RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Casa Dr. Lourenço Peixinho reabre como novo polo cultural da Universidade de Aveiro

Após anos de portas fechadas, a Casa Dr. Lourenço Peixinho ganhou nova vida esta segunda-feira, 2 de junho, ao tornar-se oficialmente um novo polo cultural da Universidade de Aveiro (UA). O edifício, ícone da Arte Nova no centro da cidade, reabriu com uma exposição da artista Ana Pérez-Quiroga e a promessa de uma programação regular que reforça a ligação entre património, arte e comunidade.

Casa Dr. Lourenço Peixinho reabre como novo polo cultural da Universidade de Aveiro
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
02 jun 2025, 19:40

Com um sorriso evidente, Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, abriu esta segunda-feira as duas portas da histórica Casa Dr. Lourenço Peixinho - propriedade da UA desde 1992 - localizada na Rua José Rabumba assinalando a sua reabertura ao público. “É a primeira vez que vi as duas portas abertas”, comentou, entre risos, aos presentes. O gesto simbólico marcou o início de uma nova etapa para o edifício de arte nova, agora integrado na vida cultural da cidade pelas mãos da Universidade, depois de ter acolhido, entre 2021 e 2024, a sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Arquitectos. O momento coincidiu com a inauguração da exposição “Breviário do Quotidiano #8 – APQHome”, da artista Ana Pérez-Quiroga, a primeira a ocupar o renovado espaço, no âmbito do ciclo “O Desenho como Pensamento 2025”, com a curadoria de Alexandre Baptista.

Durante a cerimónia, Paulo Jorge Ferreira destacou o papel da colaboração institucional na concretização do projeto. “Gostaria de vos relembrar que isto nasce de parcerias e que a universidade não faz nada sozinha – ou faz sempre mais se estiver acompanhada. Neste caso, com a Câmara de Aveiro, Águeda, no que diz respeito à exposição “Desenho como Pensamento”, no qual esta exposição se integra. E temos o presidente da Câmara de Ílhavo, que tem sido um parceiro de construção coletiva interessante”, realçou.

Sublinhou ainda que uma universidade deve ir além da ciência e do ensino, assumindo também um papel ativo na promoção da cultura. “Uma universidade deve ser mais do que uma instituição que se dedica ao conhecimento. Deve ser também um polo que difunde cultura. E a cultura cuida-se de várias maneiras. Uma delas é olhar ao património de todos nós, o impacto que ele tem e a forma como contribui para a riqueza da cidade e da região”, relembrou.

Referindo-se ao passado do edifício – antiga sede da Fundação João Jacinto Magalhães – o reitor concluiu: “Hoje reabrimos esta casa ao público. É um gesto que cuida da cultura em Aveiro, do interesse pela Arte Nova e que nos dá um novo espaço de fruição cultural. Espero que venham aqui muitas mais vezes no futuro. Principalmente nos tempos de hoje, em que tantos atropelos vemos à lógica e à razão, a cultura deve ser fonte de reflexão para todos nós”, exprimiu o reitor da UA.

Em entrevista à Ria, Alexandra Queirós, vice-reitora para a Cultura e Vida nos Campi na UA reforçou a importância de devolver este património à cidade, explicando que o edifício será agora espaço regular de programação cultural. “Fazia todo o sentido reabrir esta casa e integrá-la na nossa lógica de dinamização cultural. Pela sua localização e proximidade a outros polos culturais, como a Fábrica Centro Ciência Viva, o Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA) ou o Teatro Aveirense. Fazia todo o sentido não deixarmos a casa fechada e explorarmos uma vertente que é importante para nós que é a valorização do património”, realçou.

A vice-reitora sublinhou ainda a vontade de tornar o espaço vivo e acessível, não apenas com exposições, mas com múltiplas possibilidades de uso. “A lógica foi: vamos abrir a casa como ela está, vamos mantê-la o mais original possível, reaproveitando todo este imobiliário (…), mas também potenciar outro tipo de utilizações”, explicou. Entre as ideias em desenvolvimento estão iniciativas que vão além da simples visita. “O exemplo da exposição que temos aqui hoje, incluída no “Desenho como Pensamento”, é uma dessas possíveis variantes, mas haverá outras, com os espaços exteriores, com os espaços que temos lá em baixo na cave, que podem potenciar, por exemplo, a criação artística com residências”, acrescentou. “Há um manancial de utilização que nós podemos explorar de forma mais intensa a partir do próximo ano letivo, fazendo a ligação também com o exterior, permitindo a visitação da própria casa a pessoas externas à UA”, destacou Alexandra Queirós.

No que toca à possibilidade de visita, a vice-reitora garantiu que a casa estará acessível mediante marcação. “A visita será possível através de uma calendarização, com visitas organizadas aqui ao espaço da casa, numa lógica quer da componente da Arte Nova ou outras exposições que temos a decorrer no próximo mês da Ana Pérez-Quiroga. A nós interessa-nos explorar e permitir essa visitação”, assegurou.

A artista Ana Pérez-Quiroga foi a primeira a aceitar o convite da UA para ocupar o espaço com a sua exposição, uma instalação que recria o ambiente doméstico e reflete sobre a vivência interior. “Quando me convidaram para este programa, “O Desenho como Pensamento”, e sobretudo para este espaço tão icónico (…) percebi logo a responsabilidade e o privilégio de abrir esta reabertura da casa. Eu tenho um trabalho enorme que é o meu trabalho de doutoramento – que trabalhei sobre os interiores- e pensei que para esta casa seria interessante eu voltar a trazer ao espaço objetos meus e que dessem um lado, no fundo, que é o cotidiano e a vivência do interior… Como é que vive nos interiores? Foi isso que eu trouxe”, resumiu.

Na exposição, que estará patente até julho, há 14 telas monocromáticas em tons de azul e um conjunto de esculturas-móveis, fotografias, desenhos, gravura e neons, que pretendem recriar um ambiente doméstico. “O que eu trago, por exemplo, são aquelas quatro floreiras que depois têm fotografias de vasos com flores e que são as flores que, habitualmente, são introduzidas no interior”, apontou.

A artista sublinhou ainda a importância da ligação entre a cultura e a academia. “Eu própria sou investigadora numa unidade do Centro de História da Arte e Investigação Artística (CHAIA) em Évora (…) e obviamente que eu acho que é essencial a ligação entre as Universidades e o setor (…) de trazer a população em geral para dentro destes espaços. (…) Portanto, para que é que servem as academias se não forem também para abrir para fora, não é?”, interrogou.

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“Aveiro é Nosso” quer juntar a comunidade aveirense e estudantil na 4ª Corrida Solidária
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Segundo a dirigente associativa a “Corrida Solidária” tem sido um dos eventos promovidos pela AAUAv que melhor tem conseguido chegar à cidade. À Ria, Joana Ferreira enaltece o papel da iniciativa na promoção da saúde e bem-estar e explica que o principal objetivo passa por “juntar” a comunidade aveirense e estudantil. Apesar de reconhecer que a corrida ainda não tem a adesão esperada por parte dos estudantes, a vice-presidente do setor “Aveiro é Nosso” espera que, este ano, se verifiquem entre 200 e 250 inscrições. De acordo com a publicação feita nas redes sociais, por cada inscrição, um euro reverterá, na quarta edição, para ajudar a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Aveiro (CERCIAv). A participação na corrida, cujo percurso tem dez quilómetros, custa dez euros, ao passo que a participação na caminhada, de cinco quilómetros, custa apenas sete euros – tendo em conta que o valor da inscrição já garante o seguro do participante e o “kit de corrida” fornecido pela AAUAv. As inscrições podem ser feitas online até ao dia 24 de setembro.

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A estudante considera que o aumento generalizado dos valores associados à permanência no ensino superior é o principal fator que justifica o decréscimo no número de inscrições. De acordo com Joana Regadas, o facto de os estudantes saberem “a priori” que nem todos vão ter acesso a bolsas de ação social acaba por demover muitas famílias, que sabem não ter capacidade financeira para comportar os custos da vida académica. Recorde-se que, conforme noticiado pela Ria, não havia tão poucos inscritos na primeira fase do concurso nacional de acesso desde 2018. A descida do número de inscritos não é surpresa para a presidente, que nota que o número de inscritos já tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos. Apesar dos esforços dos estudantes para trazer a problemática “para a praça pública”, Joana Regadas afirma que o trabalho feito “não tem sido suficiente”. Para além do aumento das rendas e da insuficiência na atribuição de bolsas, a representante da AAUAv acrescenta ainda que alguma desinformação na transição para o novo processo de candidaturas pode ajudar a justificar a quebra.

UA abre inscrições para Cursos Livres de Línguas
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De acordo com uma nota enviada pela Universidade de Aveiro à redação da Ria, os cursos, promovidos pelo Departamento de Línguas e Culturas (DLC) e do Centro de Aprendizagem ao Longo da Vida (continUA), têm como público-alvo todos aqueles que gostem de aprender ou aperfeiçoar outras línguas. Os cursos disponíveis são de alemão, francês, espanhol, japonês, inglês, língua gestual portuguesa e português língua estrangeira. As candidaturas, que podem ser feitas na plataforma PACO Candidaturas, têm uma taxa de 5 euros. O custo de cada um dos cursos está disponível no site da Universidade de Aveiro. As matrículas acontecem entre 19 e 22 de setembro e as aulas acontecem durante todo o semestre, entre 6 de outubro e 16 de janeiro.

Futebol feminino da UA alcança 5º lugar do Campeonato Europeu Universitário
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De acordo com as declarações do treinador Daniel Vilarinho à Universidade de Aveiro, a classificação ainda fica aquém das expectativas. O técnico afirma que as estudantes foram “muito superiores" e que podiam ter alcançado o primeiro lugar. Rita Costa, capitã de equipa, enaltece que as aveirenses “lutaram até ao final” e faz um balanço muito positivo da competição. Para além do 5º posto na tabela classificativa, a equipa da Universidade de Aveiro venceu o Prémio Fairplay. As atletas portuguesas, que chegaram a Camerino como campeãs nacionais de futebol feminino universitário, viram apenas um cartão amarelo ao longo de toda a competição. A competição foi vencida pela Universidade de Wurzburg que, na final, bateu a Universidade de Frankfurt por 3-1. *Notícia alterada às 23h30. Onde se lia que "o técnico afirma que as estudantes [...] mereciam ter alcançado o primeiro lugar", a palavra "mereciam" foi substituída por "podiam". Foi também retirada a frase "A distinção [Prémio Fairplay] é dada à equipa que tiver visto menos cartões durante as partidas", uma vez que há mais critérios para a atribuição do prémio.

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PS-Aveiro já apresentou programa: conheça aqui as propostas da equipa de Alberto Souto
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PS-Aveiro já apresentou programa: conheça aqui as propostas da equipa de Alberto Souto

Depois de uma mobilização muito significativa da coligação ‘Aliança com Aveiro’ na entrega das listas ao Tribunal, o Partido Socialista (PS) respondeu em alta rotação: aproveitou a apresentação do programa eleitoral para demonstrar que também sabe marcar território. A estratégia de Alberto Souto para estas autárquicas está cada vez mais nítida. O candidato socialista procura assumir a dianteira, impor o ritmo e colocar os adversários em posição reativa. O primeiro passo foi ousado: lançar, ainda um ano antes das eleições, um livro de ideias para o futuro da cidade. À época, apressou-se a esclarecer que não se tratava de um “pré-lançamento” da candidatura. Mas a política tem destas ironias: na plateia desse evento estava Luís Souto, irmão e hoje adversário direto. Com esse gesto, Alberto Souto não escrevia apenas páginas de reflexão, mas ensaiava uma coreografia política: agitar as águas, testar reações, avaliar apoios. O resultado deu-lhe confiança e, pouco tempo depois, assumia formalmente o regresso ao terreno que melhor conhece - a luta eleitoral, onde se sente em casa. Seguiram-se meses de contactos incessantes, uns públicos, outros discretos. Foi a fase em que procurou reconciliar críticos internos - sem grande sucesso, diga-se, mas com a aparente vantagem de ter silenciado as vozes mais ruidosas até, pelo menos, ao desfecho das urnas. Com dedicação quase exclusiva à candidatura, Alberto Souto misturava presença diária no terreno com uma atividade digital intensa, lançando nas redes sociais um fluxo contínuo de propostas. Assim construía a imagem do “candidato das ideias”, mas abria também flancos: não faltaram acusações de regressar com a velha marca da “megalomania” e do “despesismo”. A par da agenda de propostas, geria com cautela outro momento crítico: a elaboração das listas. Optou pela tática do adiamento, concentrando em si o processo para evitar fugas de informação e preservar apoios. Só no fim a estratégia começou a mostrar fragilidades, quando rebentou a polémica com Rui Soares Carneiro, vereador socialista afastado das listas. Mas, como aluno aplicado, Alberto Souto soube aprender depressa. Nos últimos meses tem afinado a comunicação, sublinhando que muitas das ideias partilhadas online não eram ainda compromissos firmes, mas intenções sujeitas a amadurecimento - os verdadeiros compromissos, garantiu, só surgiriam com o programa oficial. Na semana passada, chegou ao Tribunal de Aveiro para entregar as listas e, ao mesmo tempo, para se reencontrar com o eleitorado. Falou de contas com prudência e assumiu que a sua gestão financeira autárquica não fora perfeita, justificando-se com o peso do Estádio - “que todos os partidos aprovaram” - e a ausência de apoio estatal.  Foram os preparativos para o momento central: a apresentação do programa eleitoral. No Edifício Atlas, o candidato exibiu visível entusiasmo. Alberto Souto gosta de palco, gosta de plateias. E, quando fala para as pessoas, sente-se claramente no lugar onde mais gosta de estar. Na sua intervenção, Alberto Souto começou por classificar o seu programa de “roteiro para o futuro de Aveiro” e, mais tarde, voltaria a chamar-lhe “guião”, como já tinha feito aquando da entrega das listas de candidatos. Em conversa com a Ria, explicou que o compromisso com o cumprimento integral do programa é “total”, embora lembre que todas as semanas “aparecem projetos novos com os quais nós não estamos a contar e que queremos abraçar”. Sobre as ideias propostas, Alberto Souto salienta que se trata de um programa “realista” para quatro anos. O candidato fala de um documento com propostas “criativas” e desafia os opositores a encontrar “propostas megalómanas” no programa. Recorde-se que, depois do lançamento do livro em que Alberto Souto divulgou 101 ideias para a cidade de Aveiro, a concelhia do PSD-Aveiro disse que se tratava de um “trágico regresso ao passado” e apontou “irrealismo, imitação, falta de compromisso com entidades financiadoras nacionais e europeias, megalomania e regresso à bancarrota”. Agora, o candidato do PS afirma que “é um bitaite que a oposição pôs a correr” e “é de quem quer tentar encontrar alguma coisa negativa para dizer”. À semelhança do que já tinha referido na semana passada, Alberto Souto voltou a reiterar uma muito maior “prudência” nesta candidatura. Nesse sentido, o candidato sublinha que nenhuma das obras que pretende fazer avançar vai ser lançada sem ter o respetivo financiamento garantido. O cabeça-de-lista do PS assinala que a experiência o ensinou a ter outro cuidado na relação com o Estado, quando foi “enganado” no processo de construção do Estádio Municipal de Aveiro. Acusado pela oposição de ser o único a contribuir com ideias para a candidatura, Alberto Souto contaria e recorda que o documento passou por várias fases de construção. Desde os encontros temáticos e as propostas que foi apresentando semanalmente, o candidato nota ainda que contaram também as propostas feitas pelos candidatos às Juntas e que o programa final foi desenhado por uma equipa de doze pessoas, com e sem filiação partidária. Não obstante, atira que é melhor ter ideias próprias do que “não ter nenhumas” – uma conotação que quer fazer a Luís Souto e que é acompanhada pelos restantes candidatos. Alberto Souto faz ainda questão de sublinhar que as propostas inscritas no programa são “partilhadas” e, por isso, não se incomoda que outros as apropriem - “já aconteceu”, lembra - porque entende que tal é sinal da sua qualidade. Com este discurso, cuidadosamente ensaiado, procura projetar-se numa posição de superioridade, quase paternal, como quem assume o papel de senador político. O candidato do PS reafirma que, apesar das suas ideias terem “algum impacto”, estão dentro das possibilidades financeiras da autarquia. Embora assuma que os compromissos que estão agora a ser assumidos pelo atual Executivo vão condicionar a sua atuação caso seja eleito, Alberto Souto conta à Ria que não antevê uma situação “dramática” nos cofres da Câmara e mantém apenas alguma “curiosidade” sobre o estado atual das contas. Se a estruturação do programa começa por elencar as medidas que abrangem o município e só depois refere os casos de cada uma das freguesias, Alberto Souto preferiu apresentar as ideias no sentido inverso. De acordo com o candidato, o objetivo foi dar um “sinal político” de valorização das freguesias para que não haja “freguesias de primeira, de segunda e de terceira”. Para cada freguesia, Alberto Souto destacou entre duas a três medidas, a começar por Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, “a mais periférica”. Aí, as principais bandeiras são a construção de dois relvados sintéticos, em Requeixo e Nariz, e a construção de um novo jardim na Póvoa do Valado. Em Eixo e Eirol, o PS quer fazer duas praias fluviais: uma no Parque da Balsa, em Eixo, e outra no Parque de Merendas, em Eirol. Para além das praias, Alberto Souto quer ainda fazer um anfiteatro no Parque de Azurva para que se possam realizar espetáculos ao ar livre. Para Oliveirinha, Alberto Souto defende um jardim público e novos balneários para a Associação Recreativa e Cultural de Oliveirinha (ARCO). São Jacinto é uma freguesia em que o candidato do PS diz que a única obra relevante do atual Executivo foi “pintar a marginal de vermelho”. Para a freguesia, o Partido Socialista propõe requalificar a marginal, o complexo desportivo que está “completamente ao abandono” e o ancoradouro para náutica de recreio. Alberto Souto quer também uma lancha alternativa operacional para servir as populações quando o ferry não está operacional, uma vez que “o ferry é um ferry híbrido, trabalha uns dias e outros não trabalha ou trabalha a gasóleo”. Outra proposta destacada foi a criação de um parque de caravanas. A criação de uma nova avenida entre a rotunda do Rato e o jardim da Igreja é a principal proposta da candidatura para Santa Joana. Alberto Souto refere que a avenida já podia estar em construção há 20 anos e que só não avançou por “razões de pequena política”. No entender do candidato, a via teria o “condão” de organizar e estruturar o espaço da freguesia, “agarrando” a freguesia ao centro de Aveiro. Ainda a pensar em Santa Joana, os socialistas querem conferir polivalência desportiva ao Parque de Feiras e requalificar e relvar o campo do FIDEC. Já em São Bernardo, Alberto Souto considera que há também uma “avenida para construir” entre o Largo da Fanfarra e o Pavilhão, bem como um auditório “há anos prometido”. A requalificação da piscina e do mercado de Cacia é uma questão para que o candidato já tinha apontado e que continua a reivindicar. Entretanto, “como seria de esperar”, de acordo com o candidato, a obra foi agora adjudicada, depois das chamadas de atenção dos socialistas. Outra proposta, que é também considerada para a freguesia de Esgueira, são os passeios e sentidos únicos em Sarrazola e na Póvoa do Paço. Apesar de reconhecer que há quem acredite que a proposta “pode encontrar resistências”, Alberto Souto assinala que as pessoas “não andam em segurança na rua” e que quem está de carro “pode ir dar mais uma voltinha”. Para Aradas, a candidatura socialista quer ver requalificado o Complexo do Carôcho e propõe a criação de um Parque do Bonsucesso. Em Esgueira, para além da aposta nos passeios e em sentidos únicos em Mataduços, defende a requalificação do Complexo Desportivo de Esgueira, o reforço dos parques de estacionamento e a criação de um novo parque urbano. Chegado ao centro, à União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, Alberto Souto começou por reivindicar uma “nova vida” para a antiga Lota. O candidato acredita que o projeto do atual Executivo é “mais do mesmo”. Contra a ideia de “construir muito”, o socialista defende outra abordagem que passe por construir um parque urbano com alguns edifícios de qualidade. Não se opondo à construção de habitações, nota que não têm de ser “para ricos” e lembra que “Aveiro nasceu com casas com barco à porta”. Uma proposta que, afirma, “traz sempre alguma controvérsia” é a limitação do tráfego automóvel na Avenida Dr. Lourenço Peixinho a transportes públicos, cargas e descargas, moradores e veículos de emergência. No imediato, Alberto Souto diz que é preciso resolver o engarrafamento diário: “É um problema que temos de resolver já. Dar um passo atrás e garantir os fluxos de trânsito para depois dar dois passos à frente e limitar arrojadamente o trânsito na Avenida”. Ainda para Glória e Vera Cruz são propostas a requalificação do bairro da beira-mar, a criação de estacionamento subterrâneo na Praça dos Bombeiros Novos, o Parque das Barrocas e o Parque Central e uma nova ponte pedonal entre a Dobadoura e o Rossio. A primeira bandeira assumida pelo programa eleitoral do Partido Socialista para Aveiro é “Mais parques e zonas verdes”. Alberto Souto considera que o que se passou com os parques em Aveiro é um “mistério” e que não foi construído nenhum parque “digno desse nome”. Conforme previamente anunciado, o objetivo da candidatura do PS é construir três parques nos próximos quatro anos, as Barrocas, o Parque Central e em Esgueira. A tarefa, que “devia ter começado há 20 anos”, adivinha-se “difícil” para Alberto Souto, uma vez que muitos dos terrenos são privados. Na pasta da habitação, Alberto Souto dispara novamente contra o Executivo liderado por José Ribau Esteves. Segundo afirma, Aveiro perdeu a oportunidade de beneficiar de financiamento proveniente do PRR por só ter apresentado a Estratégia Local de Habitação nos últimos meses. A “esperança” do candidato é que, agora que o documento já foi aprovado, possa haver algum reforço de verba ou prorrogação do prazo. Como já tem vindo a referir, embora não tenha nenhuma “bala de prata” para resolver o problema, algumas das soluções que apresenta são o arrendamento pela Câmara para depois subarrendar a preços controlados, o arrendamento acessível, o incentivo a trazer os Alojamentos Locais para o mercado de arrendamento ou fazer permutas de terrenos com empreiteiros de forma a não inflacionar os preços dos imóveis e aumentar a oferta. No âmbito da mobilidade, Alberto Souto quer apostar em novas tipologias de passeios mais baratos, mais rápidos e de longa distância para todas as freguesias. O candidato entende que hoje as pessoas não andam em segurança e que isso se deve à falta de passeios no município. Já na zona histórica, defende que exista um piquete de intervenção rápida para a calçada portuguesa. Para além de defender a requalificação das piscinas do Carocho, de Oliveirinha e de Cacia, o programa eleitoral indica ainda a vontade de abrir concurso para uma nova piscina municipal. “Ninguém entende que Aveiro não tem nem uma piscina municipal”, diz Alberto Souto. Outra prioridade do PS é a criação de creches na zona industrial. Alberto Souto afirma que a procura por parte dos empresários é muita, uma vez que isso permite que pais e mães que trabalham nas fábricas tenham uma relação de proximidade, sem necessidade de movimentos pendulares. O candidato adianta que alguns dos empresários que ouviu se dispuseram mesmo a “entrar numa vaquinha” para que o projeto possa ser levado avante. A ideia, explica o cabeça-de-lista, é depois encontrar um parceiro em IPSS que queira assumir a responsabilidade. Para além das creches, também foi enaltecida a necessidade de mais lares e de mais respostas para o apoio domiciliário. Voltado para os mais jovens, o candidato socialista assume que a Câmara deve ter como meta o “zero abandono escolar” no ensino universitário em Aveiro por carências económicas. Tendo em conta os custos associados à frequência no ensino superior, como o valor dos quartos que “está caríssimo”, Alberto Souto entende que a cidade tem de ser mais ambiciosa. Nesse sentido, considera que a autarquia tem condições suficientes para atribuir bolsas complementares àquelas que já são atribuídas pela Universidade – “não é nenhuma fortuna”. No campo da cultura, Alberto Souto classifica de “oportunidade perdida” a distinção de Aveiro como Capital Portuguesa da Cultura 2024. Depois de falar com as associações culturais, o candidato assinala que uma das principais queixas dos representantes foi serem convidados para eventos na véspera para “fazerem de figurantes”. Sendo apologista de que se tragam grandes espetáculos a Aveiro, lembra que também é importante criar oportunidade de criação e de expressão. Alberto Souto não esqueceu os artistas de rua. Recorde-se que, conforme noticiado pela Ria, no passado mês de julho “estalou o verniz” entre a autarquia e os artistas, que se queixam das barreiras colocadas para que possam atuar. O candidato do PS diz que “não se percebe esta implicância” e garante que vai avançar com um regulamento para artistas e eventos de rua. Como é um documento que já existe noutros municípios, afirma que “não é preciso refletir muito” e que basta copiar o que já existe. Foi dado destaque à proposta de um novo canal que vá desde o Cais do Paraíso até à Universidade. O canal torna-se numa forma de os estudantes terem forma de chegar ao centro urbano através de um meio de mobilidade náutica. A ideia, defende Alberto Souto, vem reforçar o papel dos canais na cidade para fins não necessariamente turísticos. Também está a ser pensada a construção de outro canal que vá de S. Roque à Capela das Barrocas, mas o candidato ressalva que ainda tem de perceber se os compromissos já assumidos pelo executivo não o impedem de dar seguimento ao projeto. Com críticas à anterior ideia para uma ponte pedonal que liga o Rossio à Dobadoura, Alberto Souto promete agora uma nova ponte que, embora próxima da proposta anterior, esteja no “sítio certo”, no “cotovelo” do canal central. O que mais entusiasma o socialista é que a ponte vá ser um “hotspot” de Aveiro: “Não será apenas para atravessar, mas para estar”. Além de dizer que a ponte “não pode ser muito cara”, salienta que resolve o problema do atravessamento. Ainda nos destaques do programa eleitoral, Alberto Souto quer fazer da Universidade de Aveiro um “braço-armado” nas políticas públicas para a cidade e adianta que são seus objetivos relançar a mobilidade ciclável com o reforço das pistas dedicadas, investir numa Aveiro mais digital e eficiente com o recurso a inteligência artificial e com a modernização da aplicação móvel municipal, apostar na relação com a Universidade para a qualificação das políticas públicas, criar um Conselho Estratégico para Aveiro, um Conselho para a Juventude, um Conselho para o Envelhecimento Ativo e um Conselho para o Ambiente e Sustentabilidade. Todos os projetos contam com a garantia de “contas certas e pagamentos a horas”. No final da sessão, houve ainda tempo para que alguns dos apoiantes da candidatura colocassem questões a Alberto Souto. Desde os conhecidos do candidato até pessoas que se identificaram como militantes do PSD, Alberto Souto recolheu a concordância geral dos presentes em relação ao programa, embora com algumas ressalvas. Das intervenções, destacam-se as críticas dirigidas por um membro da audiência à nova obra que vai ser feita no Hospital, que prevê a construção de um novo bloco ambulatório e do Centro Académico Clínico Egas Moniz. Embora não seja a solução ideal para Alberto Souto, que gostaria de ver um novo Hospital ser edificado de raiz, o candidato frisa que “o ótimo é inimigo do bom” e que volta a dizer que “não vai perder um dia” na obra. Recorde-se que Alberto Souto chegou a propor que se estudasse uma nova localização para a infraestrutura. O socialista - agora mais prudente - diz que, se a Câmara ficar à espera de que o Estado invista os 500 milhões de euros necessários para a construção do Hospital, corre o risco de perder a oportunidade de qualificar o atual. Não obstante, garante que, “se abrirem a porta”, a autarquia arranja os terrenos “no dia seguinte”.

Porto de Aveiro vai fornecer energia aos navios para não queimarem combustível
Região

Porto de Aveiro vai fornecer energia aos navios para não queimarem combustível

A Administração do Porto de Aveiro (APA) tem aberto concurso público para o fornecimento de um sistema para alimentação elétrica de navios, conforme aviso publicado em Diário da República. O concurso para o fornecimento do sistema “OnShore Power Supply” (OPS) tem um preço base de 1,4 milhões de euros e um prazo de execução de 300 dias. Segundo explicou à Lusa o presidente do conselho de administração da APA, Eduardo Feio, “o objetivo é permitir aos navios, especialmente a partir de 2030, que se liguem à tomada no cais para não estarem a queimar combustível, enquanto permanecem no porto”. Um outro concurso foi também hoje aberto pela publicação no Diário da República para a empreitada de construção da rede de média tensão no Porto de Aveiro, este com um volume maior de investimento, sendo o valor base do procedimento de 7,8 milhões de euros. Quer um, quer outro dos concursos insere-se na estratégia de transição energética aprovada em 2021, incluindo as infraestruturas de autoprodução elétrica através de painéis fotovoltaicos recentemente anunciadas.“São investimentos que, no seu conjunto, rondam os 20 milhões de euros e visam aumentar a competitividade e sustentabilidade do Porto de Aveiro, alinhados com a Estratégia 5+ para os Portos, aprovada pelo Governo”, salientou Eduardo Feio. “Os projetos de eletrificação do Porto rondarão, no seu conjunto, cerca de 20 milhões de euros, através de verbas próprias e verbas do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, esclareceu. Segundo o presidente da administração portuária, esse pacote de investimentos tem como metas a autonomia energética para o porto nos próximos anos, utilização de energia verde, redundância energética (mais de uma fonte de abastecimento) e garantir a capacidade e potência de abastecimento para indústrias associadas ao Porto e para a operação portuária.

AAAUA promove Regata Alumni Aveiro Race em setembro
Cidade

AAAUA promove Regata Alumni Aveiro Race em setembro

Depois de em 2024 ter organizado uma prova no Rio Vouga, entre Sever do Vouga e Águeda, a AAAUA propõe-se este ano repetir a iniciativa, mas no contexto da Ria de Aveiro, com saída e regresso ao Pavilhão do Campus Náutico do Sporting Clube de Aveiro. Com 45 quilómetros ao longo da costa ocidental, de Ovar até Mira, o seu percurso, com uma largura de 11 quilómetros, abrange 11 municípios desta região: Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo. Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos. Citado numa nota de imprensa enviada à Ria, Pedro Oliveira, presidente da AAAUA, realçou que a atividade é da “maior importância porque visa reunir a comunidade alumni em estreita ligação com a água, no desenvolvimento e na prática de desporto náutico e na vivência de um lugar icónico da região”. A ação acontece em parceria com o Sporting Clube de Aveiro, “o primeiro clube parceiro da Associação”. As inscrições estão abertas e disponíveis aqui, sendo que a prova terminará no Pavilhão Náutico do Sporting Clube de Aveiro com entrega de prémios, num momento de convívio. A atividade tem o custo de 20 euros para sócios com situação regularizada e acompanhantes e de 30 euros para o público em geral.

Já é conhecida a ordem das candidaturas nos boletins de voto em Aveiro
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Já é conhecida a ordem das candidaturas nos boletins de voto em Aveiro

Na corrida à Câmara Municipal, o primeiro lugar no boletim de voto pertence ao PAN – Pessoas, Animais, Natureza, seguido do Bloco de Esquerda e do Livre. A fechar a lista surge o movimento Nós, Cidadãos!. Entre os principais partidos, o PS surge na oitava posição e a coligação Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) aparece em sexto lugar, enquanto o Chega ocupa a sétima posição. Para a Assembleia Municipal, a lista encabeçada pela Iniciativa Liberal surge em primeiro lugar no boletim, enquanto o Chega aparece na última posição. O PS figura em sexto lugar e a Aliança com Aveiro em quinto. Também já são conhecidas as ordens das candidaturas nas diferentes Assembleias de Freguesia do concelho.As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro e os boletins de voto agora definidos serão a imagem que os eleitores encontrarão nas urnas. Órgão: Câmara Municipal 1. Pessoas – Animais – Natureza (PAN) 2. Bloco de Esquerda (B.E.) 3. Livre (L) 4. Iniciativa Liberal (IL) 5. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 6. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 7. Chega (CH) 8. Partido Socialista (PS) 9. Nós, Cidadãos! (NC) Órgão: Assembleia Municipal 1. Iniciativa Liberal (IL) 2. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 3. Livre (L) 4. Pessoas – Animais – Natureza (PAN) 5. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 6. Partido Socialista (PS) 7. Bloco de Esquerda (B.E.) 8. Chega (CH) Aradas – Assembleia de Freguesia 1. Chega (CH) 2. Partido Socialista (PS) 3. Sentir Aradas – SA (SA) 4. Iniciativa Liberal (IL) 5. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 6. Bloco de Esquerda (B.E.) 7. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) Cacia – Assembleia de Freguesia 1. Bloco de Esquerda (B.E.) 2. Partido Socialista (PS) 3. Iniciativa Liberal (IL) 4. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 5. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) Esgueira – Assembleia de Freguesia 1. Livre (L) 2. Bloco de Esquerda (B.E.) 3. Iniciativa Liberal (IL) 4. Chega (CH) 5. Partido Socialista (PS) 6. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 7. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) Oliveirinha – Assembleia de Freguesia 1. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 2. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 3. Chega (CH) 4. Bloco de Esquerda (B.E.) 5. Partido Socialista (PS) São Bernardo – Assembleia de Freguesia 1. Partido Socialista (PS) 2. Iniciativa Liberal (IL) 3. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 4. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 5. Bloco de Esquerda (B.E.) São Jacinto – Assembleia de Freguesia 1. Partido Socialista (PS) 2. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 3. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) Santa Joana – Assembleia de Freguesia 1. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 2. Partido Socialista (PS) 3. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 4. Bloco de Esquerda (B.E.) 5. Chega (CH) 6. Iniciativa Liberal (IL) Eixo e Eirol – Assembleia de Freguesia 1. Chega (CH) 2. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 3. Bloco de Esquerda (B.E.) 4. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 5. Partido Socialista (PS) Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz – Assembleia de Freguesia Partido Socialista (PS) 1. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 2. Chega (CH) 3. Bloco de Esquerda (B.E.) 4. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) União das Freguesias de Glória e Vera Cruz – Assembleia de Freguesia 1. Iniciativa Liberal (IL) 2. Partido Socialista (PS) 3. Bloco de Esquerda (B.E.) 4. CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) 5. Aliança com Aveiro (PPD/PSD.CDS-PP.PPM) 6. Chega (CH) 7. Livre (L)