RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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“Portugal não vai perder um euro” das verbas do PRR

O ministro da Economia e da Coesão Territorial garantiu hoje que o país vai utilizar a totalidade das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), reafirmando que a sua execução “está a horas” e assim vai continuar.

“Portugal não vai perder um euro” das verbas do PRR
Redação

Redação

24 set 2025, 12:35

“O país pode preocupar-se com muitas coisas, mas não precisa de se preocupar com o PRR. […] Portugal não vai perder um único euro das verbas que estão à nossa disposição”, assegurou Manuel Castro Almeida, que está a ser ouvido no parlamento, em audição regimental, poucos dias depois de ter estado na Comissão de Economia e Coesão Territorial para esclarecimentos sobre o PRR.

Na semana passada, o governante tinha já garantido que o PRR tem a sua execução sob controlo, com os prazos a ser cumpridos e, em alguns casos, até antecipados.

Manuel Castro Almeida explicou hoje que a revisão do PRR em curso não tem como objetivo eliminar metas, mas sim reduzir alguns marcos “que são desnecessários para o resultado final”, ou seja, “não se diminui a ambição, diminui-se a burocracia associada à comprovação de marcos”, apontou.

“Depois de apresentar a revisão do PRR, iremos apresentar o oitavo pedido de pagamento, ele próprio tem os seus marcos e metas definidos, e, neste caso aqui, nós vamos, com alta probabilidade, antecipar no oitavo pedido de pagamento uma dezena de marcos e metas que estavam previstos para o nono e o décimo pedido de pagamento”, adiantou o ministro.

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Vacinação contra gripe e covid-19 começa hoje com meta de vacinar quatro milhões até ao Natal
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Vacinação contra gripe e covid-19 começa hoje com meta de vacinar quatro milhões até ao Natal

Sob o lema “Vacine-se e proteja os momentos mais importantes", a campanha sazonal traz como novidade a vacinação gratuita contra a gripe para todas as crianças entre os seis e os 23 meses, e comparticipada para as que têm entre os dois e os cinco anos, disse à agência Lusa o subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos. “Este ano temos uma novidade que está também decorrente de, nos bebés e nas crianças até aos cinco anos, a gripe causar doença que muitas vezes acaba em internamentos, felizmente com a recuperação total”, salientou. André Peralta Santos lembrou que devem vacinar-se contra a gripe e a covid-19 os maiores de 60 anos, os doentes crónicos de todas as idades e os profissionais de saúde, recordando a importância da imunização contra estes vírus que “continuam a causar doença grave, especialmente nos mais idosos”. As pessoas entre os 60 e os 84 anos podem vacinar-se no centro de saúde ou nas farmácias. Tal como na campanha anterior, os maiores de 85 anos, que estão em maior risco de desenvolver gripe grave, terão acesso “a uma vacina com uma dose reforçada que confere uma proteção extra”. André Peralta Santos assegurou que há vacinas para todas as pessoas elegíveis para vacinação, salientando que o objetivo é vacinar cerca de 2,5 milhões contra a gripe e 1,5 milhão contra a Covid-19, antes do Natal. “Isto é importante e prende-se um pouco com o lema deste ano”, disse, explicando que o inverno tem “momentos muito importantes” de festividades e, por isso, a importância de as pessoas se vacinarem até, idealmente, 15 de dezembro, apesar de a campanha se prolongar durante o inverno. Sobre a hesitação vacinal, o subdiretor-geral da Saúde reforçou que as vacinas da gripe e da Covid-19 são “muito seguras” e representam o “meio mais simples e eficaz” de prevenir a doença grave causada por estes vírus. “Todos os anos sabemos que a gripe, especialmente nos meses de dezembro e janeiro, tem um pico, é muito frequente, E, portanto, nós queremos que os portugueses se vacinem para se protegerem contra a doença grave”, reforçou. Questionado sobre a atual circulação do vírus da covid-19, André Peralta Santos explicou que, apesar do aumento nos meses de verão, não causou constrangimentos aos serviços de saúde, como aconteceu nos primeiros anos da pandemia. “Continua a causar doença grave, felizmente muito menos do que aquela que já causou”. Daí, o objetivo de “vacinar o maior número de pessoas” para evitar formas graves da doença. Mas ressalvou: “o volume de doentes com Covid-19 não é algo que nos cause uma preocupação de poder gerar constrangimentos nas urgências ou nos internamentos dos hospitais”. A campanha de vacinação Sazonal outono-inverno 2025-2026 decorre entre 23 de setembro e 30 de abril de 2026 em unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde e farmácias comunitárias. Numa nota enviada à agência Lusa, a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Ema Paulino, avançou que a campanha decorrerá em 2.500 farmácias, dirigindo-se à população entre os 60 e os 84 anos. Ema Paulino alertou para o crescimento da hesitação vacinal e da desinformação, tanto a nível nacional como internacional, apelando à confiança na ciência. “A vacinação é um ato seguro, rápido e eficaz de proteção individual e coletiva”, vincou, apelando às pessoas elegíveis para que agendem já a sua marcação, preparando-se para “os meses de maior circulação de vírus".

Ministra da Cultura assegura execução de 100% do PRR no setor
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Ministra da Cultura assegura execução de 100% do PRR no setor

“Nós vamos executar a 100%, e é esse o compromisso que temos, o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] alocado à Cultura”, afirmou esta quinta-feira a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, à margem de uma visita às obras no Mosteiro dos Jerónimos e no Museu Nacional de Arqueologia, ambos em Lisboa, quando questionada pelos jornalistas sobre se ficará algo por executar do PRR na Cultura. De acordo com o relatório trimestral de monitorização do PRR mais recente, que data de março, na componente de Cultura 100% estão contratados, mas pagos estão pouco mais de um quarto (28%). Já segundo o relatório semanal mais recente, que data de quarta-feira, mantêm-se os 28% “pagos a beneficiários diretos e finais”, aos quais acrescem 19% “em transito em beneficiários intermédios”. A Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR agravou para “Crítico” a apreciação da componente da Cultura do plano, no relatório aprovado no final de maio deste ano, cujos dados analisados se reportam a março. Tendo em conta que “a quantidade de obras em gestão é muito elevada”, a comissão faz uma série de recomendações, entre as quais “a possibilidade de se utilizar o 2.º trimestre de 2026 para conclusão das obras, em virtude de este investimento estar incluído no 10.º pedido de pagamento, em virtude de muitas obras só agora se estarem a iniciar e outras só se iniciarão no 2.º semestre, todas com complexidade elevada”. Na quarta-feira, o ministro da Economia anunciou que o Governo está a preparar uma nova reprogramação do PRR e quer garantir que as verbas não executadas são direcionadas para um fundo de apoio à inovação empresarial e à competitividade. Questionada hoje sobre se a Cultura estará abrangida por essa reprogramação, a ministra da Cultura respondeu: “Temos cerca de 345 milhões de euros alocados à Cultura – na componente do Património Cultural cerca de 240 ME – e que está a correr bem”. "Temos feito alguns ajustamentos, neste caso a entidade pública responsável Património Cultural, IP tem feito um acompanhamento diário de cada um dos projetos”, disse. Margarida Balseiro Lopes disse também que o “objetivo e compromisso” do Governo é “executar tudo aquilo que está alocado para a intervenção no Património Cultural no que diz respeito ao PRR”. O PRR é um mecanismo de financiamento, de âmbito europeu, para ser aplicado em reformas estruturais em resposta à crise pandémica provocada pela covid-19. Na área da Cultura, designada medida C4 - Cultura, está alocado um total de 346 milhões de euros, incluindo financiamento de 102,39 milhões de euros na componente de redes culturais e transição digital, segundo o Ministério da Cultura. Entre as 85 intervenções previstas no PRR contam-se obras no Mosteiro dos Jerónimos, no Museu Nacional de Arqueologia, no Museu Nacional de Arte Antiga, nos teatros nacionais de São Carlos e D. Maria II, em Lisboa, no Convento de Cristo, em Tomar, e no Mosteiro da Batalha, o Castelo de Pinhel, o Mosteiro de Tibães e a Igreja da Senhora das Salvas, em Sines, no Mosteiro de Tibães, em Braga, e a construção do Arquivo Nacional do Som, em Mafra.

Sistema informático do SNS com falhas desde quarta-feira
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Sistema informático do SNS com falhas desde quarta-feira

Em declarações à Lusa, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, explicou que os problemas começaram ainda na tarde de quarta-feira, com o sistema a ficar muito lento. Durante a noite ficou inoperacional e “só agora começa a funcionar, mas aos soluços", disse a sindicalista pouco antes das 10:00. "Neste momento em muitas unidades ainda não é possível aceder à ficha do utente", disse, explicando que os problemas afetam tanto hospitais como centros de saúde. A FNAM disse aos médicos para apresentarem escusas de responsabilidade se necessário: "Nós não podemos ser responsabilizados pela inoperância de algo em que não temos responsabilidade", disse Joana Bordalo e Sá. Em resposta à Lusa, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) explicaram que os constrangimentos resultaram de uma atualização realizada pela NOS no software da Rede Informática da Saúde (RIS), que provocou instabilidades nos sistemas de informação, "afetando alguns sistemas de apoio dos cuidados de saúde, nomeadamente, na Prescrição Eletrónica Médica (PEM)". "As equipas técnicas dos SPMS estão, juntamente com o operador externo, a tentar resolver a situação, prevendo-se que os serviços retornem à normalidade ainda durante a manhã", disse. A FNAM considera tratar-se de um exemplo de "inoperância governativa" e da falta de investimento na modernização informática da Saúde, lembrando que "o sistema tem falhado diversas vezes". "Isto acaba por acontecer todos os dias, não acontece de uma forma tão generalizada, mas todos os dias os sistemas falham e, no fim, quem sai prejudicado são os doentes, com consultas atrasadas, às vezes até mesmo canceladas. É inaceitável", acrescentou.

Ministro da Educação prevê 90 novas residências no ensino superior até 2026
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Ministro da Educação prevê 90 novas residências no ensino superior até 2026

"Em 2026, vamos ter mais 11 mil camas em todo o país e 90 novas residências face a 2020 ou 2021. Será uma mudança muito significativa, não só em quantidade, mas também em qualidade, com infraestruturas mais modernas e adequadas às necessidades dos estudantes”, afirmou esta quarta-feira à Lusa o ministro da Educação, Ciência e Inovação, à margem da inauguração da nova residência de estudantes do ISLA Santarém.  O governante adiantou que no mês de setembro serão inauguradas "16 novas residências” e que estão em curso intervenções de reabilitação em 49, num total de 139 obras em execução. “São 139 residências com obras em curso. A maioria está a ser concluída com grande empenho das empresas e das entidades envolvidas, que reconhecem a importância destas soluções para os estudantes”, afirmou. O ministro alertou, no entanto, para os limites da capacidade de construção no atual contexto, defendendo que “não vale a pena fazer mais obras neste momento, porque as empresas não têm capacidade e isso só iria inflacionar os preços”. Nesse sentido, apelou às instituições para que “pensem para além do PRR” e preparem planos para o período pós-2026.

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Chega-Aveiro defende novas medidas de apoio aos bombeiros do Município
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Chega-Aveiro defende novas medidas de apoio aos bombeiros do Município

O regulamento proposto serve para “definir importantes e justos apoios” aos bombeiros e às suas famílias. De acordo com Diogo Soares Machado, o documento vai entrar em vigor no final do primeiro semestre de 2026, primeiro ano civil completo do próximo mandato, depois de passar pelo crivo da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal. Entre as propostas, Diogo Machado quer uma bonificação de 50% no IMI relativo a habitação própria e permanente no concelho de Aveiro, a isenção de taxas e licenças na construção de habitação própria e permanente no Município, o apoio de 500 euros para filhos ou enteados dos profissionais que se matriculem no Ensino Superior, um subsídio de assiduidade ao bombeiro em prontidão permanente, no valor mensal de 60 euros, e um subsídio à frequência de creche, no valor de 30 euros mensais. Na publicação, o cabeça-de-lista do Chega aponta também à necessidade de rever os protocolos com as duas corporações de bombeiros aveirenses: a AHBVA - BOMBEIROS VELHOS e a CSPGGF - BOMBEIROS NOVOS. Para a primeira corporação, o partido quer um aumento de 45% em relação a 2025 (mais 156 mil euros) e, para a segunda corporação, defende uma subida de 30% (mais 90 mil euros). Nas palavras do candidato, os protocolos dirão respeito a 2026 e “visam comparticipar nas despesas das nossas Corporações com o serviço de piquete 24 horas/Protecção Civil, Equipas de Reforço Operacional, EIP's, actividade de acordo com o índice populacional, apoio ao Voluntariado e investimento (aquisição de viaturas e/ou EPI's)”.

Caravana autárquica do Livre passa por Aveiro
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Caravana autárquica do Livre passa por Aveiro

A volta oficial de Rui Tavares arranca na próxima terça-feira, dia 30, no Algarve, nos concelhos de Lagos e Silves, vai terminar em Matosinhos e no Porto. Por seu lado, a jornada de Isabel Mendes Lopes termina em Sintra e Lisboa. No distrito de Aveiro, a caravana passa por dois concelhos em que o Livre se candidata sozinho: Aveiro e Santa Maria da Feira. No total, são doze os municípios pelos quais a campanha passa e em que o partido não concorre coligado: Lagos, Setúbal, Caldas da Rainha, Aveiro, Santa Maria da Feira, Faro, Amadora, Porto, Braga, Barcelos, Vila Franca de Xira e Matosinhos. Já em Silves, Seixal, Almada, Castelo Branco, Coimbra, Loures, Albufeira, Gaia, Figueira da Foz, Leiria, Oeiras, Lisboa e Sintra, outros concelhos pelos quais a campanha passa, o Livre candidata-se em conjunto com outros partidos. Recorde-se que, em Aveiro, a candidatura do Livre é encabeçada por Bruno Santos Fonseca. Atualmente, o partido não tem qualquer representação nos órgãos autárquicos do concelho.

BE-Aveiro assinala “imensos pontos de convergência” em reunião com a Ciclaveiro
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BE-Aveiro assinala “imensos pontos de convergência” em reunião com a Ciclaveiro

Na sequência da reunião em que, segundo o partido, foi possível falar de “urbanismo, mobilidade e do futuro da democracia em Aveiro”, João Moniz enaltece que “o conhecimento que a Ciclaveiro produz, os projetos que desenvolve e as propostas que apresenta são um bem público e devem ser ouvidos e levados a sério na definição das políticas locais”. O bloquista reafirmou alguns dos compromissos do partido no concelho de Aveiro, como a defesa de um “um novo conceito de planeamento urbano”: “Queremos inverter a lógica que tem organizado o espaço público para o benefício da especulação imobiliária e para o automóvel, e recolocar a comunidade no centro do planeamento”. Entre as propostas, João Moniz refere a criação de praças arborizadas em cada localidasde, a construção de novos parques verdes na cidade e nas freguesias e a valorização da malha urbana que “ligue a habitação, o comércio e os espaços de lazer”. O candidato aponta ainda um combate aos fenómenos de gentrificação e a “projetos que sacrificam jardins e espaço comunitário para estacionamento ou hotelaria”. No campo da mobilidade, João Moniz também falou da necessidade de “virar a página ao modelo assente no automóvel e construir uma rede pública de mobilidade intermodal, acessível e sustentável”. A ideia passa por reforçar o transporte coletivo e a sua remunicipalização, a criação de um passe municipal gratuito para estudantes, jovens e idosos – que, aponta, pode ser financiado pelas receitas de uma futura taxa turística – e a integração tarifária com toda a região. Outra proposta é a criação da “mais ambiciosa rede de ciclovias do país”. No decorrer do encontro, a Ciclaveiro falou também de alguns projetos que tem vindo a desenvolver, como o Pépedal, a Academia Mini-Rodas e o Kidical Mass, que vai ter a sua 8.ª edição a 5 de outubro.

Centro de Saúde da Gafanha da Nazaré vai funcionar em instalações provisórias
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Centro de Saúde da Gafanha da Nazaré vai funcionar em instalações provisórias

A solução, diz a CMI, vai acelerar o avanço da obra, o que vai ajudar a recuperar dos contratempos que resultam da deslocação de um cabo da E-Redes. Nesse sentido, fica garantido o cumprimento dos prazos previstos no âmbito do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A Câmara Municipal aprovou também na mesma sessão uma ligeira ampliação dos monoblocos já instalados na obra de requalificação e ampliação do Centro de Saúde de Ílhavo. A intervenção vai permitir que ambas as Unidades de Saúde possam funcionar nas instalações provisórias sem que sejam afetadas pelos constrangimentos que resultam do ruído das obras. No edifício atual, nesta fase, apenas vai continuar a funcionar o piso zero. Quando a intervenção dos pisos superiores terminar, os monoblocos passam a dar resposta aos serviços do piso zero.