RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Programa da AD ignora requalificação do Hospital de Aveiro e isenção de portagens na A25

O programa eleitoral da coligação AD – PSD/CDS, para as eleições legislativas de 18 de maio, foi esta sexta-feira, 11 de abril, apresentado por Luís Montenegro, em Lisboa. No documento não há qualquer referência a duas das principais reivindicações da região de Aveiro: a requalificação e ampliação do Hospital de Aveiro e a isenção total de portagens na A25.

Programa da AD ignora requalificação do Hospital de Aveiro e isenção de portagens na A25
Redação

Redação

12 abr 2025, 10:11

O documento, com 277 páginas, detalha propostas em áreas como saúde, economia, habitação e educação. No entanto, ignora dois compromissos frequentemente assumidos por autarcas, dirigentes locais e distritais do PSD: a necessidade de ampliação e requalificação do Hospital de Aveiro e o fim das portagens na A25 que afetam diariamente cidadãos, trabalhadores e empresas da região de Aveiro.

No mesmo documento pode-se ler que PSD/CDS pretendem “concretizar a construção dos Novos Hospitais respetivamente, Hospital de Todos os Santos, Hospital Central do Algarve, Hospital do Oeste, Hospital Barcelos-Esposende, Hospital do Seixal, e garantir o terminus e a abertura do novo Hospital de Évora e de Sintra”. Desta forma, o Hospital de Aveiro, sem qualquer referência no programa ao contrário de outros hospitais, fica fora dos compromissos eleitorais dos partidos políticos que integram a coligação da AD.

Recorde-se que ainda em novembro de 2024, a presidente do Conselho de Administração do Hospital de Aveiro, Margarida França, afirmava que as instalações do hospital "ultrapassam o limite de capacidade" e que a situação estava a afetar "a dignidade dos profissionais e dos doentes". O concurso do projeto de ampliação do hospital para os terrenos do antigo Estádio Mário Duarte, cedidos pela Câmara Municipal de Aveiro, avançou em outubro de 2024 com um valor base de 2,23 milhões de euros, mas o financiamento da obra, com um custo estimado superior a 100 milhões de euros, continua sem estar assegurado.

Neste ponto, recorde-se a notícia avançada pela Ria esta semana, que dava nota que também o programa eleitoral do PS não fazia qualquer referência ao Hospital de Aveiro.

Isenção total das Portagens na A25 também está fora do programa eleitoral da AD

Esta é também uma das maiores reivindicações dos autarcas e dirigentes políticos da região de Aveiro, mas os dirigentes locais do PSD continuam sem conseguir convencer a direção nacional do partido da importância do tema.

Recorde-se que, no dia 2 de maio de 2024, foi aprovada na Assembleia da República uma proposta do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUT – onde se incluiu a A25 - com os votos favoráveis do BE, PCP, Livre, Chega e PAN. A proposta contou ainda com os votos contra do PSD e do CDS e com a abstenção da Iniciativa Liberal.

O assunto acabaria por se tornar polémico, pois o documento apenas se referia à concessão “A25 - Beiras Litoral e Alta”, deixando de fora a outra concessão da A25, a Concessão “Costa de Prata” que liga Albergaria-a-Velha às praias e que inclui três pórticos: Esgueira-Aveiro Nascente, Estádio-Angeja e Angeja-Albergaria.

Na discussão da Assembleia da República sobre o tema, conforme se pode ler na ata da reunião plenária datada de 2 de maio de 2024, os deputados do PSD, Hugo Soares e Cristóvão Norte, afirmam que o seu partido defende “um sistema integrado que respeite o princípio do utilizador-pagador” e uma “redução gradual” das portagens. Tendo em conta esta posição da direção nacional do partido, não era previsível que a isenção total de portagens na A25 fosse incluída no programa eleitoral da AD.

Com as eleições legislativas de 2025 à vista, a região de Aveiro continua a debater-se com questões fundamentais para o seu desenvolvimento e bem-estar. Amanhã, 13 de abril, será apresentada a candidatura de Luís Souto à presidência da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), pelas 18h, no Hotel Meliá. Estará presente Luís Montenegro e é previsível que estes temas sejam falados.

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O julgamento decorre com exclusão de publicidade, ou seja, sem a presença de público e da comunicação social, por estar em causa um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual. O arguido está acusado de um crime de rapto e dois de violação agravados. O caso ocorreu na madrugada de 9 de outubro de 2023. A acusação do Ministério Público (MP) refere que o arguido escondeu-se perto da residência da ofendida e esperou que ela saísse de casa para o trabalho, durante a madrugada, para a forçar a forçar a manter consigo relações sexuais. O MP diz que cerca das 05:30, quando a vítima entrou na viatura, o arguido introduziu-se na parte traseira com uma máscara de carnaval e sob ameaça de uma faca obrigou a cunhada a passar para o banco traseiro, tendo-lhe colocado uma venda nos olhos e atado as mãos atrás das costas. O arguido passou então para o volante, conduzindo a viatura durante alguns minutos, até um local não concretamente apurado, onde terá parado a viatura e exigido 30 mil euros à vítima, que lhe respondeu que não tinha o dinheiro, tendo sido obrigada a praticar atos de natureza sexual. Os investigadores dizem que em seguida, o arguido voltou a colocar a vítima na mala da viatura conduzindo o veículo mais alguns minutos até imobilizar de novo a viatura numa zona florestal onde violou a ofendida e depois libertou-a. De acordo com a acusação, o arguido saiu do local na viatura da cunhada, que viria mais tarde a abandonar numa rua em Ovar e, alguns minutos depois, quando a ofendida conseguiu sair do local onde tinha sido deixada, o arguido apareceu na sua própria viatura, como se nada se tivesse passado, e ofereceu-lhe boleia para a habitação daquela.

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“Os resultados deste questionário permitirão retratar as deslocações diárias da população, como as distâncias percorridas, o tempo despendido e os modos de transporte mais utilizados”, adianta uma nota de imprensa municipal. Outro dos objetivos do inquérito, acessível na página institucional do Município da Internet, é recolher informações sobre a utilização e procura das linhas do operador do transporte público, bem como “aferir o nível de satisfação dos utilizadores”. A iniciativa está inscrita na Semana Europeia da Mobilidade, que é assinalada em Ílhavo de 16 a 22, sob o mote “Combina e Move-te!”, com o foco na "multimodalidade" no setor dos transportes. Na segunda-feira, um miniautocarro elétrico da BusWay vai estacionar em duas escolas e junto aos Paços do Concelho, com o objetivo de promover o Serviço Público de Transporte de Passageiros. Nas escolas será feita a divulgação e informação sobre o serviço público de transporte e a sua concessão, “com o intuito de angariar novos utentes”, sendo distribuídos panfletos, horários e ‘merchandising’ da campanha. Na quarta e na quinta-feira, a Biblioteca Municipal de Ílhavo dedica a “História do Dia” ao tema da mobilidade, com “História do dia…a pedais e com pernas para andar!”, para crianças a partir dos 4 anos, e no dia seguinte na Biblioteca da Gafanha da Nazaré. A Semana Europeia da Mobilidade é uma iniciativa da Comissão Europeia, coordenada em Portugal pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), e conta com a participação de municípios e instituições de toda a Europa para promover a mobilidade sustentável e a melhoria da qualidade de vida nas cidades. Já no dia 27, a Escola Municipal de Educação Rodoviária (EMER) promove mais uma sessão de “EMER em Família”, para “promover momentos de partilha e de convívio entre crianças, jovens e adultos, desenvolvendo, de forma criativa, noções associadas à segurança rodoviária”.

Capicua, Ana Deus e dezenas de autores nos 10 anos do Festival Literário de Ovar
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Com entrada livre em todas as iniciativas do programa, o evento do distrito de Aveiro é organizado pela Câmara Municipal local e propõe uma edição comemorativa “mais alargada, participativa e profundamente ligada ao território e ao seu tempo”. Domingos Silva, presidente da Câmara de Ovar, declarou à Lusa que, ao fim de 10 anos e 11 edições, o festival está “totalmente consolidado” e acrescenta: “Se é verdade que o Festival Literário de Ovar é hoje uma efetiva celebração do concelho, que durante cinco dias se transforma numa verdadeira biblioteca viva, também tem a ambição de continuar a reinventar-se, na certeza da sua valia cultural, social e económica da proposta neste caminho dinâmico e eterno de aproximar a literatura dos leitores”. O autarca defende, por isso, que o futuro do evento passa por “continuar a crescer e a reinventar novas formas de promover a leitura e a partilha de momentos culturais diferenciadores e identitários”. Distribuída por locais como o Parque Urbano de Ovar, o Centro de Arte, a Escola de Artes e Ofícios, o Museu Júlio Dinis e o Parque Ambiental do Buçaquinho, a edição do 2025 do Festival Literário de Ovar propõe para o seu primeiro dia uma instalação sonora de Tiago Schwäbl, uma mesa-redonda sobre a relação entre criação artística e obra literária, uma performance teatral pela companhia Contacto, uma conversa entre os músicos Capicua e Luís Portugal, e um concerto por Carlos Alberto Moniz. Para quinta-feira está prevista a apresentação do livro de Daniel Pinto-Rodrigues “O corregedor interior”, assim como uma conferência sobre literatura enquanto processo de libertação e o concerto “Canções para beber com Pessoa”, de Ana Deus e Luca Argel. O dia seguinte está reservado para uma performance do Trigo Limpo Teatro ACERT, uma oficina de leitura e escrita por Paulo Freixinho, a apresentação dos livros “Um pouco mais de sol” de Abel Mota e “Phosphoros (100 amorfos)” de António Carlos Santos, uma conferência sobre a relação do festival com o território e outra sobre o potencial anti-poder da cultura – tudo antes do concerto “Anónimos de Abril” com Joana Alegre, Rogério Charraz e José Fialho Gouveia. Sábado será dedicado à entrega de prémios do Concurso Literário e de Ilustração Júlio Dinis, a oficinas de ilustração por Nuno Alexandre Vieira e aRita, e à apresentação dos livros “Truz Truz, abre a porta, avestruz”, de Vera Morgado, “Patrulha Raposa – Vigilantes da floresta”, de Diana de Oliveira, “Agora sou capaz”, de Ricardo Santos e Joana Nogueira, e “Cartografia”, de Minês Castanheira e Raquel Patriarca. No mesmo dia haverá mais teatro do Trigo Limpo, uma sessão de contos por Luís Correia Carmelo, uma mesa-redonda sobre vaidade e inveja, outra sobre amizade e dinheiro, e uma terceira sobre obstinação na escrita, sendo que para a noite está reservada uma sessão de “Poesia a meias” e o espetáculo “Para atravessar contigo o deserto do mundo”, com Lúcia Moniz e Pedro Lamares. O festival encerra domingo com várias outras atividades: além de teatro profissional e cinema por estudantes locais, incluirá sessões de contos por Cândida Jardim e Paula Margato, oficinas de ilustração por Matilde Horta e Rita Correia, e a apresentação dos livros “O descabido caso dos livros desaparecidos” de Carlos Nuno Granja, “A dança dos pássaros invisíveis” de Edgar Pedro, “O rufo do tambor que levamos no peito” de Rui Guedes e os títulos da coleção “Colégio do Templo” de Nuno Bernardo. As mesas redondas desse dia, por sua vez, contarão com os autores Vanessa Martins, Alice Caetano, Joana Leitão Cristina Carvalho, José Manuel Castanheira, Madalena Sá Fernandes, Manuel Frias Martins e Rui Couceiro.

Associação MaisPinhal preocupada com lagoas secas e morte de animais em parque de Ovar
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Associação MaisPinhal preocupada com lagoas secas e morte de animais em parque de Ovar

A denuncia que essa associação do distrito de Aveiro enviou à Lusa é acompanhada de diversas fotos, entre as quais as de lagoas quase secas, fundos de lodo retalhado por crostas motivadas pela secura, esqueletos de animais que a água não tem altura para cobrir, patos mortos, vedações caídas, etc. “Constatou-se uma enorme mortandade dentro do parque ambiental, um cheiro nauseabundo e a existência de muitas outras mortes, inclusive de lagostins”, declarou fonte da MaisPinhal. Perante o facto de os 24 hectares de área florestal do Buçaquinho serem diariamente frequentados por muitos adultos e crianças, que nessa zona verde da freguesia de Cortegaça procuram os prados para lazer, os circuitos de caminhada e a cafetaria, a associação pediu a análise dos problemas identificados ao seu conselho científico, que integra “biólogos e especialistas que ajudaram na conceção do parque”. Essa equipa avançou a seguinte justificação para o problema: “Quando o nível da água de um lago desce, a falta de oxigénio (hipóxia) é agravada pela estagnação da água e pelo calor, o que prejudica a vida aquática. Além disso, a redução da profundidade pode provocar mudanças drásticas na temperatura, que, combinadas com a perda de habitat e a deterioração da qualidade da água, criam um ambiente inóspito, levando à morte dos peixes e afetando as aves que dependem deles para se alimentar”. O conselho científico da MaisPinhal realça ainda que “a decomposição de organismos mortos também consome oxigénio, agravando o problema e levando à anoxia (ausência total de oxigénio), que é fatal para os peixes". Além disso, “a pouca água e elevada temperatura podem ter levado também a ‘blooms’ de cianobactérias e outras microalgas que produzem toxinas”, pelo que, quanto à causa da morte específica dos patos, “a intoxicação provocada por algas que proliferam em águas ‘chocas’ e quentes é uma forte possibilidade". Sem compreender porque é que a autarquia não recorre às linhas de água das proximidades para abastecer as lagoas, a MaisPinhal culpa assim a Câmara Municipal de Ovar pelo “vergonhoso abandono de um equipamento público” e por um “atentado ambiental que coloca em causa todo o ecossistema do Parque Ambiental”. Questionada pela Lusa, a autarquia afirma que a situação do Buçaquinho resulta de “um problema estrutural associado à degradação das telas plásticas de impermeabilização das lagoas”, que foram instaladas aquando da criação do parque e que, “com o passar do tempo, a ação dos raios UVe danos mecânicos”, deixaram de funcionar com eficácia, “originando fugas de água”. Outra causa apontada para o problema é “a ausência de um sistema de bombagem de grande caudal que assegure a reposição de água em períodos de maior calor”, pelo que “a dependência quase exclusiva das condições meteorológicas, aliada ao verão de 2025 mais quente e seco do que a média, levou à descida acentuada dos níveis hídricos e ao esvaziamento de algumas lagoas”. A Câmara adianta depois: “Face ao agravamento da situação, a autarquia tem em curso uma intervenção de fundo, que incluirá a instalação de um sistema de bombagem de grande caudal e a substituição integral das impermeabilizações, com recurso a materiais mais duradouros”. Dizendo-se comprometida com a preservação e valorização do Parque Ambiental, a Câmara garante que está “a trabalhar para assegurar a sustentabilidade das lagoas e do ecossistema envolvente”.

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JSD Aveiro diz que cartaz contra Alberto Souto de Miranda “não ofende ninguém”
Cidade

JSD Aveiro diz que cartaz contra Alberto Souto de Miranda “não ofende ninguém”

Nos últimos dias, a rotunda junto ao Glicínias Plaza, em Aveiro, tem sido palco de polémica devido a um cartaz colocado pela Juventude Social Democrata (JSD) e pela Juventude Popular (JP) de Aveiro. No outdoor pode ler-se: “Aveiro não merece outra bancarrota. Não hipoteques o teu futuro”, numa crítica direta a Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal de Aveiro. A reação não tardou. A JS de Aveiro foi a primeira a pronunciar-se, através de um comunicado em que acusava as duas estruturas juvenis de “desmerecer a política” e de “contribuir para a degradação do debate político”. Em declarações à Ria esta segunda-feira, João Sarmento, presidente da JS Aveiro, foi mais longe, classificando o cartaz como “mais do que uma caricatura”. “É uma ofensa já e acho que ultrapassa o limite daquilo que deve ser um debate saudável”, afirmou. Agora, em entrevista à Ria, Leonardo Maio desvalorizou as críticas e frisou que o cartaz quer “passar uma mensagem divertida”. “Quisemos falar para as pessoas, não para a bolha política, mas para todos os jovens e para todos os aveirenses”, explicou, sublinhando a ideia de que o cartaz “não ofende ninguém”. “Simplesmente veio com a mensagem de que ‘isto já aconteceu, tenham cuidado porque isto pode-se repetir’”, assegurou, insistindo que “não podemos suspender o futuro de Aveiro por causa de outra bancarrota”. O presidente da JSD Aveiro explicou ainda a escolha da localização do cartaz, justificando-a com o facto de ser um ponto de “grande afluência de jovens”. Revelou também que está prevista a colocação de um segundo outdoor “em frente à rotunda do hospital”. Questionado sobre as críticas da JS, que acusou a estrutura social-democrata de se manter em silêncio perante questões relevantes para a juventude aveirense, Leonardo Maio recordou que a atual direção foi eleita em março e é composta por jovens “sem experiência ou ligação política prévia”. “Queremos tornar o nosso concelho mais dinâmico, mais aberto, voltar a insistir para falar para fora da bolha, e queremos falar para as pessoas”, vincou. Leonardo Maio acrescentou ainda que a estrutura está “cheia de força” e que, “muito brevemente”, serão apresentadas as propostas do manifesto autárquico jovem, elaborado no âmbito do Mega Jam realizado no último sábado. “Aí estarão as respostas a todas as questões. (…) Nós viemos para ficar. A JSD esteve inativa durante vários anos e nós basicamente agora queremos dar uma lufada de ar fresco à política”, assegurou.

Ministro da Educação prevê 90 novas residências no ensino superior até 2026
País

Ministro da Educação prevê 90 novas residências no ensino superior até 2026

"Em 2026, vamos ter mais 11 mil camas em todo o país e 90 novas residências face a 2020 ou 2021. Será uma mudança muito significativa, não só em quantidade, mas também em qualidade, com infraestruturas mais modernas e adequadas às necessidades dos estudantes”, afirmou esta quarta-feira à Lusa o ministro da Educação, Ciência e Inovação, à margem da inauguração da nova residência de estudantes do ISLA Santarém.  O governante adiantou que no mês de setembro serão inauguradas "16 novas residências” e que estão em curso intervenções de reabilitação em 49, num total de 139 obras em execução. “São 139 residências com obras em curso. A maioria está a ser concluída com grande empenho das empresas e das entidades envolvidas, que reconhecem a importância destas soluções para os estudantes”, afirmou. O ministro alertou, no entanto, para os limites da capacidade de construção no atual contexto, defendendo que “não vale a pena fazer mais obras neste momento, porque as empresas não têm capacidade e isso só iria inflacionar os preços”. Nesse sentido, apelou às instituições para que “pensem para além do PRR” e preparem planos para o período pós-2026.

Estudantes levam a responsabilidade de representar a UA no Programa Iberorquestras Juvenis
Universidade

Estudantes levam a responsabilidade de representar a UA no Programa Iberorquestras Juvenis

Fabiana Silva Vaz, viola d’arco, e Gonçalo Dias Pires, clarinete, foram os estudantes da UA escolhidos entre todos os candidatos nacionais. O Programa Iberorquestras Juvenis decorre em Espanha e reúne 88 jovens instrumentistas de diferentes países, proporcionando uma experiência intensiva de ensaios e masterclasses dirigidos por professores e maestros de reconhecimento internacional. Citados numa nota de imprensa enviada à Ria, Gonçalo exprimiu que esta seleção representa “um enorme motivo de confiança, sobretudo por ter sido feita por um júri estrangeiro, o que me faz acreditar que o meu trabalho no clarinete tem potencial para ser valorizado fora de Portugal”. “Será uma oportunidade única de tocar uma das minhas sinfonias preferidas, composta por um dos meus compositores favoritos. Além disso, será extremamente enriquecedor partilhar o palco com músicos de diferentes nacionalidades e realidades musicais, e acima de tudo, talentosos e competentes. Estou igualmente entusiasmado por poder trabalhar sob a orientação de professores e solistas de orquestras profissionais de grande prestígio”, referiu. Também Fabiana Vaz destacou a relevância da experiência: “Trabalhar com maestros de renome internacional e partilhar palco com jovens músicos de diferentes países será, sem dúvida, uma experiência única e enriquecedora, tanto a nível artístico como pessoa”. “Estou convicta de que esta oportunidade terá um grande impacto no meu percurso, permitindo-me crescer, descobrir novas perspetivas e levar esse conhecimento também para a minha prática enquanto musicista e professora”, continuou. Ambos os estudantes sublinharam ainda o privilégio de representar Portugal e a UA num contexto internacional. “Levo comigo a responsabilidade de corresponder à confiança que me foi depositada e o compromisso de contribuir ativamente para este encontro que promove a união musical para além das fronteiras”, afirmou Fabiana. “Sinto uma grande responsabilidade em representar Portugal e a UA, especialmente num momento em que as expectativas para os clarinetistas portugueses estão mais elevadas do que nunca”, completou Gonçalo. O repertório a interpretar inclui obras de Liszt, Josep Planells e a Quinta Sinfonia de Dmitri Chostakovich. Após o Encontro, integrarão a digressão da Jovem Orquestra Nacional de Espanha (JONDE) em janeiro de 2026, com concertos no Auditório de Saragoça, no Palau de la Música em Valência e no Auditório Nacional de Música em Madrid. Gonçalo Dias Pires frequenta o Mestrado em Ensino de Música (clarinete) na UA, na classe dos professores Luís Carvalho, Sérgio Neves e Horácio Ferreira. É membro efetivo da Banda Sinfónica Transmontana e tem colaborado com a Banda Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Filarmonia das Beiras. Já participou em masterclasses com reconhecidos clarinetistas nacionais e internacionais e trabalhou sob a direção de vários maestros. Em 2024, conquistou o 2.º prémio no Concurso Nacional de Clarinete da Fundação Lions e o 3.º prémio no Concurso Nacional de Jovens Clarinetistas da APC. (Associação Portuguesa do Clarinete). Fabiana Silva Vaz, natural de Valença do Minho, iniciou os estudos na Academia de Música da Fortaleza de Valença e prosseguiu a Licenciatura em Música na UA, onde concluiu a especialização em viola d’arco com o professor António Pereira. Atualmente frequenta o Mestrado em Ensino da Música na mesma instituição. Teve contacto com músicos de referência como Miguel da Silva, William Coleman e Sào Soulez Larivière, e trabalhou com maestros como Johannes Schlaefli, Nuno Coelho e Jan Wierzba. Desde 2022, toca numa viola de François Denis. Em 2024, conquistou o 2.º prémio no 13.º Concurso de Corda “Cidade de Vigo”.