RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

Relatório da AAUAv alerta para baixa retenção no mestrado e sugere revisão estrutural

A Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) promoveu um processo de auscultação junto dos seus Núcleos de Estudantes com vista à revisão dos Editais de Candidatura ao 2.º Ciclo de Estudos da Universidade de Aveiro (UA). Segundo uma nota enviada à Ria, o trabalho desenvolvido resultou na identificação de um conjunto de propostas de melhoria, reunidas num relatório já submetido aos Órgãos de Gestão da UA.

Relatório da AAUAv alerta para baixa retenção no mestrado e sugere revisão estrutural
Redação

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18 jul 2025, 09:17

De acordo com a nota, “no dia 28 de fevereiro do presente ano” foi solicitado aos 34 Núcleos de curso da AAUAv que analisassem os editais de candidatura dos mestrados que representam. Assim, foram rececionadas respostas de “11 núcleos”: “Núcleo de Estudantes de Ciências Biomédicas; Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletrónica e Telecomunicações e Aeroespacial; Núcleo de Estudantes de Engenharia Física; Núcleo de Estudantes de Engenharia de Computadores e Telemática; Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica; Núcleo de Estudantes de Informática; Núcleo de Estudantes de Gestão; Núcleo de Estudantes de Matemática; Núcleo de Estudantes de Meteorologia, Oceanografia e Clima; Núcleo de Estudantes de Multimédia e Tecnologias da Comunicação e Núcleo de Estudantes de Química”, lê-se.

A partir dessas respostas “foi possível tirar ilações fundamentadas acerca do processo em causa”. “Importa salientar que o Núcleo de Estudantes de Gestão (NEG) e o Núcleo de Estudantes de Multimédia e Tecnologias da Comunicação (NEMTC) manifestaram concordância com os regulamentos de candidatura aos respetivos mestrados, não tendo reconhecido a necessidade de alterações. Esta posição é igualmente relevante, uma vez que evidencia a adequação dos procedimentos atuais em alguns contextos específicos da UA”, continua a nota da AAUAv. No caso de Engenharia e Gestão Industrial, o edital de candidatura ao 2º ciclo de estudos “foi revisto previamente por membros da direção da AAUAv”.

Entre os pontos destacados desta auscultação encontram-se a “flexibilização do acesso com unidades curriculares em atraso, a valorização de atividades extracurriculares, o reforço da transparência nos critérios de avaliação e o reconhecimento do percurso académico dos estudantes da Universidade de Aveiro”.

O relatório sublinha que estas recomendações “devem ser uniformizadas e aplicadas de forma transversal” e realça a importância de um olhar mais holístico sobre o percurso académico, valorizando também “a participação ativa em estruturas representativas e associativas, que contribuem significativamente para o desenvolvimento de competências transversais valorizadas tanto no meio académico como no profissional.”

Foram igualmente propostas alterações “nos prazos de resposta, maior previsibilidade na abertura de vagas em fases posteriores e uma reavaliação das limitações no acesso a ramos de especialização, com o objetivo de promover maior clareza e equidade”.

O documento reforça ainda a necessidade de uma reflexão alargada sobre o segundo ciclo, tendo em conta os “baixos níveis de retenção atualmente verificados”. “É possível retirar duas conclusões principais: ou os estudantes da UA não reconhecem vantagens claras nos mestrados disponíveis, seja por serem demasiado similares ao primeiro ciclo, por não corresponderem às suas expectativas, ou até por não encontrarem o curso desejado na instituição, ou então sentem que a própria universidade não valoriza suficientemente os seus estudantes”, sintetiza o documento.

Neste contexto, a AAUAv considera relevante repensar “não só os critérios de acesso, mas também a estrutura e relevância dos programas de mestrado oferecidos”. “Este projeto da AAUAv visa apoiar uma revisão estrutural do processo de candidatura a mestrado, centrada na experiência e nas necessidades dos estudantes da Universidade de Aveiro”, finaliza.

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Sob o mote “Aqui estás em casa", os Serviços de Ação Social da UA (SASUA) abrem assim mais um local onde é possível almoçar e conviver, usufruindo das receitas caseiras que cada um prepara em casa. Em declarações à Ria, João Ribeiro, diretor delegado dos SASUA, referiu que a prioridade foi assegurar a abertura do local, mesmo que alguns detalhes ainda estejam por finalizar. Tomando como exemplo o Bar de Mecânica, no Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) — que também funciona como espaço para marmita —, a intenção é que este novo espaço, situado na Zona Técnica Central, desenvolva igualmente uma “identidade própria”. Os espaços Marmita integram a lista de Medidas de Conciliação da vida profissional, familiar e pessoal da UA.

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“A Câmara de Aveiro quer que todos os contribuintes paguem aos artistas de rua. O que é só mais um absurdo vindo da câmara nesta questão”, começa por apontar o comunicado do partido da IL. No texto lê-se ainda que a autarquia “persegue artistas com a Polícia Municipal, impede atuações espontâneas, recusa rever o regulamento prometido”, quer agora “transformar arte livre em programação oficial”. As críticas surgem após a reportagem da Ria que dá nota das barreiras denunciadas pelos artistas de rua. “Em vez de permitir que os artistas trabalhem e ganhem a vida com liberdade, propõem um modelo centralizado”, continua o partido. “Só atua quem for escolhido e pago pela Câmara”, denunciam. O partido considera ainda que o modelo adotado pela autarquia quer controlar ao invés de apoiar a cultura. “Eventualmente mais um contrato feito com as empresas do costume”, atiram. O comunicado avança ainda que a Iniciativa Liberal “propõe o contrário”, defendendo “licenciamento simples e acessível” e “liberdade para atuar, com regras proporcionais”. Prometem, ainda, atuar “sem favoritismos nem perseguições”, ainda que apontem acreditar ser necessária “fiscalização”. “A cultura vive da liberdade, não da autorização do presidente da Câmara”, frisam. “Só com uma cultura viva e acessível é que Aveiro será, verdadeiramente, uma cidade de cultura”, considera o partido.

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Celme Tavares é licenciada em Ciências da Comunicação e mestre em Comunicação e Multimédia e membro suplente das Comissões Paritária e de Trabalhadores da Universidade de Aveiro. Integra ainda a Comissão Coordenadora Concelhia de Aveiro do Bloco de Esquerda e tem representado o BE na Assembleia Municipal de Aveiro. É ainda eleita na Assembleia de Freguesia de Santa Joana, “estando a cumprir o seu segundo mandato e tem como principais prioridades para esta campanha autárquica a habitação, mobilidade e acessibilidade, transportes e qualidade de vida dos cidadãos”, realça uma nota enviada à Ria. Nessa nota, o BE esclarece que a candidata defende uma “governação de proximidade”, com “transparência e envolvimento da população nas decisões da autarquia e soluções para os problemas mais imediatos que afetam a população: acesso à habitação, melhoria e limpeza do espaço público, reforço da mobilidade sustentável e do compromisso da autarquia com o ambiente e proteção dos recursos naturais, bem como o reforço de respostas sociais dirigidas aos mais idosos e pessoas vulneráveis”. A candidatura defende ainda “respostas sociais, económicas e culturais que vão ao encontro da diversidade das necessidades dos seus habitantes”. Sobre a equipa refere que a mesma estará empenhada na transformação para uma Santa Joana “aprazível e atrativa para viver e trabalhar”. Citada na nota, Celme Tavares considera que a Câmara de Aveiro continua “a falhar em construir uma política de mobilidade coerente, sustentável e centrada nas necessidades dos munícipes”. Defende uma Junta de Freguesia com capacidade “de reivindicar essas e outras intervenções”. Entre as reivindicações estão: a “travessia pedonal e ciclável no Eixo Rodoviário Aveiro – Águeda”, o “bom planeamento do território”; a “habitação social”; “boa gestão de transportes públicos e segurança rodoviárias”; “redução do limite de velocidade”; “implementação de medidas de acalmia da velocidade nas zonas residenciais”; “falha na recolha de resíduos urbanos”; “limpeza das ruas”; “práticas alternativas na gestão dos espaços públicos” e a “não utilização de glifosato e herbicidas nocivos às pessoas, animais e ambiente”. Recorde-se que já nas eleições autárquicas de 2013, 2017 e 2021 Celme Tavares foi a candidata do BE a esta junta de freguesia. Nas últimas eleições autárquicas a coligação “Aliança com Aveiro” (PSD/CDS-PP/PPM) venceu a junta de Santa Joana com “53,40%”. O Bloco de Esquerda alcançou “8,16%” dos votos.

Autárquicas: António Baptista Pires desiste de candidatura à Câmara da Mealhada pelo PSD
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“Eu, António José Baptista Pires, venho informar da minha renúncia às eleições autárquicas a realizar no dia 12 de outubro de 2025. Apresento igualmente a minha demissão de presidente da Comissão Política de Secção de Mealhada", informou num comunicado enviado à agência Lusa. De acordo com António Baptista Pires, os motivos para a sua desistência “são de natureza estritamente pessoais” e impedem-no de “continuar a liderar este projeto”. “Sou o único responsável por esta decisão e assumo assim todas as responsabilidades políticas e pessoais desta decisão. Pauto a minha vida por princípios e valores, não cometi qualquer ilegalidade, no entanto, tenho consciência de que a minha condição política e a minha autoridade política ficaram diminuídas e, por isso, não posso continuar neste projeto”, referiu. O comunicado surgiu poucas horas depois de a agência Lusa ter contactado telefonicamente António Baptista Pires, a propósito de uma sentença de declaração de insolvência, proferida a 08 de abril de 2025. “Devo um pedido de desculpas a todos aqueles que em mim confiaram e faço votos que, apesar deste contratempo, o PSD possa dar continuidade a uma alternativa que é importante e necessária no concelho de Mealhada”, lê-se ainda no comunicado. A candidatura de António Baptista Pires à liderança da Câmara Municipal da Mealhada tinha sido anunciada em fevereiro deste ano. Com a desistência da candidatura de António Baptista Pires (PSD), mantém-se na corrida autárquica o atual presidente António Jorge Franco, pelo Movimento Independente Mais e Melhor, bem como Guilherme Duarte, pelo PS. António Jorge Franco foi eleito presidente da Câmara Municipal da Mealhada em 2021, pelo Movimento Independente Mais e Melhor com 37,82% dos votos, enquanto o PS arrecadou 29,54%, a Coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada 19,20%, a CDU 4,27%, o BE 3,10% e o Chega 1,58%. O executivo da Câmara da Mealhada é formado por três eleitos do Movimento Independente Mais e Melhor, três do PS e um da Coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada.