RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Processo eleitoral dos Núcleos da AAUAv arranca com 41 listas candidatas

O processo eleitoral para os núcleos da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) para o mandato de 2025/2026 está em marcha, com as eleições marcadas para o próximo dia 5 de junho. Segundo revelou Inês Filipe, presidente da Mesa da Assembleia Geral da AAUAv à Ria, foram entregues 44 candidaturas, das quais três não foram aceites por incumprimento dos prazos estipulados.

Processo eleitoral dos Núcleos da AAUAv arranca com 41 listas candidatas
Redação

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31 mai 2025, 13:12

“Em relação ao ano passado, houve mais ou menos o mesmo número de candidaturas. Nos setoriais, houve menos, mas no geral manteve-se semelhante”, explicou Inês Filipe. A presidente da Assembleia Geral da AAUAv adiantou ainda que, apesar do número de listas ser idêntico ao de anos anteriores, algumas acabaram por ser excluídas do processo por terem sido entregues fora do prazo. Foi o caso da Tuna Mista da Universidade de Aveiro (MarnoTuna), do Núcleo de Xadrez (NX) e do Núcleo da Bicicleta (Nbicla).

Essas listas poderão, no entanto, submeter nova candidatura “em setembro, num processo extraordinário”. “O problema não foi a candidatura em si, mas sim o prazo. Como enviaram fora do tempo definido, não foi possível aceitá-las, pois isso comprometeria o calendário eleitoral”, esclareceu. Houve ainda dois casos em que não foi sequer entregue lista, nomeadamente, na Tuna Universitária de Aveiro (TUA) e no Núcleo de Estudantes de Música (NEMu). Também nestes casos poderão recorrer ao “processo extraordinário”.

A campanha eleitoral iniciou-se na passada terça-feira, 28 de maio, e decorre até 3 de junho. De acordo com Inês Filipe várias listas estão já a organizar “convívios”. Nos núcleos com mais do que uma lista candidata, está previsto ainda a realização de um debate. A escolha do moderador deverá ser feita por consenso entre as listas. Caso não haja entendimento, a Mesa da Assembleia Geral compromete-se a assegurar a moderação do debate. A data do mesmo ainda não foi divulgada.

Estão previstos debates nos seguintes núcleos: Núcleo Associativo de Estudantes da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (NAE-ESSUA) - lista U e X; Núcleo Associativo de Estudantes Do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro (NAE-ISCA)- lista H e V; Núcleo de Estudantes de Economia (NEEC)- lista A e C e Núcleo de Estudantes de Línguas e Relações Empresariais (NELRE) -lista I e J.

Após o término da campanha, o dia 4 de junho está reservado para a reflexão eleitoral, seguindo-se as eleições no dia 5. O funcionamento será semelhante ao das eleições para os órgãos sociais da AAUAv: as urnas abrem por volta das 9h30 e a maioria encerra às 17h00, com exceção das Escolas e da ESSUA, que encerram respetivamente às 21h00 e às 20h00. A contagem dos votos será realizada na Casa do Estudante.

De acordo com o artigo 54.º dos Estatutos da AAUAv, atualmente, existem quatro categorias de núcleos no seio da AAUAv: Núcleos de Curso, Setoriais, Associativos e Departamentais.

Os Núcleos de Curso representam “a ponte de ligação entre os estudantes de cada curso da UA e a AAUAv”; os Setoriais a extensão “da Associação e da UA, nomeadamente nos âmbitos desportivos e culturais”; os Associativos a ligação “entre os estudantes de cada Escola Politécnica da UA e a AAUAv” e, por fim, os Departamentais a ligação entre “os estudantes dos departamentos à UA e à AAUAv.

No caso dos Núcleos de Curso, Associativos e Departamentais são ainda compostos por “dois órgãos sociais independentes: a coordenação e a Reunião Geral de Membros (RGM)”. O mandato dos núcleos da AAUAv tem ainda a duração de “um ano, iniciando-se no mês de junho”.

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Arranca esta segunda-feira a 1.ª fase do acesso ao Ensino Superior: UA abre 2.388 vagas
Universidade

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Tal como noticiado, anteriormente, pela Ria, a UA mantém a oferta de 40 vagas para o curso de Medicina, enquanto o curso de Educação Básica regista um ligeiro aumento, passando de 50 para 53 vagas. Também o curso de Música viu o seu número de lugares subir, com 54 vagas disponíveis (mais duas face ao ano passado). Em contrapartida, o curso de Engenharia de Materiais sofreu uma redução, oferecendo este ano 21 vagas, menos quatro do que no ano letivo anterior. No total, a nível nacional, para o próximo ano letivo, as universidades e institutos politécnicos disponibilizaram 55.956 lugares (mais 643 face ao ano passado) através do regime geral de acesso, que abrange o concurso nacional e os concursos locais, destinados, por exemplo, a cursos artísticos. Para candidatos emigrantes, lusodescendentes ou com pedido de substituição de provas de ingresso por exames estrangeiros, o prazo para a submissão das candidaturas termina mais cedo, em 28 de julho. Os estudantes vão poder escolher entre mais de 1.100 opções em 34 instituições de ensino superior. Os resultados são conhecidos a 24 de agosto e os candidatos colocados na 1.ª fase têm depois até dia 28 de agosto para realizar a matrícula.  A 2.ª fase decorre entre 25 de agosto e 03 de setembro, com a divulgação dos resultados a 14 de setembro, seguindo-se a 3.ª fase entre 23 e 25 de setembro, cujos resultados serão conhecidos em 01 de outubro. Para apresentarem a candidatura, os alunos necessitam de uma senha de acesso – que pode ser pedida através do ‘site’ da DGES – e da ficha ENES, emitida pela escola com a classificação final do secundário e os resultados nas provas de ingresso.

Estudantes da UA trocam férias por voluntariado na reabilitação de casa em Sever do Vouga
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André, estudante de Engenharia Civil, é um dos voluntários que decidiu aceitar o desafio. Ao longo de cinco dias de trabalho intenso, garante que a experiência está a ser “única” e cheia de aprendizagens práticas. “Já aprendi a fazer massa e até a aplicar pladur com o senhor Nuno, o mestre de obras responsável por nos acompanhar”, conta. Apesar das dificuldades, como o calor intenso e o esforço físico constante, André acredita que tudo vale a pena: “Não é algo fácil estar sempre ao sol a fazer massa, mas é uma experiência única e dá sempre jeito para o futuro". A decisão de participar surgiu de forma espontânea. “Inscrevi-me por incentivo de um colega. Como não tinha nada para fazer nas férias acabei por vir ter aqui com ele”, acrescenta. Também Afonso, aluno do mestrado em Bioinformática Clínica, juntou-se à equipa. Apesar da formação não estar diretamente ligada à construção civil, Afonso viu no projeto uma oportunidade para sair da sua zona de conforto. “Está a ser muito desafiante de facto. Sair da zona de conforto, desafiar-me. É um mundo bastante exigente e novo, mas estou a concretizá-lo e estou a gostar”, explica. A motivação principal foi ocupar o tempo livre de forma útil: “Vi que era uma oportunidade de ter impacto. Também sempre gostei de fazer voluntariado, então foi três em um", exprime. Sobre os desafios, não esconde que o ritmo é exigente. “O mais desafiante é acordar cedo. Ficar aqui cerca de oito, quase nove horas de trabalho e depois voltar para casa. Ao final do dia, já estamos mesmo muito cansados”, afirma. Ainda assim, garante que está a aprender bastante. “Da parte técnica, já aprendi muita coisa: a fazer massa, a colocá-la, a fazer e colocar preenchimento, etc", descreve. Mesmo reconhecendo que não seguiria esta vida profissionalmente, valoriza a experiência: “Estas duas semanas faço por gosto, mas na vida, provavelmente, não seria feliz. Acho que é uma excelente experiência para ocupar um pouco o nosso verão e as nossas férias”, realça com um sorriso. Entretanto, o grupo já concluiu a parte exterior da habitação, restando apenas finalizar o telhado e os trabalhos no interior da casa. Hugo Rodrigues, professor no Departamento de Engenharia Civil, é o responsável por acompanhar estes estudantes na experiência. Partilha à Ria que esta foi a primeira que a UA se uniu a este projeto. “Esta foi uma aproximação da Câmara de Sever do Vouga que já tinha esta parceria com a Mão Amiga com a UA. A Reitoria abraçou esta ideia e achou bem prosseguir com esta ideia e que, no fundo, sendo uma ação de reabilitação, entendeu por bem que o Departamento de Engenharia Civil podia ser um dos interlocutores iniciais. E foi assim que aconteceu esta aproximação”, explica. Hugo descreve a parceria com o Departamento de Engenharia Civil como “natural”, ainda que, desde o início, tenha feito questão de tornar esta iniciativa “aberta a todos os estudantes da Universidade de Aveiro”. As inscrições terminaram na passada quinta-feira, 10 de julho, e foi a partir delas que se selecionaram os dez voluntários que integram o grupo, entre os quais estão André e Afonso. A equipa é diversificada, reunindo estudantes de áreas tão distintas como Turismo, Engenharia Biomédica, Engenharia Civil e até Música. Para garantir a qualidade e segurança dos trabalhos, os voluntários contam com o acompanhamento de um mestre de obras. Apesar da ajuda, o docente não deixa de reconhecer a “exigência física” que estes jovens têm a cargo. Para equilibrar esse esforço, Hugo Rodrigues destaca que a Associação, em parceria com a Câmara Municipal, teve o cuidado de promover momentos de convívio, como uma atividade de team building realizada este domingo e um arraial solidário marcado para o dia 26 de julho. “Estas iniciativas permitem-nos, no fundo, cultivar o lado social, promovendo o convívio e o relaxamento no final do dia. Mas é uma atividade muito exigente. Confesso que os vejo sempre muito cansados, embora também animados, porque a construção tem essa vantagem de permitir ver algo a ganhar forma. De repente, tudo começa a ficar melhor”, admite. Numa nota final, Hugo Rodrigues disse ainda que, no final da primeira semana, o balanço é já “claramente positivo”, apontando para a continuidade do projeto nos próximos anos. “No futuro, queremos continuar com esta ação. Queremos que os estudantes tenham um papel ainda mais ativo, em particular, na definição das suas funções, na escolha de materiais para a reabilitação, etc”, finaliza.

Universidade de Aveiro abriu portas à primeira edição da FutuRegion Summercamp
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Universidade de Aveiro abriu portas à primeira edição da FutuRegion Summercamp

Planeamento sustentável, urbanismo e interoperabilidade, dados e proteção cívica, gestão baseada em dados e experiência digital unificada foram as temáticas abordadas na primeira edição da FutuRegion Summercamp, que contou com a realização de várias sessões práticas, masterclasses técnicas, sessões de co-criação e momentos de networking. “Durante cinco dias, a Universidade de Aveiro foi palco de um ambiente de cocriação e aprendizagem multidisciplinar, reunindo mais de 60 participantes, entre técnicos municipais de norte a sul do país, (…) estudantes de licenciatura e doutoramento, investigadores e especialistas nacionais e internacionais”, atenta a organização do evento em nota enviada às redações. A iniciativa promoveu “o contacto direto com tecnologias emergentes aplicadas à gestão urbana”, com o objetivo de “capacitar profissionais, estudantes e técnicos autárquicos para os desafios das cidades inteligentes”. Em comunicado lê-se ainda que o FutuRegion Summercamp se afirmou “como uma experiência formativa pioneira em Portugal, aproximando o conhecimento académico das necessidades reais do setor público e empresarial e contribuindo para acelerar a transformação digital e sustentável das cidades e regiões”. A abertura da primeira edição ficou a cargo de João Veloso, vice-reitor da UA responsável pela cooperação Universidade-Sociedade, e de Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere.

Relatório da AAUAv alerta para baixa retenção no mestrado e sugere revisão estrutural
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Relatório da AAUAv alerta para baixa retenção no mestrado e sugere revisão estrutural

De acordo com a nota, “no dia 28 de fevereiro do presente ano” foi solicitado aos 34 Núcleos de curso da AAUAv que analisassem os editais de candidatura dos mestrados que representam. Assim, foram rececionadas respostas de “11 núcleos”: “Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas; Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações e Aeroespacial; Núcleo de Estudantes de Engenharia Física; Núcleo de Estudantes de Engenharia de Computadores e Telemática; Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica; Núcleo de Estudantes de Informática; Núcleo de Estudantes de Gestão; Núcleo de Estudantes de Matemática; Núcleo de Estudantes de Meteorologia, Oceanografia e Clima; Núcleo de Estudantes de Multimédia e Tecnologias da Comunicação e Núcleo de Estudantes de Química”, lê-se. A partir dessas respostas “foi possível tirar ilações fundamentadas acerca do processo em causa”. “Importa salientar que o Núcleo de Estudantes de Gestão (NEG) e o Núcleo de Estudantes de Multimédia e Tecnologias da Comunicação (NEMTC) manifestaram concordância com os regulamentos de candidatura aos respetivos mestrados, não tendo reconhecido a necessidade de alterações. Esta posição é igualmente relevante, uma vez que evidencia a adequação dos procedimentos atuais em alguns contextos específicos da UA”, continua a nota da AAUAv. No caso de Engenharia e Gestão Industrial, o edital de candidatura ao 2º ciclo de estudos “foi revisto previamente por membros da direção da AAUAv”. Entre os pontos destacados desta auscultação encontram-se a “flexibilização do acesso com unidades curriculares em atraso, a valorização de atividades extracurriculares, o reforço da transparência nos critérios de avaliação e o reconhecimento do percurso académico dos estudantes da Universidade de Aveiro”. O relatório sublinha que estas recomendações “devem ser uniformizadas e aplicadas de forma transversal” e realça a importância de um olhar mais holístico sobre o percurso académico, valorizando também “a participação ativa em estruturas representativas e associativas, que contribuem significativamente para o desenvolvimento de competências transversais valorizadas tanto no meio académico como no profissional.” Foram igualmente propostas alterações “nos prazos de resposta, maior previsibilidade na abertura de vagas em fases posteriores e uma reavaliação das limitações no acesso a ramos de especialização, com o objetivo de promover maior clareza e equidade”. O documento reforça ainda a necessidade de uma reflexão alargada sobre o segundo ciclo, tendo em conta os “baixos níveis de retenção atualmente verificados”. “É possível retirar duas conclusões principais: ou os estudantes da UA não reconhecem vantagens claras nos mestrados disponíveis, seja por serem demasiado similares ao primeiro ciclo, por não corresponderem às suas expectativas, ou até por não encontrarem o curso desejado na instituição, ou então sentem que a própria universidade não valoriza suficientemente os seus estudantes”, sintetiza o documento. Neste contexto, a AAUAv considera relevante repensar “não só os critérios de acesso, mas também a estrutura e relevância dos programas de mestrado oferecidos”. “Este projeto da AAUAv visa apoiar uma revisão estrutural do processo de candidatura a mestrado, centrada na experiência e nas necessidades dos estudantes da Universidade de Aveiro”, finaliza.

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Luís Souto de Miranda declara apoio a Luís Marques Mendes na corrida à Presidência da República
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Luís Souto de Miranda declara apoio a Luís Marques Mendes na corrida à Presidência da República

Numa sessão marcada pelo diálogo direto com os estudantes e pela discussão de temas como ensino superior, habitação, economia e relações internacionais, Luís Marques Mendes reforçou a sua mensagem de moderação e estabilidade — características que, para Luís Souto de Miranda, são fundamentais na atual conjuntura política. “Em relação ao almirante Gouveia e Melo, que eu prezo muito, (…) mas no confronto, eu penso que de facto o país precisa de um referencial de estabilidade e não de arriscar em aventuras cujo alcance desconhece. É mais por isso que eu prezo bastante a figura do Luís Marques Mendes”, afirmou Luís Souto de Miranda à Ria. Para o candidato da ‘Aliança’, a figura de Marques Mendes distingue-se pela capacidade de diálogo e conhecimento profundo dos assuntos nacionais. “É uma voz moderada, muito capaz de fazer as pontes”, opinou. “Nós atravessamos tempos em que acho que as personalidades capazes de promover os diálogos, as concertações, são vitais para o país. O meu apoio já está decidido para o Luís Marques Mendes. Só vim hoje aqui confirmar”, acrescentou, entre risos. Luís Souto de Miranda destacou ainda a assertividade e a serenidade do candidato presidencial, sublinhando que esses traços são determinantes na campanha e no exercício do cargo, caso vença. “A experiência e o conhecimento dele são evidenciados agora. (…) É esta experiência e conhecimento acumulado e também uma serenidade que é muito importante nestes tempos de ameaças à paz mundial e à segurança internacional”, realçou. A visita terminou com um momento de proximidade, quando Luís Souto de Miranda acompanhou Luís Marques Mendes até ao exterior da Casa do Estudante. À despedida, trocaram palavras de apoio, com o candidato presidencial a desejar “boa campanha” ao autarca aveirense. Questionado sobre o simbolismo do gesto, Luís Souto reafirmou o seu posicionamento à Ria: “Acho que os portugueses vão acabar por gradualmente perceber que aquele efeito (…) da figura do almirante (…) é um balão que se encheu e que começa a esvaziar”. Por fim, o candidato da coligação destacou ainda a ligação de Luís Marques Mendes à região, sublinhando a sua experiência política e o conhecimento do território. “Como aveirense, o Dr. Marques Mendes foi deputado por muitos anos e é um profundo conhecedor da nossa realidade. É um plus, digamos assim”, completou. Recorde-se que, no passado mês de junho, em entrevista à Ria, José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, optou por não revelar a sua intenção de voto, criticando o que classificou como “pressa” e “partidarização” do processo eleitoral presidencial. Já o seu adjunto, Simão Santana, assumiu publicamente o apoio à candidatura do ex-almirante Gouveia e Melo, apesar de discordar da escolha oficial do PSD, e integra a lista de apoiantes publicada no site da campanha.

Municípios pedem revisão de carreiras face à dificuldade de recrutar funcionários
País

Municípios pedem revisão de carreiras face à dificuldade de recrutar funcionários

“Vivemos um tempo em que deixou de ser atrativo ser funcionário da administração local por várias razões”, afirmou a presidente da ANMP, Luísa Salgueiro, que falava aos jornalistas no final da reunião do conselho diretivo, que decorreu na sede da associação, em Coimbra. Nessa reunião, foi discutido um documento da ANMP com contributos para a missão da reforma do Estado, que será entregue em primeira mão ao Governo, mas que Luísa Salgueiro deu nota que irá contemplar, entre outras questões, a necessidade de revisão de carreiras e condições remuneratórias da administração local. A presidente da ANMP recordou a questão das carreiras e o facto de terem desaparecido várias áreas especializadas como carpinteiros, eletricistas ou mecânicos, que ficam todas “no grande chapéu dos assistentes operacionais”, numa carreira sem condições “de progressão atrativas”. Além disso, a administração central “concorre com a administração local”, assegurando melhores condições remuneratórias para um técnico superior que exerça as mesmas funções e responsabilidades, constatou. “Nós estamos a assistir a uma sangria de quadros para a administração central”, alertou. Para Luísa Salgueiro, começa “a ser difícil recrutar e fixar” funcionários, mas também chefias e dirigentes, face a um mercado “muito dinâmico” e com um setor privado que consegue oferecer “melhores condições”. “Tudo isto merece uma reflexão”, defendeu, considerando que parte das dificuldades das autarquias em assumir mais competências e responsabilidades já não passará apenas por condições financeiras, mas pela falta de pessoal “capaz e preparado e competente para realizar tarefas”. Se Portugal tem um problema de falta de mão-de-obra, os municípios “têm um problema de fixação de recursos humanos”, alertou, dando nota de que já há serviços municipais “em rutura porque os funcionários que existem não são suficientes ou não têm o perfil certo”.

Ílhavo disponibiliza 11 lotes para empresas na nova Área Empresarial da Gafanha de Aquém
Região

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A AAEIGA localiza-se na envolvente à Rua da Fábrica das Conservas, na Gafanha de Aquém, freguesia de São Salvador, e visa atrair empresas de setores estratégicos, como as “Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica (TICE), a Indústria e Economia do Mar”, e ainda os ramos da “Indústria Agroalimentar e de Transformação de Materiais”. Segundo a autarquia, “a AAEIGA visa implementar um conceito empresarial diferenciador na região, com especial enfoque nos setores de atividade (tipo III)”, promovendo simultaneamente “um modelo de acolhimento empresarial orientado para a qualificação do tecido económico local, nomeadamente para PME e microempresas”. O Município de Ílhavo destaca ainda a importância da articulação com entidades regionais de conhecimento e inovação, como o Parque de Ciência e Inovação (PCI) e a Universidade de Aveiro, com o objetivo de “estimular o empreendedorismo”, “reforçar a atratividade económica e empresarial do Município” e “criar condições para o desenvolvimento de competências e qualificações que promovam a empregabilidade”. As empresas interessadas em adquirir lotes deverão preencher o formulário próprio disponível no site do Município e formalizar a manifestação de interesse até ao dia “8 de agosto”. O processo de candidatura está sujeito às condições previstas no Regulamento Municipal da Área de Acolhimento Empresarial e Inovação da Gafanha de Aquém, aprovado em abril de 2025 pela Assembleia Municipal. A Câmara Municipal de Ílhavo sublinha que “este procedimento não gera qualquer vínculo ou compromisso prévio, nem estabelece fator de prioridade sobre qualquer outra manifestação de interesse”. Trata-se, antes, de um passo para “auscultar o tecido empresarial da região e aferir da pretensão de interessados em alocar a sua atividade empresarial à AAEIGA”. Findo o prazo de apresentação das manifestações de interesse, “serão avaliadas as candidaturas considerando os critérios plasmados no Regulamento Municipal de Venda de Lotes da AAEIGA para posterior aprovação em sede de reunião do Executivo Municipal”. Após esta aprovação, segue-se o procedimento jurídico de alienação dos lotes, a aprovação dos projetos de construção das instalações e, por fim, o arranque das atividades empresariais.

Prisão preventiva para suspeito de atear incêndio a casa em Estarreja
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Em comunicado, a PJ esclareceu que o homem, de 50 anos, que foi detido fora de flagrante delito, foi presente às autoridades judiciárias na comarca de Aveiro, tendo sido sujeito à medida de coação de prisão preventiva. A PJ refere que o suspeito, a quem se imputa a autoria de um crime de incêndio urbano, terá atuado num quadro depressivo, agravado pelo consumo intenso de álcool, no decurso de uma discussão familiar. De acordo com os investigadores, o detido “regou com gasolina o interior da habitação, provocando o abandono do espaço pelos familiares e a procura de socorro junto das autoridades, facto que não obstou a que, já sozinho, incendiasse o local”. “O fogo destruiu parcialmente a habitação e só não atingiu maiores proporções face à pronta intervenção dos bombeiros e da GNR”, refere a mesma nota.