Ribau Esteves lança livro e garante que o seu futuro ainda não está "decidido"
José Ribau Esteves, presidente cessante da Câmara Municipal de Aveiro, apresentou este sábado, 25 de outubro, no Teatro Aveirense, o livro “Aveiro, Coragem de Mudar, com Ribau Esteves”, encerrando os 12 anos à frente desta autarquia. Durante a sessão, deixou críticas ao Partido Socialista (PS) sobre processos judiciais contra a autarquia e garantiu que o seu futuro ainda não está "decidido".
Isabel Cunha Marques
JornalistaFoi no Teatro Aveirense que o ainda presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, apresentou este sábado, 25 de outubro, o livro “Aveiro, Coragem de Mudar, com Ribau Esteves”. Com a plateia praticamente lotada na parte inferior da sala, o evento contou com a presença de várias figuras ligadas à política, entre elas, vereadores do atual executivo, elementos da oposição como Rui Carneiro (agora independente), presidentes de junta e até o recém-eleito presidente da Câmara, Luís Souto de Miranda, da coligação ‘Aliança com Aveiro’.
À entrada do teatro, antes do início da sessão, Ribau Esteves fez questão de cumprimentar pessoalmente cada convidado, distribuindo cumprimentos. Às 18h14, deu-se início à apresentação, que começou com a exibição de um pequeno vídeo, no qual o autarca partilhava reflexões sobre o seu percurso e sobre a obra agora publicada. Mal o vídeo terminou, o público respondeu com uma prolongada salva de palmas. Foi então que Ribau Esteves subiu ao palco, acompanhado por dois jornalistas que fez questão de convidar para conduzirem a conversa de apresentação do livro.
A primeira “provocação” do jornalista incidiu sobre a exaustividade do livro, questionando-o se o mesmo era uma “prestação de contas” ou antes um “relatório de contas para a sociedade”. Face à questão, Ribau Esteves respondeu prontamente que era “um testemunho”. “Aliás, escolhemos o dia de hoje para lançar o livro por uma questão muito simples: é o dia mais comprido do ano, tem 25 horas”, observou, arrancando novamente uma salva de palmas da plateia. Sobre a pergunta inicial, acrescentou que “toda a gente pode pegar e ler os relatórios de contas”, mas que o formato do livro é mais “agradável e acessível”.
Tal como avançado pela Ria, esta foi uma obra escrita, na íntegra, pelo ainda presidente da Câmara. Durante a sessão, o autarca admitiu que, “numa primeira fase”, contactou uma entidade para escrever o livro, mas depois acabou por decidir que “não fazia sentido”. “Eu queria escrevê-lo pela minha mão.Queria ter a opção de estrutura, de contar histórias, umas mais conhecidas, outras nunca conhecidas, e fazê-lo em exercício de funções”, exprimiu. Na ocasião disse ainda que o escreveu entre março e outubro deste ano. “[Foi escrito] nos domingos, um sábado ou outro mais livre, nos voos para Bruxelas. (…) Deixei de ir às missas todos os domingos, de fazer as minhas corridas. (…) Precisava de tempo para escrever o livro e para juntar tudo e ainda por cima fi-lo em círculo fechado. Eu só tenho três colaboradores que me deram uma ajuda: (…) o meu chefe de gabinete, o Guilherme Carlos, o meu adjunto, Simão Santana, e a minha chefe de divisão de Cultura e Turismo, a Sónia Almeida”, partilhou.
Questionado, em seguida, sobre onde encontrou ânimo para os seus 28 anos de vida autárquica, Ribau Esteves destacou que o seu “primeiro recurso é ter vontade”. Sublinhou ainda que, se pudesse escolher o que fazer nos “próximos quatro anos”, voltaria a ser presidente da Câmara de Aveiro. “Mas, felizmente, há limitações de mandatos, eu sou completamente a favor, e, portanto, muito feliz por chegar ao fim destes 12 anos e por passar a pasta, neste caso, ao meu sucessor, Luís Souto de Miranda”, afirmou. Aproveitou ainda o momento para justificar o porquê desta obra contar com prefácios de Luís Montenegro, primeiro-ministro, e de António Costa, presidente do Conselho Europeu, tal como avançado pela Ria. “O António Costa foi o primeiro-ministro com quem mais tempo trabalhei. Um pouco mais de oito anos dos 12. E o Luís Montenegro é o atual”, referiu.
O livro conta ainda com uma passagem a que apelidou de “judicialização da política”. Conforme relata na obra, a que Ria já teve acesso, em “fevereiro de 2020”, o autarca escreveu uma “Carta Aberta Contra a Judicialização da Política em Aveiro”, devido à tensão política que se vivia na altura. “A tensão política estava num nível alto e com a utilização que considerei excessiva e despropositada de processos interpostos em Tribunal e queixas formais à Polícia Judiciária, ao Ministério Público e à Inspeção Geral de Finanças”, lê-se. No Tribunal, por exemplo, recorda que os processos eram relativos ao “novo PDM”, à “nova carta educativa” e ao projeto do “Rossio”. Na obra agora publicada, Ribau Esteves fez questão de incluir a transcrição da referida carta. Questionado sobre essa aposta, o autarca sublinhou que nada tem contra quem recorre aos meios judiciais para o que é justo, mas manifestou discordância quando, segundo as suas palavras, “as pessoas não sabem ser democratas”. “É eu ter ido a votos e ter dito que vou fazer a obra do Rossio (…) e quem perdeu não saber respeitar a democracia e a derrota e ir tentar, em tribunal, impedir a Câmara de fazer uma obra democrática”, afirmou.
Recorde-se que a obra de requalificação do Rossio e da Praça General Humberto (também conhecida como Ponte-Praça), teve um custo de 20,5 milhões de euros. Um custo de mais 8,1 milhões do que estava adjudicado inicialmente [12,4 milhões de euros]. Em janeiro de 2021, como noticiou o Notícias de Aveiro, o Movimento 'Juntos pelo Rossio' interpôs uma providência cautelar para tentar travar a obra, mas em setembro do mesmo ano receberam a resposta de que a acção tinha sido indeferida.
Ainda a título de exemplo, criticou também a providência cautelar interposta por Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara Municipal nestas eleições autárquicas. “Entretanto, um candidato à Câmara discorda que a gente ponha abaixo uma casa velha que não serve para nada, mas pronto, ele discorda. (…) O que é que ele faz? Mete-nos em tribunal. É isto que eu condeno”, atirou. Acrescentou ainda o processo que o PS lhe interpôs por ter afirmado que a Câmara de Aveiro tinha problemas de corrupção. “Os vereadores entenderam que a minha acusação pública de corrupção os afetava como socialistas e a credibilidade dos autarcas do partido socialista. (…) [O processo] foi arquivado”, sublinhou.
Já na reta final da conversa, um dos jornalistas “atreveu-se” a voltá-lo a questionar quanto ao seu futuro. Face à questão, o autarca respondeu que, nestas eleições autárquicas, foi convidado pelo “partido” para ser candidato a outras Câmaras. “A única coisa que pedi foi compreensão pelo meu não”, disse. Face à insistência da jornalista por uma resposta concreta, o autarca adiantou que no dia “31 deste mês” já tem jantar marcado e que no “dia 1 [de novembro] já tem esquema montado”. “Um tipo também tem de transitar de forma saudável”, afirmou. “Aquilo que estamos hoje a fazer é a conversar com o líder do partido. O partido entende que os meus recursos e o meu conhecimento devem ser úteis ao país no quadro de serviço público e estamos a falar sobre isso com toda a tranquilidade e seriedade”, avançou, salientando que, por enquanto, não pode dizer mais nada.
“A última conversa com o Montenegro até foi por SMS (…) e não há conversa sobre esse assunto, nem se aponta indícios se é empresa pública ou entidade não sei de quê, se é Norte, se é Sul, se é regional… Zero”, referiu. “É assim que eu acho que as coisas devem ser. Eu não me quero pôr naquela lógica de que eu quero ser isto ou aquilo. Não é essa a lógica. Não é segredo... Quando for segredo eu digo-vos que já está decidido, mas é segredo. Não posso dizer nada”, rematou.
Recorde-se de que, ao longo da campanha eleitoral, Ribau Esteves foi alvo de críticas por parte da oposição, que associou a sua mudança de postura - passando da recusa à participação ativa na campanha ao apoio público a Luís Souto de Miranda - a eventuais negociações para garantir lugares políticos após o fim do seu mandato autárquico.
Sem ignorar também as críticas que surgiram após a divulgação da obra, motivadas pelo facto de ter sido integralmente paga pelo Município de Aveiro, e aproveitando o momento em que entregava uma lembrança aos dois convidados, Ribau Esteves afirmou: “Há malta que se incomoda porque o livro custou dinheiro. Graças a deus, já pagamos. Mas como ele é pago pelo dinheiro do povo todos os presentes levam um livro de borla”. A declaração mereceu, de imediato, uma salva de palmas a quem por lá se encontrava.
*Notícia alterada no dia 26 de outubro, pelas 10h12, na sequência da alteração do título de "Ribau Esteves lança livro e garante que o seu futuro “já está decidido, mas é segredo”" para "Ribau Esteves lança livro e garante que o seu futuro ainda não está "decidido"". Foi ainda feita uma alteração no antepenúltimo parágrafo da notícia com o acrescento da citação:“É assim que eu acho que as coisas devem ser. Eu não me quero pôr naquela lógica de que eu quero ser isto ou aquilo. Não é essa a lógica. Não é segredo... Quando for segredo eu digo-vos que já está decidido, mas é segredo. Não posso dizer nada”, rematou.
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Luís Souto diz que “as portas estão abertas” com a oposição e não descarta entregar pelouros
O novo presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), Luís Souto, garante “não ter preconceitos de falar com uns e com outros” no sentido de encontrar soluções para Aveiro. Na sua opinião, “a comunicação [com a oposição] é fundamental para que a Câmara possa funcionar com uma atitude construtiva”, sendo que diz ser também “muito fácil” falar com os opositores. “São pessoas que conhecemos há muitos anos e com quem tivemos sempre cordialidade no trato”, assume. Apesar das declarações públicas de Luís Souto evidenciarem que a sua estratégia passa por governar em minoria, em permanente diálogo e com disponibilidadade para consensos, a Ria sabe que esta narrativa não está a colar no PS-Aveiro. Os socialistas definiram a sua estratégia para os próximos dias e optaram por fazer um teste inicial à liderança do novo edil aveirense, como forma de confirmar se as palavras de Luís Souto tinham algum fundamento. Foi com esse objetivo que a nova bancada do Partido Socialista (PS) na Assembleia Municipal apresentou uma proposta para a Mesa deste órgão ser constituída por um secretário indicado pelos socialistas. Mas a coligação 'Aliança com Aveiro' bloqueou esta iniciativa e nem o apoio da bancada do PS à eleição de Miguel Capão Filipe como presidente da Assembleia Municipal mudou essa posição. Recorde-se que a composição da CMA, anteriormente governada em maioria pelos eleitos da coligação ‘Aliança com Aveiro’ – em 2021, a ‘Aliança’ elegeu seis vereadores contra três eleitos do PS -, passou a não ter nenhuma força política maioritária – tal como a ‘Aliança’, o PS conquistou quatro assentos na Câmara, enquanto o Chega tem agora um vereador. Neste cenário, a que Luís Souto diz que a ‘Aliança’ “tem de se adaptar”, o novo presidente assinala que tem de “acompanhar os desenvolvimentos e ver até que ponto há uma atitude colaborativa e um espírito construtivo no relacionamento com os vários parceiros”. Questionado sobre se este acompanhamento se pode traduzir na atribuição de pelouros, Luís Souto não negou a possibilidade, mas também não a confirmou, repetindo as mesmas ideias: “Não temos preconceitos nenhuns. Vamos acompanhar qual é a postura de uns e de outros nos próximos tempos”. Se Paula Urbano, líder da concelhia do PS, já afirmou, em entrevista à Ria, que o partido não se quer constituir como “força de bloqueio”, mas que também não vai aceitar pelouros, a posição do Chega não fecha por completo a porta. Na sequência da noite eleitoral, o vereador eleito disse à Agência Lusa que estava disposto a ajudar à “estabilidade governativa”, mas assinalava que ainda era “prematuro” falar em pelouros. À conversa com os jornalistas no final da tomada de posse dos órgãos autárquicos do Município, Diogo Soares Machado preferiu não adiantar novidades sobre possíveis negociações e disse que, durante a próxima semana, iam existir desenvolvimentos. Nesse sentido, garantindo que o Chega não abdica das suas propostas, o responsável indica que, se estas forem bem recebidas, então “Aveiro é governável”. Não obstante, o novo vereador deixou alguns reparos ao discurso de Luís Souto que, recorde-se, disse que a oposição devia “acatar a decisão popular”. Segundo diz, da mesma forma que a oposição “respeita” a vitória da ‘Aliança’, também o presidente deve “respeitar” os aveirenses que não deram a maioria à coligação. Sobre a distribuição de pelouros dentro do executivo, Luís Souto preferiu não revelar detalhes sobre aquilo que já tem programado. O autarca deixou apenas a nota de que vai assumir as pastas da cultura, do desporto e do ambiente. Das quatro freguesias em que quem ganhou as eleições não conseguiu ter maioria – o PS em Glória e Vera Cruz e a ‘Aliança’ em Esgueira, Eixo e Eirol e Aradas -, apenas Aradas não viu o executivo a ser aprovado na primeira tentativa. Lembre-se que Catarina Barreto, presidente da Junta de Freguesia reeleita, suspendeu os trabalhos da sessão de instalação dos novos órgãos autárquicos após ter sido reprovada a eleição do primeiro vogal do futuro executivo. Luís Souto afirma que foi dada “bastante autonomia” aos autarcas para terem “margem de manobra” na negociação dentro de cada freguesia. Em Aradas, o presidente afirma que o processo ainda está a decorrer e que terá um “bom desenlace”, até porque, no seu entender, “a população não iria entender uma situação de bloqueio total da gestão da freguesia”. “Isso depois repercute na qualidade de vida do dia-a-dia da população”, aponta. Nos bastidores da política local, acredita-se que a postura de maior recato de Catarina Barreto ao longo dos últimos dias evidencia que está a ser preparada uma solução de governabilidade para a Junta de Freguesia de Aradas. A confiança de Luís Souto, preconizada na perspetiva de um "bom deselance" para breve, reforça essa teoria. Mas a Ria sabe que Catarina Barreto, desde o dia em que o seu executivo foi reprovado, não voltou a estabelecer contactos com o movimento independente 'Sentir Aradas' e com o Partido Socialista. Pelo que, existindo boas perspetivas para breve, isso poderá antever que a estratégia passará por um entendimento com o Chega. Os próximos dias serão decisivos e uma negociação com Diogo Soares Machado nunca será fácil sem um acordo de entendimento alargado que envolva também a governação na CMA.
Tomada de Posse: Luís Souto pede à oposição que “acate a decisão popular”
O Salão Nobre dos Paços do Concelho encheu para assistir à tomada de posse dos novos órgãos autárquicos do Município. Para além dos eleitos e de alguns cidadãos, destaca-se ainda a presença de Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Firmino Ferreira, presidente da concelhia de Aveiro do PSD e deputado à Assembleia da República, e Pedro Frazão, deputado à Assembleia da República eleito pelo Chega. Após terem tomado posse todos os novos deputados municipais, vereadores e presidentes da Junta de Freguesia do Município de Aveiro, chegou o momento de discursar Luís Souto. O autarca, que deixou a Assembleia Municipal para presidir à Câmara, começou por afirmar que a decisão dos eleitores aveirenses foi “clara” e que, com a mudança na presidência, se inicia um “novo ciclo”. Luís Souto destacou o papel das freguesias no resultado final das eleições, tendo sido decisivas as votações nas freguesias mais rurais do concelho. O autarca voltou a sublinhar que a coesão dentro do Município é, consigo, uma prioridade da Câmara Municipal e reafirmou o que já tinha dito aquando da apresentação do seu programa eleitoral: “Chegou a hora das freguesias”. Apesar do resultado ter sido favorável, Luís Souto recorda que, na Câmara Municipal, o objetivo era mesmo manter a maioria – recorde-se que foram eleitos quatro vereados da ‘Aliança com Aveiro’, quatro vereadores do PS e um vereador do Chega. O novo presidente aponta que, ao longo da campanha, chegou a “alertar” para a possibilidade de serem criados mecanismos de “bloqueio” e que os cidadãos foram desafiados a “assumir a responsabilidade”. Não tendo sido cumpridos os desejos do autarca, existe agora um novo cenário político que a ‘Aliança’ “tem de aceitar” e que exige diálogo com a oposição. No processo de governação, Luís Souto garante que vai procurar soluções em conjunto “sem preconceitos político-partidários”, mas deixa um aviso: “A vitória foi nossa […] e isso exige da parte de quem não venceu o acatamento da decisão popular”. O novo presidente da Câmara Municipal de Aveiro não deixou de referir alguns “maus exemplos” da ação política que diz ter encontrado durante a campanha. Primeiro, apontou o dedo à falta de isenção das instituições e, depois, acusou “alguma comunicação social” de ter atitudes “facciosas e parciais”. Nas suas palavras, o “palco estava montado e as luzes da ribalta estavam ligadas, mas parece que não era para nós”. Feito o balanço da campanha, Luís Souto começou a falar com os olhos colocados no futuro. O objetivo, conforme indicado na campanha, é dar “continuidade” à dinâmica imprimida nos mandatos presididos por José Ribau Esteves. “Não viemos para reverter ou destruir o que foi feito. Queremos Aveiro com o pé no acelerador e não no travão”, rematou. Não obstante, o recém-empossado presidente não esqueceu que, durante a campanha, falou em “continuidade com inovação”. Por isso, garante que há “correções” a fazer e que deve haver uma aposta em “novas soluções que devem sempre ser suportadas no conhecimento científico e técnico”. Para a habitação, Luís Souto falou de uma “política integrada” com respostas de base pública, privada ou público-privada, aproveitando sempre a totalidade dos mecanismos implementados pelo governo. Da mesma forma, na saúde, o autarca defende uma visão “integrada” que não se cinja ao setor público, mas que abrace também o privado e o social, com especial atenção para a saúde mental. Entre as prioridades destacadas pelo novo presidente foi também destacado desenvolvimento sustentável, a avaliação da oferta de transportes públicos ou um “reformismo” que passa pela simplificação de processos da Câmara. Como principais passos a dar no futuro próximo, Luís Souto retomou a intenção de criar uma Agência Municipal do Investimento e Inovação, um Conselho Estratégico Municipal e, na área da cultura, um novo Centro de Arte Contemporânea e o Centro Interpretativo do Sal. Numa mensagem para o Governo, com quem diz que tem “muito para conversar”, Luís Souto alertou que vai estar “atento e insistente” para resolver questões como a do Hospital de Aveiro, do eixo Aveiro-Águeda, das portagens que ainda se mantêm e de “outras propostas que terá para o futuro de Aveiro”. Nesse sentido, o autarca não deixou de assinalar que a presença de um secretário de Estado na tomada de posse é “simbólica de uma amizade com Aveiro” e que significa que “podemos contar com ele”. Em tom de agradecimento, Luís Souto voltou-se para Ribau Esteves, presidente cessante, dizendo que espera “estar à altura” da herança deixada. No mesmo sentido, garantiu que vai continuar em comunicação com o ex-presidente que governou Aveiro ao longo de 12 anos e que esse diálogo é, em si mesmo, um “ativo” para o Município. A falar para a família, o primeiro a ser nomeado foi o irmão Alberto Souto, que foi o “principal adversário” na corrida à CMA como candidato pelo PS. Luís Souto diz que foi “duro” estar no lado oposto do irmão, mas ressalva que, com “a liberdade de pensamento e de opção política com que foram criados pelos pais, havia o risco de isto vir a acontecer”. Da mesma forma, deixou ainda uma palavra ao falecido irmão Paulo Henrique que, “quem sabe estaria a rir-se de tudo isto, mas certamente com uma pontinha de orgulho pelos irmãos”. Antes do final do discurso, o novo presidente agradeceu ainda à mulher, aos filhos e aos netos.
33 escolas do Município de Aveiro recebem Bandeira Verde
Com 33 escolas distinguidas, Aveiro destacou-se como “um dos Municípios mais ativos na promoção da sustentabilidade e na formação de cidadãos conscientes do ponto de vista ambiental”, segundo escreve a autarquia. Na nota de imprensa pode ainda ler-se que as distinções são “resultado de um trabalho e um empenho contínuo na implementação do Eco-Escolas”. Recorde-se que o programa Eco-Escolas, coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), é “uma iniciativa internacional destinada a todos os graus de ensino – do pré-escolar ao ensino superior – que procura encorajar ações e premiar o trabalho de qualidade desenvolvido pelas escolas na gestão ambiental e na sensibilização das suas comunidades”. Os estabelecimentos aveirenses distinguidos foram: Escola Básica de Barrocas, Escola Básica de Glória, Escola Básica de Santiago e Escola Básica João Afonso (Agrupamento de Escolas de Aveiro), Escola Básica de Eixo e Escola Básica de Azurva (Agrupamento de Escolas de Eixo), Escola Básica de Alumieira, Escola Básica de Esgueira, Escola Básica de Quinta do Simão e Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães (Agrupamento de Escolas de Esgueira), Escola Básica de Areais, Escola Básica de Presa, Escola Básica n.º 1 de São Bernardo, Escola Básica n.º 2 de São Bernardo, Escola Básica de Solposto e Escola Secundária José Estêvão (Agrupamento de Escola José Estêvão), Escola Básica de Aradas, Escola Básica de Leirinhas, Escola Básica de Quinta do Picado, Jardim de Infância de Quinta do Picado e Escola Secundária Dr. Mário Sacramento (Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento), Escola Básica de Póvoa do Paço, Escola Básica de Quintã do Loureiro, Escola Básica de Sarrazola, Escola Básica de Taboeira e Escola Básica Rio Novo do Príncipe (Agrupamento de Escolas de Rio Novo do Príncipe), Casa Vera Cruz, Centro de Infância Arte e Qualidade, Centro Infantil da Casa do Povo de Oliveirinha, Colégio D. José I, Escola Profissional de Aveiro e Florinhas do Vouga (Estabelecimentos de Educação e Ensino Privado e IPSS’S) e Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro (Ensino Superior).
Ribau Esteves lamenta morte de Carlos Silva Santos e deixa decisão de luto municipal para Luís Souto
Em declarações à Lusa, Ribau Esteves manifestou os sentimentos à família enlutada e deixou um público reconhecimento pelo seu trabalho e dedicação ao município. Relativamente ao luto municipal, o autarca referiu que deixou essa decisão para o presidente eleito nas eleições de 12 de outubro, Luís Souto Miranda, que tomará hoje posse, numa sessão marcada para as 18:00. Recorde-se que, tal como avançado pela Ria, Carlos Silva Santos faleceu aos 79 anos. Segundo, avança a Lusa, fontes próximas da família confirmaram hoje que o vice-presidente da Câmara, entre 2005 e 2009, no mandato de Élio Maia, morreu “vítima de doença”. Carlos Santos desempenhou ainda diversos cargos partidários do PSD e em termos profissionais foi quadro da Docapesca e diretor do Porto de Aveiro. Esteve também ligado ao setor cooperativo, tendo sido um dos principais dinamizadores da Agrovouga. No plano desportivo, foi jogador de futebol do Beira-Mar e da Académica, e jogador de basquetebol do Clube dos Galitos. Veio também a ser dirigente desportivo, nomeadamente vice-presidente da Associação de Futebol de Aveiro, dirigente do Beira-Mar, e fez parte da Assembleia da Federação Portuguesa de Futebol. Carlos Santos era pai de Cláudia Santos, que foi deputada do PS de 2019 a 2022 e cabeça de lista do PS para a Assembleia Municipal de Aveiro nas eleições autárquicas de 12 de outubro. A cerimónia fúnebre está marcada para sábado, às 12h00, no centro funerário de Aveiro.
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Luís Souto diz que “as portas estão abertas” com a oposição e não descarta entregar pelouros
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Deputada do PSD pede posição ao ministro quanto à requalificação de escola em Espinho
A parlamentar social-democrata lamentou as diferenças naquilo que diz respeito à atuação da Câmara Municipal de Ovar sobre a Escola Secundária de Esmoriz e da autarquia espinhense sobre a Escola Básica e Secundaria Domingos Capela. Segundo aponta, “enquanto no caso de Ovar existe um projeto pronto e forte envolvimento municipal, em Espinho o Município – que outrora era socialista ou independente, honestamente nem nós, Espinhenses, sabemos o que foi – não deu informação concreta sobre o andamento do processo. E essa incerteza tem, naturalmente, gerado alguma preocupação”. Carolina Marques, que refere que ambas as escolas mencionadas “servem comunidades escolares muito ativas e expressivas” e pediu uma posição ao ministro “com o objetivo de tranquilizar ambas as comunidades escolares, professores, alunos e funcionários”. Não obstante, a deputada sublinha que “saber que o governo está empenhado em dar resposta”.
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O autarca voltou a sublinhar que a coesão dentro do Município é, consigo, uma prioridade da Câmara Municipal e reafirmou o que já tinha dito aquando da apresentação do seu programa eleitoral: “Chegou a hora das freguesias”. Apesar do resultado ter sido favorável, Luís Souto recorda que, na Câmara Municipal, o objetivo era mesmo manter a maioria – recorde-se que foram eleitos quatro vereados da ‘Aliança com Aveiro’, quatro vereadores do PS e um vereador do Chega. O novo presidente aponta que, ao longo da campanha, chegou a “alertar” para a possibilidade de serem criados mecanismos de “bloqueio” e que os cidadãos foram desafiados a “assumir a responsabilidade”. Não tendo sido cumpridos os desejos do autarca, existe agora um novo cenário político que a ‘Aliança’ “tem de aceitar” e que exige diálogo com a oposição. No processo de governação, Luís Souto garante que vai procurar soluções em conjunto “sem preconceitos político-partidários”, mas deixa um aviso: “A vitória foi nossa […] e isso exige da parte de quem não venceu o acatamento da decisão popular”. O novo presidente da Câmara Municipal de Aveiro não deixou de referir alguns “maus exemplos” da ação política que diz ter encontrado durante a campanha. Primeiro, apontou o dedo à falta de isenção das instituições e, depois, acusou “alguma comunicação social” de ter atitudes “facciosas e parciais”. Nas suas palavras, o “palco estava montado e as luzes da ribalta estavam ligadas, mas parece que não era para nós”. Feito o balanço da campanha, Luís Souto começou a falar com os olhos colocados no futuro. O objetivo, conforme indicado na campanha, é dar “continuidade” à dinâmica imprimida nos mandatos presididos por José Ribau Esteves. “Não viemos para reverter ou destruir o que foi feito. Queremos Aveiro com o pé no acelerador e não no travão”, rematou. Não obstante, o recém-empossado presidente não esqueceu que, durante a campanha, falou em “continuidade com inovação”. Por isso, garante que há “correções” a fazer e que deve haver uma aposta em “novas soluções que devem sempre ser suportadas no conhecimento científico e técnico”. Para a habitação, Luís Souto falou de uma “política integrada” com respostas de base pública, privada ou público-privada, aproveitando sempre a totalidade dos mecanismos implementados pelo governo. Da mesma forma, na saúde, o autarca defende uma visão “integrada” que não se cinja ao setor público, mas que abrace também o privado e o social, com especial atenção para a saúde mental. Entre as prioridades destacadas pelo novo presidente foi também destacado desenvolvimento sustentável, a avaliação da oferta de transportes públicos ou um “reformismo” que passa pela simplificação de processos da Câmara. Como principais passos a dar no futuro próximo, Luís Souto retomou a intenção de criar uma Agência Municipal do Investimento e Inovação, um Conselho Estratégico Municipal e, na área da cultura, um novo Centro de Arte Contemporânea e o Centro Interpretativo do Sal. Numa mensagem para o Governo, com quem diz que tem “muito para conversar”, Luís Souto alertou que vai estar “atento e insistente” para resolver questões como a do Hospital de Aveiro, do eixo Aveiro-Águeda, das portagens que ainda se mantêm e de “outras propostas que terá para o futuro de Aveiro”. Nesse sentido, o autarca não deixou de assinalar que a presença de um secretário de Estado na tomada de posse é “simbólica de uma amizade com Aveiro” e que significa que “podemos contar com ele”. Em tom de agradecimento, Luís Souto voltou-se para Ribau Esteves, presidente cessante, dizendo que espera “estar à altura” da herança deixada. No mesmo sentido, garantiu que vai continuar em comunicação com o ex-presidente que governou Aveiro ao longo de 12 anos e que esse diálogo é, em si mesmo, um “ativo” para o Município. A falar para a família, o primeiro a ser nomeado foi o irmão Alberto Souto, que foi o “principal adversário” na corrida à CMA como candidato pelo PS. Luís Souto diz que foi “duro” estar no lado oposto do irmão, mas ressalva que, com “a liberdade de pensamento e de opção política com que foram criados pelos pais, havia o risco de isto vir a acontecer”. Da mesma forma, deixou ainda uma palavra ao falecido irmão Paulo Henrique que, “quem sabe estaria a rir-se de tudo isto, mas certamente com uma pontinha de orgulho pelos irmãos”. Antes do final do discurso, o novo presidente agradeceu ainda à mulher, aos filhos e aos netos.
33 escolas do Município de Aveiro recebem Bandeira Verde
Com 33 escolas distinguidas, Aveiro destacou-se como “um dos Municípios mais ativos na promoção da sustentabilidade e na formação de cidadãos conscientes do ponto de vista ambiental”, segundo escreve a autarquia. Na nota de imprensa pode ainda ler-se que as distinções são “resultado de um trabalho e um empenho contínuo na implementação do Eco-Escolas”. Recorde-se que o programa Eco-Escolas, coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), é “uma iniciativa internacional destinada a todos os graus de ensino – do pré-escolar ao ensino superior – que procura encorajar ações e premiar o trabalho de qualidade desenvolvido pelas escolas na gestão ambiental e na sensibilização das suas comunidades”. Os estabelecimentos aveirenses distinguidos foram: Escola Básica de Barrocas, Escola Básica de Glória, Escola Básica de Santiago e Escola Básica João Afonso (Agrupamento de Escolas de Aveiro), Escola Básica de Eixo e Escola Básica de Azurva (Agrupamento de Escolas de Eixo), Escola Básica de Alumieira, Escola Básica de Esgueira, Escola Básica de Quinta do Simão e Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães (Agrupamento de Escolas de Esgueira), Escola Básica de Areais, Escola Básica de Presa, Escola Básica n.º 1 de São Bernardo, Escola Básica n.º 2 de São Bernardo, Escola Básica de Solposto e Escola Secundária José Estêvão (Agrupamento de Escola José Estêvão), Escola Básica de Aradas, Escola Básica de Leirinhas, Escola Básica de Quinta do Picado, Jardim de Infância de Quinta do Picado e Escola Secundária Dr. Mário Sacramento (Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento), Escola Básica de Póvoa do Paço, Escola Básica de Quintã do Loureiro, Escola Básica de Sarrazola, Escola Básica de Taboeira e Escola Básica Rio Novo do Príncipe (Agrupamento de Escolas de Rio Novo do Príncipe), Casa Vera Cruz, Centro de Infância Arte e Qualidade, Centro Infantil da Casa do Povo de Oliveirinha, Colégio D. José I, Escola Profissional de Aveiro e Florinhas do Vouga (Estabelecimentos de Educação e Ensino Privado e IPSS’S) e Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro (Ensino Superior).