RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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UA: SBIDM assinala em junho a Semana Internacional dos Arquivos

Entre 9 e 13 de junho, a Área de Museu e Arquivo, dos Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia (SBIDM) da Universidade de Aveiro (UA) vai assinalar a Semana Internacional dos Arquivos. Sob o mote “Arquivos Acessíveis: Arquivos para Todos”, o programa inclui sessões de digitalização, uma campanha, um ciclo de webinars e um simpósio. As sessões vão decorrer na biblioteca da UA e online.

UA: SBIDM assinala em junho a Semana Internacional dos Arquivos
Redação

Redação

05 mai 2025, 12:07

A Semana Internacional dos Arquivos 2025, promovida pelo Conselho Internacional de Arquivos (ICA), pretende celebrar “o papel fundamental dos arquivos na salvaguarda da memória coletiva, na promoção do acesso à informação”. De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, o tema proposto pelo ICA “coloca a tónica na importância de garantir que os arquivos sejam verdadeiramente inclusivos, acessíveis e preparados para os desafios da era digital”.

Neste contexto, a SBIDM da UA associa-se à iniciativa com um conjunto diversificado de atividades, que se desenvolvem ao longo de uma semana dedicada à “reflexão, à formação e à partilha de boas práticas na Área da Gestão Documental e da Preservação da Informação”. “A programação proposta destaca-se pelo seu foco na acessibilidade, na preservação digital e na aproximação dos arquivos à comunidade, promovendo os arquivos como espaços vivos, participativos e fundamentais para a construção de uma sociedade mais equitativa e informada”, lê-se.

Assim, entre as atividades propostas estão: o ciclo de webinars, em formato online, que decorrem no dia 9 de junho das 10h00 às 11h00 e das 11h00 às 12h00 e no dia 12 de junho das 15h00 às 16h00; as sessões de digitalização que ocorrem no dia 9 de junho, entre as 14h00 e as 18h00 e no dia 11 de junho, das 9h30 às 12h30; o “Simpósio Arquivos Acessíveis: Preservar, Aceder, Democratizar” que acontece no dia 11 de junho, das 14h00 às 18h00, no Auditório Mestre Hélder Castanheira da UA e a “campanha ‘Digitalize a sua História’” que acontece no dia 13 de junho na sala de formação da biblioteca da UA. Todas as atividades são gratuitas, mas têm inscrição obrigatória aqui.

A Semana Internacional dos Arquivos 2025 integra-se na iniciativa global promovida pelo ICA, entidade de referência mundial que coordena esta celebração, anualmente, sublinhando o papel fundamental dos arquivos na salvaguarda da memória, no acesso à informação e na construção de sociedades mais inclusivas e participativas.

Recomendações

“recorder” é a nova produção original do GrETUA e estreia este sábado
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“recorder” é a nova produção original do GrETUA e estreia este sábado

Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, a peça “recorder” constitui-se através da abordagem de três encenadores diferentes: Maria Soares, João Garcia Neto e João Tarrafa. Com interpretações de Daniela Lopes, Diogo Figueiredo, Inês Hermenegildo e Ana Inês Conde, formandos do curso de formação teatral, a peça parte do gesto de gravação de uma história para “explorar os temas da memória, da imaginação, e dos objetos que usamos para recordar”. “Este caminho é feito pelas três diferentes interpretações que os três encenadores fazem de um mesmo texto, ao qual trazem diferentes linguagens, passando pelo movimento, o cinema e o teatro, e marcas autorais distintas”, lê-se. Esta é uma produção que envolve um vasto conjunto de pessoas empenhadas em várias áreas, desde a produção, à cenografia, à conceção e execução de figurinos, técnica, comunicação e tudo o que “envolve a criação de um espectáculo de teatro, cujo envolvimento do coletivo é a marca de água deste grupo”. O texto escrito por David Calão estreia este sábado pelas 21h30 e estará em cena no GrETUA até ao dia 18 de maio. O espetáculo tem um custo de 5 euros para estudante e de 7.5 euros para o público em geral. As reservas deverão ser efetuadas aqui. Na sinopse lê-se que "o registo, seja ele uma fotografia, um filme ou uma gravação sonora, promete sempre um regresso que nunca se cumpre integralmente. O gravador permite capturar um momento, mas captura sobretudo a sua fragilidade, o seu caráter transitório, o seu fantasma. Três amigos reúnem-se em torno de um gravador para se gravarem. O gesto imediatamente se revela difícil, como repetir uma pose que apenas surge naturalmente, mas a repetição, o ciclo de tentativa-erro, para além da promessa do regresso, contém em si também a potência do inesperado. Em 'recorder', três encenadores diferentes oferecem três abordagens particulares a um único texto, proporcionando-lhe assim diferentes formas de se revelar, pelas linguagens do movimento, do cinema e do teatro, convocando-as para uma discussão acerca de memória e imaginário”.

A ouvir e a agir: o balanço de Pedro Lages como provedor do estudante da UA
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A ouvir e a agir: o balanço de Pedro Lages como provedor do estudante da UA

Nomeado por unanimidade pelo Conselho Geral, o também antigo dirigente associativo e alumni UA começou por explicar à Ria que aceitou o convite para esta entrevista “por acreditar que é relevante poder prestar contas sobre aquilo que tem sido o seu trabalho (…), mas também [para] promover um pouco mais a figura do provedor”. Este “é um dos objetivos que acabei por definir quando aceitei este desafio”, assegurou. Ao refletir sobre a sua missão, Pedro Lages avançou que a tem encarado de uma “forma tranquila” para “conhecer bem os problemas que são transmitidos pelos estudantes”. “Isso também acredito que é um garante da independência que esta função pode ter. É escutar os problemas que os estudantes nos transmitem, estudá-los de certa forma e enquadrá-los na realidade da UA, para depois poder promover mudanças ou resoluções que possam ir de encontro às suas expectativas”, sintetizou. Apesar da importância do cargo, o provedor reconheceu que a maioria dos estudantes desconhece a sua existência. “Se nós atentarmos no número de estudantes da nossa universidade e no número de requisições que o provedor do estudante tem ao longo dos tempos, desde a sua criação, reparamos que não ultrapassamos o 1% dos estudantes a recorrerem ao provedor. Isto não pode ser por não existirem situações a carecer de apoio, porque elas acontecem diariamente e não quer dizer que a universidade esteja a falhar na sua missão”, refletiu. Para Pedro Lages a curta duração dos ciclos de estudo pode ser uma das razões que contribuiu, ao longo dos tempos, para esse afastamento. “Se não houver um esforço constante de promoção dos órgãos e dos serviços da universidade... Eles não vão conhecê-los durante a sua passagem. [Os estudantes] passam por cá em ciclos cada vez mais curtos. As licenciaturas têm três anos, os novos públicos que conseguimos atrair vêm cá em formações cada vez mais reduzidas e, portanto, este esforço de difusão desta figura deve ser constante”, reforçou. Pedro considera ainda o provedor do estudante como o “último recurso” dentro da universidade “para resolver situações que os estudantes possam considerar injustas, eventuais conflitos com serviços, docentes, colegas”. Embora não tenha poder deliberativo, o provedor tem a capacidade de “mediar (…) junto dos órgãos ou dos serviços da universidade”. “[É] quase um soft power, que é, não tendo capacidade de decidir, as suas recomendações são ou carecem de uma justificação em caso de não serem seguidas por parte da entidade que recebe a recomendação”, expôs. Ao longo do seu mandato, um dos eixos prioritários tem sido a proteção dos estudantes com atividades extracurriculares, entre os exemplos, dirigentes associativos ou trabalhadores-estudantes. “A universidade não é apenas uma instituição de formação académica, é também um espaço de cidadania. (…) Portanto, todos estes estudantes carecem de uma maior proteção”, vincou. Ao longo da entrevista, Pedro Lages analisou ainda o último relatório de atividades disponível de 2023 onde foram identificadas como principais áreas de atuação os temas académico-administrativos, pedagógicos e de ação social. Apesar do relatório de 2024 ainda não estar disponível, publicamente, o provedor adiantou que o número de exposições “aumentou” e que, apesar dos temas serem transversais [aos de 2023], há uma “grande prevalência nos temas académico-administrativos”. Dentro destes temas, destacam-se assuntos relacionados com dívidas de propinas, concessão de estatutos especiais e pedidos para inscrição em unidades curriculares adicionais. “No ano de 2024 eu posso destacar um aumento da procura por estudantes de doutoramento, associada a temas de pressão académica, que devemos estar atentos e analisar com a calma necessária, mas que devem merecer aqui a nossa atenção”, adiantou. “Há alguns conflitos conducentes, alguma incompatibilidade com orientadores, mas são temas que carecem também de calma, de reflexão, para percebemos como é que conseguimos ultrapassar estas situações”, continuou o provedor estudante. Já com um olhar crítico sobre o perfil de um provedor de provedor do estudante, Pedro Lages afirmou que se revê com o modelo utilizado na UA já que este prevê a escolha de um provedor sem vínculo formal à universidade. “Eu acredito que este modelo mais facilmente salvaguarda esta independência. E é uma independência que, ao mesmo tempo, deve uma responsabilidade diretamente aos estudantes”, sublinhou. Também sobre a duração do número de anos do mandato [três anos], o provedor opinou ser “relevante” e “adequada”. “Seria, na minha opinião, muito mais relevante definir quantos mandatos é que um provedor pode fazer limitando-os. Acredito que essa renovação acaba por ser muito importante no exercício das funções, ou seja, traz dinamismo, novas ideias e impede quem está no exercício do cargo de se acomodar ao normal funcionamento”, exprimiu. Note-se que na revisão dos estatutos da UA não foi definido nenhum limite de mandatos para a figura do provedor do estudante, mas a proposta do Governo para o novo RJIES aponta a um limite de dois mandatos de três anos. Questionado ainda sobre a relação com a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), o provedor definiu-a como “extraordinária”. “Pela minha experiência não me faria sentido, exercendo estas funções, não ter uma relação próxima com a Associação Académica. (…) A relação com a AAUAv tem sido extraordinária, tem vindo a melhorar ao longo do tempo, fruto também dessa maior proximidade que eu tenho tentado assumir junto da Associação”, disse. A um ano para terminar o mandato, Pedro Lages exprimiu que sente que tem sido “útil” à comunidade e que “essa é uma das grandes satisfações” que leva do exercício destas funções. Sobre uma eventual continuidade no cargo, responde com ponderação: “Naturalmente, tendo exercido um mandato, ou estando a chegar próximo do final do mandato, tenho disponibilidade, naturalmente, para continuar, porque também tenho mais conhecimento e acredito que (…) posso aportar um maior valor”, considerou.

Desfile do Enterro: Milhares de estudantes encheram as ruas de Aveiro com crítica e criatividade
Universidade

Desfile do Enterro: Milhares de estudantes encheram as ruas de Aveiro com crítica e criatividade

O fim da tarde do Dia do Trabalhador trouxe ao centro comercial ‘Glicínias Plaza’ um maior fluxo de pessoas. Estudantes e familiares apressavam-se para assistirem ao arranque do desfile dos estudantes da Universidade de Aveiro. Eram cerca de 19h quando os carros começaram a sair do piso -1 do estacionamento do espaço comercial – onde os estudantes se reuniram durante os últimos sete dias para se prepararem para percorrer as ruas de Aveiro. Desfilaram pela Rua Mário Sacramento, com destino ao Cais da Fonte Nova, onde se encontrava o júri que daqui a cerca de uma semana anuncia o resultado do desfile deste ano. O curso de Ciências Biomédicas venceu o desfile do ano passado, o que lhe deu a possibilidade de ser o primeiro curso a desfilar este ano. Criticam a “partilha de informações falsas e enganadoras nas redes sociais que podem levar a uma má informação da população no que diz respeito à saúde”, enquanto alertam, simultaneamente, para o perigo da “confiança cega” dos conteúdos que consomem. Quem o diz é Miguel Marques, aluno do primeiro ano de Ciências Biomédicas da UA. O carro leva atrelado um boneco vendado a bordo de um moliceiro. É a “metáfora para a confiança cega que as pessoas depositam na informação que retiram das redes sociais”, explica o estudante. A parte de trás é um monte de areia, onde estão elementos que remetem para o conhecimento científico e para a razão. “O moliceiro desloca-se para fora da areia”, aponta Miguel Marques, numa clara alusão ao afastamento da valorização do conhecimento científico por parte da população. Mas Ciências Biomédicas não é o único curso que traz a Saúde às ruas aveirenses. O carro da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) – e dos vários cursos da escola – critica também matérias relativas à Saúde. Apostaram na “emigração dos profissionais de saúde e, por consequência, a falta de mão-de-obra em Portugal que leva ao fecho de alguns serviços de saúde”, explica Samuel Cruz, estudante de Imagem Médica e Radioterapia. Psicologia – um curso também ligado à Saúde - muda ligeiramente a temática e critica a utilização da inteligência artificial como substituição de aconselhamento psicológico. “ChatGPT versus psicológos” é o tema do carro, aponta Beatriz Moreira, estudante do primeiro ano do curso. O objetivo “é tentar mostrar às pessoas que a inteligência artificial não faz o mesmo trabalho que nós”, aponta a estudante. Na linha da tecnologia, também o curso de Multimédia e Tecnologias da Comunicação (MTC) decidiu criticar a inteligência artificial, juntamente com a liberalização do acesso às tecnologias dos mais novos. “Infância digital: já não se brinca no parquinho” é o tema do carro, aponta Carolina Pereira, estudante do terceiro ano de MTC. Querem “alertar para o facto das crianças já numa idade muito nova estarem logo em contacto com as tecnologias” e, pelo caminho, levantam, enquanto futuros profissionais da área, a “preocupação em relação à forma como as tecnologias são utilizadas”. Saindo da tecnologia, o curso de curso de Línguas, Literaturas e Culturas apresenta um carro sobre o abuso contra as mulheres e o machismo. “Apesar de estarmos no século 21, acho que ainda é um tema muito recorrente e acho que toda a gente deve lutar contra isso”, nota Rafaela Silva, estudante do curso. Ao seu argumento junta que a escolha partiu muito também pelo facto de serem “um curso maioritariamente de raparigas” e o caso recente da demissão de dirigentes associativos da Universidade do Porto, por alegadamente captarem imagens de colegas sem autorização. Ainda no campo social, o curso de Engenharia e Gestão Industrial explica que a temática escolhida se foca na “injustiça social”. “É um tema que é básico, mas a verdade é que está sempre presente na nossa na nossa sociedade, é algo que já é muito antigo, mas nunca há soluções eficientes”, apontam duas estudantes do primeiro ano do curso que preparavam uma faixa onde se iria ler “onde uns jantam, outros sobrevivem”. “É o nosso slogan”, aponta Laura. “A nossa mesa tem uma balança que está muito caída para o lado «rico», tem muitas coisas lá e do outro lado não tem quase nada e mesmo na mesa o pobre tem ali um um pãozito e um banquito para se sentar, enquanto o rico vai ter uma garrafa de vinho. um jantar todo completo, um trono para se sentar”, sublinham as estudantes. Mas nem só de crítica foi feito o desfile. Os cursos de Design e Engenharia Mecânica foram dois cursos que mantiveram vivas tradições. Em Design não houve carro – a estrutura do curso foi carregada às costas. Em Engenharia Mecânica foi literalmente quase construído um carro que, avisam os estudantes com orgulho, “nunca chega ao fim do percurso” e “é sempre desqualificado”. Um coração gigante pintado de vermelho assente numa estrutura de canas foi o carro de Design. Não têm propriamente uma crítica, mas sim a pretensão de exaltar o curso. “o nosso tema é vermelho nas veias”, começa por explicar Alice Silva, estudante do primeiro ano de design. “Todos nós viemos ter aqui a Design por algum motivo e esse motivo corre-nos nas veias, está no nosso sangue (…), mesmo sendo todos pessoas muito diferentes, (…) temos isto em comum”, repara Alice. A estrutura em canas de bambu foi carregada aos ombros, uma tradição que, pensa Alice, dura “há 26 anos”. Engenharia Mecânica, por sua vez, começou a preparação do carro com uma ida à sucata há já “um ou dois meses”. É Carlos Santos, estudante de Engenharia Mecânica que conta a história do único carro do desfile que não é totalmente preparado no parque de estacionamento subterrâneo do Glícinias Plaza. “Nós vamos à sucata, eles oferecem-nos o carro e depois vêm-no buscar no fim”, começa por contar o estudante. “É a mesma sucata já há 20 e tal anos”, frisa. “Escolhemos o carro, o que estiver disponível para nos dar (…) e nós depois inventamos o escape e os miúdos fazem as pinturas e as construções das coisas e pronto, tenta-se depois fazer o máximo de barulho”, aponta. Este ano o carro queria ser uma espécie de crítica aos casinos ilegais, mas o objetivo dos estudantes fica-se mais pelo “carro ‘fazer’ o máximo de cenário possível”, explica. O final do desfile fica marcado para os estudantes do curso pela destruição do trabalho feito no carro, que é devolvido à sucata. “Nós somos sempre desqualificados porque na teoria isto não se pode fazer, mas o nosso carro é o melhor na mesma: só não tem prémio”, aponta.

FFMS promove debate na UA: como mudaram as famílias portuguesas depois do 25 de Abril
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FFMS promove debate na UA: como mudaram as famílias portuguesas depois do 25 de Abril

“E depois da revolução: população e famílias” é o tema do debate que acontece já na próxima segunda-feira, dia 5 de maio, pelas 17h30, no Auditório Renato Araújo, na Reitoria da UA. Com o ponto de partida em dois minidocumentários da Fundação, a sessão pretende explorar como é que as famílias evoluíram nos últimos 50 anos. O evento é gratuito, mas a lotação é limitada. As inscrições deverão ser feitas através do site oficial da FFMS. A conversa é aberta ao público e conta com três convidados que têm nos últimos anos explorado estes temas: Alda Azevedo, demógrafa e investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Pedro Góis, sociólogo e professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Tomás Magalhães, comunicador e host do podcast “Despolariza”, como moderador. O evento faz parte do ciclo “Cinco Décadas de Democracia”, organizado pela FFMS.

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CMA apresenta esta quarta-feira o livro “Avenida: uma história com futuro”
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CMA apresenta esta quarta-feira o livro “Avenida: uma história com futuro”

A obra, segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, retrata a história da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, desde a sua origem até à atualidade, “com especial enfoque na recente intervenção de requalificação promovida pela CMA e inaugurada em maio de 2023”. “O livro destaca ainda o impacto desta requalificação na dinâmica urbana e na revitalização da principal artéria da cidade”, avança. O evento decorre na nova loja da Livraria Bertrand e integra o programa das comemorações do Feriado Municipal de Aveiro, que se prolongam até ao dia 12 de maio.

Governo prorrogou até sexta-feira prazos para comunicação de faturas de abril
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Numa resposta enviada à Lusa, o Ministério das Finanças reconhece as falhas. "Não obstante a reposição da operacionalidade do Portal ‘e-fatura’ (…), considerando que durante a manhã de segunda-feira ainda se verificaram algumas perturbações no funcionamento daquele Portal (…), entretanto solucionadas, o Governo decidiu prorrogar o prazo para a comunicação de faturas referentes ao mês de abril do corrente ano até à próxima sexta-feira (09 de maio)”, indica. Adicionalmente, o Governo decidiu também "alargar até 26 de maio os prazos relativos à entrega das declarações do IVA, referentes ao mês de março, pelos sujeitos passivos integrados no regime mensal, e ao 1.º trimestre, pelos contribuintes do regime trimestral, e permitir que o pagamento do respetivo IVA possa ser efetuado até 30 de maio, sem quaisquer acréscimos ou penalidades", refere a resposta do Ministério das Finanças. A Ordem dos Contabilistas Certificados tinha denunciado na segunda-feira falhas no Portal das Finanças, uma semana após o apagão do sistema elétrico, alertando para os impactos no cumprimento fiscal e exigindo compensação de prazos. Em declarações à Lusa, a bastonária Paula Franco alertou que, durante a última semana, “o sistema esteve constantemente a ir abaixo”, com especial incidência no ‘e-fatura’ e nas entregas do SAF-T de faturação, cujo prazo terminou esta quarta-feira. Paula Franco sublinhou que os contabilistas dependem fortemente da operacionalidade destes serviços para o cumprimento de diversas obrigações fiscais e que a instabilidade sentida tem tido um impacto direto na atividade dos profissionais, apelando à Autoridade Tributária e Aduaneira para que compense os dias em que não foi possível aceder aos serviços, prorrogando os prazos em conformidade. Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou no dia 28 de abril, durante cerca de 10 a 11 horas, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades. A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou na semana passada a criação de um comité para investigar as causas do 'apagão' "excecional e grave" na Península Ibérica.

Recenseados em Portugal deslocados no estrangeiro podem votar a partir de hoje
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Esta modalidade de voto antecipado prevê que, entre 06 e 08 de maio, os eleitores possam votar nas secções consulares das embaixadas, nos consulados ou nas delegações externas das instituições públicas portuguesas previamente definidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Para votar, o eleitor terá de se identificar e indicar a freguesia de inscrição no recenseamento eleitoral, sendo-lhe depois entregue o duplicado da vinheta de segurança que serve de comprovativo do exercício do direito de voto. De acordo com a CNE, podem votar antecipadamente no estrangeiro os eleitores recenseados em território nacional mas que estejam deslocados em funções públicas ou privadas, em representação de seleções nacionais, assim como estudantes, investigadores, docentes e bolseiros de investigação e doentes em tratamento. As eleições legislativas antecipadas estão marcadas para 18 de maio, com 20 forças políticas concorrentes e um acréscimo de mais 36 mil eleitores inscritos face ao ano passado. Mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro serão chamados a escolher os 230 lugares de deputados da Assembleia da República para a próxima legislatura.

Lufthansa pode ter benefícios fiscais superiores a 1,5 ME por criar fábrica em Santa Maria da Feira
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Lufthansa pode ter benefícios fiscais superiores a 1,5 ME por criar fábrica em Santa Maria da Feira

Em causa está a anunciada Lufthansa Technik Portugal S. A., cuja unidade industrial de reparação de peças de motores e componentes de aviões deverá começar a operar na Feira no final de 2027, mediante um “investimento de 227,6 milhões de euros” e a criação de “526 empregos” – dos quais 325 até 2028 e os restantes até 2030. Para atender a esse esforço financeiro, a Câmara Municipal da Feira decidiu por unanimidade (maioria PSD e PS) apoiar a instalação da fábrica ao abrigo do Regime de Benefícios Fiscais Contratuais ao Investimento Produtivo, que é um instrumento do Governo só aplicável se a autarquia envolvida aceitar prescindir dos impostos a que teria direito. Na prática, são duas as grandes receitas de que a câmara vai prescindir: o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de que a Lufthansa Portugal ficará isenta por cinco anos até ao valor total de 40.000 euros, e o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), de que haverá isenção até ao limite de 1,5 milhões de euros, numa única operação, por altura da compra dos terrenos da nova fábrica. O presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Amadeu Albergaria, justificou à Lusa esses apoios: “A instalação da Lufthansa Technik Portugal representa um investimento internacional de enorme relevância no concelho, quer pelo volume, com mais de 227 milhões de euros, quer pela criação de mais postos de trabalho qualificado, numa área de forte componente tecnológica e com elevado valor acrescentado”. Para o autarca social-democrata, a aprovação unânime desses benefícios fiscais demonstra a disponibilidade do território “para acolher e apoiar projetos de interesse estratégico” e reflete “um espírito de total cooperação institucional com o Governo”, uma vez que a instalação da Lufthansa Technik, além de reforçar a “centralidade económica e industrial do concelho”, também contribui “para a afirmação de Portugal como um destino competitivo e atrativo para a indústria de ponta”. Os mais de 1,5 milhões de euros de benefícios em causa estão, contudo, dependentes da observância de três condições: a primeira é o cumprimento de todas as cláusulas do contrato de investimento a estabelecer entre a empresa e o Estado Português; a segunda é que “a isenção só se aplica a imóveis que sejam adquiridos até 31 de dezembro de 2025 e que comprovadamente se destinem à instalação da unidade industrial”; e a terceira é que as mesmas isenções ficam invalidadas se a fábrica fechar antes do final de 2035. Segundo Amadeu Albergaria, a Lufthansa Technik Portugal vai ser construída especificamente na zona industrial do LusoPark e terá uma atividade focada na inspeção, teste, manutenção e reparação de componentes de aeronaves e peças dos seus motores. Essa unidade constituirá o primeiro projeto da empresa que pertence à companhia aérea alemã Lufthansa em Portugal e antecipa-se como “um investimento transformador” face ao crescente impacto mundial da indústria aeronáutica e o seu potencial de exportação. A empresa pertence à companhia aérea alemã Lufthansa.