Autárquicas: Henrique Araújo promete novo Urbanismo para Ovar pelo Movimento 2030
Henrique Araújo é o candidato da coligação Movimento 2030 à Câmara de Ovar, com o PPM e o Nós, Cidadãos, e prometeu hoje criar nessa autarquia do distrito de Aveiro uma Divisão de Urbanismo para agilizar burocracias camarárias.
Redação
Segundo fonte da coligação, que adota o nome de um movimento cívico que já exista no concelho, entre as prioridades do seu programa eleitoral está a criação de “uma Divisão de Urbanismo e Planeamento” na Câmara Municipal, para “garantia de licenças até 60 dias”.
“O desenvolvimento sustentável do nosso concelho exige uma resposta moderna, eficaz e próxima aos desafios do investimento e da construção. Por isso, vamos criar essa Divisão, que será uma nova estrutura municipal focada no tratamento de pedidos de licenciamento de obras particulares e empresariais”, declara Henrique Araújo à Lusa.
Outras apostas do Movimento 2030 são a modernização do serviço de apoio domiciliário a idosos, a criação de estruturas residenciais para os mesmos e a Implementação de creches municipais integradas nas escolas da rede pública”.
Recordando o papel do Movimento 2030 na defesa do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, inclusive a recolha das cerca de 20.000 assinaturas que permitiram o debate do tema no Parlamento, Henrique Araújo afirma depois: “A defesa do pinhal dunar é uma das nossas grandes bandeiras e será também uma prioridade intransigente na governação do concelho”.
O candidato quer, aliás, definir um “Perímetro Ambiental do Município de Ovar”, o que permitirá proteger áreas florestais, orla costeira, reservas naturais da ria e outros espaços verdes do concelho ao integrá-los numa “rede contínua, acessível e integrada”.
Especificamente sobre o potencial balnear do município, Henrique Araújo realça três aspetos: diz que é preciso “uma estratégia de longo prazo e com investimentos sérios para proteção das dunas, reforço das estruturas de defesa e recuperação ambiental do litoral”; promete “a criação de um sistema de salvamento balnear permanente e eficiente, que assegure a segurança de banhistas e praticantes de desportos náuticos durante todo o ano”; e anuncia “a construção de um novo complexo de piscinas municipais, respondendo à urgente necessidade de modernização de um equipamento atualmente desatualizado e oneroso para o município”.
Ainda quanto a infraestruturas públicas, o candidato começa por defender o regresso do serviço de urgência básico ao Hospital Francisco Zagalo e acrescentando que “é tempo de corrigir uma desigualdade profunda em Maceda e Arada”, criando aí unidades de saúde familiar.
Outras duas infraestruturas que preocupam o Movimento 2030 são o Mercado Municipal, que a coligação quer transformar num “espaço moderno, funcional e dinamizador do centro urbano”, e o antigo Cineteatro, que, em vez de demolido, pretende reconverter “na nova sede do Turismo, preservando elementos históricos como a fachada original, o balcão e as bilheteiras”.
A candidatura compromete-se ainda com a modernização dos centros urbanos das freguesias, a criação de um cartão municipal com vários benefícios e descontos para jovens munícipes e a recuperação faseada da rede viária do concelho.
Com 51 anos de idade e natural de Esmoriz, Henrique Araújo possui o ensino secundário e acumula “mais de 22 anos de experiência na área de administração de empresas”, tendo também exercido o cargo de adjunto da presidência na Câmara de Ovar, entre 2015 e 2019.
A nível associativo, foi presidente do grupo de Carnaval os “Bailarinos de Válega”, vice-presidente da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz, dirigente do Sporting Clube de Esmoriz e do “Esmoriz Ginásio clube”, e também tesoureiro do coletivo Danças e Cantares de Santa Maria de Esmoriz.
Já no domínio político, ao longo dos anos assumiu vários cargos na concelhia de Ovar do PSD e na distrital de Aveiro, sendo que integrou a organização da 1ª Convenção da Comissão Estratégica Nacional do PSD e dirigiu no distrito várias campanhas eleitorais sociais-democratas.
Além de Henrique Araújo pela coligação Movimento 2030, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro em Ovar também concorrem Mário Manaia pelo BE, Carlos Ramos pela CDU, Emanuel Oliveira pelo PS e Domingos Silva, pelo PSD. Nessa autarquia com 148 quilómetros quadrados e cerca de 55.400 habitantes, o executivo camarário é composto por sete eleitos sociais-democratas e dois vereadores socialistas.
Recomendações
PJ detém suspeita de atear fogo numa casa em Estarreja por vingança
Em comunicado, a PJ salientou que a mulher, de 50 anos, foi detida fora de flagrante delito. A PJ adiantou que a detida terá agido por vingança por, alegadamente, o dono da casa não lhe ter pagado trabalhos domésticos que realizou. “A suspeita deslocou-se à habitação do devedor, partiu o vidro de uma janela e introduziu, no interior da casa, palha a arder”, especificou. O incêndio, que aconteceu em maio, destruiu a habitação e só não atingiu prédios vizinhos graças à intervenção dos bombeiros, frisou. A detida vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para a aplicação de eventuais medidas de coação.
Autárquicas: Ricardo Campelo Magalhães concorre pela IL a Azeméis para baixar impostos
Em declarações à Lusa, o cabeça de lista e presidente da concelhia do partido da referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto afirma: “A atitude reformista com que o PS foi eleito em 2017 está completamente perdida apenas oito anos depois, com uma liderança longe não só dos munícipes como do próprio 'staff' da Câmara. É algo difícil de medir, mas é palpável”. Referindo que a lista da IL envolve “uma equipa jovem, mas com experiência profissional”, o candidato resume as suas propostas à intenção de “dar nova vida a Oliveira de Azeméis” e enquadra-as em quatro áreas temáticas. A primeira está relacionada com a dicotomia “município rico, município pobre” e representa “a vontade de baixar impostos e taxas, desburocratizar [os serviços] e aproximar” a estrutura autárquica da população, o que, em termos concretos, incluirá “o aumento do Benefício Municipal em IRS e a descida das taxas de saneamento”. Essa rede pública, juntamente com a de distribuição de água, constitui a segunda grande preocupação de Ricardo Campelo Magalhães, que realça que “Oliveira de Azeméis tem a segunda fatura de água mais cara do país” e, apesar do crescimento da estrutura de abastecimento, ainda exibe uma taxa de cobertura do território “abaixo de dois terços”. As outras propostas da IL prendem-se depois com centralidade e mobilidade. No primeiro caso, o candidato pretende “recentrar o concelho em si, com diversas políticas para consumir local, melhorar a mobilidade, reduzir o parqueamento pago – como prometido pelo executivo (…) – e melhorar o marketing do município”. Quanto à mobilidade, propõe-se acabar com a tendência do atual executivo para “deixar as estradas e os equipamentos do concelho sem manutenção para alcatroar as estradas em ano de eleições” e levar outras estruturas “ao ponto de precisarem de grandes intervenções, que sejam inauguráveis”. “Na IL somos pela eficiência, comprometendo-nos a fazer a manutenção das estradas e dos equipamentos quando necessário, para bem da população e do orçamento”, conclui. Com 45 anos e residente em Oliveira de Azeméis, Ricardo Campelo Magalhães tem um Mestrado em Economia Internacional pela Faculdade de Economia do Porto e é atualmente sócio-gerente da empresa de mediação de seguros Campelo de Magalhães. Antes disso, foi analista na empresa Finantech e consultor na auditora KPMG, em São Paulo, assim como ‘trader’ na então Fincor. “Em termos associativos, foi representante de Portugal no IREF (Institut de Recherches Économiques et Fiscales), organizador e professor dos chamados ‘Campos da Liberdade’ do Language of Liberty Institute e ‘blogger’ n’O Insurgente”, acrescenta. Já nível político, foi candidato da IL pelo distrito de Aveiro nas eleições legislativas de 2022 e 2025, sendo o atual líder da concelhia do partido em Oliveira de Azeméis. Além de Ricardo Campelo Magalhães pela IL, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro em Oliveira de Azeméis concorrem também Sara Costa pelo BE, Manuel Almeida pelo Chega, Pedro Marques pela coligação entre PSD e CDS-PP, e Joaquim Jorge Ferreira pelo PS. Esse último é o atual presidente da autarquia com 163 quilómetros quadrados e cerca de 70.000 habitantes. Tem maioria absoluta na Câmara e lidera a um executivo com seis eleitos socialistas e três vereadores sociais-democratas (pela coligação PSD/CDS), candidatando-se em outubro ao seu terceiro mandato.
APA e Murtosa reforçam “ligação entre o Porto de Recreio da Torreira e a comunidade”
De acordo com o documento, ao abrigo deste contrato, a Administração do Porto de Aveiro cede ao Munícipio da Murtosa diversos equipamentos e infraestruturas, “incluindo estacaria de fixação do quebra-mar, passadiços, edifícios de apoio, ponte-cais, rampa de varadouro, terraplenos e respetivas redes e infraestruturas”. O Porto de Aveiro esclarece que esta parceria vem responder a uma necessidade de garantir uma “gestão eficaz das infraestruturas, permitindo reforçar a ligação entre o Porto de Recreio da Torreira e a comunidade, preservando um equipamento de relevância local e regional, ligado à tradição náutica e à valorização da Ria de Aveiro”. A assinatura do contrato contou com a presença de Eduardo Feio, presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, e de Januário Cunha, presidente da Câmara Municipal da Murtosa. Na nota de imprensa, a APA avança ainda que em “outubro deste ano” será lançado um procedimento para a remoção dos passadiços no Porto de Recreio, “de forma a mitigar constrangimentos à circulação marítima e garantir a segurança da navegação”. A intervenção terá uma duração estimada de “60 dias” e incluirá a “demolição e remoção do passadiço o e do quebra-mar flutuante, da rampa de acesso, dos apoios individuais para atracação de embarcações, bem como o desmantelamento do equipamento de instalações elétrica”.
Autárquicas: Miguel Viegas concorre pela CDU à Feira para remunicipalizar água
Em declarações à Lusa, o cabeça-de-lista da coligação entre PCP e Partido Ecológico Os Verdes diz que essa questão merece especial destaque num conjunto de medidas eleitorais cuja “principal prioridade é combater a degradação dos serviços públicos” neste município do distrito de Aveiro. “O abastecimento de água voltará a ser do município caso a CDU vença as eleições. É preciso que todos saibam que o capital da [concessionária] Indaqua tem vindo a ser disputado por vários fundos de investimento e não podemos permitir que um bem de primeira necessidade esteja nas mãos de privados cujo único objetivo é a maximização do lucro”, afirma. Sendo também médico veterinário, professor da Universidade de Aveiro e investigador nos domínios da governança e políticas públicas, Miguel Viegas defende depois a necessidade de combater as “assimetrias do território” da Feira, implementar uma “verdadeira política municipal de habitação” e construir “uma nova escola secundária no sul do concelho”. O candidato da CDU propõe-se igualmente garantir “ligações regulares” de transportes públicos entre as diversas freguesias do concelho, aumentar as soluções de mobilidade e estacionamento no centro da cidade da Feira, e melhorar a acessibilidade aos grandes polos de emprego e serviços em Aveiro e na Área Metropolitana do Porto. Referindo que as restantes ideias do programa eleitoral da CDU vêm sendo “construídas com as populações”, nomeadamente no que se refere também a ambiente e cultura, o cabeça-de-lista de comunistas e ecologistas resume: “Queremos devolver o município aos seus habitantes, colocando os direitos sociais e os serviços públicos no centro da governação local”. Natural de Paris, onde nasceu em 1969, e residindo atualmente em Coimbra, Miguel Viegas começou por formar-se em Medicina Veterinária em 1993, após o que exerceu em várias empresas do ramo durante 19 anos e em todo o país. Posteriormente licenciou-se e doutorou-se em Economia na Universidade do Porto, enveredando em 2010 pela carreira académica na Universidade de Aveiro. “Pelo meio, tirou dois mestrados: um em Planeamento Regional e Urbano, na Universidade de Aveiro, e outro em Treino Desportivo, na Universidade de Coimbra”, acrescenta a Concelhia da Feira do PCP. Quanto à sua carreira política, o candidato da CDU já foi deputado na Assembleia Municipal de Ovar, entre 2009 e 2013, e daí seguiu para o Parlamento Europeu, onde cumpriu o mandato de 2014 a 2019. Miguel Viegas pertenceu a várias associações em Ovar e é ainda dirigente nacional na FENPROF - Federação Nacional dos Professores. Segundo o PCP da Feira, as listas da CDU nesse concelho refletem “uma candidatura jovem e intergeracional”, em que a média de idades dos candidatos à Câmara é de 42 anos e à Assembleia Municipal de 49, e com 40 % de candidatos não militantes. Quanto a paridade, a mesma fonte realça: “Registamos com orgulho que as listas da CDU para os órgãos municipais são compostas por uma maioria de mulheres – 54% na Câmara e 55% na Assembleia – e é interessante constatar que 24% das listas candidatas às Assembleias de Freguesia são encabeçadas por elas”. Além de Miguel Viegas pela CDU, nas autárquicas do próximo dia 12 de outubro também concorrem à Câmara da Feira José Costa Carvalho pelo PAN, Frutuoso Tomé pelo CDS-PP, Filipe Honório pelo Livre, Eduardo Couto pelo BE, Márcio Correia pelo PS e Amadeu Albergaria pelo PSD. Esse último é o atual presidente da autarquia com mais de 213 quilómetros quadrados e 136.000 habitantes. Assumiu a presidência em março de 2024, na sequência da renúncia de Emídio Sousa para tomar posse como deputado parlamentar, e lidera agora um executivo composto por sete eleitos do PSD e quatro do PS.
Últimas
Alberto Souto diz que “preconceito político” camarário deixou mil pessoas à espera de casa condigna
A apresentação estava marcada para as 19h00, mas acabou por atrasar meia-hora. Isto porque, para receber os apoiantes, o Partido Socialista preparou porco no espeto, o que não deixou indiferentes os presentes. Alberto Souto até brincou: “Eu sei que havia ali um atrativo especial, mas estou certo de que não estão aqui pelo que está lá atrás. Estão aqui pelo que está cá à frente”. O porco no espeto foi, no entanto, uma arma de arremesso político para João Morgado, que se candidata à Junta de Freguesia de Eixo e Eirol. Num ataque ao atual executivo, o ex-presidente, que governou entre 2013 e 2021, afirma “preferir o petisco que oferece” aos “abraços, beijinhos e sorrisos a persuadir ideologias políticas por outros interesses que mais tarde ou mais cedo virão ao de cima”. Depois de prometer não gastar “mais de 5%” do discurso a falar da candidatura da coligação que apelidou de “Aliança mais ou menos com Aveiro”, o candidato continuou na ofensiva. João Morgado acusou Sara Rocha, atual presidente da Junta, de “incompetência” para evitar alguns prejuízos que a freguesia teve durante o mandato. A recordar os oito anos em que presidiu à Junta de Freguesia, o candidato do PS atirou também na direção de José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro. João Morgado afirma que, “por estratégia e calculismo político”, o edil “não o deixou trabalhar” em Azurva. Apesar dos esforços que garante terem sido realizados em toda a freguesia, o ex-presidente da Junta aponta nunca ter sido contactado no âmbito da delegação de competências para a manutenção dos espaços verdes em Azurva. Para além disso, o socialista nota ainda que a autarquia “impediu” qualquer trabalho que fosse feito na localidade e que os serviços da Câmara nunca deram a devida resposta. A resposta de Alberto Souto não tardaria. Durante a sua intervenção, o candidato à Câmara Municipal de Aveiro disse que prometia “o mais fácil”: “Comigo haverá obviamente delegação de competências. É assim que se faz boa política, cada um à sua escala a fazer aquilo que consegue fazer melhor”. Ainda no campo das críticas, trouxe de novo o tema da habitação para cima da mesa. À semelhança do que já tinha dito aquando da apresentação do programa do PS para Aveiro, o candidato voltou a criticar o executivo municipal pela tardia apresentação da Estratégia Local de Habitação. Para Alberto Souto, a demora só aconteceu por “preconceito político”, uma vez que a ideia foi apresentada pelo governo do PS. Assim, o ex-autarca considera “inaceitável” que a Câmara tenha preferido “deixar mil pessoas à espera de ter casa condigna do que aprovar a Estratégia Local de Habitação”. Para reverter a situação, Alberto Souto garante vir a trabalhar com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e com todas as verbas ainda disponíveis para conseguir recuperar e construir habitação social na região. Quem também teve a oportunidade de deixar uma bicada, desta feita ao executivo da Junta de Freguesia de Eixo e Eirol, foi Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia de Aveiro do PS. Apresentada como “futura vice-presidente da Câmara Municipal”, a número dois da lista liderada por Alberto Souto destacou o “importante legado” deixado por João Morgado quando foi presidente. Antes de passar a palavra ao candidato, Paula acusou os líderes da Junta de se “demitirem” das suas funções, ao contrário do que diz que o PS tem feito enquanto oposição. A lista de intervenções que a candidatura do PS a Eixo e Eirol quer fazer é, nas palavras de Alberto Souto, “perigosíssima”. Isto porque, a cada reunião que o candidato à Câmara Municipal tinha com os candidatos locais, “aparecia mais um projeto e mais uma ideia”. Não obstante, o candidato garante que é tudo “para fazer” e que no seu programa eleitoral “não há banha da cobra”. O grande destaque de Alberto Souto foi para o projeto de um anfiteatro no Parque de Azurva. Conforme conta, a ideia nasceu quando a candidatura percebeu, na sequência de um concerto da Banda Recreativa Eixense, que a localidade não tinha um espaço para espetáculos ao vivo. Aí, Alberto Souto diz que “se fez luz” e que se começou a imaginar o anfiteatro no declive do parque. Um dia depois, afirma, já a equipa candidata lhe fazia chegar uma imagem do que acreditava que o anfiteatro podia ser. Ainda a propósito do parque, Alberto Souto não quis deixar de homenagear Joaquim Albertino Simões de Oliveira. Pelo que diz ter “labutado” pelo parque, o candidato à CMA garante que, caso seja eleito, vai nomear o espaço de Parque Simões de Oliveira. Outra medida a que o socialista dá relevo é a ligação entre a Azurva Alta e Azurva Baixa. Segundo afirma, o arruamento vai permitir ligar o Centro Social ao Largo da Igreja, o que acabará por estruturar o território. Ainda para Azurva, Alberto Souto enunciou a necessidade de intervenção no estacionamento e na iluminação público, bem como da criação de um polidesportivo. Para o resto da freguesia de Eixo e Eirol, o candidato do PS recordou outras propostas que constam do programa apresentado na passada quarta-feira, dia 20. É o caso das duas praias de fluviais que a candidatura quer fazer, uma no Parque da Balsa e outra no Parque de Merendas de Eirol, ou a reabilitação do “abandonado” Complexo Desportivo e Lazer de Eirol. No bairro social da Vila Verde, Alberto Souto considera que o atual executivo teve “má vontade” e “insensibilidade” com a habitação. O caminho, entende, é corrigir os problemas com que sofrem as habitações – nomeadamente, problemas de infiltrações, teto de fibrocimento a precisar de ser substituídos ou necessidade de pintura – e ocupar as casas vazias. Caso avance finalmente a via entre Aveiro e Águeda, o cabeça-de-lista preconiza ainda uma “pequena revolução”. Se se verificar, Alberto Souto aponta que o centro de Eixo terá menos veículos pesados a atravessar e poderá, à semelhança do que o candidato quer fazer em todo o município, beneficiar com passeios mais largos, seguros e cicláveis. A aposta nos passeios e em ciclovias é uma aposta também subscrita por João Morgado. A via para bicicletas é uma proposta que diz nunca ter sido apoiada por Ribau Esteves e que seria importante para conferir segurança a quem anda na antiga estrada 230, após a passagem de nível de São Sebastião, em Eixo. A infraestrutura ligaria Eixo, Eirol e Horta. Às propostas apresentadas por Alberto Souto, acrescem algumas reivindicações de João Morgado. Se o candidato à Câmara Municipal de Aveiro se gaba de ter promovido o saneamento de 98,5% do município quando era presidente, o ex-governante de Eixo e Eirol diz que o 1,5% que ficou a faltar é na freguesia a que se candidata. Para Azurva, João Morgado indica ainda que é sua intenção promover a requalificação da antiga escola primária com o objetivo de criar um centro de atividades lúdicas e culturais.
Tuna Feminina da AAUAv coroada melhor tuna em festival internacional no Peru
As distinções foram uma surpresa para a Tuna, conta Inês Teixeira, uma das organizadoras da viagem. Em conversa com a Ria, a estudante da Universidade de Aveiro explica que a diversidade cultural que se viveu em Lima foi “tão bonita” que as aveirenses não estavam a contar ser galardoadas. Não obstante, confessa estar “muito contente” e receber o prémio de “braços abertos”. Apesar de só dez membros da Tuna terem embarcado rumo à América Latina, Inês Saraiva acredita que a atuação no festival foi muito positiva. A experiência e a troca cultural têm “enriquecido” o grupo, acrescenta a estudante, que nota poder observar o “quão diferentes e semelhantes” são as diferentes tunas femininas do mundo. O VII SANMARTINAS – Festival Internacional da Tuna Femenina de Derecho contou com a presença de sete tunas femininas a concurso, incluindo três tunas peruanas e quatro tunas internacionais (Portugal, Países Baixos, Colômbia e Chile), além de 4 tunas convidadas. A TFAAUAv destaca a particularidade de ser a tuna madrinha da tuna anfitriã, a Tuna Femenina de Derecho da Universidad de San Martín de Porres. Findo o festival, as aveirenses continuam por terras peruanas. Num registo mais descontraído e informal, Inês Saraiva afirma que o grupo tem sido muito bem recebido e diz estar a gostar muito da experiência.
Urgências de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Aveiro encerradas este fim de semana
Além de Aveiro, estarão ainda encerradas, sábado e domingo, as urgências de Obstetrícia e Ginecologia do hospital do Barreiro e o serviço de pediatria do hospital de Vila Franca de Xira. No sábado, estarão também encerradas as urgências de Obstetrícia e Ginecologia dos hospitais de Setúbal e das Caldas da Rainha, enquanto no domingo o mesmo acontece no Hospital Garcia da Orta. Quanto às urgências referenciadas, que apenas recebem casos encaminhados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou pela linha SNS 24, o portal indica as pediátricas dos hospitais Amadora-Sintra e de Loures, entre as 00:00 e as 24:00, nos dois dias. Referenciadas estarão também as urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais de Braga (sábado das 08:00 às 20:00 e domingo das 08:00 às 24:00), de Santarém (sábado, das 00:00 às 08:30), de Leiria (sábado e domingo, 00:00 - 24:00) e do Amadora-Sintra (domingo, 00:00 - 24:00). As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.
Nova residência universitária privada avança, mas preços dos quartos ainda não são conhecidos
Conforme noticiado pela Ria em janeiro, a nova residência está a ser construída “no terreno junto ao Seminário, à antiga Reitoria da Universidade de Aveiro e ao Hospital Infante D. Pedro”. A operação, que está a cargo da empresa Coordenada Decisiva, Lda, “vai contar com uma área comercial com 840 m2, onde está prevista a instalação de um equipamento de restauração e bebidas, com esplanada e uma zona de espaço verde com 1.306 m2”. Recorde-se que esta operação remonta a 2023 a um terreno vendido pela CMA, por 2,5 milhões de euros, “com o objetivo principal de possibilitar a construção de uma residência universitária de estudantes, dando um contributo para aumentar a oferta do mercado para habitação estudantil, numa zona de localização privilegiada”. Se em janeiro se falava na criação de 219 quartos, o jornal online Construir, num artigo publicado esta quinta-feira, não deixa claro que o número não possa aumentar para “240”. Depois de começar por falar nos 219 previamente anunciados, o jornal explica que vão ser feitos “60 quartos-suíte” por cada um dos quatro andares superiores, o que totaliza 240 quartos. Mais à frente, na nota técnica divulgada pelo jornal, o número de 240 alojamentos é reiterado. O mesmo se pode dizer em relação aos lugares de estacionamento. No corpo da notícia são repetidos os números que tinham sido divulgados em janeiro: 124 lugares em cave e 68 lugares à superfície. Por seu lado, a nota técnica, publicada no final do artigo, também dá conta de outros números. Aí consta que devem surgir “170 lugares cobertos” e “90 lugares à superfície”. Outro valor que difere é o do investimento na residência. Aquando do início da obra, a CMA falava num investimento privado de "cerca de 12 milhões de euros". Na notícia agora publicada, a Construir avança que a estrutura representa um investimento de “cerca de 15 milhões de euros”. O que ainda persiste como mistério é o valor a ser cobrado por cada quarto. Relembre-se que, quando questionado pela Ria, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, recusou a ideia de colocar uma cláusula no contrato de venda do terreno que definisse um teto máximo por quarto a ser cobrado aos estudantes. Entretanto, a Ria procurou também ouvir o responsável da empresa Coordenada Decisiva Lda., mas até ao momento não obteve qualquer resposta. Tal como noticiado anteriormente, as residências privadas em cidades como Lisboa, Porto, Braga e Covilhã são especialmente procuradas por estudantes internacionais oriundos de países onde os rendimentos familiares são, em regra, superiores aos de Portugal. Um bom exemplo disso é a “Micampus Residências”, presente em Braga, Covilhã e Porto, que, no caso de Braga, a opção mais barata de alojamento que tem disponível implica uma renda de 500/mês para os estudantes. Recorde-se ainda que, segundo os dados do Observatório do Alojamento Estudantil, consultados em janeiro pela Ria, o preço médio dos quartos em Aveiro situava-se nos 340 euros. De acordo com a Construir, dos “240” quartos previstos, “16” são dedicados a pessoas com mobilidade reduzida e vão ter uma maior área para permitir a movimentação dos residentes. Cada quarto vai estar equipado com uma “cama individual com arrumação, uma secretária, estantes de parede e também guarda-roupa embutido”. A Construir garante ainda que todas as unidades de alojamento vão ser equipadas com “instalações sanitárias modulares totalmente equipadas, que vão de encontro com o conceito de modularidade de construção e que maximizam a rapidez na montagem do edifício”. A publicação avança que o edifício vai estar dividido em cinco pisos e uma cave. No piso térreo estarão disponíveis os espaços comerciais e as zonas comuns e administrativas da residência, nomeadamente a biblioteca, as salas de estudo, o refeitório e os espaços polivalentes. Já a cave vai ser dedicada a áreas de lazer e permanência, um auditório, zonas técnicas e um estacionamento. O projeto aposta numa estrutura realizada em perfis metálicos SinProfile que, segundo diz o arquiteto em resposta enviada à Ria, se destaca pela “rapidez de construção, resistência, custo otimizado e integração em outros sistemas”. Miguel Ibraim da Rocha acrescenta que a estrutura permite ainda reduzir o impacto ambiental. À Construir, o responsável explica que a opção de expor na fachada os perfis metálicos estruturais se baseia na lógica formal das estruturas industriais. O objetivo, afirma, é “conferir ao edifício uma leitura formal de verticalidade e ritmo, reforçando a sua presença urbana e identidade visual”. A publicação avança também que a estrutura principal do edifício é composta por perfis metálicos laminados e soldados, o que permite uma construção modular, rápida e precisa, com uma grande redução de resíduos e desperdícios em obra. Por seu lado, as fachadas são resolvidas com um sistema ventilado de painéis metálicos perfurados, o que garante eficiência térmica, ventilação natural e manutenção simplificada. De acordo com o arquiteto, são painéis que oferecem uma expressão “leve e tecnológica”, o que contribui para uma linguagem arquitetónica “coerente e funcional”. Nos quartos vão ser instaladas portadas metálicas que, de acordo com o jornal, funcionam como dispositivos de sombreamento e privacidade. No exterior vai ser criada uma torre completamente transparente de acessos verticais. O objetivo é dinamizar o conjunto e conferir ao edifício uma identidade única que o torne facilmente identificável à vista.