Biblioteca da Feira é a que fez mais empréstimos no país e mais investiu em livros em 2023
A Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira é, das que integram a rede pública, a que fez mais empréstimos no país em 2023 e a que mais investiu em livros e outros documentos, revelou a direção dessa estrutura.
Redação
A conclusão resulta da análise à estatística mais recente da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP), que, avaliando o desempenho de 2023 por parte dos 427 equipamentos que detém em 253 concelhos do território, situou a referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto como a mais ativa em vários domínios.
“Somos a biblioteca que mais faz empréstimos de livros e música, a que tem mais serviços itinerantes, a que tem mais utilizadores ativos e a que mais investe na aquisição de documentos”, sintetizou à Lusa a diretora desse espaço cultural, Mónica Gomes.
Começando pelo empréstimo domiciliário, a contabilidade em causa é a seguinte: em 2023 a Biblioteca da Feira e os seus nove polos cederam aos utilizadores um total de 129.719 itens, o que incluiu 55.987 livros para adultos, 73.732 para crianças e 3.805 CD de música.
Ao nível da itinerância, por sua vez, a estrutura destacou-se por contar com três serviços móveis: uma carrinha-biblioteca para deslocação pelas zonas mais periféricas de um município com 231,4 quilómetros quadrados, outra para uso sazonal em zonas balneares e uma terceira para visita específica a fábricas e instituições de caráter social – sendo que essa venceu, aliás, o Prémio Maria José Moura 2023 de Boas Práticas Públicas Municipais, por levar à comunidade industrial livros, revistas, DVD e CD, disponibilizando ainda acesso à internet e um terminal de pagamentos multibanco.
A essa oferta itinerante acresce ainda o serviço remoto BiblioLED, que permite a utilizadores registados a consulta de títulos em formatos digitais como audiolivro e pdf, assim como a plataforma PressReader, que reúne mais de 7.000 jornais e publicações de todo o mundo, e a base de dados EBSCO, específica para pesquisa de conteúdos científicos.
Já quanto aos utilizadores registados e com atividade regular, a Biblioteca da Feira destacou-se também como a que tem mais utilizadores ativos, em concreto 14.058 que fizeram requisições ao balcão de atendimento – universo que é distinto do das 66.825 entradas registadas no edifício, número que abrange cidadãos que podem não estar inscritos como utilizadores oficiais e aos quais não é solicitada identificação por altura da visita.
Quanto ao investimento, a liderança deve-se aos 78.538 euros que a biblioteca aplicou na compra de novos documentos, termo técnico que se aplica não apenas a livros, mas também a CD de música, DVD com filmes e documentários, jogos de tabuleiro e estratégia, e ainda instrumentos musicais.
“Foi um ano de investimento excecional em que aproveitámos para atualizar conteúdos”, admite Mónica Gomes.
Em 2024, esse orçamento para compras já diminuiu para 40.400 euros, o que estará mais próximo dos valores médios anuais em aquisição de novos itens. O número de empréstimos e utilizadores ativos, contudo, continuou a crescer, já que, segundo a estatística interna da Biblioteca da Feira, de 2023 para 2024 as requisições subiram de 129.719 para 155.161 e os utilizadores a fazê-las passaram de 14.058 para 15.222.
A diretora do equipamento inaugurado em 2000 e atualmente com um fundo de 276.082 documentos defende que esse desempenho comunitário resulta de uma estratégia em que “a Biblioteca procura ir ao encontro das pessoas, estejam elas onde estiverem e qualquer que seja a sua idade, para lhes dar a conhecer serviços que, sem esse esforço de contacto, elas não saberiam que existem”.
Graças a um horário de funcionamento que de segunda a sexta-feira se prolonga até às 23:00 e que também abrange sábados até às 19:00 e domingos até às 12:30, essa divulgação beneficia igualmente de atividades paralelas como a realização de exposições de artes plásticas, a exibição de cinema e a dinamização de clubes temáticos como os de tricô, gastronomia, artes decorativas e jogos de estratégia.
“Tentamos que o ambiente na Biblioteca seja o mais agradável e natural possível”, conclui Mónica Gomes, “para que todos se sintam confortáveis e à vontade, quer venham cá para estudar um tema em profundidade ou apenas para ler uma revista, ver as exposições ou tomar um café no nosso bar”.
O relatório estatístico de 2023 da RNBP constatou que se manteve “alguma dificuldade na recuperação de públicos, em particular no segmento de público adulto”, que se verifica desde a pandemia de covid-19.
“Esta situação sugere que importa diversificar, inovar e desenvolver estratégias de comunicação e de serviços presenciais e/ou com recurso às possibilidades oferecidas pelo ambiente web no sentido de reforçar a relação direta com os utilizadores das bibliotecas públicas, procurando conhecer melhor as suas necessidades e interesses”, pode ler-se no documento.
A RNBP refere uma “significativa descida” na aquisição de documentos em 2023 face ao ano anterior, apesar da adesão de seis municípios à rede.
Em 2023 verificou-se uma subida do número de novos utilizadores inscritos (83.961) face ao ano anterior, refere ainda o relatório anual, havendo uma percentagem de 21,1% da população total inscrita nas bibliotecas da RNBP.
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Equipa de radiologia de intervenção da ULS Gaia/Espinho demite-se em bloco
No total são sete os profissionais que entre junho e julho cumprem os últimos dias na ULSGE. Já o então diretor do Serviço de Imagiologia e coordenador da Unidade de Radiologia de Intervenção (URI), Pedro Sousa, apresentou a demissão a 01 de maio, situação à qual se seguiu um pedido de rescisão de contrato e um processo disciplinar instaurado pela ULSGE. Contactado pela Lusa, fonte da ULSGE avançou que foi nomeado, interinamente, um novo diretor, o neurorradiologista de intervenção Manuel Ribeiro, e que a direção do serviço e o conselho de administração “estão ativamente a realizar as diligências para uma normalização rápida”. “Hoje é o meu último dia. O contrato dos colegas obriga um aviso prévio de um mês e, portanto, alguns terminam a sua atividade a 18 de junho e outros colegas, que já tinham um contrato superior a dois anos, terminam funções a 18 de julho”, disse à Lusa Pedro Sousa. Questionado sobre o motivo pelo qual apresentou a sua demissão, o médico disse que “existe efetivamente uma diferença estratégica entre o atual conselho de administração e a direção de serviço à data” e que como diretor de serviço “sentia alguma inoperância”. “Os projetos estavam todos suspensos (…) A gota de água foi a falta de respeito institucional, a alteração de uma prática que tinha já há cinco anos”, disse Pedro Sousa, referindo-se a alegadas alterações à constituição do júri para a contratação de recém-especialistas da neurorradiologia. O conselho de administração da ULSGE, que era presidido pelo médico anestesista Rui Guimarães, foi substituído em fevereiro deste ano, sendo agora liderado por Luís Cruz Matos, que foi administrador executivo do Hospital da Prelada, pertencente à Santa Casa da Misericórdia do Porto. O médico Pedro Sousa foi um dos signatários de cartas enviadas à tutela, nomeadamente à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, quando ainda não era conhecido o novo conselho de administração, nas quais era pedida a continuidade de Rui Guimarães. Relativamente ao processo disciplinar instaurado pelo hospital, Pedro Sousa disse acreditar que este se deva a “incómodo” por este ter tornado pública a sua demissão. Sobre esta matéria, a ULSGE informou a Lusa que “foi instaurado um processo disciplinar ao dr. Pedro Sousa, por alegada violação do Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD)”. “Estão em causa situações de exposição de documentação institucional interna a entidades externas, sem o devido enquadramento legal, e com impacto nos direitos de privacidade de diversos profissionais da ULSGE”, lê-se na resposta da ULS. Quanto à prestação de cuidados aos utentes, essa, garante a ULSGE, “encontra-se assegurada”, estando “em curso todas as diligências para minimizar o impacto na atividade clínica, tanto localmente como na rede de articulação da região Norte, uma vez que a unidade serve uma população que ultrapassa os limites da ULSGE”. Acrescenta ainda a ULS que a nomeação do médico Manuel Ribeiro “decorre enquanto se processam as manifestações de interesse para as direções de serviço, um procedimento iniciado a 08 de maio” que é “transversal a toda a instituição e decorre por imposição legal por termo do mandato do anterior conselho de administração e que implica a renovação das comissões de serviço”. “A direção de serviço, em articulação com o conselho de administração, está empenhada na rápida estabilização do serviço. Reforça-se que esta unidade representa um investimento significativo do SNS [Serviço Nacional de Saúde], incluindo fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], tanto em equipamentos como em formação diferenciada. Importa ainda referir que parte dos profissionais agora demissionários terminou recentemente o seu percurso formativo”, conclui.
Crianças de Ílhavo aprendem regras de trânsito em escola rodoviária renovada
Trata-se da Escola Municipal de Educação Rodoviária (EMER) de Ílhavo, situada na Gafanha da Nazaré, distrito de Aveiro, que volta a funcionar após um investimento de cerca de 70 mil euros em obras de reabilitação. Os objetivos da EMER passam por “incutir em crianças e jovens bons hábitos na via pública, enquanto peões, passageiros e ciclistas, e consciencializar docentes, famílias e comunidade para a importância da prevenção rodoviária”, refere uma nota de imprensa municipal. Para isso, a escola desenvolve projetos educativos em colaboração com escolas, alunos, docentes, pais e autoridades. A reabertura foi assinalada com uma ação de sensibilização rodoviária para crianças do Jardim de Infância da Escola Básica de Ílhavo, promovida pelo município em parceria com a GNR. As intervenções incluíram a remodelação interna das salas de formação, casas de banho, receção e garagem, além de novos revestimentos, pinturas, reparação de vãos e reabilitação das fachadas e da pala da entrada. Foi ainda instalado um parque exterior para descanso e merendas e reabilitada a pista, com nova sinalização horizontal e vertical. Além das obras, a autarquia investiu cerca de nove mil euros na aquisição de novos equipamentos. Nesse montante está incluída a compra de 18 bicicletas, 12 trotinetes e 12 carrinhos a pedais, e a manutenção de material já existente na escola, antes do seu encerramento temporário. Em 2023, a EMER recebeu 2.500 visitas, enquanto em 2024, ano em que encerrou para obras, registou 1.880 visitantes, tendo o calendário de visitas de 2025 quase todo preenchido até ao verão. A EMER faz parte do Serviço Educativo Municipal de Ílhavo (SEMI), sendo um espaço de aprendizagem para o público escolar e famílias.
Autárquicas: PS Ílhavo apresenta publicamente candidatura aos órgãos municipais no próximo mês
De acordo com uma nota enviada à Ria, a ação vai contar com a intervenção de Luís Leitão, candidato à presidência da Assembleia Municipal, Hugo Oliveira, presidente da Federação de Aveiro do PS e de Sónia Fernandes. Sónia Fernandes tem 45 anos de idade, é casada e mãe de uma jovem adolescente. É natural de São Salvador e reside atualmente na Praia da Barra. Tem uma forte ligação ao concelho, tendo crescido na Gafanha da Nazaré. Licenciada em Engenharia do Ambiente, ao longo da sua carreira profissional tem desempenhado funções de liderança nas áreas da Qualidade, Ambiente e Segurança. Militante do Partido Socialista desde 2005, Sónia Fernandes exerce, atualmente, funções na Assembleia Municipal de Ílhavo e é presidente da Comissão Política Concelhia do PS Ílhavo. “Esta experiência tem-lhe proporcionado um profundo conhecimento das dinâmicas do concelho e das reais necessidades da sua população. A candidata defende que a política local deve ser feita com proximidade, ouvindo as pessoas e promovendo políticas públicas que garantam o desenvolvimento económico, a coesão social e a sustentabilidade ambiental”, adianta a nota. Luís Leitão tem 59 anos de idade, é casado e pai de dois filhos. Reside desde sempre na Gafanha da Nazaré. É licenciado em Contabilidade e Administração pela Universidade de Aveiro e diretor comercial da Teka Portugal, SA. Lidera pelo terceiro mandato consecutivo a bancada do PS na Assembleia Municipal de Ílhavo. O candidato à presidência da Assembleia Municipal tem ainda, de acordo com a nota, “um intenso percurso cívico, tendo assumido ao longo da sua vida inúmeras responsabilidades associativas, com destaque para a Associação de Estudantes do ISCAA, a Associação Portuguesa de Rádios, a Confederação de Meios de Comunicação Social, a Associação Náutica da Gafanha da Nazaré, o Grupo Desportivo da Gafanha, o Sport Club Beira-Mar, a Fundação Prior Sardo, a Cooperativa Cultural e Recreativa da Gafanha da Nazaré e Rádio Terra Nova”. Atualmente, é membro da direção da Confraria Gastronómica do Bacalhau, desempenha funções de presidente da Assembleia-Geral do Grupo Desportivo da Gafanha e é presidente da Divisão de Eletrodomésticos da AGEFE - Associação Empresarial dos Sectores Elétrico, Eletrodoméstico, Eletrónico e das Tecnologias da Informação. “Protagonista do Partido Socialista desde a sua juventude, foi mandatário distrital da candidatura presidencial de Mário Soares e mandatário concelhio da candidatura presidencial de Jorge Sampaio”, relembra ainda a nota.
Centro de Obesidade do Hospital da Feira com 676 cirurgias em 2024 e 10 bypasses por dia
O balanço da atividade desse serviço da Unidade Local de Saúde do Entre Douro e Vouga (ULS EDV), que tem sede no Hospital São Sebastião e serve seis municípios do distrito de Aveiro, foi revelado após o seu reconhecimento formal pela IFSO – Federação Internacional de Cirurgia de Obesidade e Doenças Metabólicas como o primeiro “Centro de Excelência” em Portugal nesse domínio de intervenção. Para a certificação europeia contribuiu o progresso registado na atividade do CRITCODM desde a sua entrada em funcionamento em janeiro de 2019. A produção cirúrgica foi particularmente condicionada nos anos seguintes, devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19 e os atrasos daí decorrentes, mas a estrutura chegou a 2024 com “um aumento global de produção, o que demonstra um esforço significativo da equipa para recuperação da atividade e resposta às necessidades assistenciais dos utentes”. Essa análise é do CRITCODM, Mário Nora, que, em declarações à Lusa, afirma que o reconhecimento da IFSO é assim “fruto de um trabalho contínuo, baseado na dedicação de uma equipa multidisciplinar comprometida com os melhores resultados clínicos e humanos para os seus doentes”. A equipa em causa integra cirurgiões, endocrinologistas, psiquiatras, anestesiologistas, nutricionistas e psicólogos, entre outros profissionais de saúde, e, só no primeiro trimestre de 2025, já intervencionou 233 utentes, tendo agora como meta chegar aos 700 até final do ano. A expectativa é também a de manter ou melhorar os tempos de espera de 2024, ano em que nenhum utente aguardou mais de 12 meses pela cirurgia e em que a marcação dos procedimentos demorou em média 2,1 meses. Quanto à produção concreta de cirurgia bariátrica e metabólica assegurada por essa equipa, Mário Nora diz que foram três os procedimentos vulgarmente referidos como “operações para emagrecer” mais frequentes no CRITCODM: a gastrectomia em manga ou “sleeve gástrico”, que reduz o tamanho do estômago e a sua capacidade de conter alimentos, conferindo-lhe uma forma idêntica à de um tubo; o bypass gástrico, em que o estômago é seccionado de forma a criar uma pequena bolsa na parte superior, o que restringe a quantidade de alimentos ingerível; e o SADI-S (Single Anastomosis Duodeno-Ileal Bypass), para casos de obesidade extrema, porque elimina parte do estômago e também o reconfigura num pequeno tubo, deixando vários metros de intestino sem contacto com os alimentos, para evitar má absorção. “A Cirurgia Bariátrica e Metabólica assume-se como o único tratamento verdadeiramente eficaz para a obesidade de grau II e III, permitindo corrigir não só o excesso de peso, mas também muitas doenças que lhe estão associadas, como a diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, a hipercolesterolemia e a apneia do sono”, realça Mário Nora. O médico garante, contudo, que a sua equipa não tem predileção por nenhuma técnica em específico: “Entendemos que devemos adequar o procedimento a cada paciente e, assim, avaliamos individualmente o seu perfil, para saber qual a cirurgia mais indicada para o seu caso”.
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AAUAv/UA: Sete anos depois, futebol 7 feminino volta a conquistar ouro nos CNU
As estudantes-atletas de futebol 7 trouxeram de Faro mais uma medalha de ouro. A conquista volta a acontecer pela primeira vez em sete anos e Rita Costa, estudante do quinto ano de Engenharia de Materiais da UA e capitã da equipa, sublinha que apesar da vitória por quatro a um no frente a frente com a equipa da Universidade do Minho, o jogo foi bastante disputado. “O jogo foi complicado, quatro golos é um resultado expressivo, mas não retrata o jogo porque foi um jogo bastante difícil, a equipa do Minho era uma equipa bastante boa: atrevo-me a dizer a melhor que encontramos no Campeonato Nacional Universitário”, aponta a capitã da equipa aveirense. No final, a “garra, raça e união” da equipa aveirense falou mais alto e valeram o ouro para a equipa da cidade dos canais, repara Rita. A capitã da equipa frisou ainda que o grupo foi constituído recentemente e é composto pela equipa de futsal da AAUAv/UA e “mais quatro ou cinco jogadoras de futebol que por acaso já jogam todas juntas”. Daniel Vilarinho, técnico responsável pela formação destaca que as jogadoras, um grupo criado com cerca de três meses de antecedência, “deram o que tinham e o que não tinham, todas elas”, algo que destaca como “a grande diferença” na conquista pelo título. O treinador aproveitou ainda a oportunidade para agradecer à universidade e aos clubes das estudantes-atletas pelo apoio prestado ao longo dos meses de preparação. “Valorizamos [a vitória] como nossa, mas ela é de uma série de instituições”, aponta o treinador. A vitória resulta ainda no apuramento para o Campeonato Europeu Universitário, e as expectativas são partilhadas pela equipa e pelo treinador: “representar o melhor possível o nosso país e a nossa academia”, apontam. “União, esforço e dedicação não irá faltar com certeza”, reforçou Daniel Vilarinho. A competição europeia acontece no final do mês de julho, em Camerino, na Itália. No início de maio, os atletas de Atletismo Pista Ar Livre da equipa aveirense conquistaram ainda doze pódios: cinco ouros, cinco pratas e dois bronzes. A AAUAv/UA conquistou ainda o terceiro lugar do pódio no futebol de praia masculino. A equipa ainda alcançou o primeiro lugar na fase de grupos (Grupo B) com 6 pontos, mas perdeu com a diferença de um golo para a agora campeã universitária - a Associação de Estudantes do ISCTE (AEISCTE-IUL). A competição decorreu nos dias 15 e 16 de maio, no Complexo Desportivo da Praia de Carcavelos. Importa ainda destacar a equipa de Rugby da AAUAv/UA que, apesar de não ter fechado o pódio nos CNU da sua modalidade [Rugby Sevens], alcançou o quinto lugar num universo de 12 equipas. A equipa da universidade aveirense conquistou assim um dos objetivos aos quais se tinha proposto, registando ainda uma subida de seis posições face aos resultados conseguidos na competição do ano passado. A competição decorreu no Campo de Rugby da Tapada da Ajuda, em Lisboa, nos dias 20 e 21 de maio. A equipa da AAUAv/UA conta neste momento com 57 medalhas no medalheiro e ocupa a 5ª posição na luta pelo Troféu Universitário de Clube. A equipa da AAUAv/UA volta a competir já este sábado, dia 31, nos CNU de Remo e em junho há ainda competições nacionais na modalidade de orientação, E-Sports, karting, triatlo e canoagem.
"Mudar o Paradigma de Gestão e de Governança da UA", opinião de Filipa Brandão
Mudar o Paradigma de Gestão e de Governança da UA: Um Apelo à Liderança Participativa e à Cocriação de Soluções para o Futuro de Todos Ao celebrar mais de cinco décadas de história, a Universidade de Aveiro encontra-se num momento decisivo. Os desafios que hoje se colocam ao Ensino Superior, as restrições orçamentais, o necessário impacto social do ensino e da investigação, a sobrecarga de trabalho e em muitos casos de burnout dos seus recursos humanos, exigem uma profunda reavaliação dos modelos de liderança e gestão das Instituições de Ensino Superior. Urge transitar de modelos tradicionais de “governo” para abordagens de “governança” bottom-up, que se apoiem no ‘chão da universidade’. No centro desta transformação devem estar lideranças democráticas e transformativas assentes numa participação efetiva de Todos! O Conselho Geral da Universidade deve tornar-se o motor desta mudança. Defendemos um Conselho Geral que promova a eleição direta de todos os órgãos unipessoais, logo que legalmente possível. Que exija audições públicas abertas a toda a comunidade dos candidatos a reitor, o escrutínio aberto dos seus programas, o que é o oposto da atual situação de ‘conclave’ que reina no Conselho Geral. Defendemos um Conselho que envolva diretamente todos os segmentos da comunidade universitária, académicos e não académicos, em início de carreira e seniores, com contratos permanentes ou precários. A representação não pode ser simbólica e de cortesia para com as reitorias. O Conselho Geral deve ser a voz da comunidade e atuar como órgão de fiscalização dos órgãos da universidade: deve ser ativo, dinâmico e consequente. A governança participativa, de base, não é um ideal utópico. É uma exigência democrática. No contexto universitário, significa envolver ativamente quem trabalha e estuda na instituição na definição da sua direção, prioridades e cultura. É um modelo que reconhece os saberes diversos, as experiências vividas e as perspetivas críticas de quem está no terreno. Legitimar a governança bottom-up implica saber-se ser inclusivo e saber-se dialogar. A universidade deve refletir a inteligência coletiva da sua comunidade, o que requer dar poder de participação e decisão a Todos e não apenas às elites dos órgãos eleitos ou designados. Saber-se delegar - e não centralizar funções e decisões - é um ato de gestão inteligente. A governança participativa deve ir além da retórica. Deve estar presente nas estruturas e práticas institucionais do dia a dia. O Conselho Geral tem um potencial único para cumprir esse papel, não como mero validador das atividades do reitor, mas como espaço independente, inclusivo e construtivo de reflexão estratégica, debate e responsabilização. Para isso, precisamos de um Conselho Geral que escute, questione e proponha, que funcione como consciência coletiva da instituição. Esta visão exige uma transformação na cultura institucional. Reconstruir a confiança na governança universitária significa empoderar as pessoas. Significa garantir que docentes sobrecarregados com horas letivas excessivas, investigadores em situação de instabilidade e estudantes que procuram uma formação com sentido sintam que a sua voz conta. Governança não é controlo, é corresponsabilização. E só com corresponsabilidade poderemos construir uma universidade resiliente, inclusiva e preparada para os próximos 50 anos. Escolhamos o diálogo e a empatia com as pessoas, em vez da distância e da voz de comando, a transparência em vez da opacidade, a coragem em vez da gestão do dia a dia. Vamos co-construir a Universidade de Aveiro do futuro, em conjunto. Não para alguns, mas para todos!
Equipa de radiologia de intervenção da ULS Gaia/Espinho demite-se em bloco
No total são sete os profissionais que entre junho e julho cumprem os últimos dias na ULSGE. Já o então diretor do Serviço de Imagiologia e coordenador da Unidade de Radiologia de Intervenção (URI), Pedro Sousa, apresentou a demissão a 01 de maio, situação à qual se seguiu um pedido de rescisão de contrato e um processo disciplinar instaurado pela ULSGE. Contactado pela Lusa, fonte da ULSGE avançou que foi nomeado, interinamente, um novo diretor, o neurorradiologista de intervenção Manuel Ribeiro, e que a direção do serviço e o conselho de administração “estão ativamente a realizar as diligências para uma normalização rápida”. “Hoje é o meu último dia. O contrato dos colegas obriga um aviso prévio de um mês e, portanto, alguns terminam a sua atividade a 18 de junho e outros colegas, que já tinham um contrato superior a dois anos, terminam funções a 18 de julho”, disse à Lusa Pedro Sousa. Questionado sobre o motivo pelo qual apresentou a sua demissão, o médico disse que “existe efetivamente uma diferença estratégica entre o atual conselho de administração e a direção de serviço à data” e que como diretor de serviço “sentia alguma inoperância”. “Os projetos estavam todos suspensos (…) A gota de água foi a falta de respeito institucional, a alteração de uma prática que tinha já há cinco anos”, disse Pedro Sousa, referindo-se a alegadas alterações à constituição do júri para a contratação de recém-especialistas da neurorradiologia. O conselho de administração da ULSGE, que era presidido pelo médico anestesista Rui Guimarães, foi substituído em fevereiro deste ano, sendo agora liderado por Luís Cruz Matos, que foi administrador executivo do Hospital da Prelada, pertencente à Santa Casa da Misericórdia do Porto. O médico Pedro Sousa foi um dos signatários de cartas enviadas à tutela, nomeadamente à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, quando ainda não era conhecido o novo conselho de administração, nas quais era pedida a continuidade de Rui Guimarães. Relativamente ao processo disciplinar instaurado pelo hospital, Pedro Sousa disse acreditar que este se deva a “incómodo” por este ter tornado pública a sua demissão. Sobre esta matéria, a ULSGE informou a Lusa que “foi instaurado um processo disciplinar ao dr. Pedro Sousa, por alegada violação do Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD)”. “Estão em causa situações de exposição de documentação institucional interna a entidades externas, sem o devido enquadramento legal, e com impacto nos direitos de privacidade de diversos profissionais da ULSGE”, lê-se na resposta da ULS. Quanto à prestação de cuidados aos utentes, essa, garante a ULSGE, “encontra-se assegurada”, estando “em curso todas as diligências para minimizar o impacto na atividade clínica, tanto localmente como na rede de articulação da região Norte, uma vez que a unidade serve uma população que ultrapassa os limites da ULSGE”. Acrescenta ainda a ULS que a nomeação do médico Manuel Ribeiro “decorre enquanto se processam as manifestações de interesse para as direções de serviço, um procedimento iniciado a 08 de maio” que é “transversal a toda a instituição e decorre por imposição legal por termo do mandato do anterior conselho de administração e que implica a renovação das comissões de serviço”. “A direção de serviço, em articulação com o conselho de administração, está empenhada na rápida estabilização do serviço. Reforça-se que esta unidade representa um investimento significativo do SNS [Serviço Nacional de Saúde], incluindo fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], tanto em equipamentos como em formação diferenciada. Importa ainda referir que parte dos profissionais agora demissionários terminou recentemente o seu percurso formativo”, conclui.
Dino D'Santiago atua no primeiro dia do Festival dos Canais em Aveiro
Organizado pela Câmara de Aveiro, o evento, que celebra este ano a sua décima edição, inclui espetáculos de música, teatro, dança, novo circo, instalações artísticas, atividades para crianças e outras propostas que prometem transformar o quotidiano da cidade. Um dos destaques desta edição, segundo uma nota camarária, são os espetáculos sobre a água, entre os quais o “The Weight of Water”, da companhia Panama Pictures, dos Países Baixos, uma “parábola sobre o aquecimento global com seis intérpretes e uma plataforma flutuante" para ver no Canal Central, junto às comportas, nos dias 19 e 20 de julho. Na música, o primeiro nome revelado é o de Dino D’Santiago. O cantor que tem trabalhado a tradição cabo-verdiana com a marca contemporânea da eletrónica global irá atuar no arranque do evento, a 16 de julho, no palco maior do Festival dos Canais, instalado no Cais da Fonte Nova. No campo das estreias, o espetáculo verde/claro, de Rui Queiroz de Matos, é o primeiro exemplo, sendo também uma encomenda do Festival dos Canais que poderá ser vista todos os dias do evento, com quatro apresentações diárias. “Trata-se de uma criação com marionetas que celebra a natureza na sua escala mais íntima e questiona os espetadores sobre como seria a vida se os seres humanos tivessem apenas uns milímetros de altura”, refere a organização. Tal como aconteceu em anos anteriores, o evento contará com a participação da comunidade em algumas das suas atividades, como é o caso da Fanfarra dos Canais, uma formação musical itinerante que todos os anos conta com elementos recrutados através de uma ‘open call’, estando para breve a abertura das inscrições. A programação inclui ainda diversos espetáculos e atividades para as crianças e as famílias, que vão decorrer no espaço Jardim das Brincadeiras, na Baixa de Santo António. A exemplo dos últimos anos, o Festival dos Canais irá contar com um ‘pop-up’ do Chefs On Fire, um evento gastronómico que convida ‘chefs’ de renome a cozinhar em fogo lento, celebrando as origens da cozinha. A programação completa do Festival dos Canais será apresentada em breve e ficará também disponível na página do evento na internet.