Aplicação “Pluto” vence concurso de literacia financeira em Albergaria-a-Velha
A aplicação “Pluto”, focada em melhorar a literacia financeira, venceu o Concurso Desafi@-te, promovido pelo Município de Albergaria-a-Velha e destinado a alunos do 3.º ciclo, informou fonte municipal.
Redação
O projeto foi desenvolvido pelos alunos Duarte Nadais Marques, Tiago Nadais Marques e Afonso Abranches Cabral, da Escola Básica de Branca, sob orientação da professora Cristina Silva.
Em 2.º lugar do concurso, que faz parte do programa de empreendedorismo escolar Academia Empreende+ e teve nove projetos finalistas, com 26 estudantes envolvidos, ficou “Repet”, um movimento educativo para melhorar a educação ambiental, concebido pelos alunos Ângelo Miguel Neves Almeida, João Pedro Laranjeiro Ferreira e José Pedro Soares Silva, da Escola Básica Integrada de São João de Loure, sob orientação da professora Elsa Ferreira.
O 3.º prémio foi para Alice da Conceição Oliveira Miranda, Mariana Santos Gonçalves e Bárbara Daniela Tavares Lamas, do Colégio de Albergaria, orientados pelo professor José Paiva, com o projeto, “Super Life”, uma aplicação com jogos educativos sobre valores ambientais, cidadania e uso equilibrado dos meios digitais.
Recomendações
Ílhavo promete mais de 100 dias de festa no verão com programa que ronda 860 mil euros
Na conferência de imprensa para apresentar o programa “Ílhavo Convida”, a vereadora da cultura, Assunção Ramos, disse que vão ser mais de 100 dias de festa, com uma programação muito diversificada para todos os públicos, sendo que a maior parte dos eventos são gratuitos. O investimento global é de 860.650 euros, sendo que mais de metade deste montante (500 mil euros) vai para os festivais gastronómicos dedicados à sardinha (10 a 13 de julho), ao marisco (31 de julho a 3 de agosto) e ao bacalhau (13 a 17 de agosto). No caso do festival do bacalhau, o evento irá contar com um cartaz musical que reúne nomes como Matias Damásio (dia 13), Ana Moura (14), Mickael Carreira (15), Rui Veloso (16) e Luís Trigacheiro (17). O programa “Ílhavo Convida” começa em junho com o Festival Rádio Faneca, de 6 a 8 de junho, que leva a Ílhavo Jorge Palma. O programa inclui concertos e teatro nos becos, jogos tradicionais, o projeto “casa aberta” e uma rádio criada exclusivamente para o evento. Ainda no mês de junho, Ílhavo recebe dois concertos do Festim – Festival Intermunicipal de Música do Mundo, com dois concertos com o grupo brasileiro Barbatuques (dia 27) e Constantinople (dia 28). O mês de julho arranca com a festa da Vista Alegre que inclui na sua programação a abertura do Festival Internacional de Guitarras de Aveiro (dia 05) com um concerto com Ricardo Gallén e a Orquestra Filarmonia das Beiras, seguindo-se o festival da juventude “Mareato”, que decorre de 3 a 6 e de 11 a 13, na Costa Nova. O Festival “Cabelos Brancos”, que normalmente se realiza no final de setembro, vai decorrer este ano nos dias 25 e 26, para não coincidir com o período da campanha eleitoral. Em agosto, destaque para o 88.º aniversário do Museu Marítimo de Ílhavo e a Festa dos Bacalhoeiros (23 de agosto), outro dos eventos que a autarquia decidiu antecipar para este mês por causa do período eleitoral.
PJ de Aveiro apreendeu 125 quilos de droga e deteve três pessoas
Em comunicado, a PJ esclareceu que os detidos são suspeitos de introduzirem elevadas quantidades de produto estupefaciente na zona centro do país. No decorrer da operação, segundo a PJ, foi apreendida uma grande quantidade de droga, de elevada qualidade e grau de pureza, nomeadamente, dois quilogramas de cocaína e 123 quilogramas de haxixe. Fonte da Judiciária disse à Lusa que a droga foi apreendida quando estava a ser transportada por via terrestre entre Aveiro e o Porto. "Em causa está o fornecimento de diversos canais de abastecimento, conforme o tipo de estupefaciente em causa, praticado em larga escala, conforme demonstrado pela dimensão da apreensão efetuada", refere a mesma nota. A PJ refere ainda que um dos homens detidos possui já antecedentes pelo crime de tráfico de estupefacientes, tendo cumprido anteriormente pena de prisão efetiva.
Legislativas-Aveiro: Cabeças de lista debateram futuro dos jovens e problemas regionais
Os oito partidos que se apresentam às próximas eleições legislativas, que se realizam já este domingo, dia 18 de maio, estiveram presentes na passada quarta-feira no debate organizado pela Ria e pela AAUAv na Universidade de Aveiro (UA). As quase três horas de debate ficaram marcadas pelas intervenções de Emídio Sousa (AD – PSD/CDS), Hugo Oliveira (PS), Pedro Frazão (CHEGA), Mário Amorim Lopes (IL), Luís Fazenda (BE), Filipe Honório (LIVRE), Isabel Tavares (CDU) e Ana Gonçalves (PAN). A primeira ronda de perguntas, dedicada às políticas de juventude, abordou temas como a habitação, emprego, educação e transportes e a sua relação com a emigração, em especial nas camadas mais jovens da população. Em 2024, aponta o Observatório da Emigração, cerca de 1,8 milhões de portugueses residiam no estrangeiro, 70% com idades entre os 15 e os 39 anos. Também o abandono estudantil, face às despesas com habitação e a propina, foi outro dos temas abordados. Os representantes foram consensuais no reconhecimento das problemáticas, mas as medidas vistas como prioritárias para inverter a situação foram diferentes. Os partidos mais à esquerda (Livre, BE e CDU) sublinharam a necessidade de aumentar salários e de investir em políticas públicas, nomeadamente na habitação, enquanto à direita (IL e Chega) centraram-se mais nas medidas de incentivo às empresas, de forma a atrair investimento e a criar emprego. Emidio Sousa (AD), deu nota de que é necessário “deixar de exportar jovens”, considerando que “as nossas políticas de emprego e de educação estavam a provocar um êxodo de portugueses para o estrangeiro e a sua substituição completamente desregrada por uma imigração descontrolada”. A afirmação foi repetida na ronda que abordou as perguntas do público e mereceu críticas por parte dos partidos à esquerda, nomeadamente PS, BE, CDU e Livre por se aproximar do discurso anti-imigração do Chega. Como solução para a saída de jovens de Portugal, Emídio apontou o “desenvolvimento económico e o investimento” e a necessidade de “inverter este êxodo dos portugueses”, reparando que o governo tem vindo a tomar medidas, embora reconheça que “é impossível fazer coisas em 11 meses”. Os candidatos mais à direita, nomeadamente Iniciativa Liberal e Chega, apontaram também a necessidade de voltar a captar os jovens que têm saído do país. O Chega propõe para tal “isentar os jovens de IRS até aos 100 mil euros”, bem como isentar de IRC as empresas “que tenham nos seus corpos gerentes empreendedores até aos 35 anos”. No mesmo sentido a IL acredita que é necessário “criar oportunidades (…) para que os jovens fiquem cá” e “criar riqueza”. “A carga fiscal é muito importante (…), mas para além disso temos de criar aqui uma condição positiva no país para que as empresas queiram crescer cá, para que pessoas como vocês [estudantes] queiram criar as vossas próprias empresas e postos de trabalho e para que consigamos atrair empresas para Portugal para criar postos de trabalho altamente qualificados”. A oposição (PS) destacou, por sua vez, que os jovens emigram “para onde os salários são mais altos”, considerando que a forma de manter os jovens no país passa por “qualificar e diversificar a economia” e “aumentar os salários”. Também o BE apontou que há problemas estruturais relacionados com a “regulação do mercado de trabalho, baixos salários e precariedade laboral”, salientando ainda “problemas de habitação e de acesso à habitação, que exigem a regulação do mercado de arrendamento”. “Há um défice de política económica, de capacidade de intervir sob os vários mercados com políticas integradas que possam realmente respeitar à solidariedade e à justiça”, terminou Luís Fazenda. A CDU contrapôs esta perspetiva, sublinhando que é “a ausência de políticas que respondam às necessidades dos jovens do nosso país” a principal causa da emigração jovem. Defendeu, ainda, que a valorização dos salários é essencial para permitir que os jovens consigam suportar o custo de vida e construir o seu futuro em Portugal. “A inversão das políticas que têm sido praticadas é uma necessidade, não é com a redução do IRS que se vai resolver o problema dos jovens, é sim com respostas objetivas do ponto de vista do emprego estável e justos, que permitam aos jovens viver dignamente”, sublinhou Isabel Tavares. A ideia foi também reforçada pelo Livre, que utilizou o salário espanhol como referência de atratividade em comparação ao salário português. “O Livre defende a subida do salário mínimo nacional para 1250 euros até ao final da legislatura”, apontou Filipe Honório, que defendeu ainda a necessidade de “crescer salários médios” e de “garantir serviços públicos”. “É com políticas sociais (…) que nós conseguimos reter pessoas”, frisou. O PAN entende “o bem-estar e a garantia autónoma da juventude” como “essencial para construir uma sociedade justa, (…) inclusiva e sustentável”. Para tal, defende “a criação de um programa de combate ao emprego precário” e o “incentivo de contratação estável para jovens qualificados na economia verde e na transição energética”. Ana Gonçalves reconheceu também a dificuldade no acesso à habitação como um obstáculo à fixação dos jovens no país defendendo por essa razão “um programa nacional de arrendamento acessível exclusivo para jovens até aos 35 anos”. Quanto ao abandono escolar, os partidos tenderam a concordar com a solução apontada pelo PAN, que prevê “a conversão dos edifícios públicos [devolutos] (…) para dar resposta à habitação estudantil”. A medida teve a concordância da generalidade dos partidos. Já a redução – ou mesmo a eliminação da propina, no caso da CDU - foi colocada em cima da mesa, mas não reuniu consenso. A medida não tem o apoio da Iniciativa Liberal que apontou a discordância por considerar que “a propina é uma pequena fração” dos custos associados ao ensino superior. “Quando olhamos para a universidade em Portugal, a universidade é frequentada por classe média alta. Devia de ser [mais] democrática do que o que é. As propinas são subsídios aos ricos e é curioso estar a ver a esquerda a querer subsidiar quem mais tem para colocar na universidade”, frisou Miguel Lopes. Emidio Sousa, da AD, partilhou a perspetiva. Note-se, ainda, que o governo de Luís Montenegro voltou esta legislatura a falar na possibilidade de descongelar as propinas, algo que esteve presente nas manifestações realizadas no Dia Nacional do Estudante. O Chega também não defendeu a extinção nem a redução da propina, apontando como solução a adoção de “algo parecido com o modelo inglês” onde “existe um valor de propina (…) que não é cobrado enquanto o aluno está na universidade, [mas] começa a ser cobrado quando o aluno entra no mercado de trabalho”. A mobilidade foi também uma das preocupações, não só por representar um custo para os estudantes, como também pela oferta pública ser considerada insuficiente, especialmente em Aveiro. A CDU criticou, inclusive, as filas que se formam em frente à estação de Aveiro, apontando que a adjudicação da empresa de autocarros aos privados “piora” a oferta. No debate foram ainda abordadas temáticas regionais, nomeadamente a ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro, a abolição da totalidade das portagens da A25 e a ferrovia – com especial foco na renovação da Linha do Vouga e na passagem da Linha de Alta Velocidade em Aveiro, com a ligação Aveiro-Salamanca. A ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro foi uma questão onde existiu alguma unanimidade, com todos os representantes a assumir a necessidade do avanço da empreitada. Emídio Sousa apontou as várias etapas do processo, assumindo que “quatro anos é perfeitamente confortável” para que o Hospital de Aveiro possa avançar. Por sua vez, Hugo Oliveira lembrou que o primeiro-ministro foi desmentido por José Ribau Esteves relativamente ao Hospital de Aveiro, considerando “revelador” que Luís Montenegro desconheça “o estado em que se encontra” o processo do hospital. Note-se, no entanto, que o programa eleitoral do PS também não faz referência à referida unidade de saúde. Também Luís Fazenda considerou que a intervenção de Emídio “desmentiu” o primeiro-ministro. “Lamento, mas na verdade, neste momento, as palavras do primeiro-ministro são vazias, não tem ainda qualquer tipo de concretização”, apontou. O Chega criticou as posições do PS e do PSD, garantindo que os três deputados do Chega por Aveiro têm defendido a necessidade da empreitada. A IL apontou a importância do Hospital de Aveiro “para assegurar um hospital universitário para a UA para manter aquela que foi a grande conquista da universidade: a criação do curso de medicina”. À esquerda (BE, CDU e Livre) defendem a aposta e o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando a ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro como uma necessidade e mais-valia para a região. Quanto às portagens, o Partido Socialista apontou que as mesmas “têm sido reduzidas” tendo lembrado que o partido “se comprometeu a eliminar as portagens” e apontando que é um objetivo para o futuro. Também neste ponto houve unanimidade, com a Iniciativa Liberar a ser o único partido a defender o princípio do utilizador-pagador. “Não nos parece minimamente justo (…) financiar algo que não é utilizado por todos”, apontou Mário Amorim Lopes. Ainda assim, o deputado referiu que “por uma questão de igualdade” se devem eliminar “todos” os pórticos da A25. A ferrovia foi outro dos temas que gerou divisão. A vontade é que a Linha do Vouga, com trabalhos a decorrer neste momento, seja não só requalificada como também prolongada para outas zonas da região. Em simultâneo, a ligação ferroviária de alta velocidade entre Aveiro e Salamanca é também uma reivindicação da região, de forma a reforçar a posição de Aveiro não só a ligação internacional como também no Corredor Atlântico. Nesta matéria, a AD apontou que a prioridade relativamente à alta velocidade é a ligação Porto-Lisboa, tendo considerado que “tudo o resto neste momento é prematuro”. Quanto à Linha do Vouga, o representante do candidato da AD nota que “a aposta na requalificação da Linha do Vouga é uma certeza” e que “o que se pretende fazer no futuro é a eletrificação da linha [do Vouga] com comboios em bitola ibérica e a sua ligação em Espinho diretamente ao Porto”. Avisa, no entanto, que a reivindicação da região “vai levar o seu tempo”. Visão bem diferente é a dada por Hugo Oliveira. O representante socialista indicou que “a Linha do Vouga pode funcionar para esta região como metro de superfície”, assumindo que o “objetivo mesmo é trazer a linha do Vouga à Universidade e a Ílhavo e fazer a sua reparação na totalidade”. Hugo Oliveira expôs ainda que levar a Linha do Vouga até Espinho “como uma plataforma intermodal” é o que pode tornar a oferta mais competitiva. “Acham que o importante é nós entrarmos no comboio e sairmos diretos no Porto, não percebendo que a competitividade de um transporte público tem a ver com o custo, mas principalmente com o seu tempo”, apontou. O Chega considerou ser necessário “executar estas grandes obras para poder dar às populações alternativas de mobilidade”. A IL propôs que haja “uma junção em todas as capitais de distrito” relativamente à ferrovia, por considerar que a mesma “é um instrumento importante”. Sobre a Linha do Vouga o representante da IL considerou “fundamental trabalhar e melhorar o Vouginha porque de facto há uma grande assimetria aqui no distrito: no Norte do distrito os concelhos têm o apoio e estão próximos da Linha do Norte (…) mas de facto quem está mais para dentro (…) está dependente da Linha de Baixo Vouga e, portanto, é necessário reforçá-la”, afirmou. À esquerda, o BE perspetiva “o investimento na modernização e eletrificação da Linha do Vouga” como “um investimento absolutamente estruturante da região”. O bloquista repara ainda como necessário verificar “a interoperabilidade do passe ferroviário com os passes rodoviários das várias articulações existentes ao nível intermunicipal”. Na mesma linha, também a CDU aponta como necessária a requalificação da Linha do Vouga que deverá dar resposta a quem encontra habitação na periferia. “Durante anos fomos os únicos que defendemos que houvesse a requalificação da Linha [do Vouga] e que houvesse resposta às populações por onde ela passa que estão desprovidas de meios de transporte público”, atirou Isabel Tavares que olha ainda para a aposta na ferrovia como uma solução a nível ambiental e como uma forma de resposta à população. Também o Livre assegurou que quer “um futuro onde as pessoas (…) possam voltar a utilizar um meio de transporte que já aqui foi bastante defendido” para melhorar a “qualidade de vida das pessoas”. “Não é só a questão do meio de transporte, o Vouguinha foi essencial para o desenvolvimento não só industrial, como social e cultural daqueles territórios”, reparou. Filipe Honório defendeu ainda que a população está “agarrada” ao automóvel e que o investimento na mobilidade significa também “tempo e lazer” para muitas famílias. “É isso que nós quemos recuperar”, assegurou. Ana Gonçalves concordou com a perspetiva da esquerda (LIVRE, BE e CDU), trazendo para cima da mesa as preocupações da população e das empresas dos locais por onde vai passar a Linha de Alta Velocidade. “Não nos podemos esquecer do impacto que [a Linha de Alta Velocidade] vai ter nas populações que têm as suas casas e as suas empresas, que já estão muito preocupadas por onde é que vai passar a linha (…) tem de ser tudo muito bem pensado, muito bem refletido”, atentou a representante do PAN. Das perguntas enviadas pelo público, foi dado destaque à temática da imigração, nomeadamente no que diz respeito às medidas de combate à imigração ilegal e a medidas de integração das comunidades. De forma geral, PS, BE, CDU, Livre e PAN apontaram o seu rumo de ação para as medidas de integração das comunidades, enquanto a direita, PSD, IL e Chega, focaram-se nas medidas de combate à imigração ilegal. Do lado do PAN, LIVRE, CDU e BE o argumento utilizado é que é necessário acolher os imigrantes da mesma forma que os portugueses têm sido acolhidos em outros países. Além do mais, relembraram a atual contribuição dada pelos imigrantes na economia portuguesa. À direita, o PSD, como anteriormente referido, voltou a aludir à teoria da substituição considerando ainda que “precisamos de imigrantes, (…) mas [que estes] devem vir de uma forma ordenada e devidamente enquadrada no país”. A IL, por sua vez, reconhece que a imigração é “muito importante para Portugal”, mas considera que “não há sistema que aguente tanta gente ao mesmo tempo” e que “isto deu origem a situações que são indignas e desumanas”. Já o Chega aponta que o assunto “está na génese do nascimento do Chega” e que a solução do partido se prende com o “acabar com a imigração ilegal e criar um sistema de quotas em Portugal”. O último tema abordado – o da reforma eleitoral – mostrou que todos os partidos concordam com a ideia de ser uma ação necessária, mas o PS e o PSD assumem que não é um tema para “a próxima legislatura”. Da direita à esquerda, ainda que de formas diferentes, os partidos com menor representação parlamentar acusam os partidos do centrão de falta de vontade política em levar a reforma para a frente. Em Portugal, a eleição de mandatos faz-se através do método de Hondt, um método matemático que distribui os mandatos proporcionalmente ao número de votos, mas criticado por “tendencialmente favorecer os partidos maiores”, lê-se no site oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE).As críticas que têm vindo a ser feitas ao sistema eleitoral prendem-se com os “votos perdidos”, tendencialmente em partidos mais pequenos, que poderiam aumentar a representação parlamentar dos partidos e até fazer com que existissem mais partidos com representação parlamentar. Nas eleições legislativas de 2024, avança o Expresso, “mais de 10% dos votos válidos não foram convertidos em mandatos”, algo que se traduz no “desperdício” de “um em cada nove votos”. O artigo avança ainda que Portalegre é o distrito onde mais votos são desperdiçados e que o BE é o partido mais afetado. No debate, de forma unanime, foi reconhecida a necessidade de se proceder a uma reforma eleitoral, com o representante da AD a frisar que para tal, é “obrigatório” que haja “um amplo consenso político partidário”, algo que acredita existir. Também o representante socialista concordou, reparando que “o país fala muito pouco daquilo que é a regionalização”. “É difícil de o podermos fazer, mas é algo que está previsto na constituição”, reparou ainda o socialista. A IL discordou da perspetiva do PSD, por não acreditar “que os dois maiores partidos (…) do parlamento queiram verdadeiramente reformar o sistema eleitoral e sobretudo incluir um círculo de compensação que permita ir buscar estes 1.2 milhões de votos”. Também BE, Livre e PAN concordam com a perspetiva apontada pelos liberais, defendendo a tese de criar um círculo de compensação nacional. A CDU, por sua vez, reparou que “pode haver algum afastamento e desinteresse” da política por parte do eleitorado, mas considera que o mesmo é “fruto das políticas praticadas e não tanto do sistema eleitoral”. Já o Chega apontou a reforma eleitoral como uma “questão central” do seu programa, defendendo não só a criação do círculo de compensação nacional como também “a criação de círculos uninominais”. Defendem, no entanto, “uma diminuição do número de deputados na Assembleia da Republica”. O debate pode ser visto na íntegra através da página de Facebook da Ria. As eleições legislativas decorrem já este domingo, dia 18.
Ílhavo: Travessia da Ria a Nado com inscrições abertas até 13 de junho
A prova realiza-se no dia 6 de julho e prevê a participação de 160 atletas, num percurso de 750 metros, ligando as margens da Gafanha da Encarnação à Costa Nova do Prado. A concentração dos participantes está marcada entre as 11h20 e as 12h35, no Largo da Bruxa, na Gafanha da Encarnação e a partida está prevista para as 13h06. As inscrições estão abertas até dia 13 de junho, ou até ser atingido o limite de vagas disponíveis, e devem ser efetuadas através da plataforma Lap2Go.
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Ribau Esteves juntou-se a Firmino Ferreira na arruada final da AD (PSD/CDS) em Aveiro
Marcada para as 17h30, no largo exterior do Mercado Manuel Firmino, a arruada final da campanha da AD começou de forma informal. Entre as várias figuras políticas locais presentes - como Luís Souto de Miranda, candidato da coligação 'Aliança Mais Aveiro” à CMA nas eleições autárquicas; Catarina Barreto, presidente da Junta de Freguesia de Aradas; e Ana Cláudia Oliveira, presidente da concelhia do CDS-PP de Aveiro - distribuíam-se bandeiras do PSD e do CDS, enquanto se testava uma coluna de som portátil de onde ecoava o hino da coligação. Apesar da hora marcada, a arruada só arrancou, oficialmente, cerca de uma hora depois, com a chegada de José Ribau Esteves. Recebido num ambiente de festa e boa disposição, Ribau Esteves dirigiu-se a Firmino Ferreira e, em tom descontraído, comentou que já tinha votado nele no último domingo, através do voto antecipado. Pegou num dos folhetos da coligação e, em jeito de brincadeira, questionou-o sobre o que tinha para distribuir pelo povo durante a tarde. Com a comitiva completa, seguiram rumo à ‘Cervejaria Tico-Tico’, ao som da música da AD e das palavras de ordem: “Firmino amigo, Aveiro está contigo”. Pelo caminho, José Ribau Esteves, Firmino Ferreira e Luís Souto de Miranda iam cumprimentando quem encontravam pelas esplanadas dos cafés e distribuindo folhetos e palavras de incentivo. A arruada prosseguiu depois em direção à Avenida Lourenço Peixinho. Questionado pela Ria sobre a razão da sua presença na arruada, Ribau Esteves foi claro: “Faço questão de trabalhar naquilo que é o meu exercício de gestão como presidente da Câmara e (…) como militante do Partido Social-Democrata.” Clarificou, no entanto, que o convite partiu do presidente da concelhia do PSD-Aveiro, Firmino Ferreira, exprimindo que o “sim foi fácil de dizer, foi só ajustar o calendário”. Neste seguimento, o autarca aveirense desvalorizou ainda o impacto direto destas ações, sublinhando que “os momentos finais de campanha são muito mais para gerir a psique de nós que somos candidatos do que para conquistar eleitores”. “As sondagens dão sempre, atualmente, entre 15% e 19% de indecisos. Eu digo sempre que a palavra indecisos está incorreta. Já toda a gente decidiu o que vai fazer”, desabafou. Ribau Esteves confirmou ainda ter votado antecipadamente, justificando-se com uma deslocação oficial. “No domingo, dia 18, o meu avião levanta voo às 6h15 da manhã, rumo ao Japão. Votei antecipadamente e, obviamente, votei na AD. Não há dúvida nenhuma sobre a minha militância, nem sobre a minha opção nestas eleições”, vincou. Apesar de reconhecer “limitações” e “questões em relação à candidatura [da AD]”, o presidente da Câmara de Aveiro defendeu que “é de longe a melhor”, sustentando essa opinião com os programas apresentados e com os perfis dos candidatos a primeiro-ministro. “Pedro Nuno Santos não é uma alternativa capaz e competente”, atirou. Sublinhou ainda a necessidade de estabilidade governativa. “Eu tenho 12 anos de Câmara. Vou conhecer o meu sétimo Governo. Portanto, isto significa que houve 1,7 anos por Governo, o que é mau demais para governar um país. Quero muito que venhamos a ter um Governo de quatro anos”, desejou. Confrontado com a sua ausência na cerimónia de homenagem ao Dia dos Mártires da Liberdade, que decorreu também esta sexta-feira, pelas 18h00 – meia hora depois do início da arruada - Ribau Esteves respondeu que “nunca” esteve presente nessa cerimónia “em 12 anos de mandato”. “É uma questão de gestão da nossa política. (…) Decidi desde o meu primeiro ano que sou presidente da Câmara, que eu vivo o feriado municipal, 12 de maio, mas não estou no 16 de maio. Portanto, nada de diferente no ano 25 em relação aquilo que aconteceu desde o ano de 2014”, reforçou. Sobre a sua participação na campanha, Ribau Esteves sublinhou que esteve presente “em dois momentos”. “Estive quando o presidente do partido, Luís Montenegro, participou na caminhada da Maratona da Europa e estive no almoço dos autarcas em Pombal há oito dias”. Relembrado pela Ria sobre um outro momento – a entrega de listas às eleições legislativas - o presidente da autarquia referiu que esse foi um “momento simbólico”. “Sou um autarca que tenho responsabilidades no PSD por ser o responsável pela ala social-democrata na Associação Nacional de Municípios. Estive no almoço em Pombal dos autarcas faz exatamente hoje oito dias. Com gosto associo-me também neste momento, que é um episódio de encerramento, com o simbolismo que estas coisas têm”, relembrou Ribau Esteves. Recorde-se que esta foi a primeira vez que José Ribau Esteves participou num momento de campanha da AD pelo círculo de Aveiro nestas eleições legislativas sem a presença de Luís Montenegro. Também em entrevista à Ria, no último dia de campanha, Firmino Ferreira revelou que as expectativas são “elevadas”. “Eu acho que nós conseguimos passar a mensagem pelo povo português de que, de facto, é necessário termos um Governo com alguma estabilidade (…) para que se possa continuar a desenvolver um conjunto de projetos e de políticas para os portugueses, que vinha tendo grande sucesso nos últimos 11 meses”, sustentou. Questionado sobre a possibilidade de ser eleito deputado, Firmino respondeu com modéstia, sublinhando que tudo depende da decisão dos eleitores: “Só ocuparei, de facto, o lugar, se os portugueses assim entenderem, nomeadamente os aveirenses, que eu acredito que possam dar esse contributo para que alguém de Aveiro, com raízes de Aveiro e que esteja preparado para defender os interesses de Aveiro no Parlamento Nacional”, garantiu, reforçando que será esse “porta-voz”. Sobre a acumulação de funções, assegurou que não pretende afastar-se do trabalho autárquico. “Vou ser autarca até ao final do mandato em Oliveirinha e vou apoiar os nossos autarcas locais e seguir claramente ponto por ponto”, afirmou. Reconheceu, no entanto, o aumento das exigências que essa dupla responsabilidade implica: “Vai ser mais exigente em todos os aspetos, mas estou preparado para isso, é um desafio que aceito com muita força e com consciência de que posso dar o contributo para resolver um conjunto de coisas.” A escolha do Mercado Manuel Firmino como ponto de partida da arruada final também foi intencional, explicou. “Quando estivemos em Aveiro também praticamente terminámos aqui, portanto, como nós não queremos deixar nada para trás, nós vamos começar daqui em direção ao resto da nossa Avenida e de um conjunto de ruas que são para nós também significantes”, justificou. Firmino frisou ainda que estas ações de rua, apesar de não mudarem votos, têm um valor simbólico. “Sabemos que uma arruada, que uma distribuição de brindes não vai mudar garantidamente o voto de ninguém, mas é uma forma de transmitirmos ao nosso líder, ao nosso primeiro-ministro, Luís Montenegro, que estamos aqui com ele com muita força e que queremos continuar a dar-lhe esse apoio”, afirmou. As eleições legislativas decorrem este domingo, 18 de maio. As diferentes listas dos partidos, pelo círculo eleitoral de Aveiro, “definitivamente admitidas” podem ser consultadas na íntegra aqui.
Câmara de Aveiro assinala Dia Mundial da Hipertensão Arterial com atividades na Praça do Mercado
Ao longo da manhã, entre as 9h00 e as 13h00, o público poderá participar em várias iniciativas de promoção da saúde e estilos de vida saudáveis, com especial atenção à prevenção das doenças cardiovasculares, nomeadamente a hipertensão arterial, destacada em maio, mês do coração. O grupo de reabilitação cardíaca da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULRSA) realizará a habitual caminhada anual, que dará início ao programa às 9h00 (inscrição prévia em [email protected]). Durante o evento, das 10h00 às 13h00, decorrerão avaliações e auto-medições de tensão arterial, com orientações para boas práticas. A chef Sara Oliveira realizará um showcooking com degustação de receitas com baixo teor de sal, promovendo a importância da alimentação saudável e o consumo preferencial de produtos frescos, locais e sazonais, reforçando a necessidade de reduzir a ingestão de sal. O Consórcio “Saúde na Praça”, que integra a CMA, a ULRSA, a Unidade de Cuidados na Comunidade de Aveiro e a Universidade de Aveiro, através da sua Escola Superior de Saúde, tem como missão promover estilos de vida saudáveis e aumentar a literacia em saúde na comunidade.
Dia D no SC Beira-Mar: criação da SAD regressa hoje à Assembleia Geral
A proposta inicial, apresentada pela direção liderada por Nuno Quintaneiro, surge na sequência de um pré-acordo celebrado com o empresário brasileiro Breno Dias Silva, que prevê um investimento total de 10 milhões de euros no universo do futebol aurinegro. Esse montante inclui 1,5 milhões de euros para liquidação do passivo do clube, 3,5 milhões para construção de um centro de excelência e performance, e 5 milhões para financiamento da equipa sénior ao longo de cinco épocas. No entanto, a proposta foi rejeitada na primeira votação, realizada a 23 de abril, por não alcançar a maioria qualificada exigida pelos estatutos do clube: três quartos dos sócios presentes. Apesar de 103 dos 144 sócios presentes terem votado a favor, eram necessários 108 votos para a aprovação. Após o chumbo, a direção anunciou a intenção de renegociar com o investidor e apresentar uma nova versão da proposta, ajustando-a às preocupações levantadas por alguns associados, incluindo antigos dirigentes. Entre as críticas, destacaram-se a falta de informação sobre os parceiros envolvidos e a ausência de uma garantia bancária internacional para assegurar o cumprimento dos compromissos financeiros. Na nova versão da proposta, que será hoje submetida a votação, foram incluídas três alterações principais: a prestação de uma garantia bancária anual de 100 mil euros durante 10 anos: a inserção de uma cláusula que responsabiliza o investidor pelo passivo da futura sociedade desportiva, caso as quotas ou ações revertam para o clube, e a disponibilização de informação adicional sobre os parceiros envolvidos no projeto. A proposta mantém a intenção de criar uma Sociedade Desportiva por Quotas (SDQ), com o clube a deter 10% do capital social e o investidor os restantes 90%. Estão previstos mecanismos legais e estatutários para garantir a proteção da identidade, símbolos e valores do Beira-Mar, bem como direitos especiais de veto, reversão de capital e partilha de receitas provenientes da formação de jogadores. A direção do SC Beira-Mar já assumiu publicamente que, caso a proposta seja novamente rejeitada, pondera apresentar a demissão, sublinhando que o clube vive uma situação “muito frágil do ponto de vista económico-financeiro”. A decisão final volta agora a estar nas mãos dos sócios. Está em causa não apenas a estrutura futura da gestão do futebol sénior, mas também a sustentabilidade financeira e o modelo de desenvolvimento do clube para os próximos anos. A Ria – Rádio Universitária de Aveiro acompanhará esta noite os desenvolvimentos da Assembleia Geral e trará as reações assim que possível.
Sindicato estima adesão de 90% em serviços como escolas e hospitais
Questionado pela Lusa sobre o ponto de situação da paralisação marcada para hoje, o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), Mário Rui, referiu que, “neste momento, a indicação é de 90% a nível nacional”. Os serviços públicos nos setores da educação, saúde, Autoridade Tributária e Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) são os que têm tido uma maior adesão, detalhou. O presidente do STTS, que convocou esta greve, tinha indicado anteriormente à Lusa que era esperada uma "adesão em massa", principalmente nestas áreas. "A greve é nacional, para todos trabalhadores, independentemente do vínculo e da carreira", recordou Mário Rui, salientando que na educação, por exemplo, estão abrangidos assistentes operacionais, técnicos auxiliares, assistentes técnicos e professores, enquanto na saúde poderão aderir à greve profissionais como médicos, enfermeiros, técnicos auxiliares de saúde e assistentes operacionais. O dirigente sindical salientou que é esperada uma adesão maior do que a que se verificou em fevereiro, na última greve, apontando que já existe um maior interesse por parte dos trabalhadores, que tiram dúvidas e têm acesso a mais informação. O STTS convocou esta greve devido à degradação das condições de trabalho e falta de valorização. Num comunicado, a estrutura sindical disse que os trabalhadores da administração pública estão “fartos de baixos salários, de desvalorização das carreiras, de promessas vazias e de uma gestão que não reconhece a importância dos serviços públicos para a sociedade”.