Novos autárquicos de Ílhavo tomaram posse no domingo
A cerimónia pública da instalação dos órgãos municipais de Ílhavo encheu o Salão Nobre e o hall dos Paços do Município no passado domingo, dia 2, de acordo com uma nota de imprensa enviada pela autarquia. Enquanto Rui Dias tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), Paulo Pinto Santos foi reeleito como presidente da Assembleia Municipal (AM).
Redação
Rui Dias, no discurso de tomada de posse, disse que governar a Câmara Municipal de Ílhavo “a mais nobre das missões que lhe confiaram” e definiu que as principais linhas estratégicas para o seu mandato incidiam nos campos da educação, ação social, valorização do capital humano e cultura, associativismo, desporto e bem-estar, inclusão, juventude e longevidade, ambiente, mobilidade, planeamento urbano, sustentabilidade, economia competitiva, turismo e imagem identitária. A completar o executivo municipal, tomaram também posse os vereadores Carlos António Rocha e Eugénia Pinheiro, João Campolargo, Mariana Ramos e João Diogo Semedo, e Sónia Fernandes.
A Assembleia Municipal de Ílhavo vai ser presidida por Paulo Pinto Santos, sendo que a Mesa, que mantém a sua “natureza pluripartidária”, conta com a presença de Domingas Loureiro como primeira secretária e Irene Ribau como segunda secretária.
A primeira reunião de executivo municipal, que tem como principal objetivo a distribuição de pelouros e competências delegadas pelo presidente aos vereadores eleitos, ocorre no próximo dia 6, às 10h00, no Salão Nobre.
Recomendações
Cineclube de Avanca precisa de 350 mil euros para completar obra que se arrasta há décadas
A ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, esteve na terça-feira no parlamento, no âmbito da discussão sobre o Orçamento do Estado para 2026, e, questionada sobre o Fundo de Fomento Cultural, admitiu que o projeto de Avanca possa vir a ser apoiado “desde que ele se enquadre e cumpra as regras estabelecidas”. “Não estou a dizer que não seja possível, estou a dizer é que há regras”, afirmou a ministra, em resposta a perguntas de vários deputados que se prendiam com eventuais apoios específicos a vários espaços por via do Fundo de Fomento Cultural, cujo regulamento de acesso foi criado e publicado em Diário da República no mês passado. “Eu quero é reforçar uma ideia que é transversal a tudo: o Fundo de Fomento Cultural tem de ser gerido com critérios, objetivos, será sempre essa a nossa preocupação. […] Há 308 municípios, se os 308 municípios quiserem pedir 350 mil euros para intervenção num equipamento que tenham no seu concelho, será fácil perceber que isto não é financeiramente possível. Isso significa que tem de haver critérios, o que eu não quero é que seja o critério da cor partidária. Tem de ser em função da necessidade”, afirmou a governante. Balseiro Lopes realçou que uma das opções que vai tomar para 2026 será uma linha de financiamento para intervenções no património. O primeiro concurso do Fundo de Fomento Cultural, aberto no mês passado, tem uma dotação de 500 mil euros e abrange projetos desenvolvidos em território nacional, “podendo integrar ações no estrangeiro quando prossigam os fins do FFC”, lê-se no aviso. Em comunicado divulgado também em outubro, o ministério tutelado por Margarida Balseiro Lopes referia que o fundo “mobiliza atualmente mais de 40 milhões de euros por ano, reforçados para o próximo ano”, através do Orçamento do Estado. Contactado hoje pela Lusa, António Costa Valente, responsável pelo Cineclube de Avanca, disse esperar que sejam "regras que permitam continuar o processo de desenvolvimento cultural e de abertura para o cinema sem fronteiras, multicultural e completamente disponível para novos projetos”. “É para isso que queremos acabar a sede", afirmou Costa Valente, que destaca a urgência da conclusão das obras, que se arrastam há 32 anos, num terreno da Câmara Municipal de Estarreja, com quem aquela associação tem um contrato de comodato válido por 50 anos. “O Festival de Cinema de Avanca, que em 2026 celebrará a sua 30.ª edição, precisa urgentemente que a obra fique concluída, porque lá tem uma sala de cinema, e queremos pôr a sala de cinema a funcionar", declarou. O valor necessário destina-se a finalizar o espaço, que incluirá a sala de cinema, bem como áreas de produção e formação. Valente sublinha que o projeto é de "uma associação sem fins lucrativos, que sempre trabalhou em prol da cultura, de uma forma geral e especificamente no cinema, ao longo dos últimos 40 anos”. “O objetivo é continuar a desenvolver um projeto cultural que promova o cinema sem fronteiras, multicultural e aberto a novos projetos", finalizou.
Câmara de Estarreja tem candidaturas a bolsas de estudo abertas até dia 28
Este ano, o programa municipal – que já vai na 17ª edição – conta com alterações no procedimento de candidatura. Segunda uma nota enviada pelo Município à Lusa, para formalizar uma candidatura, os estudantes devem recorrer à Plataforma online SIGA e, “em primeiro lugar, enviar uma comunicação para o endereço eletrónico [email protected], indicando o nome completo, data de nascimento, número de identificação fiscal, número do cartão de cidadão, nome do pai e da mãe, nome do encarregado de educação e respetivo número de identificação fiscal”. Depois do envio desses dados, “os candidatos receberão um código de acesso que lhes permitirá submeter a candidatura na Plataforma SIGA, de forma exclusivamente online”. Para além da atribuição de novas bolsas, o programa também permite a renovação das bolsas atribuídas nas edições anteriores, sendo que o rendimento familiar dos candidatos e o seu rendimento familiar são fatores a considerar no processo de seleção. De acordo com a autarquia, este programa “visa apoiar estudantes do ensino superior, com idades até 29 anos, residentes no concelho há mais de dois anos e cujos rendimentos familiares se enquadrem nos critérios estipulados no regulamento”, sendo que são abrangidos os estudantes inscritos em licenciaturas, mestrados e em cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP) ministrados em Estarreja. O apoio financeiro mensal mantém-se até 125 euros, num total anual entre 750 euros e 1.250 euros, dependendo do escalão atribuído, e tem a duração de dez meses. Como contrapartida, os bolseiros comprometem-se a prestar 80 horas anuais de serviço comunitário em iniciativas municipais.
Cinanima arranca sexta com mais de 430 filmes sobre guerra, revolta feminina e solidão
É essa a descrição de André Ramada, coordenador de programação do evento que, na referida cidade do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, terá 110 filmes em competição, 16 dos quais na nova categoria “All Aboard”, que pretende “dar espaço à originalidade e exibir narrativas que, pela sua técnica ou temática, não se enquadram na competição normal, mas merecem destaque pelo seu arrojo”. Em diferentes salas da cidade, as restantes 320 obras serão exibidas em sessões panorâmicas e retrospetivas, entre elas a que pela primeira vez apresenta um conjunto de filmes de cinema imersivo para apreciar a 360º na cúpula interior do Planetário de Espinho – como o retro-futurista “The Dark Side of the Moon”, com temas do álbum homónimo dos britânicos Pink Floyd. Outras novidades da edição de 2025 são a exposição fotográfica dedicada a António Gaio (1925-1915), fundador do festival organizado desde 1976 pela Cooperativa Nascente, e a primeira sessão de ‘pitching’ na história do certame, para que ideias de projetos cinematográficos possam ser expostas em cinco minutos a profissionais do setor na expectativa de assim obterem financiamento e apoio técnico. “Vai ser uma edição muito interessante e preenchida, mantendo-se a tendência de haver muitas histórias relacionadas com guerra e refugiados, de acordo com duas visões claras: a dos filmes que chamam a atenção para os perigos da guerra e a dos que respondem a esses conflitos abraçando a união, a diversidade, a tolerância”, declara André Ramada à Lusa. Uma das retrospetivas incluída no programa é precisamente sobre a Palestina e integra filmes “feitos por mulheres e crianças nos campos de refugiados”, assim como obras de realizadores europeus solidários com a situação desse território devido ao conflito com Israel. Sobre os outros temas dominantes na programação do 49.º Cinanima, o mesmo responsável aponta “a revolta das mulheres” – ou porque “estão fartas de guerra e miséria, ou porque recusam aceitar o que não está bem, ou porque deixaram de se submeter a vontades que chocam com o que elas querem” – e realça também “uma solidão cada vez mais evidente” – que antes se identificava sobretudo nos seniores, mas “agora se nota também nos jovens e até nas crianças”. O programador do festival defende, aliás, que muita dessa "solitude" é exposta em obras autobiográficas: “Os realizadores jovens veem tanta tragédia no mundo que sentem que não há esperança. Às vezes isolam-se intencionalmente, outras vezes notam-se isolados sem querer, e isto reflete-se nas suas histórias, com muitas personagens sozinhas”. Das 110 obras em competição, André Ramada destaca assim “Memory Hotel”, uma coprodução franco-alemã realizada por Henrich Sabl com recurso a marionetas filmadas na técnica ‘stop-motion’, para contar em 100 segundos a história de uma menina que em 1945 foge a uma frente bélica russa e acaba por se refugiar num hotel onde estão alojados dois nazis. Também “Pelikan Blue” está a criar “muita expectativa” pela forma como, em 78 segundos, László Csáki retrata a aventura de três jovens que, face ao elevado custo de viajar na Hungria da década de 1990, falsificam bilhetes de comboio para poderem descobrir o seu país. Outras obras recomendadas são: “Sulaimani”, 'curta' de 20 minutos da francesa Vinnie Ann Bose, combinando marionetas e pintura, sobre os conflitos de integração de uma mulher indiana a viver em França; “Shadows”, filme de 12 minutos da jordana Rand Beiruty, em desenho 2D por computador, com a história verdadeira de uma grávida adolescente a tentar fugir do Iraque; e “Ovary-acting”, coprodução surrealista entre Noruega, Suécia e Reino Unido para 12 minutos em modelação ‘stop-motion’ sob a direção de Ida Melum, sobre uma mulher que, depois de dar à luz o seu próprio sistema reprodutivo, tem que lidar com a pressão social relativa à maternidade e decidir se quer mesmo ser mãe. Quanto à competição portuguesa, que este ano conta apenas com oito filmes, André Ramada salienta “Cão sozinho” de Marta Reis Andrade, “Saudade, talvez” de José-Manuel Xavier e “Porque hoje é sábado”, de Alice Eça Guimarães – que identifica como realizadora de “um dos tais projetos biográficos”, já que o filme conta a história de uma “mãe trabalhadora que, chegada ao fim-de-semana, se prepara para dedicar uns minutos a si própria, mas se vê continuamente interrompida por marido e filhos, sem descanso”. “É uma situação em que muita gente se revê e o filme dá mesmo para rir”, garante o programador do Cinanima.
Chuva forte motiva aviso laranja esta madrugada no distrito de Aveiro
Entre a meia-noite e as 3h00, os 17 distritos já vão estar sob aviso amarelo devido à previsão de precipitação, passando a laranja entre as 3h00 e as 9h00 – período em que também vão estar todos com aviso amarelo devido à previsão de condições favoráveis à ocorrência de trovoadas e fenómenos extremos de vento. A seguir, entre as 9h00 e as 15h00, todos os distritos continuam sob aviso amarelo. Entre as 21h00 de hoje as 9h00 de amanhã, os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Braga também vão estar sob aviso amarelo pela previsão de vento forte do quadrante sul, com rajadas da ordem de 80 quilómetros por hora (km/h) no litoral, e da ordem de 100 km/h nas terras altas. Entre as 21h00 de hoje e as 14h00 da próxima quinta-feira, dia 6, vigora um aviso amarelo por agitação marítima nos distritos do Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Aveiro, Coimbra e Braga. Nestes distritos, entre as 00h00 e as 9h00 de quinta-feira,regista-se nestes distritos aviso laranja, quando se preveem ondas de oeste/noroeste com 05 a 06 metros de altura significativa, podendo atingir altura máxima de 09 metros.
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Duas dezenas de estudantes e professores do Brasil estão em Aveiro para “imersão” tecnológica
Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, a partir de hoje e até à próxima quinta-feira, 13 de novembro, os jovens premiados em projetos de “inovação tecnológica e social” vão viver uma experiência formativa em “Aveiro e em Lisboa”, num percurso que juntará “aprendizagem, partilha e intercâmbio cultural”. No caso de Aveiro, o grupo participará em atividades no Cais do Porto, na Universidade de Aveiro e na Fábrica Centro Ciência Viva. O momento contará ainda com encontros entre startups e empreendedores durante o Brazil Tech Days 2025, que decorrerá nos dias 6 e 7 de novembro, das 10h00 às 19h00, no Centro de Congressos de Aveiro. A agenda inclui também experiências culturais e visitas técnicas. Em Lisboa, o grupo participará no Web Summit, o maior evento de tecnologia da Europa. Citada na nota, Marcela Valença, country operation manager do Cais do Porto, assegurou que esta iniciativa é uma “oportunidade ímpar de aproximar os ecossistemas de inovação do Brasil e de Portugal, promovendo a formação de jovens talentos que já pensam soluções com impacto social e ambiental”. “É um investimento no futuro, num momento em que a cooperação internacional se torna essencial para o desenvolvimento tecnológico sustentável”, continuou. Mauricélia Montenegro, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) de Pernambuco, responsável pelo prémio, referiu ainda que a iniciativa reflete o “compromisso do Governo em formar novas gerações preparadas para os desafios globais”. “O Inova CRIA mostra que a nossa juventude é o combustível para a inovação em Pernambuco. Conectá-los a hubs de inovação como os de Portugal é uma ação direta da nossa política de CTI. O nosso objetivo é claro: estimular essa capacidade inovadora para gerar novos negócios, soluções e competitividade para a nossa economia”, afirmou.
Ria transmite hoje, às 16h, o debate das eleições para o Conselho Científico da UA
Em representação da lista “futUrA: ciência, comunidade e inovação” participarão Marco Alves (Departamento de Ciências Médicas), Gonçalo Paiva Dias (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda) e Elisabeth Pereira (Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo). A lista “Construir o Futuro, Cuidar a UA” será representada por Armando Pinho (Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática), António Nogueira (Departamento de Biologia) e Jorge Ferraz (Departamento de Comunicação e Arte). O debate será moderado pela diretora de informação da Ria, a jornalista Isabel Marques, e é também aberto ao público até esgotada a capacidade máxima do Auditório Hélder Castanheira, na Livraria dos Serviços de Ação Social da UA. Recorde-se que o Conselho Científico é o órgão responsável pela definição e coordenação da política científica da Universidade de Aveiro, competindo-lhe, entre outras funções, apreciar o plano e as atividades científicas da instituição, pronunciar-se sobre a criação de novas áreas e unidades científicas, deliberar sobre a distribuição do serviço docente, aprovar planos de estudos, propor prémios e distinções honoríficas, ou definir júris e participar nos processos de recrutamento de docentes e investigadores. Tem ainda competência para se pronunciar sobre a nomeação do diretor da Escola Doutoral e sobre acordos ou parcerias internacionais, exercendo todas as demais funções previstas nos Estatutos e na Lei. De acordo com os Estatutos da UA, recentemente alterados, o Conselho Científico é composto por 20 representantes eleitos entre docentes e investigadores e 5 representantes das unidades de investigação. As eleições decorrem em três circunscrições eleitorais - duas com sete mandatos e uma com seis mandatos - distribuídas pelas grandes áreas de conhecimento da Universidade de Aveiro. Em todas concorrem duas listas: ‘futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação’ e ‘Construir o Futuro, Cuidar a UA’.
Tecnologia desenvolvida na UA deteta doenças inflamatórias pela saliva
A tecnologia, segundo a nota de imprensa, recorre à técnica de dispersão dinâmica de luz e a nanopartículas magnéticas e tem aplicação potencial em contexto clínico para a deteção e quantificação da proteína C-reativa tendo em vista o diagnóstico de doenças, em particular doenças inflamatórias. Os responsáveis indicam que a deteção e quantificação da CRP no soro sanguíneo é geralmente realizada através de técnicas de imunonefelometria ou imunoturbidimetria - métodos que detetam alterações na passagem da luz quando a proteína reage com anticorpos específicos, mas que apresentam limites de deteção elevados. Conforme explicam, esta invenção propõe um método de deteção “menos dispendioso” e com “limite de deteção melhorado” em relação às técnicas existentes. “As principais vantagens desta invenção são o facto de não necessitar de usar ligandos específicos e caros, como anticorpos habitualmente usados como elemento de reconhecimento”, afirma a equipa que criou o método. A patente agora concedida a nível nacional resulta do trabalho desenvolvido no âmbito da tese de doutoramento de Maria António, realizada no Programa Doutoral em Nanociências e Nanotecnologia da Universidade de Aveiro.
Governo apoia com 44ME agricultores afetados pelos incêndios entre 02 de maio e 15 de outubro
De acordo com um despacho do Governo, assinado pelo ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, e publicado hoje em Diário da República (DR), o montante global do apoio disponível é de 44 milhões de euros. No mesmo documento, o Governo reconhece como catástrofe natural os incêndios de grandes dimensões ocorridos entre 02 de maio e 15 outubro de 2025, em Portugal continental, considerando que afetaram um numeroso conjunto de freguesias com “consequências graves ao nível do potencial produtivo de várias explorações agrícolas”. Em causa estão mais de 600 freguesias de 130 concelhos maioritariamente das regiões Norte e Centro, mas também Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e ainda Algarve. O Governo refere que a ocorrência destas “situações críticas justifica” o recurso ao apoio no âmbito da tipologia C.4.1.3 “Restabelecimento do Potencial Produtivo”, da intervenção C.4.1 “Gestão de Riscos” do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) no continente. O despacho especifica que o apoio é destinado ao restabelecimento do potencial produtivo danificado, por efeito da catástrofe natural, nas explorações agrícolas situadas nos concelhos e respetivas freguesias elencadas no documento publicado no DR. Esclarece ainda que são elegíveis as despesas efetuadas a partir de 02 de maio de 2025, mas estas têm de ser confirmadas pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, territorialmente competente, dos prejuízos declarados. O procedimento de verificação e confirmação dos prejuízos declarados deve estar concluído no prazo máximo de 30 dias após o fim do período de submissão das candidaturas. Os beneficiários só podem apresentar uma candidatura e o despacho produz efeitos desde 30 de outubro. O Governo aprovou o Decreto-Lei n.º 98-A/2025, de 24 de agosto, que estabelece medidas de apoio e mitigação do impacto de incêndios rurais e que atribui, nomeadamente, um apoio excecional aos agricultores para compensação de prejuízos até ao valor de 10 mil euros através de procedimento de candidatura simplificado. O despacho publicado hoje refere que, atendendo à complementaridade existente entre aquela medida e o apoio no âmbito da tipologia C.4.1.3 – “Restabelecimento do Potencial Produtivo”, é possível aos agricultores que beneficiaram de apoios ao abrigo do Decreto-Lei n.º 98-A/2025, de 24 de agosto, candidatarem-se, igualmente, ao apoio anunciado hoje. No entanto, adianta que nestas situações os montantes recebidos ao abrigo daquelas candidaturas são deduzidos do apoio a atribuir no âmbito da tipologia C.4.1.3 – “Restabelecimento do Potencial Produtivo”. O apoio é concedido na forma de subvenção não reembolsável e os níveis de apoio a conceder às operações elegíveis repartem-se por diferentes escalões: 100% da despesa elegível até 10 mil euros, 80% da despesa elegível superior a 10 mil euros (no caso de beneficiários detentores de seguros no âmbito do Sistema de Seguros Agrícolas, criado pelo Decreto-Lei n.º 162/2015, de 14 de agosto) e 50% da despesa elegível superior a 10 mil euros (no caso de beneficiários não abrangidos pelo ponto anterior). Se o valor global das candidaturas elegíveis ultrapassar a dotação orçamental, o montante individual a conceder é objeto de redução proporcional entre os respetivos candidatos. Do apoio a conceder são deduzidos os montantes das indemnizações de seguros ou outros mecanismos de gestão de risco, sendo apoiado o valor correspondente à franquia exigida no contrato de seguro agrícola. Esta época de fogos fica marcada com cerca de 270.000 hectares de área ardida, o quarto pior ano em termos de área depois de 2017, 2003 e 2025, e quatro mortos, incluindo um bombeiro, vários feridos e destruição total ou parcialmente de casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.