XIV edição do Prémio Literário Aldónio Gomes distingue a obra de Renata Flaiban Zanete
A escritora Renata Flaiban Zanete é a vencedora do XIV Prémio Literário Aldónio Gomes de 2025, na categoria de narrativa juvenil, com o texto "Férias de verão e águas de bacalhau".
Redação
Renata Flaiban (Osasco, Brasil, 1971) é atriz, contadora de histórias, escritora, diretora e professora de teatro, produtora artística, investigadora académica, mediadora artística e cultural. Fundou a Rodamoinho Teatro com Fabiano Assis, em 2001, tendo produzido espetáculos, performances, ações de arte-educação e itinerâncias artísticas. Este ano, a escritora é a galardoada do Prémio Aldónio Gomes, uma distinção promovida pela Universidade de Aveiro (UA) desde 2012.
O Prémio Literário Aldónio Gomes visa “apoiar a revelação de novos autores e honrar o pedagogo Aldónio Gomes (…) cujo espólio foi doado à UA”, lê-se em nota da UA enviada às redações. Em cada ano, o Prémio é dedicado a um género literário diferente e o seu vencedor é anunciado a 22 de maio, dia em que se assinala o Dia do Autor Português.
O prémio da academia aveirense junta-se agora às distinções já conquistadas por Renata Flaiban, entre os quais se destaca o Prémio Internacional Mário Quartin Graça, que venceu em 2024 por conta da sua tese de doutoramento. A autora conquistou ainda o Prémio de Literatura Infantil Betweien com o conto “Sabias que o amor não conta cromossomas?” (2024), o Prémio Literário Manuel Laranjeira com o texto dramático Refúgio (2019) e o prémio Novos Talentos-FNAC com o conto “Orlanda”. Renata é ainda parte do projeto “Livros e ação!”, concebido em parceria da Rodamoinho Teatro com a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) Braga, que está a decorrer em 2025, selecionado na convocatória Todo-o-Terreno-Braga 25/Capital Portuguesa da Cultura.
Recomendações
AAAUA realiza 2ª edição do Seminário sobre Habitação com “casa cheia”
O auditório do PCI encheu-se na passada sexta-feira para um seminário sobre Habitação. A abertura da iniciativa esteve a cargo de João Veloso, Vice-Reitor da Universidade de Aveiro (UA), Bruno Ribau, adjunto do presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Adriana Costa, diretora da Incubadora de Empresas da UA [em representação do PCI], Carlos Bola, em representação da KW e Pedro Oliveira, presidente da AAAUA. Em nota enviada às redações, a AAAUA dá nota de que João Veloso enquadrou o tema na problemática do ensino superior e da gestão das cidades, abordando os constrangimentos do sector e as novas tendências de construção e dos novos materiais de construção, relevando o contributo “que a AAAUA dá novamente para este tema, com a 2ª. edição deste Seminário”. Pedro Oliveira, por sua vez, enfatizou “o continuado sinal de abertura com a inclusão de especialistas da UA com especialistas da sociedade, num crescendo relevo dos antigos alunos da UA.” Destacou ainda a “nova organização no conselho de Ílhavo, em proximidade com o território”. Carlos Bola, salientou o contributo que “este tipo de ações pode incorporar na área e naquelas que trabalham neste sector, com novo conhecimento e novas abordagens”. Numa apresentação do PCI e das suas áreas de atuação interveio ainda Adriana Costa, valorizando “as organizações em parceria” e “o trabalho que é possível desenvolver num ecossistema cada vez mais empreendedor e internacional, com os desafios daqui decorrentes”. A concluir as intervenções, Bruno Ribau, salientou “os desafios deste importante tema, felicitando a AAAUA por trazer este assunto a debate e pelo trabalho que tem vindo a desenvolver de forma consistente”. A iniciativa contou ainda com três apresentações levadas a cabo por António Figueiredo, investigador auxiliar na UA, Bruno Venâncio, especialista em Inteligência Artificial (IA) para o mercado imobiliário e por Ana Afonso, membro da unidade de Negócio de Inteligência Criativa do PCI. A sessão terminou com uma mesa-redonda de debate sob as intervenções, moderada pelo presidente da AAAUA. A sessão terminou com a promessa da realização de uma 3ª edição da iniciativa, que deverá ser realizada em 2026.
Escola Mário Sacramento e DCSPT unem-se para impedir que jovens se “divorciem” da política
Marta Monteiro foi uma das alunas do secundário presentes na iniciativa e à Ria confidenciou ter optado pela disciplina de Ciência Política por considerar os temas abordados “relevantes para o ambiente geopolítico que vivemos atualmente”. No domingo passado, dia 18, exerceu pela primeira vez o direito ao voto e sente que o conhecimento que adquiriu ao longo do ano letivo na disciplina foi “fundamental” na sua decisão. “Creio que a disciplina de Ciência Política me ajudou a entender como funciona o sistema político português e o sistema eleitoral”, explica Marta. “Tornei-me mais informada e mais interessada na política”, repara. Margarida Dinis é estudante do primeiro ano do mestrado e foi uma das estudantes destacadas para dinamizar a atividade junto dos alunos da Secundária. Ao contrário de Marta expressa uma visão mais crítica do atual cenário político, confessando sentir que “é muito assustador votar nos dias de hoje, tendo em conta a realidade de que muitos jovens votam na extrema-direita”. Para Margarida, o mais inquietante é perceber que “há pessoas que efetivamente tomam essas decisões de forma informada e que procuram ler os programas dos partidos”, embora reconheça que “quem vota nesse tipo de forças, muitas vezes, não tem essa procura”. Os jovens portugueses, em particular do género masculino são, segundo um estudo noticiado pelo Público,os segundos na União Europeia que mais votam na extrema-direita. Na mesa em que Margarida dinamizou o jogo, os dados confirmaram-se. Apesar do voto ser secreto, a proximidade da temática levou alguns alunos a admitir, informalmente, que votam ou tencionam votar no partido português mais próximo da extrema-direita. Patrícia Silva, diretora do mestrado, aponta que a iniciativa foi uma novidade na Escola Mário Sacramento, embora já tenha sido dinamizada uma atividade semelhante nas Escolas de Santiago. O objetivo, aponta, “é trazer às escolas do ensino secundário um jogo e uma forma de pensarmos a democracia e os efeitos da desinformação na democracia e trabalhar isso”. O jogo escolhido para o efeito foi ‘Secret Hitler’, um jogo de dedução social que transporta os jogadores à Alemanha Nazi e que desafia dois partidos – os liberais e os fascistas – a remarem para o seu lado. Do lado da equipa liberal o objetivo é aprovar cinco políticas liberais ou assassinarem Hitler; do lado da equipa fascista, o objetivo é aprovar políticas fascistas ou eleger Hitler como Chanceler. O jogo resulta por tudo ser feito de forma mais ou menos dissimulada, com as identidades dos jogadores a serem secretas para que o caos dificulte a identificação tanto dos membros da equipa liberal como da equipa fascista, na qual se inclui Hitler. “É importante que comecemos a trabalhar a qualidade das democracias, a pensar o que é que torna uma democracia numa democracia de qualidade e fazê-lo cada vez mais cedo para que estes jovens também possam rapidamente ser envolvidos e sentir-se parte do processo”, considera Patrícia Silva. “Muitos destes jovens ou são primeiros votantes ou são futuros votantes e, portanto, embora a lógica partidária não esteja aqui envolvida, a lógica da importância das eleições, de pensar políticas públicas e a implicação da escolha e do exercício de escolha para a sociedade, para a democracia, já está aqui”, repara ainda a docente e investigadora do DSCPT. A ideia é partilhada, de resto, pelos professores do secundário. Vítor João Oliveira é professor de filosofia e o responsável pela organização da iniciativa, que chega à Mário Sacramento por via de uma outra iniciativa organizada no dia 1 de abril. “Uma mesa-redonda chamada a Verdade da Mentira”, que explorou o “caráter paradoxal da democracia”. À Ria aponta ser esse mesmo caráter paradoxal “aquilo que é mais importante hoje (…) que as pessoas percebam”. “As pessoas não têm a noção dessa fragilidade [da democracia] e a nossa ideia na escola é, com experiências significativas, alertar para tal”, frisa o professor. “Se há lugar onde a democracia é a essência da instituição é a escola: a escola pública é o lugar da democracia, do confronto de ideias”, acrescenta ainda Vítor Oliveira. Também Paulo Abreu, um dos professores da disciplina de Ciência Política na Mário Sacramento, destaca a importância da inclusão da disciplina no plano curricular de todos os estudantes do secundário. “É opcional e só apanha as áreas de humanidades e socioeconómicas, sendo que no nosso entender de ciência política, devia abranger todas as áreas do secundário, e mais: devia ser uma disciplina obrigatória e não opcional”, alerta o professor. A adesão na Mário Sacramento tem-se mantido estável, com a disciplina “a funcionar há mais de dez anos e sempre com duas ou três turmas”, nota o professor. Pesa para essa consistência a fomentação de outras atividades como a participação, por exemplo, em iniciativas como o Parlamento Jovem e visitas de estudo por vezes a locais históricos como o campo de concentração de Auschwitz. “Naturalmente tentamos que a disciplina seja uma mais-valia, porque achamos que nos tempos que correm é essencial que ela seja mesmo essa mais-valia e que os alunos entendam como tal”, entende Paulo Abreu. A perspetiva é ainda partilhada por José Nunes, diretor do agrupamento que, apesar de ter dedicado o seu percurso pessoal às ciências exatas, defende a importância da ciência política como disciplina interdisciplinar. “Um dos muitos objetivos que temos aqui no agrupamento é de facto que os alunos se vão envolvendo [na política]”, recorda. A iniciativa conjunta foi considerada pelo diretor do agrupamento como mais uma das atividades desenvolvidas para promover essa consciência política. Sublinha, à semelhança do professor Paulo Abreu, a participação dos alunos no Parlamento Jovem e na Assembleia Municipal Jovem em Aveiro, bem como “as associações de estudantes, onde os próprios alunos se candidatam e propõem coisas”. “Estamos a fazer o nosso caminho no sentido de trazer os jovens novamente para pensarem nesses assuntos e não se divorciarem da atividade política”, assegura José Nunes que mostrou abertura para se dinamizarem mais atividades entre as instituições de ensino.
Ria promove debate entre docentes e investigadores para o Conselho Geral da UA
O debate terá lugar às 16h00 no Auditório Renato Araújo, localizado no Edifício Central e da Reitoria da UA, e contará com a participação de quatro candidatos, representando todas as circunscrições e ambas as listas que concorrem ao ato eleitoral. O Conselho Geral é o principal órgão de governo da universidade, sendo responsável por funções estruturantes como a eleição do reitor, a aprovação e alteração dos estatutos, a aprovação do plano estratégico e dos documentos anuais de atividades e contas. Nesta eleição, foram admitidas duas listas: a lista “UA 2030 – Uma Universidade Inovadora, Sustentável e Plural” e a lista “UA50 – 50 anos de história, 50 anos de ambição” O debate será moderado por Isabel Cunha Marques, diretora de informação da Ria, e transmitido em direto na página de Facebook da Rádio Universitária. A sessão é aberta à comunidade académica, que poderá assistir presencialmente ou acompanhar a transmissão online. Durante o debate, serão discutidos temas diretamente relacionados com as competências do Conselho Geral e a visão estratégica para o futuro da Universidade de Aveiro. Está também prevista uma ronda de perguntas enviadas pela comunidade académica e dirigidas às duas listas. As perguntas podem ser submetidas até às 23h59 de quarta-feira, 28 de maio, através do preenchimento deste formulário. A redação da Ria selecionará as mais relevantes para serem colocadas durante o evento.
GrETUA apresenta programação trimestral “em torno da palavra desejo”
Depois de estrear em maio com “recorder” - o espectáculo que resultou do Curso de Formação Teatral de 2024/2025 - o GrETUA quer que a restante programação do trimestre orbite “em torno da palavra desejo”. “Numa altura em que as distopias de ontem continuam a transformar-se na paisagem que nos envolve, acreditamos que a sustentabilidade do futuro depende cada vez mais da nossa capacidade de continuar a desejar: imaginar o que não vemos, mas que é preciso encenar”, atenta o editorial enviado à Ria. Para tal, o GrETUA pretende, em cena e fora de cena, “inventar novas maneiras de sermos muitos” e “fazer do encontro um gesto radical”. “Na pista de dança suar até nos fundirmos com a batida, no ecrã do cinema iluminar o pluralismo das experiências, multiplicar as possibilidades do prazer. E em todos os instantes, abrir espaço para o toque e a escuta. Trabalhar na construção de uma intimidade comum”, explica. O grupo adianta ainda que, ao longo deste trimestre, vai recuperar uma das descobertas que fez ao digitalizar o arquivo do GrETUA para o documentário que estreou este ano, “Antes de Mais, Parabéns Atrasados”. “Falo do mantra que o encenador Rui Sérgio, e um dos fundadores do GrETUA, gritava aos atores em 1994, momentos antes da estreia do espetáculo “Cabaret Cibernético”: «Tesão, tesão, tesão! Para além da concentração!»”, esclarece. A programação trimestral prossegue assim esta sexta-feira, 23 de maio, com o concerto de emmy Curl, pelas 22h00. Já na próxima segunda-feira, 26 de maio, pelas 21h00, o GrETUA inicia a “Anatomia da Transgressão”. Um ciclo de cinema que pretende investigar “o corpo como espaço político, ficcional, íntimo e indisciplinado”. Dividido em três momentos, o primeiro iniciará com uma “sessão de curtas queer portuguesas, que são quatro contra ficções visuais capazes de pôr em questão os modos dominantes de ver e fantasiar sobre outras possibilidades de toque e cuidado”. Segue-se no dia 9 de junho o embate frontal com “Crash” (1996) de David Cronenberg, “um clássico da pulsão, do corpo-máquina, do prazer entre o aço e a carne”. A terceira sessão acontece no dia 23 de junho com o delírio poético e sensual de “O Lado Obscuro do Coração” (1992), “onde o amor e a morte dançam em espiral para lá dos limites do real”. Antes e depois das sessões, estará em exibição a peça de videoarte "The Kiss" (2020), de Miguel De. “Numa espécie de subversão da moral do obsceno e do sexo explícito, Miguel De constrói o seu filme a partir de fragmentos de cinema pornográfico hardcore, escolhendo apenas os planos de beijos. A obra pisca o olho a The Kiss (1896), de William Heise — um dos primeiros filmes comerciais da história do cinema, escandaloso na altura por mostrar um beijo explícito”, realça a nota. A “Anatomia da Transgressão” tem um custo de dois euros para estudante e de três euros para o público em geral. No dia 30 de maio, a caixa negra recebe, pelas 22h00, uma “noite de viagens musicais sem passaporte”, desta vez, com Mohammad Syfkhan, músico curdo-sírio radicado na Irlanda, e com Tangolo Mangos, diretamente da Bahia. A fechar a noite segue-se Graça, cidadão do mundo e navegador de sonoridades, que levará o público em rota livre entre géneros e geografias, com o corpo em constante rotação. O espectáculo tem um custo de seis euros para estudante e de não estudante de oito euros com reserva. À porta, o bilhete passa a ter um custo de oito euros para estudante e de não estudante de dez euros. De 30 de maio até 28 de junho estará ainda em exibição na nova galeria suspensa – “nas caixas de luz que pairam no foyer” - a exposição “até que tudo fique claro” de Isabel Medeiros”. A mostra foi batizada com as “palavras bonitas que o David Calão escreveu para ‘recorder’, já que os dois trabalharam sobre a memória e o desejo de ver para lá da superfície dos registos”. “Os fungos que cresceram no arquivo físico da erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957, Ilha do Faial) deterioraram as imagens, transformando-as, tal como o tempo alterou a memória de quem a viveu. O arquivo surge não como prova, mas como evidência do esquecimento, manifestado na sua própria deterioração. As imagens contaminadas revelam um outro tipo de verdade: a da memória simultaneamente em ruína e em construção”, lê-se na sinopse. Este primeiro ciclo – com uma exposição por trimestre- encerrará com uma conversa, pelas 19h00, entre Isabel Medeiros e David Calão. A entrada é livre. No dia 10 de junho, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, segue-se ainda uma oficina gratuita de VJing com Resolume Arena, com Ricardo Jorge. “Toda a gente quer servir o seu untz untz, mas será que sabem o que é preciso para o ecrã dançar a par da pista? Querem dar show, nós queremos um bocadinho mais de charme. Mas como não somos maus de todo, damos uma ajuda para subir a fasquia”, sintetiza a nota. Assim, nesta oficina, Ricardo Jorge, conhecido por outros como Moho, irá “ensinar a levantar o padrão”. “Propomos um primeiro contacto com o Resolume Arena, ferramenta de eleição para performance visual ao vivo. Exploraremos as bases: linguagem do software, lógica da interface e a viagem do sinal, do ecrã do computador ao projetor, ao LED, ao espaço”, completa. Logo após quatro dias, pelas 22h00, segue-se um novo espectáculo musical com “The Journey to Pleasure Drone”, uma criação de Gil Mac e Henrik Ferrara. “Um mergulho sonoro e musical, entre música eletrónica, performance e dança”, resume. Também “Moho” regressará nessa noite. “Musicalmente, inspira-se em espécies ameaçadas e extintas para criar viagens sonoras profundas e hipnóticas. Fundo do oceano, cume da montanha ou outras descrições vagas que nunca desiludem”, avança a nota. O evento resulta de uma parceria entre o GrETUA e o Núcleo de Estudantes de Engenharia de Computadores e Telemática (NEECT) e tem um custo com reserva de seis euros para estudante e de não estudante de oito euros. À porta, o bilhete tem um custo de oito euros para estudante e para o público em geral de dez euros. No dia 21 de junho, pelas 23h50, a programação prossegue com os “Sleep Stages: concertos para dormir, com Coldest Winter e usof”. O GrETUA, em parceria com a Universidade de Aveiro e o 23 Milhas, volta a abrir espaço para o sono e para tudo o que nele acontece. “Trocamos o ruído pelo murmúrio, a pressa pelo embalo e deixamos que a música nos guie ao longo de oito horas ininterruptas, desta vez com Coldest Winter e usof ao comando. Quem vem, traz a almofada e a disposição para dormir ou não. Quem recebe, garante o colchão e o pequeno-almoço, para que acordemos juntos, a partilhar o que ficou na cabeça e o que se dissolveu no sonho. O resto? Está por vir. É fechar os olhos e deixar-se levar”, realça. Na nota, o GrETUA recorda ainda que o público deverá ocupar os colchões disponibilizados pela organização e que fica ao encargo dos participantes “trazer saco-cama ou outros elementos para pernoitar no espaço”. A reserva tem um custo de 14 euros. A encerrar este trimestre estará a residência artística “Bright Horses” de Carminda Soares e Maria R. Soares. De 3 a 7 de julho, “Bright Horses” é uma peça para seis intérpretes — três duplas de irmãos gémeos — que faz uso de dinâmicas internas e familiares para refletir criticamente sobre a competição na sociedade capitalista atual. “Trazendo a experiência real para palco através do seu elenco, desenvolvem-se três diálogos coreográficos entre irmãos que se posicionam em territórios que evocam disputa, agressão, luto, despedida, afeto e ilustram a complexidade das relações familiares como microcosmos de dinâmicas sociais mais ampla”, finaliza. Todos os bilhetes e reservas podem ser efetuados em gretua.pt.
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AAAUA realiza 2ª edição do Seminário sobre Habitação com “casa cheia”
O auditório do PCI encheu-se na passada sexta-feira para um seminário sobre Habitação. A abertura da iniciativa esteve a cargo de João Veloso, Vice-Reitor da Universidade de Aveiro (UA), Bruno Ribau, adjunto do presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Adriana Costa, diretora da Incubadora de Empresas da UA [em representação do PCI], Carlos Bola, em representação da KW e Pedro Oliveira, presidente da AAAUA. Em nota enviada às redações, a AAAUA dá nota de que João Veloso enquadrou o tema na problemática do ensino superior e da gestão das cidades, abordando os constrangimentos do sector e as novas tendências de construção e dos novos materiais de construção, relevando o contributo “que a AAAUA dá novamente para este tema, com a 2ª. edição deste Seminário”. Pedro Oliveira, por sua vez, enfatizou “o continuado sinal de abertura com a inclusão de especialistas da UA com especialistas da sociedade, num crescendo relevo dos antigos alunos da UA.” Destacou ainda a “nova organização no conselho de Ílhavo, em proximidade com o território”. Carlos Bola, salientou o contributo que “este tipo de ações pode incorporar na área e naquelas que trabalham neste sector, com novo conhecimento e novas abordagens”. Numa apresentação do PCI e das suas áreas de atuação interveio ainda Adriana Costa, valorizando “as organizações em parceria” e “o trabalho que é possível desenvolver num ecossistema cada vez mais empreendedor e internacional, com os desafios daqui decorrentes”. A concluir as intervenções, Bruno Ribau, salientou “os desafios deste importante tema, felicitando a AAAUA por trazer este assunto a debate e pelo trabalho que tem vindo a desenvolver de forma consistente”. A iniciativa contou ainda com três apresentações levadas a cabo por António Figueiredo, investigador auxiliar na UA, Bruno Venâncio, especialista em Inteligência Artificial (IA) para o mercado imobiliário e por Ana Afonso, membro da unidade de Negócio de Inteligência Criativa do PCI. A sessão terminou com uma mesa-redonda de debate sob as intervenções, moderada pelo presidente da AAAUA. A sessão terminou com a promessa da realização de uma 3ª edição da iniciativa, que deverá ser realizada em 2026.
Galopim de Carvalho partilha legado das argilas de Aveiro na Fábrica de Ciência Viva
De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, Aveiro tem um belo exemplo de conjugação de “dois bens patrimoniais importantes”. “Um deles é a antiga fábrica de cerâmica Jerónimo Pereira Campos, uma pérola da arquitetura industrial, em barro vermelho, do primeiro quartel do século XX. O outro, natural, é o barreiro anexo, do qual se extraiu a argila ali trabalhada, na produção de telhas e tijolos, argila que guarda preciosos testemunhos da vida, nesta região, há uns 70 milhões de anos, no final do Cretácico”, explica. No seio destas argilas, a nota recorda que foram encontrados “fósseis animais e vegetais, que permitem reconstituir uma paisagem tropical, alagadiça, onde, entre outros, viveram dinossauros, crocodilos, tartarugas e peixes de grandes dimensões”. Entre os exemplos de fósseis dali retirados destaca a “carapaça de uma tartaruga, descrita em 1940 como espécie nova para a ciência, a que deu o nome de Rosacea soutoi, em homenagem ao seu achador, Alberto Souto, um aveirense curioso das coisas da natureza”. A palestra intitulada de “Dois tipos de património que se complementam”, com Galopim de Carvalho, encerrará o ciclo de conversas “Argilas de Aveiro: um património histórico e geológico”, promovido pela Fábrica Centro Ciência Viva e pelo Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro. A participação na palestra é gratuita, mediante inscrição através do email [email protected].
Termas de Vale da Mó, no concelho de Anadia, reabrem em 01 de junho
“As Termas de Vale da Mó reabrem em 01 de junho, depois de alguns investimentos de manutenção e de arranjos na parte exterior. Quisemos que as pessoas passassem a ter melhores condições para usufruírem daquele parque verde”, sublinhou o vice-presidente da Câmara Municipal de Anadia, Jorge Sampaio. Em declarações, o autarca explicou que para as Termas de Vale da Mó já está elaborado um projeto para a construção de um novo balneário, de forma a qualificar a oferta. “Estamos em diálogo com a CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro] e outras entidades para ver possíveis fontes de financiamento. Estamos a falar de um investimento de mais de dois milhões de euros”. De acordo com Jorge Sampaio, desta forma poderão dar “uma melhor resposta àquilo que são as valências que as Termas de Vale da Mó hoje já têm”, entre elas as doenças ligadas ao sangue. “Depois também queremos aumentar as valências para as doenças do foro musculoesquelético e para as doenças que estão relacionadas com o aparelho respiratório. Assim, aproveitamos as qualidades únicas das águas de Vale da Mó têm, devido à sua concentração de ferro e de magnésio que as torna únicas no mundo inteiro e muito procuradas por isso”, acrescentou. As Termas de Vale da Mó, na freguesia da Moita, concelho de Anadia, distrito de Aveiro, estarão abertas até 31 de outubro. No último ano, foram cerca de 300 os utentes que passaram por esta estância termal, famosa pela nascente de água cujas propriedades a tornam indicada para o tratamento de doenças do sangue (anemias e outras por carência de ferro), gastro-hepáticas (gastro-duodenais e hepatopatias), e ainda anorexias e convalescenças. As técnicas termais associadas à água de Vale da Mó consistem na simples ingestão de água, na própria fonte, e só no local (dada a precipitação rápida), com os tratamentos a variarem entre os 14 e 21 dias, de acordo com a prescrição médica. Estas termas, localizadas a cerca de seis quilómetros da cidade de Anadia, estão abertas de segunda-feira a sábado, das 08h às 12h e das 16h às 17h. Aos domingos, o estabelecimento segue o mesmo horário, encerrando, no entanto, às 18h.
Caminhada solidária em Ílhavo apoia associação da Gafanha do Carmo este domingo
No âmbito do programa “Maio com Saúde e Bem-Estar”, a iniciativa arrancará pelas 10h00, junto ao Centro Comunitário da Gafanha do Carmo, com rastreios de saúde gratuitos. Pelas 11h00 dará início a caminhada, “num percurso pensado para promover o bem-estar e o convívio”, realça uma nota de imprensa enviada à Ria. No final, haverá ainda uma aula de relaxamento. As inscrições têm um valor simbólico de “três euros por pessoa” (as crianças até aos 12 anos, inclusive, não pagam) e o “valor reverte na totalidade para a Associação de Solidariedade Social da Gafanha do Carmo”. Os interessados em participar poderão realizar a sua inscrição através do contacto telefónico 234 391 354 ou do email [email protected]. A Associação de Solidariedade Social da Gafanha do Carmo concretiza a sua missão através do Centro Comunitário da Gafanha do Carmo, uma instituição de apoio à população idosa que tem as valências de Estrutura Residencial para Idosos, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.