Governo sem tempo a perder: RJIES será aprovado amanhã no Conselho de Ministros
O Conselho de Ministros vai aprovar amanhã os eixos principais de uma reforma do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, anunciou o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, no debate quinzenal na Assembleia da República.
Redação
“Amanhã mesmo iremos aprovar os eixos principais de uma reforma do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, que serão oportunamente tratados também e apreciados na Assembleia da República”, afirmou Luís Montenegro durante esta tarde.
O atual primeiro-ministro acrescentou ainda que vai “dar às instituições mais condições para terem os seus processos de autonomia, de serviço daquilo que é o seu propósito formativo e de terem também maiores previsibilidades dos projetos que não se esgotam ao sabor dos governos em funções”.
A Ria sabe que o Governo, nas diferentes reuniões que tem promovido com os representantes do setor, mostrou-se disponível para reduzir o peso dos antigos alunos na eleição do reitor (a proposta inicial sugeria 25%, tal como o peso dos estudantes), uma medida defendida por estudantes e reitores. Já os docentes devem ver a sua percentagem reforçada, não estando previsto um reforço do peso na eleição para os trabalhadores das instituições.
Recorde-se que a proposta de revisão do Governo apresentada às Instituições de Ensino Superior prevê uma aproximação entre subsistemas universitário e politécnico e público e privado, permitindo a evolução e flexibilização do sistema binário e a racionalização da rede do ensino superior. Além disso, a reforma sugere que os reitores ou presidentes sejam eleitos por eleição direta, alargada à comunidade de ex-alunos, para um mandato único de seis anos, sendo reforçada a independência do Conselho Geral e a importância dos membros externos.
O Governo assume ainda como objetivo valorizar o Ensino Politécnico, sendo modificada a definição dos mesmos e estabelecidos requisitos para a utilização da designação "Universidade Politécnica", que poderá ser adotada pelas instituições politécnicas que conferem o grau de doutor.
Recomendações
Reitor da UA destaca aumento de estudantes “além das expectativas” durante os seus mandatos
De acordo com os dados fornecidos à Ria pela Universidade, o número total de matriculados passou de “14.879”, em 2019/2020, para “17.238”, em 2024/2025 – um crescimento de cerca de 15,85%. O resultado surgiu como “surpresa” até para Paulo Jorge Ferreira, que diz mesmo que “nunca imaginou que poderia ser um crescimento tão grande”. “Fiquei sinceramente surpreendido”, afirma. Durante o tempo em que esteve à frente da Universidade, o reitor identifica dois “choques” que fizeram com que os números oscilassem. O primeiro esteve relacionado com a pandemia da COVID-19, que levou a uma alteração das regras do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Esse impacto, explica, foi “positivo”, na medida em que fez com que aumentasse o número de candidatos e, consequentemente, o número de colocados na Universidade de Aveiro. Por outro lado, o segundo “choque” aconteceu este ano, com a decisão de tornar as regras de acesso ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior “ainda mais exigentes” do que as que vigoravam antes da pandemia. Nesse sentido, considerando a quebra no número de colocados, Paulo Jorge Ferreira considera que este ano se deve comparar com 2019, “o ano mais próximo em termos regulamentares”. Nessa análise, o reitor adianta que “o número de estudantes com nota superior a 2018 triplicou. Isso excluindo cursos como Medicina e Engenharia Aeroespacial, que não existiam em 2018 – se eu incluir esses, o crescimento é maior ainda”. Quando se candidatava em 2018 à liderança da UA, Paulo Jorge Ferreira antevia no seu programa eleitoral que a “evolução demográfica aponta para uma forte e progressiva redução de efetivos no grupo etário dos 15 aos 24 anos em distritos como Aveiro, Porto, Viseu e Coimbra, que são a principal base de recrutamento da UA”. É uma preocupação que, segundo o reitor, está agora plasmada no Plano Estratégico da Universidade e que tem como principal solução o recurso a uma “bacia demográfica alargada”. Olhar para fora de portas significa também, segundo o reitor, pensar no aumento do número de estudantes internacionais, cujo ritmo de crescimento é ainda maior do que naquilo que diz respeito aos estudantes nacionais. Se é verdade que o acolhimento destes alunos acarreta alguns desafios - que, segundo Paulo Jorge Ferreira, a UA tem tentado minimizar através da organização de eventos de integração e com a criação de um centro local de apoio à integração de migrantes dentro da própria instituição -, o reitor sublinha que também traz vantagens para a comunidade. “Preparar um estudante é preparar um cidadão. Ele vai ser um futuro cidadão e vai viver num mundo que é internacional. […] Como é que eu preparo alguém para viver num mundo assim? Se eu o conseguir fazer num contexto internacional já tenho uma vantagem acrescida”, garante. Na sua maioria, segundo aponta o reitor, os estudantes internacionais que chegam à UA conseguem formar-se na instituição – o responsável recorda mesmo que, no último ano letivo, o número de diplomados aumentou “16%” face ao ano anterior e que estavam representados alunos provenientes de “44” nacionalidades diferentes. Não obstante, Paulo Jorge Ferreira não esconde que “há nacionalidades” com níveis baixos de formação base. Conforme explica, já “tem sido informado” de que há alunos que não chegam a frequentar nenhuma aula, depois de se matricularem, pelo que, deduz, “a sua principal intenção [quando se candidatam à UA] pode não ser estudar”. Paulo Jorge Ferreira nota ainda que a Universidade de Aveiro tem conseguido aumentar a formação de quem já está no mercado de trabalho. Se, de acordo com o reitor, a evolução já se sente nos cursos conferentes de grau, a diferença é “muito maior” nos cursos não conferentes de grau. Nas palavras do responsável, “essa formação foi concebida para a requalificação e formação ao longo da vida e atrai gente de todas as idades”. Quem está no mercado de trabalho terá mais dificuldade em dedicar-se durante três anos a uma licenciatura e, por isso, de acordo com o reitor, o caminho acaba mesmo por passar por “formações curtas, como microcredenciais”. Para o futuro, Paulo Jorge Ferreira aponta mesmo que é importante que Portugal (e, consequentemente, a Universidade de Aveiro) se aproxime da média europeia dos jovens com formação profissional ao longo da vida. Ao sucessor, o atual reitor deseja “coragem” e dá nota de que a “reforma profunda” que o governo quer levar a cabo com a proposta de fusão das agências de financiamento da inovação e da ciência pode representar um dos maiores desafios do próximo mandato.
Festivais de Outono acolhem em novembro concertos da Banda Amizade, Al Jus e Surma
Com obras de Alex Shapiro, Jim Bonney, Nélson Jesus, Bernardo Lima e John Mackey, o concerto da Banda Amizade, dirigido por Carlos Marques, será acompanhado pelo jovem guitarrista aveirense Pedro Rito. O concerto pretende ser, segundo uma nota de imprensa enviada às redações, uma “celebração da criatividade das novas gerações e da forma como a música continua a dar voz aos desafios, inquietações e fascínios do nosso tempo digital”. “Este concerto convida-nos a embarcar numa viagem sonora por obras que exploram, de forma direta ou simbólica, o cruzamento entre a inovação tecnológica e o espírito da juventude de hoje”, continua a sinopse do concerto que está agendado para este domingo, pelas 17h00, no auditório Renato Araújo - Edifício da Reitoria da UA. Os bilhetes para o concerto da Banda Amizade têm o custo de três euros e podem ser adquiridos aqui. Dois dias depois, 4 de novembro, é a vez do duo de guitarras Al Jus, formado por Davide Amaral e António Justiça, homenagear Bernardo Sassetti, compositor e pianista de referência, cuja obra “revela uma sensibilidade única e um legado musical profundamente inspirador”, descrevem os músicos. “Através da transcrição e adaptação para duo de guitarras, Al Jus procura oferecer uma nova perspetiva sobre a música de Sassetti, preservando a sua essência poética e inquieta”, lê-se na sinopse. O concerto terá lugar na Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis, pelas 21h30. A entrada é livre, mas sujeita à lotação do espaço. Já no dia 6 de novembro, quinta-feira, pelas 21h30, é a vez de Surma trazer até ao GrETUA uma “diversidade de influências” onde se inclui o jazz e a eletrónica. Imagens de fiordes nórdicos e de metrópoles cosmopolitas já foram associadas aos sons que compõe. O álbum “Antwerpen”, lançado em 2017, levou Surma a percorrer o mundo, com mais de 250 apresentações em cerca de 21 países, passando por pequenos clubes e grandes festivais ao ar livre. O novo disco, “alla”, lançado em 2022, surge como um desafio sem limites, onde Surma se rodeia de colaborações e estilos diversos para enriquecer e aprofundar o seu universo sonoro. O concerto tem o custo de três euros e pode ser adquirido aqui.
UA e AAUAv reúnem Semana da Empregabilidade e Feira de Emprego U5.0 em iniciativa conjunta
Nas palavras dos responsáveis, o evento tem como objetivo “promover a inovação, a empregabilidade e o empreendedorismo, oferecendo uma plataforma única que reflete a diversidade das áreas científicas da UA”. Ao longo da semana, esta “experiência integrada” deve juntar estudantes, alumin, empresas, empreendedores e entidades parceiras num “ambiente de colaboração e oportunidades de networking”. A 7ª edição da Semana do Empreendedorismo e Empregabilidade é o evento que começa mais cedo, no dia 17, segunda-feira. Aí, a Universidade pretende “estimular a cultura empreendedora dos membros da academia e da região” e junta especialistas de diferentes áreas, tais como inteligência artificial, intraempreendedrismo ou a comunicação. Na Feira de Emprego Universidade 5.0, que começa dia 18, terça-feira, estudantes e alumni vão poder participar em entrevistas de emprego com as empresas presentes, sendo que as inscrições para essas entrevistas devem ser feitas até ao dia de hoje, 29 de outubro. Para os interessados procederem à inscrição devem atualizar o seu CV e preencher a ficha de inscrição disponível no site da feira. As empresas vão ter acesso antecipado aos currículos dos inscritos e, após análise, devem entrar em contacto direto com os perfis de interesse para agendar as entrevistas. Entretanto, cada núcleo académico da UA “está a contribuir com uma lista de empresas relevantes das suas áreas, garantindo um evento mais representativo e abrangente”. Durante a feira, a visita aos stands das empresas vai ser livre e aberta a toda a comunidade académica da UA, sem necessidade de inscrição prévia.
‘Noite das bruxas’ traz ao GrETUA “Coletivo Raso, TRASGO e Marafada” esta sexta-feira
Numa nota de imprensa enviada à Ria, o GrETUA descreve esta noite como “gato-sapato” onde adianta que será dedicada à “relação com o oculto, com as sombras, com a superstição e o temor pelo insondável”. O primeiro a abrir caminho será o “Coletivo Raso”, um coletivo artístico que se situa entre as linguagens da poesia, da música eletrónica e da própria teatralidade. Das suas “paisagens”, o GrETUA destaca a “componente narrativa capaz de elevar e conduzir quem os escuta rumo a um trilho das incertezas”. De seguida, seguem-se os “TRASGO”. Diretamente do Porto e “apostados no peso do noise-rock”, segundo a nota, pretendem construir "um novo distorcido mundo onde cimentam que a linha do Douro vai do Porto a Trás-Os-Montes”. Por fim, “Marafada” proporcionará um “percurso musical sem geografia fixa”. Na nota, o GrETUA destaca a sua “participação ativa nos bastidores da Rádio Universidade de Coimbra (RUC)”, destacando, entre os exemplos, o programa “Gondwana” que explora a música étnica. A noite “gato-sapato” tem o custo, com reserva, de seis euros para estudante e de oito euros para não estudante. À porta, o custo aumenta um euro em ambos os casos. As reservas podem ser feitas aqui.
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Aveiro sob aviso laranja até este sábado devido à precipitação forte
Além de Aveiro, também os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra e Leiria estão sob aviso laranja. Já Braga, Viana do Castelo, Porto, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa e Setúbal mantêm-se sob aviso amarelo. De acordo com o IPMA, Bragança e Vila Real estão sob aviso laranja desde o início da tarde de hoje, devido a precipitação persistente e por vezes forte, situação que se prolonga até às 06:00 de sábado, altura em que passam a aviso de nível amarelo, até às 09:00. Pelos mesmos motivos, os distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu e Leria estão sob aviso laranja até às 09:00 de sábado, passando a amarelo entre as 09:00 e o meio-dia, enquanto o distrito da Guarda está sob aviso laranja até às 12:00 de sábado, passando a amarelo até às 15:00. Devido à chuva por vezes forte, os distritos de Braga e Viana do Castelo estão, até às 21:00 de hoje, sob aviso amarelo, que sobe então de nível para laranja até às 03:00, altura em que volta a amarelo até às 06:00. O distrito do Porto está sob aviso amarelo até às 21:00 de hoje, altura em que passa a laranja devido à precipitação persistente e por vezes forte, voltando às 06:00 ao nível amarelo, que se prolonga até às 09:00 de sábado. Castelo Branco está sob aviso amarelo devido a precipitação forte até às 06:00 de sábado, altura em que passa a laranja até às 12:00, voltando a amarelo entre o meio-dia e as 15:00. Lisboa e Santarém estão sob aviso amarelo até às 06:00 de sábado, altura em que passam a nível laranja, até às 12:00. Devido a precipitação persistente e, por vezes, forte, o distrito de Lisboa volta a estar sob aviso amarelo entre as 12:00 e as 15:00 de sábado. Em Portalegre, a precipitação, por vezes forte, em especial na parte norte do distrito, levou a um aviso amarelo até às 21:00 de hoje e a um novo aviso amarelo para chuva persistente e por vezes forte entre as 06:00 e as 18:00 de sábado. Em aviso amarelo por precipitação, por vezes forte, em especial na parte norte do distrito está Setúbal até às 21:00 de hoje e depois entre as 06:00 e as 15:00 de sábado. Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Lisboa, Coimbra e Leiria estão também sob aviso amarelo até às 21:00 de hoje devido à agitação marítima, com ondas de quatro metros, consideradas de “altura significativa”. Os avisos do IPMA - vermelho, laranja e amarelo - são emitidos quando existe uma situação meteorológica de risco, que pode ser avaliada como de risco elevado, moderado ou reduzido.
Ribau Esteves lamenta morte de Carlos Silva Santos e deixa decisão de luto municipal para Luís Souto
Em declarações à Lusa, Ribau Esteves manifestou os sentimentos à família enlutada e deixou um público reconhecimento pelo seu trabalho e dedicação ao município. Relativamente ao luto municipal, o autarca referiu que deixou essa decisão para o presidente eleito nas eleições de 12 de outubro, Luís Souto Miranda, que tomará hoje posse, numa sessão marcada para as 18:00. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, Carlos Silva Santos faleceu aos 79 anos. Segundo, avança a Lusa, fontes próximas da família confirmaram hoje que o vice-presidente da Câmara, entre 2005 e 2009, no mandato de Élio Maia, morreu “vítima de doença”. Carlos Santos desempenhou ainda diversos cargos partidários do PSD e em termos profissionais foi quadro da Docapesca e diretor do Porto de Aveiro. Esteve também ligado ao setor cooperativo, tendo sido um dos principais dinamizadores da Agrovouga. No plano desportivo, foi jogador de futebol do Beira-Mar e da Académica, e jogador de basquetebol do Clube dos Galitos. Veio também a ser dirigente desportivo, nomeadamente vice-presidente da Associação de Futebol de Aveiro, dirigente do Beira-Mar, e fez parte da Assembleia da Federação Portuguesa de Futebol. Carlos Santos era pai de Cláudia Santos, que foi deputada do PS de 2019 a 2022 e cabeça de lista do PS para a Assembleia Municipal de Aveiro nas eleições autárquicas de 12 de outubro. A cerimónia fúnebre está marcada para sábado, às 12h00, no centro funerário de Aveiro.
Reitor da UA destaca aumento de estudantes “além das expectativas” durante os seus mandatos
De acordo com os dados fornecidos à Ria pela Universidade, o número total de matriculados passou de “14.879”, em 2019/2020, para “17.238”, em 2024/2025 – um crescimento de cerca de 15,85%. O resultado surgiu como “surpresa” até para Paulo Jorge Ferreira, que diz mesmo que “nunca imaginou que poderia ser um crescimento tão grande”. “Fiquei sinceramente surpreendido”, afirma. Durante o tempo em que esteve à frente da Universidade, o reitor identifica dois “choques” que fizeram com que os números oscilassem. O primeiro esteve relacionado com a pandemia da COVID-19, que levou a uma alteração das regras do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Esse impacto, explica, foi “positivo”, na medida em que fez com que aumentasse o número de candidatos e, consequentemente, o número de colocados na Universidade de Aveiro. Por outro lado, o segundo “choque” aconteceu este ano, com a decisão de tornar as regras de acesso ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior “ainda mais exigentes” do que as que vigoravam antes da pandemia. Nesse sentido, considerando a quebra no número de colocados, Paulo Jorge Ferreira considera que este ano se deve comparar com 2019, “o ano mais próximo em termos regulamentares”. Nessa análise, o reitor adianta que “o número de estudantes com nota superior a 2018 triplicou. Isso excluindo cursos como Medicina e Engenharia Aeroespacial, que não existiam em 2018 – se eu incluir esses, o crescimento é maior ainda”. Quando se candidatava em 2018 à liderança da UA, Paulo Jorge Ferreira antevia no seu programa eleitoral que a “evolução demográfica aponta para uma forte e progressiva redução de efetivos no grupo etário dos 15 aos 24 anos em distritos como Aveiro, Porto, Viseu e Coimbra, que são a principal base de recrutamento da UA”. É uma preocupação que, segundo o reitor, está agora plasmada no Plano Estratégico da Universidade e que tem como principal solução o recurso a uma “bacia demográfica alargada”. Olhar para fora de portas significa também, segundo o reitor, pensar no aumento do número de estudantes internacionais, cujo ritmo de crescimento é ainda maior do que naquilo que diz respeito aos estudantes nacionais. Se é verdade que o acolhimento destes alunos acarreta alguns desafios - que, segundo Paulo Jorge Ferreira, a UA tem tentado minimizar através da organização de eventos de integração e com a criação de um centro local de apoio à integração de migrantes dentro da própria instituição -, o reitor sublinha que também traz vantagens para a comunidade. “Preparar um estudante é preparar um cidadão. Ele vai ser um futuro cidadão e vai viver num mundo que é internacional. […] Como é que eu preparo alguém para viver num mundo assim? Se eu o conseguir fazer num contexto internacional já tenho uma vantagem acrescida”, garante. Na sua maioria, segundo aponta o reitor, os estudantes internacionais que chegam à UA conseguem formar-se na instituição – o responsável recorda mesmo que, no último ano letivo, o número de diplomados aumentou “16%” face ao ano anterior e que estavam representados alunos provenientes de “44” nacionalidades diferentes. Não obstante, Paulo Jorge Ferreira não esconde que “há nacionalidades” com níveis baixos de formação base. Conforme explica, já “tem sido informado” de que há alunos que não chegam a frequentar nenhuma aula, depois de se matricularem, pelo que, deduz, “a sua principal intenção [quando se candidatam à UA] pode não ser estudar”. Paulo Jorge Ferreira nota ainda que a Universidade de Aveiro tem conseguido aumentar a formação de quem já está no mercado de trabalho. Se, de acordo com o reitor, a evolução já se sente nos cursos conferentes de grau, a diferença é “muito maior” nos cursos não conferentes de grau. Nas palavras do responsável, “essa formação foi concebida para a requalificação e formação ao longo da vida e atrai gente de todas as idades”. Quem está no mercado de trabalho terá mais dificuldade em dedicar-se durante três anos a uma licenciatura e, por isso, de acordo com o reitor, o caminho acaba mesmo por passar por “formações curtas, como microcredenciais”. Para o futuro, Paulo Jorge Ferreira aponta mesmo que é importante que Portugal (e, consequentemente, a Universidade de Aveiro) se aproxime da média europeia dos jovens com formação profissional ao longo da vida. Ao sucessor, o atual reitor deseja “coragem” e dá nota de que a “reforma profunda” que o governo quer levar a cabo com a proposta de fusão das agências de financiamento da inovação e da ciência pode representar um dos maiores desafios do próximo mandato.
Adriana Rodrigues (PSD) quer criar um centro tecnológico em Vale de Cambra
“Sendo Vale de Cambra considerada como a capital do aço e inox, com grandes grupos empresariais, e centenas de pequenas, médias e microempresas, reunindo know-how, experiência e competência, há uma infraestrutura essencial para que a nossa indústria continue a crescer e a contribuir significativamente para a geração de riqueza nacional – um centro tecnológico na área da indústria metalúrgica e metalomecânica”, disse Adriana Rodrigues numa audição de Manuel Castro Almeida, ministro da Economia e da Coesão Territorial. Sobre o centro tecnológico, Adriana Rodrigues defende que a infraestrutura deve ser um “espaço essencial para criar, para inovar, para testar e aplicar soluções tecnológicas”, atendendo a que, como referiu, “Vale de Cambra é um dos clusters industriais mais relevantes, nomeadamente na área metalúrgica e metalomecânica, com relevante contributo para o PIB nacional”. Neste seguimento, João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia, recordou que Vale de Cambra tem hoje “um grande peso no movimento associativo e até do centro tecnológico da metalomecânica”, dizendo-se “certo” de que poderá haver uma “ponte, do ponto de vista da formação” com aquele equipamento. “Vale de Cambra é um exemplo a nível mundial daquilo que é a eficiência, a eficácia, o conhecimento e a projeção da indústria metalomecânica, com empresas que não são, sequer, líderes em Portugal”, continuou o secretário de Estado. A deputada aveirense manifestou ainda apreensão sobre a proposta da Comissão Europeia de elevar as tarifas alfandegárias sobre o aço, de 25 para 50 por cento, “situação muito preocupante, dado que ameaça a competitividade das empresas portuguesas, mas muito em particular a indústria valecambrense”. “A Associação Empresarial de Cambra e Arouca, perfeitamente consciente das vicissitudes, caraterísticas e necessidades do tecido empresarial de Vale de Cambra, tem vindo reiteradamente, à semelhança de outras associações de territórios similares, a reivindicar políticas fiscais que promovam a discriminação positiva para empresas dos territórios de baixa densidade”, expôs.