RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Altice Labs, IT e parceiros concluem projeto europeu para proteger comunicações militares

A Altice Labs, sediada em Aveiro, em conjunto com o Instituto de Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro (UA), Deimos Engenharia, Adyta, e Instituto Superior Técnico, deu hoje como concluído o projeto europeu DISCRETION, para reforço das comunicações militares.

Altice Labs, IT e parceiros concluem projeto europeu para proteger comunicações militares
Redação

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17 jul 2025, 13:37

“Trata-se de uma iniciativa estratégica no âmbito do European Defence Industrial Development Programme (EDIDP) e do Fundo Europeu de Defesa (EDF), dedicada ao reforço das comunicações militares em cenários táticos complexos”, explica uma nota de imprensa sobre o projeto.

No âmbito do projeto foi desenvolvida uma rede “definida por software (SDN), aplicada à gestão e controlo de rádios táticos em ambientes de elevada exigência, de forma a assegurar comunicações seguras”. 

A solução recorre a distribuição quântica de chaves (QKD), “uma tecnologia disruptiva que protege as comunicações contra ameaças atuais e futuras, incluindo as da era pós-quântica”, adianta a nota.

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São Jacinto: ‘Aliança Mais Aveiro’ apresenta Cristina Gonçalves e acusa PS de “má gestão”
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São Jacinto: ‘Aliança Mais Aveiro’ apresenta Cristina Gonçalves e acusa PS de “má gestão”

Cristina Gonçalves é a atual tesoureira da Junta de Freguesia e sucede a Arlindo Tavares, que não se recandidata por motivos profissionais. A candidata foi a primeira a ser anunciada pela coligação, durante a sessão inaugural da iniciativa “Pensar Aveiro”, realizada precisamente em São Jacinto. Durante a cerimónia, que decorreu no Salão Paroquial da freguesia, Luís Souto de Miranda começou por destacar o papel da diáspora como um dos pilares da estratégia da candidatura. “[Queremos] pôr essas pessoas em rede, a trabalhar connosco, com a Câmara Municipal, aproveitando os talentos e as ligações que mantêm, nomeadamente com a Universidade de Aveiro (UA)”, afirmou, referindo-se à forte presença de emigrantes da região, sobretudo nos Estados Unidos. Sobre Cristina Gonçalves, o candidato da ‘Aliança’ sublinhou a sua “seriedade”, “rigor” e “disponibilidade”. “Tenho constatado uma permanente vontade de ouvir, ajudar a encontrar soluções e a lutar pelo melhor para a sua terra”, declarou. A presença de Arlindo Tavares também mereceu destaque por parte do candidato à Câmara. Luís Souto de Miranda descreveu-o como “um grande autarca” e valorizou a sua comparência na sessão como sinal de apoio à candidatura de Cristina Gonçalves. “Está connosco, está com a Cristina e está neste projeto”, afirmou. Ao comentar a decisão de Arlindo Tavares de não se recandidatar por motivos profissionais, o candidato à ‘Aliança’ elogiou o gesto, considerando-o exemplo de “desprendimento”, uma qualidade que, segundo disse, “é muito rara na política”. E acrescentou: “Pessoas que não ficam agarradas a um lugar merecem todo o respeito”. Sobre o facto de Cristina pertencer à atual equipa desta junta disse ainda que esta integrou um grupo de trabalho que teve “a mais difícil das tarefas de todos os nossos autarcas”. “Foi a tarefa de salvar a Junta de Freguesia e salvar a autonomia de São Jacinto”, atirou. Como tem sido habitual nas suas intervenções, o candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ dirigiu críticas ao PS, acusando-o de ter conduzido a Junta de São Jacinto à falência e a situações de penhora. “Nunca é demais recordar que o PS, tal como fez na Câmara quando lá esteve, atirou com a Junta de São Jacinto para a falência, para as penhoras, para a angústia de querer fazer muito e não poder”, acusou. Recorde-se que já na sessão de apresentação da União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, Luís Souto de Miranda fez questão de lançar críticas à anterior liderança socialista nesta junta, onde, segundo afirmou, “nem a conta da luz nem a internet eram pagas”. Relembre-se também que nas eleições autárquicas de 2021, o socialista António Aguiar venceu a Junta de São Jacinto por apenas 29 votos de diferença, elegendo três elementos, o mesmo número que a coligação PSD/CDS/PPM. No entanto, Aguiar renunciou ao cargo em julho do mesmo ano, poucos dias depois de a Câmara Municipal de Aveiro (liderada pela coligação) retirar à Junta a gestão do parque de campismo local, alegando “graves e reiterados incumprimentos”. Nas eleições intercalares de 2022, a coligação ‘Aliança Com Aveiro’ venceu com 48,68% dos votos, conquistando quatro mandatos e assumindo a presidência da junta. Em relação ao futuro, Luís Souto defendeu uma abordagem assente numa “renovada energia, com determinação e uma vontade de fazer mais — mais por São Jacinto”. Justificou ainda o facto de Cristina Gonçalves ser a primeira candidata anunciada pela coligação com a importância estratégica da freguesia: “São Jacinto é uma prioridade estratégica para o Município. (…) E será assim no futuro”. Para Luís Souto de Miranda, esta freguesia representa uma “trave-mestra da política” que pretende implementar, apontando a coesão territorial como um dos principais objetivos do projeto político da coligação. Comentando críticas de moradores que consideram São Jacinto uma freguesia esquecida, Luís Souto de Miranda garantiu que “isso não pode acontecer”. Sublinhou ainda o papel ativo da candidata: “A Cristina, desde o momento em que foi apresentada e passou a estar mais próxima da população, não perdeu tempo em mostrar-nos não só o potencial de São Jacinto, mas também as preocupações de quem aqui vive”. Recorrendo à expressão “olhos nos olhos”, o cabeça de lista comprometeu-se a enfrentar os desafios específicos da freguesia, frisando a necessidade de “assumir os custos acrescidos de quem vive em São Jacinto”. Como prioridades, apontou a melhoria das acessibilidades entre a freguesia e o centro de Aveiro, bem como a resolução das dificuldades no acesso aos cuidados de saúde. No seguimento, anunciou a construção de um “Plano Municipal de Saúde” e desconstruiu: “Nós vamos olhar para a rede dos cuidados de saúde primários e incluindo a unidade hospitalar em todo o município de forma a que todas as freguesias tenham uma boa satisfação das suas necessidades no acesso à saúde que é no fundo a maior preocupação que todos temos”. Apontou ainda como prioridade melhorar os serviços de socorro, o policiamento e a necessidade de trabalhar com os municípios e a autarquias vizinhas. Como problema “número um”, em São Jacinto, apontou a oferta de transportes. Carência essa que disse ser necessário encará-la com “diálogo” e “determinação”. Entre as propostas para melhorar a mobilidade, destacou a intenção de avançar com uma via ciclável e resolver a situação do parque de campismo. Sobre este último, foi claro: “Sem preconceitos, sem complexos, apenas visando encontrar o mais rápido possível uma boa solução”. Falou ainda sobre a necessidade de “dinamizar” o CARSurf São Jacinto, alertando que a ‘Aliança Mais Aveiro’ quer transformar a freguesia “na capital juvenil do Município”. No que toca às infraestruturas desportivas, Luís Souto de Miranda sublinhou que a piscina local está “em vias de conclusão”. Contudo, reconheceu que é fundamental “trabalhar em conjunto com as coletividades locais e com a Junta de Freguesia para melhorar as condições da prática desportiva”. Relativamente à antiga base aérea, o candidato afirmou que a coligação pretende defender, junto do Governo, a tradição histórica da aviação em São Jacinto. “Nós queremos e vamo-nos empenhar por recuperar o aeródromo e apostar no enorme potencial que ele tem para São Jacinto e para todo o município, eu diria, para o país”, destacou. Neste seguimento, criticou o facto de Aveiro ser o “único município” que “não tem um aeródromo à sua disposição”. “Isso é inaceitável. Nós temos condições excelentes aqui em São Jacinto. A pista, dizem-nos, é ótima. Há que aproveitá-la e não destruir”, sugeriu. Ainda sobre a antiga base aérea, Luís Souto de Miranda destacou o seu “grande potencial”, não só para a “recreação aérea”, mas também para a investigação, especialmente em áreas relacionadas com as ciências aeronáuticas, mencionando a UA como exemplo. Entre as ambições da candidatura, Luís Souto de Miranda sublinhou também a importância da valorização da “frente de Ria”, revelando a intenção de reforçar, junto do Governo, a proposta de gestão municipal daquela zona. “Como já se percebeu, tudo isto depende de uma boa concertação com o Governo”, afirmou, voltando a insistir na ideia-chave que tem vindo a marcar as suas intervenções: “[É fundamental] termos uma freguesia, uma Câmara e um Governo todos bem articulados”. “Só assim é que estes assuntos poderão ser desbloqueados”, vincou. Sobre a Reserva Natural de São Jacinto vincou que a mesma tem de ser vista como uma “oportunidade” e não como um “empecilho” para a freguesia. “Temos que lhe dar mais dinâmica, reforçar a educação ambiental, mas também o turismo ambiental responsável”, apontou. Mostrando ainda convicção de que será eleito [presidente da Câmara], o candidato da ‘Aliança’ deixou ainda a nota de que já começou a fazer contactos “informais” para avançar com o "bom progresso de São Jacinto”. Recorde-se que em entrevista ao Jornal de Notícias (JN), este domingo, Luís Souto considerou que é o “pior adversário” que Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, poderia ter e que não admitia a hipótese de “perder” nestas eleições autárquicas. Sobre os resultados autárquicos daquela Junta de Freguesia, Luís Souto de Miranda avançou que Cristina “tem todas as condições pessoais e políticas para ganhar (…) com uma expressiva vitória”. Mais uma vez, criticando diretamente o PS sugeriu que: “Em Aveiro e em São Jacinto não podemos regressar ao pesadelo da má gestão e da má reputação financeira e institucional das autarquias”, sublinhando a importância das “boas contas”. Na mesma linha, Arlindo Tavares — atual presidente da Junta de Freguesia — usou a sua intervenção para partilhar a experiência vivida desde que tomou posse em 2022, destacando o “orgulho” e a “honra” que sentiu ao assumir o cargo. No entanto, relatou ter encontrado uma situação financeira “muito grave”. “Tão grave que, quando tomamos posse, encontramos salários em atraso, uns míseros sete euros nas contas e uma dívida de 720 mil euros por pagar. Para ajudar ainda, em janeiro de 2023, somos alvo de um arresto de bens, tudo fruto da má gestão, da má governação do PS na nossa junta de freguesia. Isto não se passou há 20 anos, mas sim há pouco mais de dois anos”, contou. Apesar das dificuldades, o autarca assegurou que o “grave problema” foi resolvido, deixando uma nota de reconhecimento a José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, por ter contribuído para a recuperação financeira da junta. “O país não tinha solução para o descalabro das contas da nossa junta”, exprimiu. “Pagamos a dívida, honramos os compromissos com mais de 42 fornecedores, recuperamos a nossa credibilidade e o nosso bom nome”, continuou Arlindo Tavares. Face às críticas de que “nos últimos anos nada foi feito em São Jacinto”, o autarca ironizou: “Como se a maior obra que fizemos — a recuperação financeira — não fosse nada”. Apontou ainda várias intervenções concretas realizadas pela Junta, como a requalificação do edifício sede e a ampliação do cemitério. E não poupou a críticas à anterior gestão socialista: “Com a gestão do PS, eram obras feitas e não pagas, como sucedeu com o Parque Infantil Geriátrico e a intervenção no Polo Desportivo Lomba da Mata, que tivemos de ser nós a pagar a fatura final”, assegurou. Rejeitando as acusações de dependência da Câmara Municipal, Arlindo Tavares foi direto: “Acusam agora as nossas Juntas de Freguesia de subveniência à Câmara Municipal de Aveiro. Negativo”, respondeu. “Onde outros vêm subserviência, nós vemos trabalho de equipa, colaboração e de cooperação”, atirou. O atual presidente da Junta de Freguesia de São Jacinto sublinhou ainda a necessidade de “virar a página”, sem, no entanto, esquecer os “erros cometidos no passado recente” e os responsáveis por esses mesmos erros. Num apelo direto ao cabeça de lista da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Arlindo Tavares pediu especial atenção à mobilidade, em particular às carreiras de autocarros que servem a freguesia. “Por isso, peço que possas dar prioridade a este tema de um forte impacto na nossa população”, apelou. Dirigindo-se diretamente à candidata Cristina Gonçalves garantiu-lhe total “ajuda e apoio” para a candidatura. “Este apoio não se compara a nada àquilo que fizeste em 2021 e em 2022. Que contra tudo e contra todos apoiaste o nosso projeto, as nossas ideias e fizeste parte dele. Sei tudo o que passaste e por isso devo-te uma enorme gratidão e o meu sentido obrigado, Cristina”, exprimiu, partilhando ainda alguns episódios particulares com esta. “No dia 13 de novembro de 2022, dia das eleições intercalares em que vencemos com maioria absoluta, numa conversa a dois disse-te: ‘Tenho capacidade para resolver o problema financeiro da nossa Junta, mas tenho medo de falhar’. E tu respondeste-me: ‘A população de São Jacinto depositou em nós a sua confiança para resolver este problema. Se falharmos, tentamos”, contou. Na sequência, garantiu ainda que a candidata está “mais do que preparada” para ser presidente de Junta de São Jacinto. Na sua intervenção, Cristina Gonçalves falou com emoção sobre aquela que é a sua “casa”: “Aqui nasci, cresci, vivo e trabalho”, partilhou. Reconhecendo o potencial da freguesia, alertou, no entanto, que São Jacinto “é uma terra linda, mas que carece de maior atenção”. “Quem aqui vive conhece bem as dores e as dificuldades. Sabemos o que custa depender de transportes, de horários que não servem as nossas necessidades. Sabemos o que é querer trabalhar, estudar, ter acesso à saúde e serviços e sentirmos que estamos longe de tudo”, reforçou, insistindo que falta “planeamento, investimento, visão e ação” na freguesia. Dirigindo também críticas à anterior gestão socialista da Junta de Freguesia, Cristina recordou: “Ninguém sabe o que é chegar à junta com vontade imensa de trabalhar e sofrermos de imediato um arresto de bens que nos deixou sem equipamentos: secretárias, computadores, cadeiras, documentos, peças históricas. A isso somaram-se cortes de água, eletricidade, telecomunicações, contas a zero e salários dos funcionários em atraso por pagar. E isto, meus caros, não foram dias… foram meses”, lembrou. Sobre aquele que será o seu trabalho assegurou que tem como objetivo valorizar o “trabalho feito até aqui e abrir caminho para novas soluções, novas ideias e uma gestão moderna e eficaz, que busque o desenvolvimento que a freguesia merece e necessita”. Apontando como prioridade uma liderança próxima da população, Cristina Gonçalves comprometeu-se com uma Junta que “se levanta com as pessoas e trabalha para elas”, que ouve, defende e valoriza as ideias da comunidade. No seu discurso, destacou ainda pilares como o serviço à comunidade, o desenvolvimento sustentável, a cultura, a juventude e o envelhecimento ativo, sublinhando que a sua candidatura nasce de “um compromisso contínuo com a comunidade”. Entre os desafios mais urgentes que identificou estão os transportes, o turismo e a habitação. Cristina defendeu uma aposta clara na melhoria das ligações rodoviárias e na reorganização dos horários e frequências de autocarros, realçando que a atual limitação de acessos “condiciona o dia-a-dia das pessoas e isola a freguesia”. Sobre o turismo, defendeu um modelo sustentável, com investimento planeado, apoio ao comércio local e a reabertura do parque de campismo como elemento estratégico para a economia local. “Caro futuro presidente, a intervenção na nossa frente de Ria é primordial para o desenvolvimento de São Jacinto. A construção de uma marina não é uma miragem, é uma necessidade”, insistiu. Já em matéria de habitação, alertou para a escassez de oferta e apelou a políticas que permitam aos jovens “permanecer na terra onde nasceram”. A candidata defendeu ainda que a freguesia deve ser beneficiada financeiramente pela utilização de equipamentos como as piscinas, o complexo desportivo e o parque de campismo, cuja gestão é atualmente articulada com a Câmara Municipal. “Outra coisa não faria sentido, afinal é o nosso património”, afirmou. Cristina Gonçalves terminou a sua intervenção com um compromisso claro: “Colocar a experiência que adquiri ao serviço da população, com uma equipa preparada, renovada e motivada”.

JS de Aveiro critica “flagrante falta de cooperação” entre CMA e UA em manifesto autárquico
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JS de Aveiro critica “flagrante falta de cooperação” entre CMA e UA em manifesto autárquico

No prefácio do Manifesto Autárquico Jovem, documento apresentado no passado sábado, João Sarmento, presidente da Juventude Socialista de Aveiro, considera que “Aveiro não tem aproveitado o enorme potencial que detém devido aos enormes recursos naturais e técnicos” (algo que diz ser especialmente “flagrante” na desarticulação que existe entre Universidade de Aveiro e autarquia). No decorrer do manifesto, a JS de Aveiro nota ainda que “é impossível ignorar o potencial estratégico da Universidade” e defende que a “UA pode e deve ser um agente ativo na regeneração urbana, na transição energética e no desenho de políticas públicas mais eficazes e próximas dos cidadãos”. A ligação à Universidade não é o único tema a ser abordado pelos jovens socialistas, que convidam a que se “imagine e sonhe com uma cidade diferente”: um exercício que, apontam, foi feito pela Juventude Socialista, que apresenta medidas nos campos do ambiente, mobilidade, proteção animal, emprego, cultura, inclusão, cidadania, educação, desporto, saúde, economia, habitação, inovação e turismo. Durante a apresentação do documento falou também Alberto Souto, socialista que encabeça o projeto candidato ao município de Aveiro, que, de acordo com nota de imprensa enviada à Ria, refere as propostas de “um 'choque paisagístico', com novas zonas verdes acessíveis à população, a habitação jovem, o reforço das bolsas de estudo, a criação de zonas livres de automóveis e a implementação de gabinetes de psicólogos para responder às necessidades de saúde mental dos jovens” como as mais sonantes. A Juventude Socialista explica que o documento foi redigido não só por militantes, mas que também conta com contributos de jovens que quiseram participar. Nas palavras do presidente João Sarmento, trata-se de um manifesto “em nome de todos os jovens aveirenses” que se assume como “um verdadeiro instrumento de reivindicação”.

Autárquicas: Júlia Silva é a candidata do BE à Junta de Freguesia de Aradas
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Autárquicas: Júlia Silva é a candidata do BE à Junta de Freguesia de Aradas

De acordo com uma nota enviada à Ria, a candidata defende que apesar de Aradas “ter vindo a crescer nos últimos anos, a governação da freguesia não foi capaz de acompanhar estas dinâmicas em termos de qualidade”. Para Júlia Silva a freguesia precisa de “diversificar e qualificar as suas áreas urbanas com mais espaços verdes e devidamente cuidados, arborização e equipamentos comunitários”. Uma das áreas prioritárias da sua candidatura são os transportes públicos e a mobilidade. Júlia defende que a Junta de Freguesia deve ser “mais ativa e reivindicativa no que toca aos aumentos do número de carreiras de transporte públicos e que as mesmas cheguem a mais lugares em Aradas”. Para a candidata, é preciso também fazer uma aposta “firme e consistente” na manutenção das infraestruturas viárias e na segurança rodoviária de forma a proteger quem anda a pé e de bicicleta. Outra das principais prioridades da candidatura é a habitação a custos controlados. “Esta deve ser uma aposta central num contexto de crescimento demográfico da freguesia para garantir que os custos da habitação deixem de ser incomportáveis para a grande maioria das pessoas que vivem em Aradas”, realça ainda nota. De acordo com a nota, Júlia Silva frequentou ainda o curso de Engenharia de Materiais na Universidade de Aveiro. Recorde-se que nas eleições autárquicas de 2021, a coligação “Aliança Com Aveiro” (PSD/CDS-PP/PPM) venceu esta junta de freguesia com 46.28% dos votos. O BE alcançou 4.40% dos votos.

‘Aliança’ apresenta Miguel Silva e promete continuidade e novos projetos em Requeixo, Fátima e Nariz
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O primeiro a discursar foi Luís Souto de Miranda, candidato da ‘Aliança’ à Câmara Municipal de Aveiro, que aproveitou a ocasião para recordar a sua última passagem pela União de Freguesias – marcada por uma polémica em torno da participação numa caminhada solidária na Pateira do Carregal, realizada a 6 de julho, para angariação de fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Na altura, o episódio gerou críticas por um alegado aproveitamento político. Questionado na ocasião pela Ria, Luís Souto preferiu não comentar. Desta vez, porém, abordou o tema com leveza e até com alguma ironia. “Vamos lá ver se ninguém fica amuado por eu discursar aqui no Carregal. Da última vez que eu vim aqui houve aí uns amuos… Mas eu gosto muito de vir ao Carregal e de falar com as pessoas. Foi o que fizemos, na altura, Miguel”, atirou. “O primeiro grande momento foi como presidente da Assembleia, mas depois como dizia a Ivone Silva a gente põe um casaco, tira o outro, etc. Temos várias funções. Depois andamos aí animados a caminhar e a descobrir a beleza deste espaço que nós muito prezamos”, justificou Luís Souto. Já sobre a apresentação de Miguel Silva naquele local, o candidato da 'Aliança' sublinhou que a escolha do Parque Ribeirinho do Carregal “fez todo o sentido”, alinhando-se com uma das prioridades da coligação: a valorização ambiental e dos espaços verdes. “Aumentar os lugares de convívio comunitário, de partilha, é muito importante e a Junta tem feito esse trabalho e a Câmara Municipal pode fazê-lo, que é aumentar os locais e as ocasiões em que o povo se junta, em que nos sentimos parte de uma comunidade”, realçou. Falando diretamente sobre o candidato à União de Freguesias frisou que o mesmo “dispensa apresentações” já que por “muito mérito” próprio é o atual presidente. “Já ganhou duas eleições com expressivas vitórias. (…) São das maiores vitórias que nós temos”, disse. “É um território grande, mas o Miguel chega a todo lado. O Miguel chega a todas as pessoas. O Miguel tem uma palavra para cada morador, e eu tenho presenciado isso quando o acompanho”, continuou Luís Souto de Miranda. O candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ aproveitou ainda para destacar a boa gestão financeira da União de Freguesias, lançando críticas à anterior liderança socialista na Junta de São Jacinto — local onde decorrerá, este domingo, mais uma sessão de apresentação da coligação—, onde, segundo afirmou, “nem a conta da luz nem a internet eram pagas”. “E quem resolveu aquela trapalhada? A nossa Câmara juntamente com a nossa equipa da junta. Foram eles que resolveram essa grave crise”, expôs. Recorde-se que, nas eleições autárquicas de 2021, o socialista António Aguiar venceu a Junta de São Jacinto por apenas 29 votos de diferença, elegendo três elementos, o mesmo número que a coligação PSD/CDS/PPM. No entanto, Aguiar renunciou ao cargo em julho do mesmo ano, poucos dias depois de a Câmara Municipal de Aveiro (liderada pela coligação) retirar à Junta a gestão do parque de campismo local, alegando “graves e reiterados incumprimentos”. Segundo noticiou a Renascença, a Câmara acusou então a Junta — única no concelho eleita pelo Partido Socialista (PS) — de enfrentar uma “grave e irregular” situação financeira, com uma dívida superior a 200 mil euros à empresa Águas da Região de Aveiro e um passivo adicional de cerca de 150 mil euros a outras entidades. Nas eleições intercalares de 2022, a coligação ‘Aliança Com Aveiro’ venceu com 48,68% dos votos, conquistando quatro mandatos e assumindo a presidência da junta. No seguimento, Luís Souto questionou: “Alguém aqui quer um tal desgoverno para esta União de Freguesias?”. E respondeu de imediato: “Penso que não e com a reeleição do Miguel, teremos aqui a garantia de uma boa gestão, de fazer obra e pagá-la”. Continuando a tecer críticas ao PS, o candidato da ‘Aliança’ atirou ainda que “não foi só numa Junta que o desgoverno dos socialistas deixou uma má reputação”. Reforçou que a recuperação financeira do município só foi possível graças à maioria liderada pela coligação. “Foi graças à maioria, na qual me incluo, que foi possível fazer a recuperação.Mas esse trabalho foi feito com o sacrifício dos impostos dos aveirenses, daqueles que os pagam naturalmente, mas indiretamente de todos, porque houve projetos que foram adiados, escolas para construir, associações para pôr a funcionar que foram adiados”, afirmou. Luís Souto sublinhou ainda a diferença entre a atual gestão camarária e a anterior, liderada pelo PS. “Hoje, a Câmara de Aveiro paga, numa semana, as faturas que lhe são apresentadas. No tempo do PS, pagava quando calhava — ou então, a perder de vista.E o mais grave é que eram com faturas daqueles pequenos empresários, que têm uma pequena oficina, que fez um trabalho de pintura. (…) Isto não pode continuar e nós estamos apostados em não regressar a esses tempos de rutura financeira municipal”, insistiu. Já numa outra etapa do discurso, o candidato da ‘Aliança’ falou ainda sobre as “boas heranças” da atual gestão na União de Freguesias. Como exemplo, apontou a construção da nova unidade de saúde, cuja obra “está bem adiantada” e que, segundo disse, “vai transformar esta freguesia”. Luís Souto adiantou que esta será “talvez a melhor equipada na área dos cuidados de saúde primários”, realçando ainda que será da responsabilidade da coligação “assegurar a boa conclusão deste processo”. “Se juntarmos a este centro de saúde as excelentes instalações do novo centro escolar (…) temos aqui uma perceção de que esta União de Freguesias está em grande transformação (…) acelerada”, realçou. O candidato deixou também a garantia de que a coligação procurará apoiar o Centro Social e o desenvolvimento desportivo. Neste último ponto, defendeu que “à semelhança do que acontece um pouco por todo o município, teremos de olhar para os equipamentos desportivos dentro de um plano municipal de desporto”. Destacou ainda a necessidade de “investir e aumentar a atratividade nas freguesias”, apontando o Museu da Terra do Requeixo como um exemplo. “Teve algumas vicissitudes, mas agora vai para a frente”, assegurou. Já na freguesia de Nariz, anunciou a criação de um novo equipamento que será um “polo de divulgação da região da Bairrada”. “Vai tornar-se a verdadeira ponta de lança da região vitivinícola”, afirmou, acrescentando que o objetivo é também criar uma “rota turística com valor acrescentado”. “Em Aveiro há um grande crescimento de turismo, mas esse turismo não pode ficar pelo centro.Ele tem de vir às freguesias, assim que haja motivos de visitação.Temos aqui um excelente motivo de visita. Nós vamos criar outros”, vincou. Falando sobre a Pateira de Requeixo, Luís Souto de Miranda disse ainda ser necessário trabalhar numa “parceria com o Governo” e com a empresa “Ria Viva” para que a dragagem da pateira e a remoção dos jacintos “sejam uma realidade”. “Estaremos muito atentos a este processo, porque ele é essencial também pelo respeito e pelo carinho com este ecossistema, valorizando a natureza como um tesouro que nós podemos mesmo aproveitar”, referiu. À semelhança do que já havia afirmado numa outra apresentação, Luís Souto repetiu que: “É muito importante termos um Luís na Câmara e outro no Governo. É um bom sinal”. E justificou: “Não é por serem Luíses, podiam ser Antónios, mas porque uma excelência de relação entre um presidente da Câmara e um primeiro-ministro, assim como com vários governantes que são oriundos daqui da região, é um enorme potencial”. Nesse sentido, reforçou o compromisso da coligação em trabalhar em conjunto com o Governo para concretizar projetos estruturantes, como a construção da nova variante à estrada 235 — ligando a A1 à A17 — e a melhoria dos acessos ao centro da cidade. “Também é preciso melhorar as acessibilidades internas.Isto é uma União de Freguesias vasta, com muitos locais, tem serviços de grande qualidade, centralizados, mas agora falta a segunda parte”, frisou, destacando ainda a problemática da habitação. Já no seu discurso, Miguel Silva começou por agradecer a confiança da coligação e por destacar algumas das principais intervenções promovidas, ao longo do último mandato, nomeadamente, na área da educação e da saúde com a construção do novo centro escolar e da nova unidade de saúde. Ao nível da regeneração urbana, apontou que “foi executado um ambicioso plano de pavimentação que complementou neste mandato, em quatro anos, cerca de 50 vias”, com novos investimentos previstos. “Vamos pavimentar em Nariz, durante as próximas semanas, mais cinco estradas”, revelou. Na vertente ambiental, Miguel Silva referiu com orgulho que a freguesia foi recentemente distinguida com o Galardão Eco Freguesias 21. “Testemunha o compromisso assumido com a sustentabilidade e as boas práticas ambientais”, disse. Destacou ainda os parques de merendas, como os do Carregal, Requeixo e Nossa Senhora de Fátima. No plano cultural, realçou o impacto do programa “Cultura Perto de Si”, com uma oferta “descentralizada” que chegou às dez freguesias do concelho. “Procedeu-se à requalificação de vários equipamentos culturais e sociais, como o Centro Social de Requeixo, a antiga escola primária da Taipa e o Salão Multiusos de Nariz, que neste momento está em obras”, concretizou. “Foi lançado na quinta-feira o concurso público para a requalificação do Centro Social das Taipas. Brevemente faremos o mesmo com o Salão Polivalente de Nossa Senhora de Fátima e o novo Museu da Terra a primeira fase ainda será lançada neste mandato autárquico”, adiantou Miguel Silva. A vertente social também mereceu destaque. “Foi atribuída a Bandeira de Mérito Social, criámos o Espaço Sénior e promovemos iniciativas como a hidroginástica, a ginástica e o nosso passeio sénior, que este ano até teve direito à televisão”, referiu, frisando o contributo para o envelhecimento ativo e a inclusão social. Na área dos serviços públicos, destacou a descentralização e a proximidade: “Temos dois postos que funcionam na freguesia, a instalação de terminais multibanco e a criação do novo balcão de atendimento em Nariz”. Sublinhou também o envolvimento com a escola e as associações locais, “apoiando-os sempre de forma contínua”. Feito o balanço do mandato, Miguel Silva focou-se no futuro, destacando como prioridades para a Taipa a requalificação do Centro Cultural e da Rua da Capela, assim como a construção do que classificou como um “grande anseio” da comunidade: o Parque da Senhora da Alumieira, junto ao apeadeiro da Linha do Vouga. Em Requeixo, apontou a conclusão das obras no Centro Social e manifestou a ambição de desenvolver uma pista de pesca desportiva e uma eventual praia fluvial na pateira e a construção de uma capela mortuária. No Carregal, enfatizou a necessidade de reativar a escola primária, modernizar o Centro Social e recuperar o histórico Moinho da Sanguinheira. Por sua vez, em Mamodeiro, manifestou, entre outros, a intenção de abrir uma nova via de “acafelado”, a conclusão do saneamento em algumas ruas, a criação de uma via ciclável na Rua da Igreja e a instalação de um parque verde na zona do Ribeirinho e o acesso pedonal na Rua do Barroca. “Mas a obra estruturante será, claramente, o Parque Urbano, que irá ligar a Capela da Póvoa do Valado à sede da Póvoa Com-Vida, e isso já é um compromisso assumido pela Junta de Freguesia e pela nova Câmara Municipal, liderada por Luís Souto, que é, claramente, transformadora do lugar da Póvoa do Valado”, adiantou. Em Nariz disse ainda querer melhorar a zona industrial, tratar das “poucas” vias que ainda carecem de melhorias e valorizar o artesanato. A nível de instalações, Miguel deixou também a nota de que é necessário crescer a sede da junta de freguesia de Nossa Senhora de Fátima que, neste momento, é já “insuficiente para tudo o que lá trabalhamos”. No final da intervenção, deixou um apelo direto: “Queremos continuar a servir, com humildade e compromisso.Queremos ouvir, dialogar, mas principalmente decidir e construir muito juntos.Peço-vos a confiança para mais quatro anos”.

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Autárquicas: Disputas internas e candidaturas dissidentes agitam corrida em Espinho

A atual presidente da Câmara, Maria Manuel Cruz (independente), o vereador Luís Canelas (PS), o adjunto do primeiro-ministro Jorge Ratola (PSD), José Ilídio Sá (IL) e Pilar Gomes (CDU) são os cinco candidatos já anunciados à presidência desta autarquia do distrito de Aveiro que integra a Área Metropolitana do Porto. Do lado socialista, Maria Manuel Cruz, que assumiu a presidência da autarquia após a renúncia de Miguel Reis, foi afastada da lista do PS para as autárquicas e optou por se candidatar como independente, desvinculando-se do partido. Em seu lugar, o PS escolheu como cabeça de lista Luís Canelas, presidente da concelhia local e atual vereador sem pelouros, depois de ter perdido a confiança política do executivo municipal. No PSD, inicialmente aprovado por unanimidade pela secção local, o nome de Ricardo Sousa, líder da concelhia, foi substituído pela direção nacional, que impôs como candidato Jorge Ratola, até então adjunto do primeiro-ministro. A decisão provocou forte contestação interna e ditou o fim da coligação que estava a ser preparada localmente com o CDS-PP. Ricardo Sousa contestou formalmente a decisão da direção nacional, apresentando um pedido de impugnação da candidatura de Ratola, subscrito por mais de uma centena de militantes. O caso aguarda agora decisão do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD. Solidário com Ricardo Sousa, o CDS-PP já anunciou que irá apresentar uma candidatura própria à câmara, embora ainda não tenha revelado quem será o cabeça de lista. Também a Iniciativa Liberal (IL) irá disputar o sufrágio com lista própria, encabeçada por José Ilídio Sá, diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida. Ilídio Sá chegou a filiar-se no PSD em janeiro deste ano, mas apresenta-se agora na lista dos liberais. Na CDU, a aposta recai em Pilar Gomes, professora licenciada em educação musical, di­ri­gente do Sin­di­cato dos Pro­fes­sores do Norte e membro da Co­missão Con­ce­lhia de Es­pinho do PCP. O executivo municipal de Espinho é atualmente composto por sete elementos: Lurdes Ganicho, João Passos e Hélder Rodrigues, pelo PSD; Maria Manuel Cruz, Leonor Lêdo Fonseca e Lurdes Rebelo, pelo PS; e Luís Canelas, eleito pelo PS, mas agora sem pelouros, após a presidente lhe retirar a confiança política. As eleições autárquicas vão realizar-se em 12 de outubro.

Brasil e Portugal conquistam principais prémios do Festival de Cinema de AVANCA
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Brasil e Portugal conquistam principais prémios do Festival de Cinema de AVANCA

Filmado nas ruas do Recife, no Brasil, “O Palhaço de Cara Limpa”, de Camilo Cavalcante, foi distinguido com o Prémio de Melhor Filme e também com os prémios de Melhor Banda Sonora e Melhor Atriz, atribuídos a Maria da Guia de Oliveira da Silva, numa obra assumida como “um manifesto poético e desesperado sobre o papel da arte num país em crise”. Com uma edição marcada pela estreia de uma competição dedicada à inteligência artificial, o Festival AVANCA concluiu dez dias de programação com filmes, séries, obras de realidade virtual e com um tributo aos 500 anos do navegador Vasco da Gama e aos 80 anos do primeiro cineclube português, destacando "o cinema como forma de celebração da vida". Na secção de longas-metragens foram ainda atribuídas Menções Especiais a “Obraz”, de Nikolas Vukcevic (Montenegro), e “They Loved Me”, de Mohammad Reza Rahmani (Irão), que receberam também distinções em Direção de Arte, Argumento e Melhor Atriz Secundária, esta última atribuída a Luila Bolukat. Entre as curtas-metragens, o Brasil voltou a destacar-se com “A Sinaleira Amarela”, de Guilherme Carravetta de Carli, que arrecadou o prémio principal desta categoria, e o de Melhor Ator para João Carlos Castanha, enquanto o Prémio de Animação foi para “The Rope”, de Saba Javar (Irão). “Bijupirá”, de Eduardo Boccaletti (Brasil), venceu o Prémio Estreia Mundial e o Prémio de Melhor Fotografia, reforçando a forte presença brasileira no festival, cujo júri foi presidido por Leonor Martins, da Federação Portuguesa de Cineclubes, e integrou cineastas da Alemanha, Espanha e Brasil. Na Competição AVANCA, que distingue obras produzidas na região de Aveiro, os grandes vencedores foram “Criadores de Ídolos”, de Luís Diogo, e “Salto”, de Ana Castro, este último distinguido como Melhor Documentário e também com o Prémio Estreia Mundial. O filme “Aqui, em Aveiro”, de Joaquim Pavão, venceu na categoria de Curta de Ficção, “The Gold Bed Deviations”, de Regina Mourisca, arrecadou o Prémio de Melhor Animação, enquanto o projeto estudantil “E se um Dia a Liberdade”, realizado por alunos orientados por João Católico, venceu o Prémio Estudantes. A competição de filmes com inteligência artificial teve estreia absoluta no festival com a atribuição do Prémio CIAC a “To the Bones”, de Cláudio Sá, numa seleção que também destacou “Black Sun”, de Chih Hao Shen (Taiwan) com o segundo prémio, e “Morphogenesis”, de Mantrixa (Argentina), com Menção Especial. O Prémio D. Quixote, atribuído pela Federação Internacional de Cineclubes, foi entregue ao filme iraniano “They Loved Me”, de Mohammad Reza Rahmani, numa decisão tomada por um júri de cineastas de Itália, Polónia e Portugal. Quanto ao prémio para Melhor Documentário de Televisão foi para “L’acier a coulé dans nos veines”, de Thierry Michel e Christine Pireaux (Bélgica), com Menção Especial atribuída a “On Melting Snow”, de Mojtaba Bahadori, coprodução da Bélgica com a Islândia. Na categoria de Séries de Televisão venceu “Ghosted MD”, de Jarett Bellucci (EUA), enquanto “O Ofício da Solitude – série II”, de Fernando Augusto Rocha, recebeu Menção Especial, com o júri composto por atores, argumentistas e críticos portugueses. O prémio de Vídeo distinguiu “Sigma”, de Aram Manukyan (Arménia), e a Menção Especial foi para “Torii”, de Martin Gerick (Alemanha), enquanto na Realidade Virtual o prémio principal foi atribuído a “Coded Black”, de Maisha Wester (Reino Unido). Os prémios dedicados aos criadores por faixa etária distinguiram a jovem realizadora portuguesa Lívia S. Furtado, com “A Luz do Mundo”, como Melhor Cineasta com menos de 30 anos, e o documentário brasileiro “As cores e amores de Lore”, de Jorge Bodanzky, com o Prémio Sénior. Durante a Conferência Internacional Cinema – Arte, Tecnologia, Comunicação”, o Prémio Engenheiro Fernando Gonçalves Lavrador - em homenagem póstuma ao investigador português na área da semiótica, estética e teoria do cinema - distinguiu os investigadores Jorge Humberto Flores Romero e Juan Carlos Lobato Valdespino da Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, no México. No total, 10 júris constituídos por 35 individualidades de nove países atribuíram 28 prémios e sete menções especiais nesta edição. O festival acontece todos os anos em Avanca, numa organização do Cine-Clube de Avanca e do Município de Estarreja com apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual/Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Turismo Centro, Junta de Freguesia e Paróquia de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja, além de várias organizações internacionais e entidades locais.

São Jacinto: ‘Aliança Mais Aveiro’ apresenta Cristina Gonçalves e acusa PS de “má gestão”
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São Jacinto: ‘Aliança Mais Aveiro’ apresenta Cristina Gonçalves e acusa PS de “má gestão”

Cristina Gonçalves é a atual tesoureira da Junta de Freguesia e sucede a Arlindo Tavares, que não se recandidata por motivos profissionais. A candidata foi a primeira a ser anunciada pela coligação, durante a sessão inaugural da iniciativa “Pensar Aveiro”, realizada precisamente em São Jacinto. Durante a cerimónia, que decorreu no Salão Paroquial da freguesia, Luís Souto de Miranda começou por destacar o papel da diáspora como um dos pilares da estratégia da candidatura. “[Queremos] pôr essas pessoas em rede, a trabalhar connosco, com a Câmara Municipal, aproveitando os talentos e as ligações que mantêm, nomeadamente com a Universidade de Aveiro (UA)”, afirmou, referindo-se à forte presença de emigrantes da região, sobretudo nos Estados Unidos. Sobre Cristina Gonçalves, o candidato da ‘Aliança’ sublinhou a sua “seriedade”, “rigor” e “disponibilidade”. “Tenho constatado uma permanente vontade de ouvir, ajudar a encontrar soluções e a lutar pelo melhor para a sua terra”, declarou. A presença de Arlindo Tavares também mereceu destaque por parte do candidato à Câmara. Luís Souto de Miranda descreveu-o como “um grande autarca” e valorizou a sua comparência na sessão como sinal de apoio à candidatura de Cristina Gonçalves. “Está connosco, está com a Cristina e está neste projeto”, afirmou. Ao comentar a decisão de Arlindo Tavares de não se recandidatar por motivos profissionais, o candidato à ‘Aliança’ elogiou o gesto, considerando-o exemplo de “desprendimento”, uma qualidade que, segundo disse, “é muito rara na política”. E acrescentou: “Pessoas que não ficam agarradas a um lugar merecem todo o respeito”. Sobre o facto de Cristina pertencer à atual equipa desta junta disse ainda que esta integrou um grupo de trabalho que teve “a mais difícil das tarefas de todos os nossos autarcas”. “Foi a tarefa de salvar a Junta de Freguesia e salvar a autonomia de São Jacinto”, atirou. Como tem sido habitual nas suas intervenções, o candidato da ‘Aliança Mais Aveiro’ dirigiu críticas ao PS, acusando-o de ter conduzido a Junta de São Jacinto à falência e a situações de penhora. “Nunca é demais recordar que o PS, tal como fez na Câmara quando lá esteve, atirou com a Junta de São Jacinto para a falência, para as penhoras, para a angústia de querer fazer muito e não poder”, acusou. Recorde-se que já na sessão de apresentação da União de Freguesias de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, Luís Souto de Miranda fez questão de lançar críticas à anterior liderança socialista nesta junta, onde, segundo afirmou, “nem a conta da luz nem a internet eram pagas”. Relembre-se também que nas eleições autárquicas de 2021, o socialista António Aguiar venceu a Junta de São Jacinto por apenas 29 votos de diferença, elegendo três elementos, o mesmo número que a coligação PSD/CDS/PPM. No entanto, Aguiar renunciou ao cargo em julho do mesmo ano, poucos dias depois de a Câmara Municipal de Aveiro (liderada pela coligação) retirar à Junta a gestão do parque de campismo local, alegando “graves e reiterados incumprimentos”. Nas eleições intercalares de 2022, a coligação ‘Aliança Com Aveiro’ venceu com 48,68% dos votos, conquistando quatro mandatos e assumindo a presidência da junta. Em relação ao futuro, Luís Souto defendeu uma abordagem assente numa “renovada energia, com determinação e uma vontade de fazer mais — mais por São Jacinto”. Justificou ainda o facto de Cristina Gonçalves ser a primeira candidata anunciada pela coligação com a importância estratégica da freguesia: “São Jacinto é uma prioridade estratégica para o Município. (…) E será assim no futuro”. Para Luís Souto de Miranda, esta freguesia representa uma “trave-mestra da política” que pretende implementar, apontando a coesão territorial como um dos principais objetivos do projeto político da coligação. Comentando críticas de moradores que consideram São Jacinto uma freguesia esquecida, Luís Souto de Miranda garantiu que “isso não pode acontecer”. Sublinhou ainda o papel ativo da candidata: “A Cristina, desde o momento em que foi apresentada e passou a estar mais próxima da população, não perdeu tempo em mostrar-nos não só o potencial de São Jacinto, mas também as preocupações de quem aqui vive”. Recorrendo à expressão “olhos nos olhos”, o cabeça de lista comprometeu-se a enfrentar os desafios específicos da freguesia, frisando a necessidade de “assumir os custos acrescidos de quem vive em São Jacinto”. Como prioridades, apontou a melhoria das acessibilidades entre a freguesia e o centro de Aveiro, bem como a resolução das dificuldades no acesso aos cuidados de saúde. No seguimento, anunciou a construção de um “Plano Municipal de Saúde” e desconstruiu: “Nós vamos olhar para a rede dos cuidados de saúde primários e incluindo a unidade hospitalar em todo o município de forma a que todas as freguesias tenham uma boa satisfação das suas necessidades no acesso à saúde que é no fundo a maior preocupação que todos temos”. Apontou ainda como prioridade melhorar os serviços de socorro, o policiamento e a necessidade de trabalhar com os municípios e a autarquias vizinhas. Como problema “número um”, em São Jacinto, apontou a oferta de transportes. Carência essa que disse ser necessário encará-la com “diálogo” e “determinação”. Entre as propostas para melhorar a mobilidade, destacou a intenção de avançar com uma via ciclável e resolver a situação do parque de campismo. Sobre este último, foi claro: “Sem preconceitos, sem complexos, apenas visando encontrar o mais rápido possível uma boa solução”. Falou ainda sobre a necessidade de “dinamizar” o CARSurf São Jacinto, alertando que a ‘Aliança Mais Aveiro’ quer transformar a freguesia “na capital juvenil do Município”. No que toca às infraestruturas desportivas, Luís Souto de Miranda sublinhou que a piscina local está “em vias de conclusão”. Contudo, reconheceu que é fundamental “trabalhar em conjunto com as coletividades locais e com a Junta de Freguesia para melhorar as condições da prática desportiva”. Relativamente à antiga base aérea, o candidato afirmou que a coligação pretende defender, junto do Governo, a tradição histórica da aviação em São Jacinto. “Nós queremos e vamo-nos empenhar por recuperar o aeródromo e apostar no enorme potencial que ele tem para São Jacinto e para todo o município, eu diria, para o país”, destacou. Neste seguimento, criticou o facto de Aveiro ser o “único município” que “não tem um aeródromo à sua disposição”. “Isso é inaceitável. Nós temos condições excelentes aqui em São Jacinto. A pista, dizem-nos, é ótima. Há que aproveitá-la e não destruir”, sugeriu. Ainda sobre a antiga base aérea, Luís Souto de Miranda destacou o seu “grande potencial”, não só para a “recreação aérea”, mas também para a investigação, especialmente em áreas relacionadas com as ciências aeronáuticas, mencionando a UA como exemplo. Entre as ambições da candidatura, Luís Souto de Miranda sublinhou também a importância da valorização da “frente de Ria”, revelando a intenção de reforçar, junto do Governo, a proposta de gestão municipal daquela zona. “Como já se percebeu, tudo isto depende de uma boa concertação com o Governo”, afirmou, voltando a insistir na ideia-chave que tem vindo a marcar as suas intervenções: “[É fundamental] termos uma freguesia, uma Câmara e um Governo todos bem articulados”. “Só assim é que estes assuntos poderão ser desbloqueados”, vincou. Sobre a Reserva Natural de São Jacinto vincou que a mesma tem de ser vista como uma “oportunidade” e não como um “empecilho” para a freguesia. “Temos que lhe dar mais dinâmica, reforçar a educação ambiental, mas também o turismo ambiental responsável”, apontou. Mostrando ainda convicção de que será eleito [presidente da Câmara], o candidato da ‘Aliança’ deixou ainda a nota de que já começou a fazer contactos “informais” para avançar com o "bom progresso de São Jacinto”. Recorde-se que em entrevista ao Jornal de Notícias (JN), este domingo, Luís Souto considerou que é o “pior adversário” que Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, poderia ter e que não admitia a hipótese de “perder” nestas eleições autárquicas. Sobre os resultados autárquicos daquela Junta de Freguesia, Luís Souto de Miranda avançou que Cristina “tem todas as condições pessoais e políticas para ganhar (…) com uma expressiva vitória”. Mais uma vez, criticando diretamente o PS sugeriu que: “Em Aveiro e em São Jacinto não podemos regressar ao pesadelo da má gestão e da má reputação financeira e institucional das autarquias”, sublinhando a importância das “boas contas”. Na mesma linha, Arlindo Tavares — atual presidente da Junta de Freguesia — usou a sua intervenção para partilhar a experiência vivida desde que tomou posse em 2022, destacando o “orgulho” e a “honra” que sentiu ao assumir o cargo. No entanto, relatou ter encontrado uma situação financeira “muito grave”. “Tão grave que, quando tomamos posse, encontramos salários em atraso, uns míseros sete euros nas contas e uma dívida de 720 mil euros por pagar. Para ajudar ainda, em janeiro de 2023, somos alvo de um arresto de bens, tudo fruto da má gestão, da má governação do PS na nossa junta de freguesia. Isto não se passou há 20 anos, mas sim há pouco mais de dois anos”, contou. Apesar das dificuldades, o autarca assegurou que o “grave problema” foi resolvido, deixando uma nota de reconhecimento a José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, por ter contribuído para a recuperação financeira da junta. “O país não tinha solução para o descalabro das contas da nossa junta”, exprimiu. “Pagamos a dívida, honramos os compromissos com mais de 42 fornecedores, recuperamos a nossa credibilidade e o nosso bom nome”, continuou Arlindo Tavares. Face às críticas de que “nos últimos anos nada foi feito em São Jacinto”, o autarca ironizou: “Como se a maior obra que fizemos — a recuperação financeira — não fosse nada”. Apontou ainda várias intervenções concretas realizadas pela Junta, como a requalificação do edifício sede e a ampliação do cemitério. E não poupou a críticas à anterior gestão socialista: “Com a gestão do PS, eram obras feitas e não pagas, como sucedeu com o Parque Infantil Geriátrico e a intervenção no Polo Desportivo Lomba da Mata, que tivemos de ser nós a pagar a fatura final”, assegurou. Rejeitando as acusações de dependência da Câmara Municipal, Arlindo Tavares foi direto: “Acusam agora as nossas Juntas de Freguesia de subveniência à Câmara Municipal de Aveiro. Negativo”, respondeu. “Onde outros vêm subserviência, nós vemos trabalho de equipa, colaboração e de cooperação”, atirou. O atual presidente da Junta de Freguesia de São Jacinto sublinhou ainda a necessidade de “virar a página”, sem, no entanto, esquecer os “erros cometidos no passado recente” e os responsáveis por esses mesmos erros. Num apelo direto ao cabeça de lista da coligação ‘Aliança Mais Aveiro’, Arlindo Tavares pediu especial atenção à mobilidade, em particular às carreiras de autocarros que servem a freguesia. “Por isso, peço que possas dar prioridade a este tema de um forte impacto na nossa população”, apelou. Dirigindo-se diretamente à candidata Cristina Gonçalves garantiu-lhe total “ajuda e apoio” para a candidatura. “Este apoio não se compara a nada àquilo que fizeste em 2021 e em 2022. Que contra tudo e contra todos apoiaste o nosso projeto, as nossas ideias e fizeste parte dele. Sei tudo o que passaste e por isso devo-te uma enorme gratidão e o meu sentido obrigado, Cristina”, exprimiu, partilhando ainda alguns episódios particulares com esta. “No dia 13 de novembro de 2022, dia das eleições intercalares em que vencemos com maioria absoluta, numa conversa a dois disse-te: ‘Tenho capacidade para resolver o problema financeiro da nossa Junta, mas tenho medo de falhar’. E tu respondeste-me: ‘A população de São Jacinto depositou em nós a sua confiança para resolver este problema. Se falharmos, tentamos”, contou. Na sequência, garantiu ainda que a candidata está “mais do que preparada” para ser presidente de Junta de São Jacinto. Na sua intervenção, Cristina Gonçalves falou com emoção sobre aquela que é a sua “casa”: “Aqui nasci, cresci, vivo e trabalho”, partilhou. Reconhecendo o potencial da freguesia, alertou, no entanto, que São Jacinto “é uma terra linda, mas que carece de maior atenção”. “Quem aqui vive conhece bem as dores e as dificuldades. Sabemos o que custa depender de transportes, de horários que não servem as nossas necessidades. Sabemos o que é querer trabalhar, estudar, ter acesso à saúde e serviços e sentirmos que estamos longe de tudo”, reforçou, insistindo que falta “planeamento, investimento, visão e ação” na freguesia. Dirigindo também críticas à anterior gestão socialista da Junta de Freguesia, Cristina recordou: “Ninguém sabe o que é chegar à junta com vontade imensa de trabalhar e sofrermos de imediato um arresto de bens que nos deixou sem equipamentos: secretárias, computadores, cadeiras, documentos, peças históricas. A isso somaram-se cortes de água, eletricidade, telecomunicações, contas a zero e salários dos funcionários em atraso por pagar. E isto, meus caros, não foram dias… foram meses”, lembrou. Sobre aquele que será o seu trabalho assegurou que tem como objetivo valorizar o “trabalho feito até aqui e abrir caminho para novas soluções, novas ideias e uma gestão moderna e eficaz, que busque o desenvolvimento que a freguesia merece e necessita”. Apontando como prioridade uma liderança próxima da população, Cristina Gonçalves comprometeu-se com uma Junta que “se levanta com as pessoas e trabalha para elas”, que ouve, defende e valoriza as ideias da comunidade. No seu discurso, destacou ainda pilares como o serviço à comunidade, o desenvolvimento sustentável, a cultura, a juventude e o envelhecimento ativo, sublinhando que a sua candidatura nasce de “um compromisso contínuo com a comunidade”. Entre os desafios mais urgentes que identificou estão os transportes, o turismo e a habitação. Cristina defendeu uma aposta clara na melhoria das ligações rodoviárias e na reorganização dos horários e frequências de autocarros, realçando que a atual limitação de acessos “condiciona o dia-a-dia das pessoas e isola a freguesia”. Sobre o turismo, defendeu um modelo sustentável, com investimento planeado, apoio ao comércio local e a reabertura do parque de campismo como elemento estratégico para a economia local. “Caro futuro presidente, a intervenção na nossa frente de Ria é primordial para o desenvolvimento de São Jacinto. A construção de uma marina não é uma miragem, é uma necessidade”, insistiu. Já em matéria de habitação, alertou para a escassez de oferta e apelou a políticas que permitam aos jovens “permanecer na terra onde nasceram”. A candidata defendeu ainda que a freguesia deve ser beneficiada financeiramente pela utilização de equipamentos como as piscinas, o complexo desportivo e o parque de campismo, cuja gestão é atualmente articulada com a Câmara Municipal. “Outra coisa não faria sentido, afinal é o nosso património”, afirmou. Cristina Gonçalves terminou a sua intervenção com um compromisso claro: “Colocar a experiência que adquiri ao serviço da população, com uma equipa preparada, renovada e motivada”.

JS de Aveiro critica “flagrante falta de cooperação” entre CMA e UA em manifesto autárquico
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JS de Aveiro critica “flagrante falta de cooperação” entre CMA e UA em manifesto autárquico

No prefácio do Manifesto Autárquico Jovem, documento apresentado no passado sábado, João Sarmento, presidente da Juventude Socialista de Aveiro, considera que “Aveiro não tem aproveitado o enorme potencial que detém devido aos enormes recursos naturais e técnicos” (algo que diz ser especialmente “flagrante” na desarticulação que existe entre Universidade de Aveiro e autarquia). No decorrer do manifesto, a JS de Aveiro nota ainda que “é impossível ignorar o potencial estratégico da Universidade” e defende que a “UA pode e deve ser um agente ativo na regeneração urbana, na transição energética e no desenho de políticas públicas mais eficazes e próximas dos cidadãos”. A ligação à Universidade não é o único tema a ser abordado pelos jovens socialistas, que convidam a que se “imagine e sonhe com uma cidade diferente”: um exercício que, apontam, foi feito pela Juventude Socialista, que apresenta medidas nos campos do ambiente, mobilidade, proteção animal, emprego, cultura, inclusão, cidadania, educação, desporto, saúde, economia, habitação, inovação e turismo. Durante a apresentação do documento falou também Alberto Souto, socialista que encabeça o projeto candidato ao município de Aveiro, que, de acordo com nota de imprensa enviada à Ria, refere as propostas de “um 'choque paisagístico', com novas zonas verdes acessíveis à população, a habitação jovem, o reforço das bolsas de estudo, a criação de zonas livres de automóveis e a implementação de gabinetes de psicólogos para responder às necessidades de saúde mental dos jovens” como as mais sonantes. A Juventude Socialista explica que o documento foi redigido não só por militantes, mas que também conta com contributos de jovens que quiseram participar. Nas palavras do presidente João Sarmento, trata-se de um manifesto “em nome de todos os jovens aveirenses” que se assume como “um verdadeiro instrumento de reivindicação”.