RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Direção da AAUAv quer terminar com barraquinhas de “cariz sexual explícito” na Semana do Enterro

Pela primeira vez, a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) não vai permitir que os espaços ocupados pelos estudantes no Enterro tenham temáticas que “apelem à violência”, “contenham cariz sexual explícito” ou “entrem em conflito com parceiros da AAUAv”. O requisito tem como principal objetivo salvaguardar os valores da associação.

Direção da AAUAv quer terminar com barraquinhas de “cariz sexual explícito” na Semana do Enterro
Ana Patrícia Novo

Ana Patrícia Novo

Jornalista
18 mar 2025, 16:22

Em declarações à Ria, Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv revela que a decisão foi “tomada em Conselho de Núcleos com toda a estrutura” depois da realização do Integra-te, por se ter verificado “um escalar muito grande das temáticas não só a nível de nomes, mas também de cariz visual”.

No Regulamento das Barraquinhas para a Semana do Enterro de 2025 lê-se, no artigo relativo aos requisitos (artigo 6º), que “não serão aceites temas que apelem à violência, que contenham cariz sexual explícito e que entrem em conflito com parceiros da AAUAv”. “Como estrutura achamos que o ideal era, em conjunto, definir o que seria aceitável ou não, porque é (…) um evento que transparece muito aquilo que é a comunidade académica e os estudantes em si. Queremos alguma dignidade e a estrutura também partilhou a ideia da direção e acabamos por incluir este ponto no regulamento”, deu conta Joana Regadas.

“É uma coisa que já é feita noutras semanas académicas [de outras Instituições de Ensino Superior], nós éramos a única que não o fazia”, frisa Joana Regadas. As linhas vermelhas traçam-se com “tudo o que sejam palavras diretamente relacionadas com genitais para temas de barracas e o mesmo se aplica às imagens das barracas”, aponta a representante dos estudantes.

A data para o envio de temas das Barraquinhas encerrou na passada quarta-feira, dia 12. Até às 23h59 do dia 2 de abril estará a decorrer a entrega de candidaturas para a Comissão Executiva da Semana de Enterro (CESE), comissão responsável pela operacionalização e logística do evento. A lista de ‘barraquinhas aceites’ deverá ser divulgada por email às 18h de dia 3 de abril.

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Cantina de Santiago encerra temporariamente para manutenção, mas mantém apoio à Aveiro Cup
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Cantina de Santiago encerra temporariamente para manutenção, mas mantém apoio à Aveiro Cup

Em declarações à Ria, João Ribeiro, diretor delegado dos Serviços de Ação Social da UA (SASUA), explicou que a decisão visa "preservar as condições de funcionamento" daquele espaço. “Executamos os trabalhos de manutenção e limpeza exigidos, face ao trabalho intensivo e ininterrupto de dois serviços de alimentação diários”, referiu. Segundo João Ribeiro, a Cantina de Santiago requer uma intervenção diferenciada devido à “elevada afluência” que regista ao longo do ano. A reabertura está prevista para o início do próximo ano letivo. Apesar do encerramento, a Cantina de Santiago mantém esta semana o fornecimento de refeições aos participantes da 30.ª edição da Aveiro Cup, torneio internacional de futebol juvenil que decorre de 2 a 6 de julho. Este ano, o evento reúne 40 clubes e centenas de jovens atletas entre os 8 e os 17 anos, com jogos espalhados por vários campos do concelho, incluindo o relvado sintético do Crasto, na UA. “A Cantina do Crasto não tem as mesmas condições em termos de centralidade e, por uma questão de segurança dos miúdos e também de logística, é prática recorrente servir estas refeições em Santiago”, justificou o diretor delegado dos SASUA. As restantes unidades de alimentação da universidade: Restaurante TrêsDê, Espaço Grelhados, Restaurante Universitário e Restaurante Vegetariano – mantêm o seu funcionamento regular.

7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem” reforçou aposta da UA na inovação pedagógica
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7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem” reforçou aposta da UA na inovação pedagógica

O programa desta manhã contou, entre outros pontos, com a apresentação da “Estratégia@UA”. Na sua intervenção, Sandra Soares, vice-reitora para matérias atinentes aoensino e formação na UA, aproveitou o momento para abordar a oferta formativa, destacando a aposta da Universidade de Aveiro na formação ao longo da vida. “Há uma série de transformações (…) na sociedade, nomeadamente a automação, a inovação tecnológica, a transição ecológica e digital, novas formas de trabalhar (…) que nos faz ter a necessidade de implementar uma estratégia (…) que permita a educação ao longo da vida e (…) o upskilling e o reskilling da nossa população”, apontou. Neste seguimento, a vice-reitora aproveitou a ocasião para dar nota de que o “funcionamento em concreto” dos cursos não conferentes de grau já se encontra implementado no Regulamento de Criação dos Cursos Não Conferentes de Grau. “O crescimento tem sido muito significativo nesta área”, afirmou. Quanto à aposta nas microcredenciais, a vice-reitora sublinhou que desde 2022 foram emitidos quase mil certificados, número que continua “a aumentar a cada dia”. A vice-reitora apontou que há ainda, no entanto, melhorias a fazer no que toca à qualidade do ensino, tendo apontado “o desenho dos cursos e a inovação curricular em função da inteligência artificial” como um dos desafios para o futuro. Sandra frisou também o crescimento registado pela Universidade quanto ao número de estudantes inscritos em cursos conferentes de grau e apontou que a instituição tem recebido também cada vez mais estudantes de fora da Região. Atentou, ainda, que os estudantes internacionais têm sido também uma tendência crescente na UA. “Os dados relativamente aos ciclos de estudo mostram um grau de internacionalização maior nos programas doutorais, seguidos dos mestrados e depois das licenciaturas, mas com números que se vêm a consolidar e mesmo a aumentar e diversificando os países de origem dos nossos estudantes internacionais”, revelou. Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) sublinhou, na sua intervenção, a importância da adaptação dos métodos de ensino aos tempos atuais. Realçou que o modelo de ensino “em muitas partes, mesmo dentro desta universidade” permanece igual ao que se fazia há 50 anos, com aulas maioritariamente expositivas. No entanto, a estudante aponta que a fórmula não funciona: “[há 50 anos] era o ensino que resultava porque tínhamos dez estudantes numa sala de aula (…) atualmente temos salas com 200 alunos”. A representante dos estudantes alertou ainda para a “evolução cada vez maior”, com as novas gerações expostas cada vez a mais e diferentes estímulos. Para Joana “é necessário existirem técnicas e metodologias” que captem a atenção dos jovens estudantes. A presidente da AAUAv atentou também para a importância da reflexão interna para as realidades existentes na academia aveirense. Frisou que, se por um lado há docentes “que querem que uma aula não seja só uma aula, mas que seja um processo de construção de pensamento em conjunto”, por outro, há estudantes que continuam a ter “uma hora e meia, três horas às vezes, de débito constante daquilo que é a informação que, atualmente, qualquer estudante consegue procurar se for pesquisar online”, considerou. Por sua vez, Sandra Vieira, professora e investigadora no Departamento de Ciências Médicas da UA e vencedora do prémio Boas Práticas Inovação Pedagógica 2023/2024 sublinhou a adoção das metodologias ativas como o caminho que tem seguido precisamente para fazer face aos novos desafios sentidos. Na sua intervenção, a docente destacou algumas iniciativas que tem seguido para implementar este tipo de ensino, apontando que a recetividade dos estudantes tem sido boa, no geral, mas que o processo pode não ser linear com todas as turmas. As aulas de Sandra são realizadas em volta de uma aprendizagem baseada em problemas (problem-based learning [PBL]), com os estudantes a serem desafiados a resolver questões de forma crítica, apesar de existirem na mesma algumas aulas mais centradas na exposição de matéria. Os estudantes são ainda envolvidos em atividades de síntese de papers da área, e contam com seminários ao cargo de especialistas. Parte da avaliação dos estudantes é ainda feita com quizzes e atividades colaborativas realizadas de forma periódica. A abertura da sessão desta manhã esteve ainda a cargo de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA. A programação, que terminou esta tarde com a apresentação de práticas institucionais que promovem o sucesso escolar e previnem o abandono, contou ainda com a realização de sessões de incentivo a projetos de inovação pedagógica e com a realização de um workshop voltado para os desafios nas áreas de intervenção estratégica no ensino e aprendizagem.

UA promove esta semana 7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem”
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UA promove esta semana 7ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem”

O primeiro dia do Fórum, entre as 9h30 e as 12h30, será dedicado à apresentação das práticas pedagógicas desenvolvidas por docentes da UA. Ao longo das três sessões, docentes das várias unidades orgânicas apresentarão os resultados dos projetos de inovação pedagógica financiados desde 2020. Todas as sessões ocorrerão na sala do Senado. A partir das 13h45, na sala de Atos Académicos, haverá ainda uma sessão dedicada à apresentação das práticas pedagógicas distinguidas com o “Prémio de Boas Práticas Pedagógicas da Universidade de Aveiro”, bem como a atribuição de menções honrosas. O prémio visa reconhecer o mérito, a qualidade e a inovação pedagógica de docentes ou equipas docentes no contexto das unidades curriculares da UA e foi instituído no âmbito do “Regulamento para a Valorização e Desenvolvimento de Boas Práticas e Inovação Pedagógica”. Na sala do Senado, pelas 14h00, estarão ainda a decorrer três sessões de comunicações orais, dinamizadas por docentes e outros membros da comunidade académica da UA, cujas propostas foram selecionadas no âmbito da submissão de trabalhos da 7.ª edição do “Fórum de Ensino e Aprendizagem – Teaching & Learning Forum”. No dia seguinte, 3 de julho, na sala de Atos Académicos, a abertura do evento estará a cargo de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, seguindo-se, pelas 9h30, uma apresentação do responsável institucional, com prestação de contas sobre o trabalho realizado e ações para o futuro e partilha de contributo de um membro da comunidade UA. O painel contará com a intervenção de Sandra Soares, vice-reitora para o Ensino e Formação da UA, Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) e de Sandra Vieira, vencedora do Prémio de Boas Práticas Pedagógicas 2023/2024. Após o coffee-break, pelas 10h15, seguir-se-á um momento de disseminação de boas práticas da comunidade UA, seguindo-se a partilha de William Carey, desenvolvedor educacional sénior na Universidade Nottingham Trent. Pelas 14h30 haverá ainda workshops sobre os desafios mais imediatos em áreas de intervenção estratégica no ensino e aprendizagem. Já na sala de Atos Académicos, a partir das 16h00, decorrerá uma sessão de posters digitais e a “Estratégias@UO” com a apresentação de uma seleção de práticas institucionais das unidades orgânicas que promovam o sucesso escolar e previnam o abandono. O encerramento acontecerá pelas 17h30. O programa na íntegra pode ser consultado aqui. As inscrições para os diferentes momentos do Fórum de Ensino e Aprendizagem - Teaching & Learning Forum podem ser efetuadas aqui.

AAUAv celebra 47º aniversário com reflexões para o futuro
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AAUAv celebra 47º aniversário com reflexões para o futuro

O 47º aniversário da AAUAv ficou marcado pela formalização de um protocolo entre a estrutura estudantil e a Câmara Municipal de Aveiro (CMA). Na sua intervenção, José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro salientou o momento como “importante” e “relevante”. A formalização do protocolo é, para o autarca, a consolidação da “relação das instituições”. “A palavra dos Homens é sempre mais importante do que os documentos, mas os documentos consolidam a relação das instituições: porque os homens passam e as instituições sempre ficarão”, frisou Ribau Esteves. O protocolo formalizado na cerimónia, no valor global de 44.500 euros, foi aprovado na última reunião camarária. O autarca saudou ainda a associação pelo seu 47º aniversário, “por tudo aquilo que marca o seu passado e, existindo, estimula e aposta no seu futuro”. Joana Regadas, presidente da direção da AAUAv, sublinhou no discurso comemorativo do 47º aniversário que “todas as celebrações de aniversário pressupõem a existência de momentos de reflexão”, tendo sublinhado que a sua reflexão “começa no futuro”. “Infelizmente, muitas das lutas [dos estudantes] permanecem as mesmas, e outras tantas avizinham-se a ressurgir mesmo ao virar da curva”, começou por refletir a dirigente. A representante dos estudantes da academia aveirense deu então nota de cinco notícias recentes relativas ao ensino superior, alertando, em primeiro lugar, para a saúde mental dos estudantes. “Mais de metade dos universitários está em burnout e 40% consomem psicotrópicos (…) esta não é uma urgência de agora, é uma verdade que (…) se tornou uma banalidade, uma urgência que carece de atuação há quase uma década”, enfatizou. O abandono e insucesso escolar, as práticas de ensino serem “as mesmas há 20 anos” e a incapacidade de retenção do talento foram também temas abordados no discurso da dirigente. Joana alertou ainda para o descongelamento das propinas, uma preocupação dos estudantes que volta a estar em cima da mesa devido a declarações da nova secretária do Ensino Superior. "O ensino superior não pode nunca ser reservado apenas para alguns. A aquisição de conhecimento deve ser um fator de nivelação social, nunca de distanciamento", defendeu a presidente da direção da AAUAv. Para Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, a Associação Académica “é simultaneamente história, presente e é também futuro”. No seu discurso, o reitor sublinhou que o trabalho desenvolvido pelo movimento estudantil “é imprescindível para que hoje sejamos aquilo que somos, enquanto universidade, enquanto instituição, enquanto associação académica”, apontando ainda o papel da associação na atração e fixação de jovens em Aveiro e na região. “Hoje em dia, desses cerca de 2.400 novos estudantes que veem para a Universidade de Aveiro e dos quais saem também os dirigentes futuros da associação académica, dois em cada três veem de fora da região de Aveiro e muitos ficam nesta região”, atentou. O reitor frisa ainda a ambição da universidade em “mais do que técnicos competentes, formar cidadãos”, destacando o papel da AAUAv nesse processo. “Aprenderem na Associação Académica faz de vós melhores cidadãos, faz da Universidade de Aveiro uma instituição mais bem preparada para assegurar o futuro, mais atrativa para aqueles que a procuram”, reiterou. O discurso de comemoração ficou ainda pautado pela menção à independência, autonomia e irreverência do movimento estudantil em Aveiro. “Nunca se curvou perante nenhum reitor. Nunca se curvou perante nenhum governante. E todos aqueles que o tentaram fazer, falharam miseravelmente na tentativa: é necessário que assim continue. Nunca como hoje foi tão necessário. Tenho a fé, tenho a certeza, que convosco não corro esse risco”, frisou Paulo Jorge Ferreira. A tomada de posse dos núcleos da AAUAv foi o primeiro momento da celebração. Inês Filipe, presidente da Mesa da Assembleia Geral da AAUAv deu posse aos novos órgãos dos Núcleos, afirmando que o aniversário da AAUAV assinala também “o início de um novo ciclo, um momento de continuidade, de renovação e acima de tudo de compromisso com o associativismo estudantil, que tanto caracteriza a nossa academia”. No seu discurso, Inês Filipe sublinhou que “os núcleos são sem dúvida uma das bases mais sólida deste projeto coletivo que é a AAUAv: são eles que aproximam os estudantes do movimento associativo, que fazem ecoar as suas necessidades, as suas ideias e os seus sonhos”. A dirigente aproveitou ainda a oportunidade para agradecer aos núcleos cessantes e para desejar “aos que agora iniciam este desafio (…) um mandato de crescimento, coragem e celebração”. “Esta associação e academia contam convosco, com a vossa energia, com a vossa visão e sobretudo com o vosso compromisso”, concluiu. O processo eleitoral para os núcleos da AAUAv para o mandato de 2025/2026 decorreu no dia 5 de junho, tendo ficado marcado por irregularidades que levaram à convocação da repetição, em setembro, das eleições do Núcleo Associativo de Estudantes do Instituto Superior de Contabilidade e Administração (NAE-ISCA). Por sua vez, Joana Regadas sublinhou a tomada de posse de “516 novos dirigentes” dos núcleos como uma “personificação” da renovação da AAUAv. “[São] 516 novos estudantes que querem discutir o ensino superior, o desporto, a cultura (…), discutir a UA, Aveiro, Águeda, Oliveira de Azeméis, a região, o país, a Europa, o mundo”, enfatizou a representante dos estudantes. No seu discurso, a dirigente associativa aproveitou ainda para criticar a falta de valorização dos estudantes que participam no movimento associativo. “Escolher fazer parte desta história é grandioso, mas também ingrato”, reparou. “A falta de reconhecimentos e apoios inicia-se muitas vezes neste mesmo local onde nos encontramos: o local que por um lado quer privilegiar os que vão mais além (…) os que, para além de procurarem ser bons profissionais, procuram na universidade encontrar um percurso para se tornarem melhores cidadãos, mas que por outro lado, pouca valorização dá ao percurso integral”, atira. Por sua vez, Paulo Jorge Ferreira agradeceu também aos dirigentes cessantes dos núcleos da Associação, deixando uma palavra também em relação aos novos dirigentes. “Fico satisfeito por ver mais do que nunca mais núcleos, mais estudantes, mais compromissos com esse futuro, porque sei que é daqui que sairão as sementes para uma sociedade melhor, mais pacífica”, refletiu. Também Ribau Esteves deixou uma palavra de “estímulo” aos dirigentes dos núcleos que tomaram posse. “Que sejam um importante contributo continuado nesse processo (…) em que sempre podemos fazer mais e melhor em cada uma das funções que temos para cumprir”, aponta o autarca, destacando a cidadania como uma dessas funções. A AAUAv entregou ainda cinco distinções aos núcleos: Núcleo Mais Solidário, Núcleo Mais Desportivo, Núcleo Mais Setorial, Núcleo Mais Núcleo e o Núcleo Revelação. As distinções foram entregues, respetivamente, ao Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas, Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica, Núcleo de Cinema e Fotografia, Núcleo de Estudantes de Multimédia e Tecnologias da Comunicação e ao Núcleo de Estudantes de Gestão. O 47º aniversário contou ainda com a atribuição do galardão Renato Araújo. A iniciativa, que arrancou no ano passado, distinguiu este ano a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), por atuar “diariamente em todo o território nacional, garantindo proteção, apoio emocional e psicológico a quem sofreu o impacto da violência”.

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“Palavras Sem Rede” estreia este sábado na VIC Aveiro Arts House
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A anfitriã da noite será a escritora Rosa Alice Branco, que convida Jorge Loura, Renato Filipe Cardoso e Sílvio Fernandes para uma sessão que promete ser tudo menos convencional. “Hedonistas gananciosos que somos, escolhemos a guitarra do Jorge Loura para prato principal desta invulgar sessão de tapas. O Sílvio dedilha um fino, o Renato mastiga as palavras que havemos de digerir, o Loura afina as cordas vocais e a Rosa Alice fica com os restos, que nesta mesa não há lugar para desperdício. Entre a conversa a várias vozes e a poesia dita, as tapas são condimentadas com a especiaria do humor. Os montaditos não foram convidados: as tapas sustentam-se no ar do improviso sem rede”, lê-se numa nota de imprensa enviada à Ria. Entre poesia dita, conversa a várias vozes e improviso musical, o humor será o tempero principal. Como escreveu Rui Zink - cuja máxima serve de fio condutor ao evento: “O humor é para mim a maior das poesias, a mais bonita forma de chegar ao outro”. Segundo Zink, o humor tem a capacidade de desarmar as pessoas. Vamos exportar?”. A abertura das portas ocorrerá pelas 21h15, tendo ainda o evento uma contribuição sugerida de cinco euros. Jorge Loura toca guitarra desde 1992. É músico e professor de música e realizou digressões com inúmeros projetos musicais, tendo gravado cerca de 30 discos numa variedade de géneros, desde o rock ao jazz, hip-hop, avant-garde, blues, pop e folk. Por sua vez, Renato Filipe Cardoso foi o finalista do prémio Correntes d’Escritas e convidado de diversos festivais e eventos literários em Portugal e no estrangeiro. O seu percurso inclui o jornalismo na área da música alternativa e independente, a locução comercial, a formação de locutores, a microedição, e a organização de eventos culturais e de atividades para a promoção da leitura e literacia. Sílvio Fernandes trabalha na área da programação, produção e promoção de eventos culturais, pertencendo à organização do Encontro Literário "Correntes d'Escritas".

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Uma das preocupações apontadas por Milton Matos são as dificuldades no acesso à saúde, “com urgências frequentemente encerradas e falta de profissionais nos centros de saúde, o que causa constrangimentos, especialmente aos idosos”, enquanto na educação “a delegação de competências trouxe problemas às escolas, com precariedade entre os trabalhadores e sobrecarga horária, colocando em causa o normal funcionamento”. No que diz respeito aos transportes e mobilidade, a oferta pública é considerada “insuficiente, mal desenhada e divulgada”, pelo que a CDU defende “uma oferta consistente com as necessidades da população, tanto em termos de capacidade como de horários, com reforço da Linha do Vouga. A habitação em Águeda é outra preocupação que o candidato partilha, “com valores exorbitantes e incompatíveis com a realidade da maioria dos trabalhadores” e defende por isso “o incentivo a movimentos cooperativos de construção e a construção a custos controlados para arrendamento”. “Relativamente ao emprego e economia local, Águeda continua com uma força de trabalho baseada em trabalho precário e baixos salários”, critica Milton Matos, adiantando que a CDU propõe criar “apoios e estratégias de cooperação para que as micro, pequenas e médias empresas (MPME) possam inovar e criar emprego de qualidade”. Nas eleições autárquicas de 2021, o PSD coligado com o MPT obteve 44,77% e conquistou quatro mandatos no executivo presidido por Jorge Almeida, enquanto o PS foi o segundo partido mais votado com 29,52%, obtendo dois mandatos, e o CDS conseguiu um mandato com 13,04% dos votos. Além de Milton Matos são já conhecidas as candidaturas de Cláudia Afonso (BE), Jorge Almeida (PSD/MPT), Antero Almeida (CDS) e Francisco Vitorino (PS). As eleições estão marcadas para 12 de outubro.

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De acordo com uma nota enviada à Ria, esta quarta-feira, 9 de julho, Micaela Araújo tem 24 anos e é mestre em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro (UA) desde 2023, trabalhando atualmente na área da eletrónica. É ainda descrita como uma pessoa “ativa na área cultura através da integração da Associação Recreativa Eixense onde toca clarinete desde 2015”. A candidata, citada na nota, pretende criar “políticas públicas” que garantam a redução do seu custo para as famílias, bem como “retirar o trânsito de atravessamento da freguesia no centro de Eixo”.  “A manutenção dos espaços públicos e a realização de atividades comunitárias nos mesmos” é outra das marcas que pretende alcançar. Enquanto “entusiasta da prática desportiva” quer ainda “melhores condições e equipamentos para a sua prática no espaço público na freguesia”. Recorde-se que nas últimas eleições autárquicas, o BE alcançou nesta freguesia “4.65%” dos votos. A coligação “Aliança com Averio” (PSD/CDS-PP/PPM) acabou por vencer a mesma com “51.55%” dos votos.

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“Em São João da Madeira, o preço da habitação aumentou 80% nos últimos quatro anos e hoje veem-se apartamentos para arrendar a 800 e 900 euros e quartos a 300 ou 400. É obsceno”, defende Moisés Ferreira, garantindo que “não há salário que chegue para tamanha especulação”. O candidato diz ainda que é preciso “mobilizar os imóveis devolutos e fazer com que uma percentagem da nova construção seja colocada a arrendar a custos controlados, o que fará baixar drasticamente o preço da habitação”. Quanto ao Hospital de São João da Madeira, apontado como um dos que o Estado prevê transferir para a gestão das Misericórdias, Moisés Ferreira afirma: “Há a ameaça de perdermos o nosso hospital e várias valências nele inseridas. Aliás, alguns serviços, como o de Oftalmologia, já começaram a ser deslocados para Ovar”. Nessa perspetiva, o candidato do BE salienta que a entrega do hospital à Misericórdia “representará um corte nos serviços de saúde à população” e argumenta que é preciso “dizer claramente que o município não aceita essa entrega” – quer é o reforço de valências, nomeadamente “uma política que promova a criação e o acesso a serviços de saúde mental”. Encarando assim as áreas de habitação e saúde como essenciais à qualidade de vida, Moisés Ferreira nota que o custo dos bens essenciais aumentou brutalmente e continua a subir “de semana para semana”, mas os programas e apoios sociais do município não acompanharam esse crescimento. “A crise aprofunda-se – a da habitação, a da saúde, a dos rendimentos – e o executivo da Câmara de São João da Madeira não fez nada nos últimos anos para a combater ou impedir”, afirma. Em domínios distintos, o BE indica depois mais duas das suas prioridades: “Precisamos de melhorar os transportes e a mobilidade urbana, com os TUS [Transportes Urbanos Municipais] a funcionar de 15 em 15 minutos, e uma rede pública de bicicletas elétricas partilhadas. E precisamos de combater as alterações climáticas e promover a qualidade de vida, com mais jardins, corredores verdes, espaços de lazer e parques infantis em toda a cidade”. Com 39 anos e natural de São João da Madeira, onde vive, Moisés Ferreira é atualmente investigador no Centro de Psicologia da Universidade do Porto, encontrando-se a fazer doutoramento na área da Psicologia do Trabalho. Foi deputado na Assembleia da República entre 2015 e 2022, período durante o qual coordenou as políticas de saúde do Grupo Parlamentar do BE. Antes trabalhou como formador e como coordenador de formação, focando-se em populações em situação de exclusão social. Além de Moisés Ferreira pelo BE, à Câmara Municipal de São João da Madeira também já foi formalizada a candidatura de João Oliveira, pela coligação PSD e CDS-PP, e a do socialista Jorge Vultos Sequeira, que é o atual presidente da autarquia – a mais pequena do país, com cerca de oito quilómetros quadrados e 22.200 habitantes. O executivo camarário eleito em 2021 integra quatro elementos do PS e três da coligação entre sociais-democratas e populares.