Autárquicas: Bloco de Esquerda apresenta candidatos para Oliveira de Azeméis
Sara Costa, professora universitária, será a candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. Diogo Costa, tutor na Universidade Aberta, concorrerá à Assembleia Municipal, enquanto Carolina Amaral, estudante do mestrado em Economia e Gestão Internacional na Universidade do Porto, será a cabeça de lista à União de Freguesias de Oliveira de Azeméis.
Redação
Numa nota enviada às redações, o BE justifica a escolha de Sara Costa, enquanto candidata à Câmara, por ter “desenvolvido uma intervenção cívica e política focada na justiça social, nos direitos das mulheres e na defesa dos serviços públicos”. Além de professora universitária, Sara é ainda escritora e ativista. “Nas eleições autárquicas de 2025, Sara Costa pretende ser uma voz firme contra as desigualdades, o centralismo e a precariedade que afetam o interior e as populações mais vulneráveis”, lê-se na nota.
Citada na mesma, a bloquista assume que pretende ter uma “visão crítica e construtiva, baseada na escuta ativa da população, na transparência democrática e no compromisso com políticas locais sustentáveis, inclusivas e participativa”. Na sua candidatura defende ainda “uma alternativa que devolva às pessoas o poder de decisão sobre o território onde vivem”.
Diogo Gomes, de 35 anos é o candidato à Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis. Na nota, o BE refere que além de tutor, nas áreas de História Contemporânea de Portugal e História Económica e Social, é ainda mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Diogo é ainda locutor e coordenador do Curso de Locução e Realização de Rádio, na Rádio Universidade de Coimbra e foi dirigente do movimento associativo na luta contra as propinas e por maior ação social no Ensino Superior.
Por sua vez, Carolina Amaral, de 23 anos, é a escolha do Bloco para a União de Freguesias de Oliveira de Azeméis. O partido refere que a estudante frequenta o mestrado em Economia e Gestão Internacional na Universidade do Porto e dedica a maior parte do seu tempo ao voluntariado. “A jovem que se prepara para iniciar o seu percurso profissional, vê na candidatura mais uma forma de ser ativa na sociedade", repara.
Além da apresentação dos três candidatos, o BE identifica ainda no texto alguns dos “inúmeros desafios” no concelho, apontando o acesso à “rede de água pública” como um deles. O partido de esquerda classifica o contrato do município com a “Indaqua” como “ruinoso”.
A habitação foi outro dos pontos denunciados. "Num país onde os 800 euros são o que chega ao bolso da maioria das pessoas, sendo que algumas nem esse valor conseguem ganhar, devido à desestruturação brutal do mundo do trabalho, encontrar um T1 para arrendar abaixo dos 500 euros é uma raridade", aponta ainda o BE. No seguimento, o partido alerta para os "aumentos de quase 15% no preço do metro quadrado, o que vale cerca de 1300 euros".
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Construção modular em Ílhavo é resposta à falta de habitação social
De acordo com uma nota de imprensa da Câmara de Ílhavo, no distrito de Aveiro, tiveram início os trabalhos para a construção de dois blocos de 32 apartamentos, sendo um na Gafanha da Nazaré e o outro na Gafanha da Encarnação. A estes junta-se a reabilitação de um edifício de oito habitações, na Gafanha da Nazaré, totalizando um investimento municipal de 9,3 milhões de euros. A autarquia assegurou o financiamento das obras pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através de candidaturas submetidas ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), ao abrigo do Programa 1.º Direito. A opção pela construção de blocos modulares foi tomada tendo em conta a rapidez da execução, e surgiu devido “à grande dificuldade em encontrar respostas no mercado”, explica a nota de imprensa. “Após um edital em que o Município se disponibilizou para adquirir fogos devolutos, não houve qualquer manifestação de interesse”, refere. A primeira obra a ser iniciada foi a reabilitação de um edifício, adquirido pela autarquia, na Rua Padre Manuel Bernardes, na Gafanha da Nazaré. O prédio, com oito fogos habitacionais, vai ser renovado “de forma a garantir as melhores condições em termos de conforto térmico e acústico, e de eficiência energética”, numa empreitada adjudicada por 798.165,74 euros. Na Gafanha da Nazaré, na zona do Bebedouro, decorrem os trabalhos para a construção de um edifício de 32 fogos, seguindo um modelo de construção modular, adjudicada por 4.474.589,04 euros. O mesmo modelo de construção está em curso na Gafanha da Encarnação, mais precisamente na Rua do Carmo, com um edifício também de 32 fogos, adjudicado por 4.086.906,42 euros. As empreitadas incluem ainda arranjos exteriores, refere a nota de imprensa.
Aberto concurso para requalificação do Centro de Saúde de Sever do Vouga por 1,95 milhões de euros
De acordo com a publicação, o prazo de execução desta empreitada financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é de um ano. O investimento previsto na candidatura “terá um impacto globalmente positivo no que se refere à gestão da saúde e à qualidade de vida, produtividade e competitividade, também com a instalação de novos equipamentos”, segundo a Câmara Municipal de Sever do Vouga. Em junho de 2024 foi formalizado o contrato no âmbito do PRR relativo à requalificação do Centro de Saúde, numa sessão que contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e do então ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida. De acordo com fonte municipal, o projeto contempla uma nova ala, com diversos gabinetes médicos, salas de tratamentos, salas de reuniões, secretariado e receção, entre outros serviços. “A ampliação incluirá espaços mais amplos e acolhedores, proporcionando maior conforto aos pacientes e facilitando o trabalho dos profissionais”, refere a autarquia no seu boletim municipal.
Jorge Ratola é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Espinho
A escolha de Jorge Ratola retira assim o ex-deputado parlamentar Ricardo Sousa da corrida das autárquicas em Espinho. Em novembro, o nome de Ricardo Sousa foi aprovado por unanimidade na secção local do PSD, a que ainda preside. Mas, no início de março, o coordenador autárquico nacional do PSD, Pedro Alves, comunicou, num plenário de militantes, que a intenção da estrutura nacional do partido era apresentar outro candidato. O PSD nacional propôs agora para cabeça de lista em Espinho o nome do adjunto do primeiro-ministro, que a distrital de Aveiro ratificou na quarta-feira à noite, numa reunião com cerca de 40 votantes. Desses, segundo fonte da distrital, “só o próprio Ricardo Sousa se opôs” à mudança, apresentando “o único voto contra” da sessão. A justificação para o candidato inicialmente indicado pela concelhia de Espinho ter sido rejeitado pelo PSD nacional é o seu resultado nas sondagens, já que, de acordo com declarações da mesma fonte distrital à Lusa, “os estudos de opinião realizados indicaram que Ricardo Sousa não reunia condições para ganhar as eleições”. Quanto a Jorge Ratola, o PSD realça que “exerceu funções durante oito anos no Município de Aveiro, enquanto vereador e vice-presidente, tendo desenvolvido um extraordinário trabalho ao lado de Ribau Esteves”. Recorde-se que tal como noticiado pela Ria, Jorge Ratola foi um dos nomes mais falados para estas eleições autárquicas à Câmara Municipal de Aveiro. “É uma pessoa com grande experiência autárquica, exerceu funções de topo em diversos concelhos do distrito de Aveiro e reúne o perfil indicado para enfrentar o desafio que se coloca a Espinho. O município reclama uma mudança de rumo que só pode ser imprimida por alguém com capacidade e experiência, capaz de reorganizar os serviços, dinamizar os projetos que o concelho exige e devolver aos espinhenses a confiança na gestão autárquica”, disse a mesma fonte. Admitindo que nessa autarquia da Área Metropolitana do Porto é preciso “resgatar a confiança dos cidadãos”, o PSD espera de Jorge Ratola “um projeto sério, que recoloque as pessoas no centro da ação”, e “uma gestão rigorosa e eficiente, que faça jus aos pergaminhos do concelho” e restabeleça a credibilidade do Poder Local. Natural de Aveiro e atualmente com 59 anos, Jorge Ratola tem o 12.º ano de escolaridade e, segundo a sua nota curricular, quase sempre exerceu funções em serviços públicos, iniciando a carreira como vice-presidente da Casa da Cultura da Juventude de Aveiro e adjunto do Instituto Português da Juventude, em ambos os casos aos 23 anos e pelo período de 1989 a 1997. A partir de 2000, trabalhou dois anos como comercial de uma companhia de seguros, após o que foi chefe de gabinete do então Governo Civil de Aveiro, de 2002 a 2005, e adjunto da presidência na Câmara Municipal de Vale de Cambra, nos quatro anos seguintes. Daí passou para a autarquia de Espinho, onde de 2009 a 2013 assumiu a chefia do gabinete da presidência, e para a Câmara de Aveiro, onde foi vereador de 2013 a 2015 e vice-presidente de 2015 até 2021. Foi chefe de gabinete da presidência na Câmara da Feira, de 2021 a 2024, e é adjunto do gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, cargo que exerce desde maio de 2024. Além de Jorge Ratola pelo PSD, à Câmara Municipal de Espinho também já foram anunciadas as candidaturas de Pilar Gomes, pela CDU, de Luís Canelas, pelo PS – que foi duas vezes votado localmente devido a divergências procedimentais – e de Maria Manuel Cruz, como independente – já que, embora presidindo à Câmara pelo PS desde a renúncia de Miguel Reis em 2023, no âmbito do caso Vortex, a autarca se desvinculou entretanto do partido por esse ter preferido apoiar o seu vereador Luís Canelas. O executivo municipal de Espinho é atualmente composto por sete elementos: Maria Manuel Cruz, Leonor Lêdo Fonseca e Lurdes Rebelo, pelo PS; Luís Canelas, eleito pelo PS, mas agora sem pelouros, após a presidente lhe retirar a confiança política; e Lurdes Ganicho, João Passos e Hélder Rodrigues, pelo PSD.
Autárquicas: Empresário Olavo Rosa é o candidato do Chega à Câmara de Vagos
“Decidi concorrer, porque Vagos está num estado lastimável e é preciso alguém para mudar as coisas para melhor. A Câmara tem uma dívida monumental e pretendo fazer um acordo com a DGAL [Direção-Geral das Autarquias Locais] para passar as verbas diretamente para as juntas de freguesia, de forma que se consigam governar e fazer obra”, destacou. Em declarações à agência Lusa, o empresário de 44 anos explicou que pretende que a autarquia de Vagos seja uma entidade facilitadora, onde as pessoas consigam ter um bom atendimento e ver os seus problemas resolvidos. “Quero apostar no turismo em Vagos, porque este é um concelho com riquezas naturais belíssimas e que está subaproveitado. Também quero fazer um grupo de trabalho, para conseguir ir buscar fundos europeus no setor do turismo", acrescentou. O candidato, que concorre pela primeira vez à Câmara de Vagos, promete também, caso venha a ser eleito, tornar o concelho mais atrativo para a instalação de novas empresas. “Vagos tem espaço para albergar muitas empresas, na zona industrial de Soza há muitos hectares que ainda estão disponíveis”, sustentou. Para além de Olavo Rosa, pelo Chega, concorrem à liderança da Câmara de Vagos Pedro Neto, pelo PS, Hugo Santos, pelo CDS-PP, e pelo PSD o antigo presidente da Câmara de Vagos Rui Cruz, 12 anos depois de ter “passado o testemunho” a Silvério Regalado, atualmente secretário de Estado da Administração Local. O social-democrata Silvério Regalado foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Vagos em 2021 com 60,7% dos votos, enquanto o CDS/PP arrecadou 19,44% dos votos, o PS 8,75%, o Chega 5,41% e a CDU 1,24%. Em janeiro de 2024, a liderança da Câmara de Vagos passou para o até então vice-presidente Paulo Sousa, depois de Silvério Regalado ter sido eleito deputado. O executivo da Câmara de Vagos é formado por seis eleitos do PSD e um do CDS/PP.
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Jorge Ratola é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Espinho
A escolha de Jorge Ratola retira assim o ex-deputado parlamentar Ricardo Sousa da corrida das autárquicas em Espinho. Em novembro, o nome de Ricardo Sousa foi aprovado por unanimidade na secção local do PSD, a que ainda preside. Mas, no início de março, o coordenador autárquico nacional do PSD, Pedro Alves, comunicou, num plenário de militantes, que a intenção da estrutura nacional do partido era apresentar outro candidato. O PSD nacional propôs agora para cabeça de lista em Espinho o nome do adjunto do primeiro-ministro, que a distrital de Aveiro ratificou na quarta-feira à noite, numa reunião com cerca de 40 votantes. Desses, segundo fonte da distrital, “só o próprio Ricardo Sousa se opôs” à mudança, apresentando “o único voto contra” da sessão. A justificação para o candidato inicialmente indicado pela concelhia de Espinho ter sido rejeitado pelo PSD nacional é o seu resultado nas sondagens, já que, de acordo com declarações da mesma fonte distrital à Lusa, “os estudos de opinião realizados indicaram que Ricardo Sousa não reunia condições para ganhar as eleições”. Quanto a Jorge Ratola, o PSD realça que “exerceu funções durante oito anos no Município de Aveiro, enquanto vereador e vice-presidente, tendo desenvolvido um extraordinário trabalho ao lado de Ribau Esteves”. Recorde-se que tal como noticiado pela Ria, Jorge Ratola foi um dos nomes mais falados para estas eleições autárquicas à Câmara Municipal de Aveiro. “É uma pessoa com grande experiência autárquica, exerceu funções de topo em diversos concelhos do distrito de Aveiro e reúne o perfil indicado para enfrentar o desafio que se coloca a Espinho. O município reclama uma mudança de rumo que só pode ser imprimida por alguém com capacidade e experiência, capaz de reorganizar os serviços, dinamizar os projetos que o concelho exige e devolver aos espinhenses a confiança na gestão autárquica”, disse a mesma fonte. Admitindo que nessa autarquia da Área Metropolitana do Porto é preciso “resgatar a confiança dos cidadãos”, o PSD espera de Jorge Ratola “um projeto sério, que recoloque as pessoas no centro da ação”, e “uma gestão rigorosa e eficiente, que faça jus aos pergaminhos do concelho” e restabeleça a credibilidade do Poder Local. Natural de Aveiro e atualmente com 59 anos, Jorge Ratola tem o 12.º ano de escolaridade e, segundo a sua nota curricular, quase sempre exerceu funções em serviços públicos, iniciando a carreira como vice-presidente da Casa da Cultura da Juventude de Aveiro e adjunto do Instituto Português da Juventude, em ambos os casos aos 23 anos e pelo período de 1989 a 1997. A partir de 2000, trabalhou dois anos como comercial de uma companhia de seguros, após o que foi chefe de gabinete do então Governo Civil de Aveiro, de 2002 a 2005, e adjunto da presidência na Câmara Municipal de Vale de Cambra, nos quatro anos seguintes. Daí passou para a autarquia de Espinho, onde de 2009 a 2013 assumiu a chefia do gabinete da presidência, e para a Câmara de Aveiro, onde foi vereador de 2013 a 2015 e vice-presidente de 2015 até 2021. Foi chefe de gabinete da presidência na Câmara da Feira, de 2021 a 2024, e é adjunto do gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, cargo que exerce desde maio de 2024. Além de Jorge Ratola pelo PSD, à Câmara Municipal de Espinho também já foram anunciadas as candidaturas de Pilar Gomes, pela CDU, de Luís Canelas, pelo PS – que foi duas vezes votado localmente devido a divergências procedimentais – e de Maria Manuel Cruz, como independente – já que, embora presidindo à Câmara pelo PS desde a renúncia de Miguel Reis em 2023, no âmbito do caso Vortex, a autarca se desvinculou entretanto do partido por esse ter preferido apoiar o seu vereador Luís Canelas. O executivo municipal de Espinho é atualmente composto por sete elementos: Maria Manuel Cruz, Leonor Lêdo Fonseca e Lurdes Rebelo, pelo PS; Luís Canelas, eleito pelo PS, mas agora sem pelouros, após a presidente lhe retirar a confiança política; e Lurdes Ganicho, João Passos e Hélder Rodrigues, pelo PSD.
Regiões defendem em Bruxelas mais apoios para responder aos desiquilíbrios do turismo
O apelo foi feito durante um debate realizado com o comissário europeu responsável pelos Transportes e Turismo Sustentáveis, Apóstolos Tzitzikostas, no âmbito da reunião plenária do Comité das Regiões da União Europeia. No encontro, no qual intervieram os presidentes da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, e de Aveiro, José Ribau Esteves, os dirigentes locais e regionais apelaram a um maior reconhecimento do seu papel na gestão dos “impactos do turismo desequilibrado e solicitaram recursos adequados para lhes fazer face”. Entre os principais constrangimentos apontados pelos intervenientes, resultantes do desequilíbrio da atividade turística nos “destinos mais populares”, está a sobrelotação, a pressão sobre as infraestruturas e os recursos naturais, a gentrificação e o aumento dos custos da habitação. Para fazer face a estes problemas, os membros do Comité das Regiões defenderam a “necessidade urgente de apoiar destinos que exigem abordagens diferentes para gerir os fluxos turísticos”, incluindo a sua limitação ou reorientação ou a restrição da oferta de arrendamento de curta duração. Manifestaram ainda preocupação com o impacto das alterações climáticas nos destinos europeus e sublinharam a importância de trabalhar com as comunidades locais em questões como a distribuição de água, a habitação, a mobilidade e o ordenamento do território. Os dirigentes locais e regionais apelaram, igualmente, a um acesso mais facilitado ao financiamento e a dados mais concretos, que permitam um “acompanhamento eficaz do impacto local do turismo”. Nesse sentido, os membros do Comité das Regiões manifestaram a sua expectativa pela nova estratégia da União Europeia para o Turismo Sustentável, que deverá ser apresentada pela Comissão Europeia no primeiro trimestre de 2026. Durante a sessão plenária foram também evocados os 40 anos da adesão de Portugal e Espanha à União Europeia, tendo as delegações dos dois países apresentado uma declaração conjunta, na qual reafirmam o compromisso com as políticas europeias para as regiões e para os cidadãos. Na reunião plenária de hoje do Comité das Regiões decorreu ainda um debate com o comissário para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Christophe Hansen, durante o qual os líderes locais e regionais apelaram a um maior ênfase regional na Política Agrícola Comum (PAC) pós-2027 e a uma maior participação territorial na governação da PAC.