Angariados 75 quilos de alimentação e produtos para animais na Expo Animal Solidária
A 2.ª edição da Expo Animal Solidária, em Albergaria-a-Velha, reuniu centenas de visitantes no último sábado, num evento dedicado à causa animal que promoveu a adoção, a sensibilização e o bem-estar dos animais de companhia.
Redação
A vertente solidária do evento resultou na angariação de cerca de 75 quilos de alimentos e produtos para animais, incluindo ração, patês, mantas, colchões e camas, que serão distribuídos pelas associações e colónias de gatos apoiadas pelo Município.
Estiveram presentes os cuidadores de colónias de gatos, associações de Proteção Animal, clínicas Veterinárias e empresas do setor, promovendo os seus serviços e sensibilizando para a adoção responsável.
Recomendações
Dívida da Câmara Municipal de Ílhavo reduz quase 60% em três anos
“A responsabilidade financeira do Município é demonstrada pela redução expressiva da dívida, onde se incluem as dívidas a fornecedores e empréstimo bancário, que passou de 9,2 milhões de euros em 2021 para 3,9 milhões de euros em 2024, ou seja, em quase 60%”, salienta uma nota de imprensa da Câmara. De acordo com o relatório e contas aprovado pela Assembleia Municipal na sua última reunião ordinária, citado na nota de imprensa, entre 2022 e 2024, as despesas correntes foram de 72 milhões de euros e de 29 milhões de euros as despesas de capital. Para o mesmo período verificou-se um alívio fiscal com a redução contínua do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para o mínimo legal e a devolução de parte do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS). Por essa via, o Município deixou de arrecadar cerca de dois milhões de euros em IMI e 1,5 milhões de euros em IRS, acrescenta a autarquia. No relatório é sublinhado o aumento das despesas com a gestão de resíduos sólidos urbanos, totalizando 10,8 milhões de euros no triénio, com 4,2 milhões de euros investidos apenas em 2024. Do lado da receita são contabilizadas no mandato 95,5 milhões de euros em receitas correntes e 13 milhões de euros em receitas de capital. “As contas do Município de Ílhavo evidenciam um compromisso com a estabilidade orçamental e gestão responsável, conseguindo reduzir o endividamento e promovendo investimentos prioritários, resultado de uma gestão rigorosa dos recursos públicos”, salienta a Câmara em nota de imprensa.
Câmara Municipal de Anadia apoia freguesias com cerca de 700 mil euros
Cerca de metade deste valor visa apoiar a realização de investimentos cujas propostas foram aprovadas pela autarquia e identificadas nos acordos de reforço de capacidade financeira. O restante é destinado a apoiar a corrente atividade das diversas freguesias e inclui um reforço de máquinas e viaturas do município quando disponíveis e solicitadas. Este investimento da autarquia considera a importância de obras e condicionalismos financeiros para a sua realização, e quer reforçar a autonomia orçamental destas freguesias.
Câmara de Ílhavo compra terrenos para fomentar construção habitacional
Segundo o autarca, “a aquisição de terrenos irá possibilitar a construção de novos fogos de habitação, contribuindo para atenuar a escassez no acesso a habitação condigna e a preços acessíveis”. “Este é um desígnio central das políticas municipais de coesão social, orientadas para a inclusão, o bem-estar e a sustentabilidade”, destaca João Campolargo, ao comentar a aprovação do relatório e contas do Município referente a 2024. João Campolargo adianta que, entre 2022 e 2024, foram aplicados cerca de 800 mil euros na aquisição de terrenos, dos quais 400 mil euros só no ano de 2024. “Estas aquisições permitiram viabilizar a construção de novos arruamentos, com especial destaque nas imediações da Escola Básica José Ferreira Pinto Basto, do Centro Escolar da Coutada e da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana e reforçar a segurança rodoviária junto aos estabelecimentos de ensino”, sublinha. No Relatório e Contas 2024, o Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo, refere que “o investimento público totalizou, em 2024, 40 milhões de euros”, englobando tanto o financiamento obtido através de fundos externos como o investimento próprio do município. O autarca refere ainda que foram concluídos os procedimentos e iniciadas obras na área da Educação e da Saúde, nomeadamente a reabilitação da Escola Secundária João Carlos Celestino Gomes, da Escola Básica José Ferreira Pinto Basto (Ílhavo) e da Escola Básica Professor Fernando Martins (Gafanha da Nazaré). Na área da Saúde é destacada a reabilitação e ampliação do Centro de Saúde de Ílhavo e a reabilitação da Extensão de Saúde da Gafanha da Nazaré.
Legislativas: Hugo Oliveira defende valorização do SNS e aponta Hospital de Aveiro como objetivo
Dessa visita, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, o PS constatou que as populações do distrito de Aveiro “estão bastante preocupadas com o acesso a cuidados de saúde e a desqualificação do Serviço Nacional de Saúde ao longo do último ano”. “Os sucessivos encerramentos da urgência de Águeda, o estrangulamento financeiro da Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga, a intenção de privatização do Hospital de São João da Madeira, o abrandamento do projeto de requalificação e ampliação do Hospital de Aveiro, são motivos para preocupação quanto à possibilidade de a AD continuar a governar o país”, esclarece. Assim, a candidatura do PS compromete-se com um “SNS que cuida de todos”. Hugo Oliveira garantiu que o compromisso dos deputados do PS Aveiro será o de “prosseguir a valorização inequívoca do Serviço Nacional de Saúde”. “Para além do Hospital de Aveiro, continuaremos a investir em todos os equipamentos hospitalares e de saúde com reforço de meios humanos, de capacidades técnicas e de valências de saúde, centros de saúde e unidades de saúde familiar, desde Espinho à Mealhada, de Aveiro, Águeda, Sever do Vouga, até Castelo de Paiva. O nosso compromisso é claro: cuidar de todas as gerações”, explica a nota. Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS e cabeça de lista por Aveiro nas eleições legislativas também marcou presença no encontro na Feira de Espinho.
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UA: Semana aberta do DCSPT começa já na próxima segunda-feira
A semana aberta arranca já na segunda-feira, 19 de maio, com uma oferta de “18 workshops, cursos e ações de formação dirigidos a estudantes de diferentes ciclos, investigadores e profissionais”. De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria este será “um dia para experimentar novas ferramentas, desenvolver competências transversais e explorar temas emergentes nas áreas sociais, políticas e territoriais”. As inscrições são limitadas e podem ser efetuadas aqui. O primeiro dia terminará com uma análise aos resultados das eleições legislativas de 2025, num painel moderado pela Rádio Ria e com a leitura dos resultados eleitorais por Carlos Jalali e Eduardo Anselmo Castro, professores associados do DCSPT. A sessão será aberta a toda a comunidade. No dia seguinte, data em que se assinala também o aniversário do DCSPT, dar-se-á início à conferência internacional sobre políticas públicas e ciência de dados, centrada no tema “Territórios Inteligentes”. O evento procurará debater o “papel da ciência dos dados na criação e avaliação de políticas públicas mais eficientes, sustentáveis e inclusivas”. Assim, das 10h30 às 11h30 haverá uma primeira mesa-redonda “Do Desenho à Decisão: Estratégias para Territórios Inteligentes”, seguindo-se das 11h30 às 13h00 uma sessão plenária “Do Global ao Local: Estratégias Inteligentes para Territórios Inclusivos” e das 16h30 às 18h00 uma segunda mesa-redonda “Da Estratégia à Implementação: Perspetivas e Práticas no Terreno”. Na quarta-feira, 21 de maio, a conferência prossegue “com um foco reforçado na produção científica e partilha de investigação no contexto das políticas públicas baseadas em evidências”. Ao longo do dia irão ocorrer sessões paralelas “com apresentações de mais de 130 trabalhos”, “duas plenárias” e “cinco mesas-redondas”. Entre as sessões plenárias estará em discussão a temática do “Direito ao Futuro: Democracia Expandida na Era da Inteligência Artificial” e uma mesa-redonda com a temática “Governação Inteligente: Coesão Territorial, Participação Democrática e Inteligência Artificial”. No dia 22 de maio, a iniciativa arranca com as Jornadas de Administração Pública, um espaço de diálogo entre estudantes, docentes e profissionais sobre os desafios da administração pública no século XXI. “Serão debatidas as competências críticas para uma administração mais digital, colaborativa e centrada no cidadão, bem como os caminhos para integrar essas exigências nos programas formativos e nas estratégias de desenvolvimento profissional”, avança a nota. À tarde será colocado à prova o corpo e a mente com o “All in DCSPT”, um evento que inclui jogos de tabuleiro estratégicos e atividades lúdicas no terreno. No último dia, 23 de maio, a manhã será dedicada às comissões de curso, que dinamizam atividades pensadas para os seus estudantes e todos os interessados na oferta formativa do departamento. A programação inclui momentos de reflexão sobre os percursos formativos até sessões com alumni, oficinas temáticas e conversas inspiradoras. Nessa manhã, a Escola Secundária Dr. Mário Sacramento recebe o DCSPT, numa iniciativa do mestrado em Ciência Política que propõe um jogo para refletir sobre as democracias. À tarde, realiza-se o “OUT in DCSPT”, um espaço aberto para pensar e debater grandes questões sociais, como as desigualdades, a cidadania e a justiça social e territorial. A programação na íntegra pode ser consultada aqui.
Greve da função pública na sexta-feira pode afetar educação, saúde, fisco e registos
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), que convocou esta greve, indicou à Lusa que é esperada uma "adesão em massa". "A greve é nacional, para todos trabalhadores, independentemente do vínculo e da carreira", recordou Mário Rui, salientando que na educação, por exemplo, estão abrangidos assistentes operacionais, técnicos auxiliares, assistentes técnicos e professores, enquanto na saúde poderão aderir à greve profissionais como médicos, enfermeiros, técnicos auxiliares de saúde e assistentes operacionais. O dirigente sindical salientou que é esperada uma adesão maior do que a que se verificou em fevereiro, na última greve, apontando que já existe um maior interesse por parte dos trabalhadores, que tiram dúvidas e têm acesso a mais informação. O STTS convocou esta greve para sexta-feira para os trabalhadores da administração pública, devido à degradação das condições de trabalho e falta de valorização. Num comunicado, a estrutura sindical disse que os trabalhadores da administração pública estão “fartos de baixos salários, de desvalorização das carreiras, de promessas vazias e de uma gestão que não reconhece a importância dos serviços públicos para a sociedade”. A greve dos trabalhadores abrangidos pelo âmbito estatutário do sindicato, "independentemente da natureza do vínculo, cargo, função ou setor de atividade, vinculados em regime de emprego público ou em regime laboral comum, integrados nas carreiras gerais, carreiras subsistentes, carreiras não revistas, incluindo a carreira de Polícia Municipal, e carreiras especiais", decorre entre as 00h00 e as 24h00.
Monumento evocativo da Muralha de Aveiro vandalizado com mensagem de ódio contra Ribau Esteves
Na base do monumento, localizado na rotunda da Sé, pode agora ler-se, em letras pintadas a preto: “Mamarracho Ribau o Idiota”. A autoria do ato permanece desconhecida. Contactada pela Ria, a autarquia não prestou, até ao momento, qualquer comentário sobre o incidente. A obra em questão insere-se no projeto de requalificação do Adro da Sé de Aveiro, que incluiu também a construção do monumento agora vandalizado, num investimento total superior a 740 mil euros. A iniciativa tem gerado controvérsia desde o início. Como noticiado anteriormente pela Ria, embora fosse reconhecida a necessidade de intervenção urbana naquela zona da cidade, muitos munícipes criticaram a pertinência e a estética do monumento erguido. A Ria continuará a acompanhar o desenvolvimento deste caso.
"A oportunidade eleitoral perdida", opinião de Miguel Pedro Araújo
Estamos a dois dias do final da campanha eleitoral que culminará, no dia 18 de maio, na delegação de responsabilidades políticas de representatividade nos 230 deputados que formam o Parlamento, através de um dos pilares mais importantes da nossa democracia: o voto livre. Independentemente da maior ou menor coesão e paz social que cada legislatura possa assumir e espelhar, dado o distanciamento político entre eleitor e eleito (ao contrário do que existe, por exemplo, na Governação Local) é nestes processos eleitorais que o cidadão tem a possibilidade, o espaço (momento) e o importante poder de decisão e de ação. A simples cruz dentro do quadrado pode fazer (e faz!) muita diferença. Toda a agitação política que levou à moção de confiança, ao seu chumbo e à consequente dissolução da Assembleia da República, cuja responsabilidade cabe, exclusivamente, ao Governo, à data, faria supor uma capitalização do contexto por parte das oposições, nomeadamente por parte do PS. Por outro lado, estas conjunturas eleitorais são uma óbvia e natural oportunidade para o reforço ou apresentação de novas propostas de projetos de governação que respondam às necessidades das pessoas e do país. Sempre entendi e afirmei que o medo ou o cansaço das eleições nunca esteve do lado dos cidadãos, mas sim nos políticos e nos partidos. A estes é que cabe a responsabilidade de se afirmarem, de apresentarem os seus projetos/programas e de se comprometerem com as pessoas, as empresas, as instituições e o país. O que aconteceu desde 19 de março (data da dissolução da Assembleia da República) até hoje, a dois dias do final da campanha eleitoral, foi um falhanço geral e generalizado. Todos falharam. Excluindo os momentos proporcionados pelos debates, sempre condicionados pelos constrangimentos do tempo, da arbitrariedade dos temas e das questões agendadas, ou pelas dinâmicas do frente-a-frente, e apesar dos programas eleitorais disponíveis (que ninguém lê, nem os mais politizados), a verdade é que esta campanha eleitoral deixa um sabor amargo a desilusão, deceção e oportunidade perdida. Uma oportunidade de mudança que, face ao calendário eleitoral que lhe sucede (autárquicas e presidenciais) e às limitações legais, não poderá (re)acontecer tão cedo. A verdade é que o peso das agências de comunicação, que abandonaram o spin e a propaganda para se dedicarem ao peso da “imagem popular” (e populista) do político em detrimento do discurso programático, transformaram esta campanha eleitoral (mais do que em 2024… muito mais, até) numa banalidade, num vazio, em autênticas bizarrias e surrealismos ao nível de qualquer programa de entretenimento de habilidades e dotes artísticos ou desportivos, ou, ainda, de espaços mediatizados da privacidade e intimidade pessoal. Ao ponto de, ao contrário de outros momentos em que o foco de uma câmara ou a presença de um microfone era uma oportunidade de clarificação, de reforço do conteúdo político e das ideias programáticas, uma simples pergunta jornalística (cumprindo a sua principal função) passou a ser motivo de incómodo, só porque questiona e compromete. No entanto, também é verdade que estas leituras comunicacionais, estudadas, analisadas e intencionais, dizem mais do país que temos e dos eleitores que somos, do que, propriamente, dos profissionais de comunicação/marketing político contratados para que não houvesse espaço crítico que questionasse ou comprometesse, que promovesse a opção e a escolha, que alertasse ou desmascarasse realidades e contextos, a campanha eleitoral ficou-se por mergulhos, corridas, jogos ou equilíbrios motards. O resto centrou-se dentro das bolhas e dos comprometidos partidários. Ao contrário das muitas expectativas iniciais, o país entrou num limbo ou num ilusório e enganador paraíso. Não se falou (praticamente, com raríssimas exceções) da saúde, do SNS e das urgências; não se falou de relatórios suspensos na educação, da falta dos professores, do desinvestimento e abandono do Ensino Superior e do desinvestimento em ciência e investigação; não se falou da Segurança Social, das reformas e do Estado Social, cada vez mais ameaçado; não se falou da economia estagnada e regressiva, da ausência de respostas às empresas e à pressão conjuntural externa; não se falou de política e relação internacionais, da Ucrânia, dos processos negociais para a paz, do genocídio e da crise humanitária em Gaza ou do legítimo direito à existência da Palestina enquanto Estado; não se falou nos desequilíbrios regionais, na falta de coesão territorial cada vez mais acentuada. E pasme-se, ao contrário do que muitos (tal como eu) esperariam mal se falou de habitação ou de imigração. O que assistimos foi a algo que seria impensável em março: um campanha eleitoral vazia, ou esvaziada, politicamente. Vamos ter um “dia de reflexão” (seja lá o que isso ainda signifique) que nada tem para poder ser refletido. Há poucos dias, o Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro (DCSPT-UA) divulgou um estudo, publicado no livro “O Eleitorado Português no Século XXI”, que desconstruía o mito de que os jovens não se interessam por política. Sou testemunho, pelo contacto presente com muitos deles, que isso, de facto, não é verdade: os jovens interessam-se por política. E muito e com sentido e massa críticos. Coisa diferente é os jovens interessarem-se pelos políticos e pelos partidos. Se justificações faltassem, esta campanha é a prova dessa realidade. E poderíamos ir mais longe… o desinteresse dos jovens pelos partidos e pelos políticos alarga-se, cada vez mais, a muitas mais pessoas (basta ver o nível de indecisão que as sondagens ainda apresentam). De qualquer forma, domingo, 18 de maio, seja um dia intenso de cumprimento de um direito democrático e de um dever cívico.