Presidente da Câmara de Aveiro aponta arranque da obra do hospital só para 2027
O presidente da Câmara de Aveiro apontou para 2027 o arranque da obra de ampliação do hospital local, afirmando que a frase de Luís Montenegro, que disse esperar que a empreitada pudesse começar em outubro, não é feliz.
Redação
“É possível a ampliação do hospital estar em obra em outubro de 2025? É absolutamente impossível. É possível a ampliação do hospital estar em obra em outubro de 2026? É absolutamente impossível”, afirmou o autarca do PSD na noite de quarta-feira, durante o período antes da ordem do dia da Assembleia Municipal de Aveiro.
Ribau Esteves respondia assim ao deputado do Bloco de Esquerda João Moniz a propósito da requalificação do hospital de Aveiro e da declaração feita pelo líder do PSD e primeiro-ministro no domingo, durante a apresentação do candidato do PSD/CDS/PPM à presidência da Câmara local, Luís Souto Miranda.
Na ocasião, Montenegro referiu que o processo de construção da nova unidade ambulatória, que constitui também a ampliação do hospital, estava em curso, e afirmou esperar que em outubro, quando o novo presidente da Câmara tomar posse, já esteja na fase de obra.
Ribau Esteves disse que a frase de Luís Montenegro “não é uma frase feliz”, mas assegurou que o chefe do Governo “não quer enganar ninguém” e “não estava ali num discurso com cuidado e com pormenor a falar da matéria”. O autarca fez um ponto de situação do projeto, referindo que o primeiro concurso de contratação do projetista foi anulado, devido a um erro no procedimento, e foi lançado um segundo concurso, havendo três empresas candidatas.
Se tudo correr bem, disse, "podemos ter projetista a começar a trabalhar em julho, agosto", admitindo que o concurso público possa ser lançado no verão do próximo ano, com a empreitada a começar no primeiro trimestre de 2027. “Portanto, qualquer um de nós que saiba com o pormenor da matéria, que tenha a calma e um enquadramento de discussão política tranquilo, como estamos a ter aqui, não pode dizer coisa diferente daquela que eu acabei de dizer, e relembrar que fiz uma análise positiva das várias etapas”, observou.
Recorde-se que já em entrevista à Ria, Ribau Esteves tinha considerado que houve um "equívoco" nas declarações de Luís Montenegro sobre o início das obras do Hospital de Aveiro.
O autarca apelou ainda a todos para fazerem um ‘lobby’ de cidadania para garantir a pressão sobre todos os agentes importantes neste processo para que as etapas aconteçam e não alimentar “tricas absurdas neste processo”.
Recomendações
Hospital de Aveiro com constrangimentos na realização de ecografias a grávidas
“A ULSRA reconhece que na presente data existem constrangimentos, mas apenas na realização da ecografia obstétrica do primeiro trimestre, atendendo à ausência não programada de médicos obstetras que, efetivamente, condiciona a realização destas ecografias em tempo útil”, refere uma nota deste organismo enviada à Lusa. A informação surgiu após Nuno Teixeira, deputado do PCP na Assembleia Municipal de Aveiro, ter denunciado na noite de quarta-feira, a existência de constrangimentos no acesso das mulheres grávidas aos cuidados de saúde maternos no Hospital de Aveiro. Durante o período antes da ordem do dia, na Assembleia Municipal, Nuno Teixeira deu conta que o Hospital de Aveiro não consegue garantir a realização da ecografia obstétrica do primeiro trimestre (um exame de ultrassons que se realiza entre as 11 e as 14 semanas de gravidez) nem tão pouco a primeira consulta pré-natal. O deputado comunista referiu ainda que a ULSRA terá enviado uma orientação aos centros de saúde para que seja passada uma credencial para as utentes grávidas realizarem a ecografia obstétrica do primeiro trimestre no privado. No entanto, segundo Nuno Teixeira, a única clínica com convenção com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) situa-se em Coimbra e tem uma enorme lista de espera. “As utentes não conseguem encontrar ali vaga e terão de pagar 140 euros para a realização daquela ecografia”, disse o deputado comunista. Na resposta enviada à Lusa, a ULSRA reconhece que a resposta dos convencionados com o SNS na área da ecografia obstétrica é escassa não somente na região de Aveiro, mas a nível nacional, atendendo à reduzida oferta do setor privado nesta área de diagnóstico tão especializada. “Porém, a ULSRA tem procurado obviar este problema, envidando todos os esforços na procura de alternativas para a realização de ecografias obstétricas, seja com recurso à prestação de serviços, seja com recurso ao setor privado, de forma a complementar a resposta dos convencionados, esperando-se que seja possível minimizar estes constrangimentos a curto prazo”, adianta a mesma nota. Relativamente às consultas pré-natal, a ULSRA esclarece que foi procurada uma solução articulada com os médicos dos cuidados de saúde primários que mantêm, sem qualquer alteração, o acompanhamento da mulher durante todo o seu período de gravidez, conforme as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS). O deputado comunista recordou ainda que no passado fim de semana ocorreu o nascimento de um bebe numa ambulância dos bombeiros de Ílhavo a caminho da maternidade de Coimbra porque a maternidade do Hospital de Aveiro se encontrava encerrada. A ULSRA confirma o encerramento da urgência de Ginecologia/Obstetrícia/Bloco de partos no dia 13 de abril, mas esclarece que esta medida foi devida e atempadamente reportado às entidades de direito, nomeadamente, entre outros, aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, corporações de Bombeiros e DGS.
Pavilhão Municipal incentiva segunda alteração ao orçamento municipal
Foi aprovada ontem em sede de Assembleia Municipal a segunda alteração ao orçamento devido à obra do novo pavilhão municipal. Na sua intervenção, José Ribau Esteves explicou que “ao terceiro concurso termos várias propostas para adjudicar o pavilhão oficina”, tal como já tinha sido noticiado pela Ria. “Estamos a ajustar os famosos plurianuais (…) para em princípio, se tudo correr bem, ou na próxima reunião de câmara, dia 24 de abril ou (…) na reunião de dia 8 de maio, podermos adjudicar esta obra já com os plurianuais certinhos (…) para quando o processo depois for a tribunal de contas estar tudo devidamente compatibilizado e não termos questões a este nível, pelo menos na relação de tramitação de visto com o tribunal de contas”, deu nota o presidente da Câmara. O ajustamento teve em vista também o ajustamento de verbas de “operações que estão a ser ultimadas para lançamento de concurso público de obra nas próximas reuniões de câmara”, apontou o edil. É o caso das escolas de São Bernardo e das escolas e jardins-de-infância da Alumieira, das Leirinhas e de Sarrazola, bem como da “profunda qualificação” do edifício da piscina e do “novo edifício de mercado/recinto de feiras de Cacia”. A proposta somou votos contra do PS, BE e PCP, e com PAN e Chega a absterem-se. João Moniz, do Bloco de Esquerda, justifica o sentido de voto por considerar que a “revisão orçamental (…) não muda praticamente nada daquilo que são as prioridades desse orçamento [original]”. O deputado municipal ressalva, no entanto, que caso a votação “fosse a votação peça a peça de cada uma das requalificações das escolas (…) os espaços em Cacia, etc., certamente teria unanimidade aqui na votação”. Também o Partido Socialista votou contra, numa atitude que afirmam ser em coerência com aquela que foi a sua votação orçamental inicial. Os deputados apontaram como preocupação o comprometimento deixado pelo empréstimo pedido para a realização do novo pavilhão. “Há um vastíssimo programa plurianual e na realidade a concretização deste plano vai para anos 2026 e 2027, (…) ao apresentar esta revisão, na verdade, (…) vai comprometer o programa e as legitimas ideias de um futuro executivo”, aponta Jorge Gonçalves, deputado municipal do PS. “Por este não respeito por possíveis e legitimas opções políticas, nós temos de votar contra”, sublinha ainda. O autarca considerou as afirmações do socialista como “absurdo”. “Estão a ver o que era o presidente da câmara estar condicionado à opinião de um candidato (…) estão a ver a minha vida se agora tivesse reuniões com os sete ou oito [candidatos] para perguntar o que acham de fazermos isto ou aquilo, com a certeza absoluta que nunca conseguia dos sete ou oito uma resposta consonante; conclusão: o mandato não servia para nada porque tinha de andar a ouvir candidatos e a fazer-lhe a sua vontade”, aponta José Ribau Esteves. Também em resposta Manuel Prior, deputado municipal pela bancada do Partido Social Democrata, dá nota de que as obras se vão estender para lá do mandato de Ribau Esteves, mas considera ser “muito diferente, agora vão obras para lá de outubro com financiamento garantido, no passado (…) tivemos obras que iam lá para a frente que levavam dívidas atrás e que somavam mais dividas porque não tinham nenhum plano de financiamento”. “Vão ficar obras. Umas começadas, outras lançadas, mas todas com financiamento garantido”, reforça. O presidente da CMA apontou ainda que “às vezes há aí socialistas que dizem ‘a câmara está muito bem financeiramente, mas o Ribau vai deixá-la uma tragédia’. Vocês vão vendo, ato formal a ato formal, que tudo isso é a mais redonda ou quadrada mentira porque obviamente estamos a garantir isso mesmo, é a sustentabilidade absoluta”. A sessão abordou ainda as temáticas do hospital de Aveiro e dos pórticos da A25, a propósito das declarações do passado domingo, dia 13, de Luís Montenegro, tal como anteriormente noticiado pela Ria. Foi também abordada a temática do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda e dada nota da inclusão de uma nova linha férrea de Aveiro a Vilar Formoso no Plano Ferroviário Nacional. Os dois últimos pontos que constam a discussão na Assembleia – a aprovação e votação do Relatório de Gestão e uma Proposta de Recomendação – vão ainda ser discutidos na próxima terça-feira, dia 22, data em que a Assembleia volta a reunir para dar fim à ordem de trabalhos ontem iniciada.
Luís Barbosa, diretor-geral do PCI, veio para ficar e quer levar o parque “além-fronteiras”
O ditado popular diz que o “bom filho a casa torna”. Assim aconteceu com Luís Barbosa. Depois de passar pelos “quatro continentes” do mundo e por algumas das maiores empresas de projeção internacional, em julho do ano passado, o atual diretor-geral do PCI, decidiu regressar às suas origens para “partilhar”, agora na região de Aveiro, aquilo que adquiriu de “experiência e realidade por esse mundo”. “Eu vim para ficar [no PCI]. Temos um projeto, temos uma estratégia até 2030 e aquilo que é o nosso objetivo é de torná-la uma realidade e além-fronteiras também”, afirmou Luís Barbosa à Ria. Apesar de não ter acompanhado o início do PCI, o atual diretor-geral diz que tem como missão “assumir a continuidade do projeto”, ainda que reconheça que a realidade do ecossistema de inovação “é totalmente diferente” quando comparada há sete anos. “O percurso foi efetuado, a realidade do ecossistema alterou, o contexto de inovação e de empreendedorismo alterou bastante (…) e, hoje em dia, executar inovação é por si uma atividade que deve ser bem controlada, bem suportada, não necessariamente só em fundos públicos, mas também em fundos privados e em inovação [com], por exemplo, projetos tecnológicos. Eu penso que o PCI, por si, é uma realidade, é atual e tem tudo para ser futuro”, opinou. Para Luís Barbosa esse “futuro” passa por um plano estratégico até 2030 que tem como pilares base a inovação, a sustentabilidade e a transformação digital, conforme vincou no sétimo aniversário do parque. “Nós entendemos que, sendo uma entidade, uma sociedade anónima (…), o PCI deve também gerir as suas atividades, não como se fosse uma empresa, (…) mas para resultados. Baseado nesse princípio temos de ser sustentáveis”, relembrou. “A sustentabilidade, consideramos que não é suportada por fundos públicos. É suportada pela sua atividade, que deve ter (...) juntamente com fundos públicos, mas também executada para fundos e resultados privados. Temos de ter uma estratégia, que é aquilo que está a ser efetuado, de expertise técnico, em inovação, e partindo de um ponto (…) que é a criatividade”, sustentou. Atualmente, a Universidade de Aveiro (UA) é a acionista do PCI que detém a maior percentagem, neste momento “42%” do parque. Para o diretor-geral a relação da UA com o PCI é “fundamental”, já que para si esta relação representa o “total complementar” da “cadeia de inovação”. “Porquê? Uma startup, antes de ser uma empresa, é uma ideia e, antes de ser uma ideia, é um estudo científico ou tecnológico, é um projeto de doutoramento, etc (…). Esta horizontalidade e verticalidade e (…) o seu approach [aproximar] ao ecossistema empresarial, através da UA, é fundamental (…). Todo o projeto que tem capacidade para ser uma empresa inovadora de sucesso, deve ter uma componente científico-tecnológica (…) e quem o executa é a nossa Universidade de Aveiro”, atentou. Ainda sobre as conquistas do futuro, Luís Barbosa avançou que um outro objetivo estratégico do PCI passa pela edificação de “centros de excelência”. “A ideia e o objetivo fundamental desta unidade de negócio (…) é de reter os casos de sucesso que passam no nosso parque. Reter como? Reter no sentido de uma empresa que escala e cresce no PCI é, simultaneamente, uma entidade que pode inspirar e que pode mesmo suportar outras startups daquele setor, em particular que podem efetivamente ser casos de sucesso de novo (…). Nós temos lotes em todo o parque [e o objetivo] é ter esses lotes [edificados como] Centros de Excelência físicos”, esclareceu. Neste momento, há já “várias manifestações de interesse”, nomeadamente, do “Norte da Europa”. “Temos neste momento quatro processos em negociação, em diversos setores (…). Temos o setor agroalimentar, o setor daquilo que se chama API connectivity (…) e os setores da mobilidade (…). Contamos, durante o exercício 2025, ter decisões tomadas para começar efetivamente a instalar estes projetos”, expôs. O diretor-geral mostrou-se ainda com “grandes” expectativas com a aprovação da Zona Livre Tecnológica (ZLT), em Aveiro, defendendo que esta “é um dos veículos privilegiados e fundamentais para aquilo que é a tecnologia de inovação e para o ecossistema de inovação e empreendedorismo”. “É um veículo importante que nós temos na região de Aveiro, que permite que entidades internacionais e nacionais se deslocalizem para cá, se instalem para cá, objetivamente no parque, como é evidente, e que possam desenvolver todo este processo de desenvolvimento tecnológico, de certificação e pré-homologação”, explorou. Já com um olhar crítico, relativamente, à altura de construção do PCI [entre 2014 e 2015] em que moradores e ambientalistas expressaram preocupação pela sua construção por atravessar uma área de reserva agrícola nacional, Luís Barbosa não tem dúvidas de que “foi uma boa decisão”. “Pela sua localização, pelo seu enquadramento no ecossistema de inovação, nomeadamente próximo à UA, pelo seu enquadramento junto de zonas aéreas, marítima e terrestre (…) e, sobretudo, com a atratividade de todo o ecossistema de Aveiro pode ser e é um veículo atrativo e uma entidade atrativa para investimento externo (…). Temos agora (…) a nossa missão de gerar resultados e criar resultados para que o nosso ecossistema, as nossas autarquias e a nossa comunidade usufruam destes resultados diretamente e é esta a nossa missão que nos move”, exprimiu. Confrontado ainda com os estudos [na fase de planeamento do PCI] que previam a criação de cinco mil postos de trabalho direto em dez anos, o diretor-geral admitiu que a “meta é alcançável”, mas não “neste período de tempo”. “A constituição dos postos de trabalho que estavam equacionados poderão ser diretos ou indiretos. É importante considerar isso. No entanto, considero que é uma realidade e que há uma visão que é executável no tempo e é isso que é a nossa estratégia para 2030”, reforçou.
CMA espera lançar concurso do Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda nas próximas semanas
“Dentro de pouco tempo - espero que nos corram bem as últimas diligências que estão em desenvolvimento – poderemos estar a lançar um concurso de uma importantíssima obra (…) que é o Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda”, disse na quarta-feira à noite Ribau Esteves, durante a sessão da Assembleia Municipal. O autarca informou ainda que já está assegurada a sustentabilidade financeira total da obra, devido a uma decisão recente do Conselho de Ministros que garante a cobertura do Orçamento do Estado da componente que não for possível financiar pelo contrato assinado com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “É nessa antecâmara que estamos e espero que, com uma convicção muito alta de que as coisas correrão bem, nas próximas semanas se acabem de reunir as condições para que as duas câmaras municipais possam lançar esse concurso”, afirmou o autarca. O Conselho de Ministros, por resolução publicada em 20 de março no Diário da República, determinou à Infraestruturas de Portugal (IP) o estudo e concretização da estrada Aveiro-Águeda, com caráter prioritário. No âmbito dos projetos rodoviários prioritários, o Governo determina que seja estabelecido como “projeto de infraestrutura rodoviária prioritário o Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda, que integra o âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”. Pela mesma resolução, determina ainda que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em colaboração com a IP, “prossiga com os estudos tendo em vista a sua implementação”. Uma vez construído, o novo eixo rodoviário passará “a constituir-se, após a construção, como Estrada Nacional 235”, acrescenta o diploma. Segundo fonte autárquica, a futura via rápida permitirá reduzir custos e tempos de deslocação entre as duas cidades, já que, nos seus 14 quilómetros, prevê reduzir em cerca de 40% a extensão do percurso e em 65% o tempo de viagem. O traçado previsto, em perfil de autoestrada, com duas vias em cada sentido, tem o seu início, do lado de Águeda, na chamada “rotunda do Millennium”, seguindo por Travassô, passando por Eirol, cruzando a A1 e a A17 e terminando na rotunda do Parque de Feiras e Exposições de Aveiro.
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AAUAv/UA: Basquetebol feminino traz título de hexacampeã nacional universitária para Aveiro
A expectativa para a final do Campeonato Nacional Universitário (CNU) de basquetebol feminino era alta e as estudantes-atletas de Aveiro corresponderam. As previsões de um “jogo renhido” feitas ontempor Mariana Seixo, estudante-atleta da equipa de basquetebol feminino, acabaram por se concretizar com a confiança e união da equipa aveirense a falarem mais alto. O frente a frente com a AEFEUP terminou com uma diferença de seis pontos a favor de Aveiro (68-62). Em declarações à Ria, José Costa, treinador de basquetebol profissional e da equipa universitária de Aveiro destaca que a final “foi um jogo muito duro”. “Já estávamos à espera, a outra equipa tem boas armas, são muito físicas e deram-nos muito problemas”, frisa o técnico, que aponta ainda que “o mais importante é que as miúdas estão super felizes”. “Merecem isso porque são estudantes extraordinárias, são boas atletas e fazem imensos esforços durante o ano todo”, sublinha José Costa. A equipa segue agora para o Campeonato Europeu Universitário, que se realiza em Bolonha, Itália, no mês de julho. Inês Neto, estudante-atleta da equipa, sublinha que “os europeus são sempre uma experiência” e frisa que “as expectativas são continuar a trabalhar e tentar alcançar a melhor classificação que pudermos”. “Quantos mais [títulos] temos, mais responsabilidade sentimos para o próximo (…) e quando concretizamos é um sentimento de orgulho”, afirma a atleta. A presença de Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro e de Artur Silva, vice-reitor, nas bancadas não passou despercebida pelas estudantes-atletas. A estudante de Fisioterapia aponta mesmo que as presenças funcionam como um lembrete para aquilo que estão a representar. “Adiciona pressão, mas ajuda-nos porque sabemos que aquilo que representamos em campo – que é a Universidade – há quem represente também fora dele e nas bancadas e para nós é muito importante”, frisa Inês. De lembrar que as equipas universitárias aveirenses conseguiram nas fases finais dos CNU da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) arrecadar duas medalhas de ouro (basquetebol feminino e masculino) e dois bronzes (voleibol e andebol feminino). No total, a AAUAv/UA conta com 42 medalhas, ocupando a 4ª posição na luta pelo Troféu Universitário de Clubes e a 6ª no medalheiro. A equipa da AAUAv/UA volta a competir nos CNU de Atletismo Pista Ar Livre, nos dias 3 e 4 de maio.
Trabalhadores de museus e monumentos nacionais em greve aos feriados a partir de hoje
A reunião de um piquete de greve, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, entre 09:30 e as 10:00 de hoje, assinala o início da jornada, segundo os representantes sindicais. Em comunicado divulgado na passada segunda-feira, a federação sindical revela que os trabalhadores voltam a fazer greve “para exigir uma justa compensação pelo trabalho prestado nestes dias” e que a paralisação prologar-se-á até 31 de dezembro, “afetando todos os feriados até lá”. Contactado pela agência Lusa, Orlando Almeida, dirigente da FNSTFPS, disse que a federação se reuniu em março passado com a ministra da Cultura e com a administração da Museus e Monumentos de Portugal e que “não houve nem abertura para negociar, nem uma proposta sequer” por parte da tutela. “Não houve rigorosamente nada. Estamos abertos a que se possa negociar, mas com algo de concreto”, disse o sindicalista. Segundo Orlando Almeida, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos de tutela pública recebem, em dias de feriado, cerca de 15 a 20 euros, o que representa “metade de um dia normal”, e são-lhes pagas até duas horas suplementares. “Há anos que este problema se arrasta, sem que os sucessivos governos tenham tomado uma decisão no sentido de valorizar o trabalho prestado em dias feriados nos museus, monumentos e sítios classificado”, sublinhou a federação em comunicado. Nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela Museus e Monumentos de Portugal, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa) e o Convento de Cristo (Tomar), trabalham atualmente cerca de mil funcionários, estimou Orlando Almeida. A agência Lusa contactou a Museus e Monumentos de Portugal sobre a greve e a possibilidade de abertura de negociações com trabalhadores, no início da semana, e aguarda resposta.
GNR registou 1.547 acidentes, dois mortos e 30 feridos graves desde início da Operação Páscoa
No período entre as 00:00 do dia 11 de abril e as 23:59 do dia 17 de abril de 2025, a GNR registou 1.547 acidentes e fiscalizou 49.366 condutores, dos quais 263 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l. “Foram ainda detidas 160 pessoas por conduzirem sem habilitação legal”, no âmbito da Operação Páscoa 2025, adianta a Guarda Nacional Republicana (GNR) em comunicado. Nas ações de patrulhamento rodoviário, os militares detetaram 9.224 contraordenações, a maioria (2.452) por excesso de velocidade e 1.261 por falta de inspeção periódica obrigatória. Das infrações detetadas, 392 foram por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório, 311 por uso indevido do telemóvel a conduzir e 254 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou cadeirinha para crianças. Relativamente aos acidentes com as duas vítimas mortais, um diz respeito a um despiste com um motociclo na madrugada de sábado, na localidade de São João de Lourosa, no distrito de Viseu, do qual resultou a morte de uma jovem de 20 anos. O outro ocorreu no domingo, também um despiste com motociclo, em Paul, na Covilhã, no distrito de Castelo Branco, que vitimou um homem de 46 anos. A GNR salienta que irá continuar a priorizar a fiscalização a situações de condução sob a influência do álcool e de substâncias psicotrópicas, bem como o excesso de velocidade, utilização indevida do telemóvel, utilização correta do cinto de segurança e de cadeirinha, falta de inspeção periódica e de seguro de responsabilidade civil obrigatórios. Estará também atenta à “incorreta execução de manobras de ultrapassagem, de mudança de direção e de cedência de passagem”. No comunicado, a GNR reafirma “o seu compromisso de trabalhar para a segurança da população, sobretudo num período em que o convívio familiar e as tradições ganham ainda maior significado”. “Contamos com o contributo e a responsabilidade de todos para que estas festividades da Páscoa sejam celebradas em segurança e sem tragédias a lamentar”, salienta.
Férias Ativas com mais crianças e jovens em Estarreja
Na primeira semana de atividades as vagas aumentaram de 50 para 100, cobrindo todas as inscrições efetuadas, e esta semana foram 68 as inscrições confirmadas. As Férias Ativas incluíram atividades desportivas, pedagógicas e culturais, num programa que inclui cinema, visitas à biblioteca e passeios, assegurando a autarquia o transporte das freguesias para Beduído, seguro desportivo e almoço aos participantes.