águas sanitárias com a aplicação de painéis fotovoltaicos”, apontou. A autarca sublinhou ainda que o CAR de Anadia é “uma referência europeia” e que o Velódromo Nacional “transcende a sua função” como espaço de treino. “É hoje palco de grandes eventos internacionais e fator de dinamização regional e coesão territorial. O seu impacto no desenvolvimento do ciclismo, mas também no desporto em geral, é inegável”, concluiu.
Exposição ‘O corpo no desenho das identidades’ inaugura na UA e na Casa Dr. Lourenço Peixinho
Com curadoria de Helena Mendes Pereira, a obra estará patente até 31 de outubro em diferentes espaços da UA - edifício Central e da Reitoria e sala Hélène de Beauvoir na Biblioteca - e na cidade. Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, a exposição contará com um programa paralelo de performance e pensamento que pretende mobilizar e envolver a comunidade académica, amplificando o debate público e combatendo a desinformação. “Essas iniciativas decorrem a 22 de outubro”, realça. A Coleção Figueiredo Ribeiro, em fruição pública em Abrantes, no Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA), é uma coleção privada com mais de três milhares de peças, representativa da criação plástica contemporânea das últimas décadas. Apresenta artistas, sobretudo nacionais, de diferentes gerações, havendo uma especial atenção à cena emergente e uma concentração de grandes núcleos de obras de artistas consagrados, núcleos esses representativos dos seus percursos. Nesta exposição serão 21 os artistas representados, nomeadamente, Ana Jotta; André Tecedeiro; Cecília Costa; Constança Clara; Fernão Cruz; Isadora Neves Marques; João Jacinto; João Noutel; João Pedro Vale + Nuno Alexandre Ferreira; Luísa Cunha; Maria José Cavaco; Pedro Batista; Pedro Henriques; Pedro Paixão; Pedro Pires; Pedro Tudela; Pedro Valdez Cardoso; Sara Bichão; Sara Maia e Tiago Rocha Costa. Citada na nota, Helena Mendes Pereira explica que, neste contexto, a escolha destas obras e artistas “procurou combinar uma metaleitura da abordagem conceptual dos artistas com os espaços que a Universidade de Aveiro colocou à disposição do projeto, valorizar a diversidade de gerações, orientações e géneros, de disciplinas e a possibilidade do estabelecimento de narrativas semióticas entre objetos”. A artista desconstrói ainda que esta exposição pretende fazer refletir sobre “o que é um/o corpo e o que este significa no desenho das identidades”. “Simultaneamente, propomos uma viagem de descoberta pelos lugares do campus da Universidade e do centro de Aveiro e – porque não – uma visão da História da Arte Contemporânea portuguesa das últimas décadas, através de uma seleção notável de artistas”, conclui Helena Mendes Pereira. A inauguração acontece esta quarta-feira, 17 de setembro, pelas 16h00, na UA, e pelas 17h30, na Casa Dr. Lourenço Peixinho. A mostra poderá ser, posteriormente, visitada de segunda a sábado, das 10h00 às 19h00, no átrio do edifício central e da reitoria e na sala Hélène Beauvoir da biblioteca da UA. De terça a sábado, das 15h00 às 18h00, estará também disponível na Casa Dr. Lourenço Peixinho. Esta exposição integra-se no ciclo de exposições e conversas “O Desenho como Pensamento”, dirigido artisticamente por Alexandre Batista. Esta mostra é assumida integralmente pela UA, bem como a exposição de Martim Brion que está patente, também neste período, na Casa-projeto instalada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, com o apoio da empresa Perícia. O Ciclo, que é promovido, em coprodução com o município de Águeda, tem nesta 3ª edição a parceria dos municípios de Ílhavo e de Albergaria-a-Velha. Helena Mendes Pereira desenvolve atividade profissional como gestora cultural, curadora, professora e investigadora em práticas e políticas culturais e artísticas contemporâneas. É, desde janeiro de 2017, diretora-geral e curadora da zet gallery, Braga, vinculada ao dstgroup. A curadora iniciou a sua atividade profissional em 2007 na Bienal Internacional de Arte de Cerveira, entidade onde exerce atividade como curadora independente, tendo sido a primeira Diretora Artística mulher, em 2022, da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira. Coordenou o serviço educativo do World of Discoveries (2013-2016). Fernando Figueiredo Ribeiro foi criando a Coleção Figueiredo Ribeiro ao longo dos últimos 30 anos. Embora com obras de períodos anteriores, trata-se de uma coleção de arte contemporânea portuguesa dos anos 70 até à contemporaneidade. Desde 2017, tem um acordo de comodato com o município de Abrantes.
Programa do BE Aveiro propõe duplicar habitação pública e criar metro de superfície
O documento, que sucede à apresentação das “11 medidas para transformar Aveiro”, define como áreas prioritárias a habitação, a ação climática, a mobilidade sustentável, os serviços públicos, a igualdade e os direitos, a cultura e o desporto, o bem-estar animal e a democracia participativa e transparente. No que toca à habitação, numa publicação através das redes sociais, João Moniz, candidato do BE à Câmara de Aveiro, anunciou a meta de duplicar a oferta pública “em dez anos”. “Atualmente, o concelho dispõe de cerca de 870 fogos públicos, entre a Câmara Municipal e o IHRU. Isto significa que, na próxima década, a meta seria alcançar entre 800 a 1000 novos fogos públicos em Aveiro”, realça. Para tal, o bloquista defende que o Município deve mobilizar os recursos financeiros nacionais e comunitários, entre os exemplos, “empréstimos à banca”. A proposta inclui expropriações de terrenos agrícolas entre a Av. Francisco Sá Carneiro e a EN109, para criar um novo bairro de habitação pública com espaços verdes e áreas comuns, semelhante ao Bairro de Santiago. “A estimativa de investimento é clara: a concretização de uma operação desta grandeza em Aveiro, distribuída entre T2 e T3, implicaria um investimento estimado entre 140 e 175 milhões de euros ao longo de uma década […]. Ou seja, meio buraco do Rossio por ano”, realça João Moniz. O programa defende ainda que “25%” das novas construções privadas sejam destinadas a rendas acessíveis, a regulação do alojamento local e a limitação da especulação imobiliária. Relativamente à mobilidade, o BE propõe a remunicipalização da AveiroBus e a criação de uma empresa intermunicipal de transportes públicos, com mais oferta e preços acessíveis. Sugere ainda a expansão da rede ciclável, transporte a pedido e um metro de superfície que ligue a estação, a universidade e as praias. Na ação climática e ambiente, entre as medidas, destaca-se a criação do Parque Natural da Ria de Aveiro, que integraria áreas já protegidas, como as Dunas de São Jacinto e a Pateira. O BE aponta corredores verdes na cidade, maior arborização, combate à pobreza energética e aposta na produção descentralizada de energias renováveis. No plano fiscal, o BE propõe a taxa turística municipal de “dois euros por dormida”, capaz de gerar perto de “um milhão de euros por ano para o Município”, a redução da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis [IMI] e o agravamento fiscal de prédios devolutos e em ruínas. Na igualdade e direitos, o programa defende a criação de um Gabinete Municipal para a Igualdade, gabinetes de apoio a vítimas de violência doméstica, políticas inclusivas de urbanismo e transportes adaptados. Propõe ainda um Centro Municipal LGBTI+, com funções de acolhimento e apoio, e um plano de combate à discriminação racial e xenófoba. No campo dos serviços públicos, saúde e educação, o BE rejeita a municipalização das escolas e propõe reforço do pré-escolar público, planos de combate à iliteracia, programas de saúde mental comunitária e a aplicação da tarifa social da água, impedindo cortes a famílias em situação de carência económica. Na cultura e desporto, o programa propõe dotar o Teatro Aveirense com produção própria, apoiar artistas locais, descentralizar eventos culturais, criar um estúdio público de gravação e reforçar equipamentos desportivos em todas as freguesias, incluindo uma piscina olímpica. No bem-estar animal, o partido compromete-se a construir de imediato um canil e gatil municipal, acompanhado de campanhas de esterilização, adoção e programas CED (Capturar-Esterilizar-Devolver). Por fim, na democracia participativa e combate à corrupção, o BE sugere orçamentos participativos reais, assembleias de cidadãos, digitalização dos serviços municipais e maior transparência nos processos urbanísticos. Defende ainda a responsabilização financeira e judicial de autarcas por decisões ruinosas para o erário público. O programa na íntegra pode ser consultado aqui.