Pedro Frazão (Chega) quer isenção de portagens em toda a A25 e expansão do Hospital em Aveiro
Pedro Frazão, vice-presidente da direção nacional do Chega, vai encabeçar as listas do partido pelo círculo de Aveiro nas eleições legislativas que decorrem em maio deste ano. Entre as prioridades do partido para o distrito estão a isenção das portagens em toda a A25, assim como a expansão do Hospital em Aveiro. A entrega da lista decorreu, esta manhã, 7 de abril, no Tribunal de Aveiro.
Isabel Cunha Marques
JornalistaEm declarações à Ria, à saída do Tribunal, Pedro Frazão assegurou que o sentimento é de um “enorme entusiasmo” e com “esperança muito grande na vitória”. “Aveiro revestiu-se nestas legislativas de uma enorme importância política, sendo que o cabeça de lista pela coligação é Luís Montenegro, o atual primeiro-ministro, e também pelo Partido Socialista, Pedro Nuno Santos. Portanto, para mim é um enorme desafio vir encabeçar a lista do Chega, que é o terceiro maior partido em Portugal, para irmos a eleições com o objetivo de ganhar”, exprimiu. [Aveiro]é um território onde o Chega está fortemente implantado, onde a estrutura distrital e as estruturas concelhias têm um dinamismo, uma eficácia e uma eficiência enormes, do melhor que temos no partido a nível nacional”, continuou.
Recorde-se que nas eleições legislativas de 2024 o partido conseguiu eleger três deputados alcançando 17,25% dos votos. Pedro Frazão garantiu à Ria que quer “superar bastante” os resultados do ano passado. “Quero levar comigo para Lisboa o maior número possível de deputados (…) para que possamos, de facto, revestir essa vitória, concretizando em mandatos na Assembleia da República”, afirmou.
Recorde-se que Pedro Frazão era o cabeça de lista de Santarém nas eleições legislativas de 2024, sendo atualmente vice-presidente da direção nacional do Chega. Questionado sobre o facto de disputar estas eleições com os líderes do PSD e do PS, o cabeça de lista por Aveiro garantiu que é uma das pessoas “mais reconhecidas” do partido e com “maior dinamismo”. “É para isso que eu aqui estou hoje, para ir ao combate político e sabe que para mim os desafios não me dão receio nem me dão medo. Para mim, os desafios dão-me imenso entusiasmo. Sempre foi assim durante toda a minha vida e assim continuará a ser, portanto os grandes desafios dão-nos grandes energias”, sublinhou.
No caso de Aveiro, Pedro Frazão garantiu ainda à Ria que a isenção de todas as portagens da A25, assim como a expansão do Hospital de Aveiro, serão duas das grandes prioridades que o partido levará ao Parlamento. “A abolição das portagens sempre foi uma bandeira do Chega, praticamente desde o início da sua fundação. Também a saúde tem sido uma causa que nós temos perseguido e que tem afligido muito os portugueses e por isso nós temos levado essa preocupação muito nos debates e na própria Comissão de Saúde, onde eu fui coordenador. Portanto para nós essas duas bandeiras são (…) importantíssimas”, apontou.
Também o “combate à corrupção” foi outra das metas apontadas. “A corrupção, tanto nas câmaras municipais como no governo central, é algo que nós temos de denunciar, combater e que temos de demonstrar ao país que apenas combatendo esse cancro que afunda o nosso país, é que podemos voltar a dar condições às pessoas”, atirou. “Existem estudos que dizem que mais de 18 mil milhões de euros são perdidos para a corrupção todos os anos e, portanto, esse dinheiro faz falta aos bolsos dos portugueses e faz falta ao Governo para investir exatamente aí, nas estradas, na abolição das portagens, na construção de mais hospitais e na construção de infraestruturas para que os portugueses possam ter uma boa vida”, completou o cabeça de lista por Aveiro.
Pedro Frazão disse ainda ter “confiança absoluta” na lista que o acompanha às eleições legislativas. “São deputados que têm demonstrado o seu trabalho, a sua competência e a sua vontade de contribuir para um país melhor”, destacou.
Conhece aqui a lista do Chega, pelo círculo de Aveiro, nas eleições legislativas de 2025:
1. Pedro Frazão
2. Maria José Aguiar
3. Armando Carlos Grave
4. Pedro Miguel Santos
5. Darlene Costa
6. Carlos Alberto Costa
7. Armando Pina
8. Solange Paciência
9. Ricardo Coutinho
10. Pedro Santos da Silva
11. Angelina Holovko
12. Gonçalo Soares
13. Aurélie Jesus
14. Rui Jorge Caetano
15. Ana Filipa Moreira
16. Sónia Maria Almeida
Suplentes:
1. António Vitorino Coelho
2. Maria José Monteiro
3. Sandra Maria Ramos
4. Jorge Manuel Bandeira
5. Sara Cristina Londreira
Recomendações
Região de Aveiro lidera 'ranking' de empresas 'gazela' no Centro do país
Segundo nota de imprensa da CCDRC, a Região de Aveiro “continua a afirmar-se como uma das sub-regiões mais dinâmicas da região Centro, tendo voltado a registar o maior volume de negócios e o maior valor de exportações das empresas 'gazela' na região”. De acordo com o apuramento efetuado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, as 31 empresas 'gazela' da Região de Aveiro empregavam 1.146 trabalhadores em 2023, “mais do que triplicando o número registado em 2020 (334 trabalhadores), refletindo o elevado potencial destas empresas para gerar novos de postos de trabalho”. “A Região de Aveiro mantém o maior volume de negócios das empresas 'gazela' entre todas as sub-regiões da região Centro, totalizando cerca de 218 milhões de euros em 2023, o que representa 31% do total da região”, refere a nota de imprensa. Os dados compulsados no texto revelam ainda que o volume de negócios dessas empresas “registou um crescimento muito expressivo entre 2020 e 2023, passando de 25 milhões para 218 milhões de euros, ou seja, um aumento de quase nove vezes”. Aveiro “mantém um desempenho de referência no panorama das empresas 'gazela' da região, confirmando a capacidade de inovação, dinamismo e resiliência do seu tecido empresarial e consolidando o seu papel como um dos principais motores de crescimento económico no Centro do país”, lê-se no texto. De 181 empresas reconhecidas com o atributo 'gazela', 31 estão localizadas em municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), tendo Aveiro uma dezena, Águeda sete, Ílhavo cinco, e Albergaria-a-Velha, Anadia e Ovar duas em cada Município. Completam a lista no território da CIRA Oliveira do Bairro, Sever do Vouga e Vagos com uma empresa 'gazela', em cada município.
Autárquicas: Marisa Macedo candidata independente à Câmara de Estarreja
“Serei candidata independente à Câmara Municipal de Estarreja porque localmente é necessária uma liderança atuante, que saiba perspetivar o desenvolvimento, defender o interesse dos estarrejenses e do Município”, afirma. Advogada de profissão, Marisa Macedo foi deputada à Assembleia da República pelo PS, partido a cuja comissão política concelhia presidiu e que optou por indicar Manuel Almeida como o seu candidato à Câmara. Marisa Macedo, que foi também vereadora pelo PS na oposição, propõe-se ser protagonista de “uma candidatura capaz de construir o futuro de Estarreja, que tem de ser muito mais do que apenas eventos festivos”. “O único interesse desta candidatura é o desenvolvimento de Estarreja, porque é imperioso não ficarmos para trás no que é essencial: a habitação, a saúde, a educação, a atração de investimento, o meio ambiente e a qualidade do espaço público”, defende. Marisa Macedo assegura que se trata de “uma candidatura independente de partidos e de quaisquer outros interesses”. “É uma candidatura aberta, plural, inteira, onde todos têm lugar e na qual todos se possam rever”, garante. Além de Marisa Macedo são já conhecidas as candidaturas à Câmara de Estarreja de Manuel Almeida (PS) e da atual vice-presidente Isabel Simões Pinto (PSD/CDS-PP). Nas eleições autárquicas de 2021, o PSD concorreu em coligação com o CDS-PP e obteve 52,31% dos votos e quatro mandatos, e o PS conquistou 33,45% dos eleitores e três mandatos, sendo o terceiro mais votado o PCP-PEV, com 05,46% dos votos, sem obter qualquer mandato no executivo municipal.
Autárquicas: Professor e ecologista Carlos Ramos é o candidato da CDU à Câmara de Ovar
Segundo a comissão coordenadora local da coligação entre o Partido Comunista Português (PCP) e o partido “Os Verdes”, o cabeça de lista tem 54 anos, nasceu e reside em Ovar, e é licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, sendo atualmente professor de cursos profissionais de Mecanotecnia no ensino público. Entre 2005 e 2007, Carlos Ramos foi ainda vice-presidente da Associação Amigos do Cáster, dedicada à defesa ambiental do território atravessado pelo rio que dá nome à instituição, após o que assumiu a sua presidência, no período de 2012 a 2020. “Mantém cargo de dirigente desta coletividade até ao presente”, acrescenta a CDU, que o aponta também como “militante e quadro do PCP, enquanto membro da concelhia de Ovar e da direção regional de Aveiro” do partido. Quanto aos seus objetivos para as eleições que se realizarão entre setembro e outubro, o cabeça de lista da CDU promete exigir para Ovar “mais e melhor saúde, transportes, ambiente e gestão da orla costeira”. “A CDU garantirá a valorização e transparência na gestão do perímetro florestal de Ovar, assim como melhores vias rodoviárias”, declarou. Adiantou também que a coligação “assegurará estudos de mobilidade que, posteriormente, permitirão promover e garantir a mobilidade suave e a circulação pedonal, um dos fatores de fomentação da saúde pública, proteção do meio ambiente e aumento de dinâmica no meio urbano e nas periferias do concelho de Ovar, assim como a promoção do comércio local”. Carlos Ramos quer ainda “uma estratégia de desenvolvimento integrada, assente no progresso da economia local, da área social, do ambiente, da cultura e da participação popular”, defendendo que “só assim será possível um concelho mais inclusivo, mais coeso na diversidade, mais justo, mais solidário, mais democrático e mais progressista”. Realçando que a sua candidatura, tal como a CDU, é também para “homens e mulheres sem filiação partidária” e “com seriedade”, o cabeça de lista argumenta que a “energia, trabalho e experiência de vida” desses eleitores contribuirá para fazer da coligação “uma força viva, que garante o progresso e o desenvolvimento do país, das suas comunidades e dos seus territórios”. “A CDU não se limita a responder às necessidades das populações; ela organiza e mobiliza os cidadãos na luta para concretizar as suas aspirações”, garante. Além de Carlos Ramos pela CDU, os outros candidatos já anunciados às autárquicas de 2025 em Ovar são o atual presidente da Câmara, Domingos Silva, pelo PSD, e Emanuel Oliveira, pelo PS.
“CleanUp Aveiro” mobiliza 54 voluntários e recolhe mais de uma tonelada de resíduos
A iniciativa resultou na recolha de “mais de uma tonelada de resíduos ao longo de cerca de 172 mil metros quadrados de areal, o equivalente a 24 campos de futebol”. Segundo uma nota de imprensa, a iniciativa tinha como objetivo “reduzir o impacto ambiental do lixo marinho e sensibilizar a comunidade para a importância da preservação das zonas costeiras”. A primeira ação teve lugar no sábado, 17 de maio, na Praia da Costinha, em parceria com a Bresimar Automação. A segunda ocorreu na manhã de terça-feira, 10 de junho, na Praia da Vagueira, com a colaboração da Bosch Termotecnologia. Em ambas as ocasiões, os participantes recolheram “resíduos como garrafas, sacos, beatas, redes de pesca, pneus e outros artigos poluentes, respeitando as zonas dunares e de nidificação”. Os “Guardiões da Natureza” dinamizaram ainda atividades de educação ambiental para crianças, abordando temas como a acidificação dos oceanos, os microplásticos e a sobrepesca. A Agora Aveiro recorda ainda que dados de 2023 do “Relatório do Estado do Ambiente” da Agência Portuguesa do Ambiente, indicam que “88% do lixo encontrado nas praias é composto por plástico”. “Estes números refletem não apenas um consumo excessivo e descarte inadequado, principalmente de plásticos de uso único, mas também a necessidade de reforçar os sistemas de gestão de resíduos e de promover uma cultura de responsabilidade ambiental”, afirma. O CleanUp Aveiro faz parte do projeto “Aveiro mais Verde” da Agora Aveiro. Conta com o Fórum Aveiro como "Main Partner" e com a Veolia Portugal, a JR Mudanças e a Rede Bitakí como “Silver Partners”. É feito em parceria com a Associação Portuguesa de Educação Ambiental, o Grupo 249 de Escoteiros de Aveiro, a Ciclaveiro, a Associação BioLiving, a Escola Profissional de Aveiro, a Escola José Estêvão e a Escola Homem Cristo. Tem ainda o apoio do Município de Aveiro, do Programa Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas e do IPDJ - Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P.
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Mais de 12 anos depois sem apoio financeiro, AAUAv volta a ser apoiada pela autarquia
O protocolo agora aprovado estabelece um apoio financeiro global no valor de “44.500 euros” para o ano de 2025, distribuído por diversas áreas de atuação da Associação Académica: política educativa, cultura, desporto e bem-estar e eventos académicos. No total, de acordo com uma nota enviada à Ria pela autarquia aveirense, estão incluídos “2.000 euros” para iniciativas de “política educativa”; “2.000 euros” para a área “cultural”; “6.000” euros para apoio ao Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro (GrETUA); “21.000 euros” para o desporto e bem-estar, dos quais “15.000 euros” destinados à “Taça UA e ao desporto adaptado” e “6.000 euros” para o “projeto NEXUS”, e ainda “5.000 euros” para a organização do “Festival Internacional de Tunas Universitárias de Aveiro (FITUA)”. Além do apoio financeiro direto, o acordo contempla também “a regularização do compromisso assumido pela CMA no âmbito da organização das Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU) de 2018, no valor de 12.500 euros”. Curiosamente, as Fases Finais dos CNU que decorreram em abril de 2024 não foram incluídas no documento. Foi ainda resolvida uma pendência financeira com origem em serviços prestados pela antiga AveiroExpo (hoje Parquexpo), através do reconhecimento mútuo de uma dívida no valor de “10.038,72 euros”, que será compensada no âmbito deste protocolo, “assegurando a liquidação integral entre as partes”. Questionado pela Ria, à margem da reunião camarária, José Ribau Esteves, presidente da CMA, explicou que esta formalização - que ficará concluída até “julho” - surge após mais de uma década de cooperação informal. “A Câmara Municipal sempre cooperou, nestes meus 12 anos, com a Associação Académica - em logística, apoio direto, mas por evento. (…) Essa relação de cooperação sempre existiu e entendemos que não era preciso formalizar o protocolo”, justificou, realçando que antes do seu mandato “a tipologia de relação era igual”. “Não descobri, mas também não fiz nenhuma investigação profunda, que no passado tivesse havido um protocolo desta natureza a enquadrar todos os apoios”, continuou. A decisão de avançar com o protocolo foi possível graças à retoma do diálogo institucional com a atual liderança da AAUAv. “O que aconteceu nos últimos dois mandatos com o presidente anterior, o antecessor da Joana Regadas, é que houve problemas de relação institucional. Mesmo com esses problemas, houve alguns apoios pontuais, nomeadamente em sede de logística. (…) Com a presidente Joana Regadas desde que ela chegou interagimos, sentámo-nos à mesa, discutimos, reunimos, mandaram-nos as suas propostas, discutimos e fechamos o acordo”, sintetizou. “Fechámos agora algo que nós já entendíamos há três ou quatro anos, que era útil termos este instrumento”, continuou. Também em entrevista à Ria, Joana Regadas, presidente da AAUAv, reforçou que o protocolo “reflete a cooperação institucional que queremos construir”, sublinhando a “boa vontade” existente “desde o início” entre a Câmara e a Associação. Para Joana Regadas, o acordo valoriza o projeto da AAUAv, reconhecendo o seu impacto “crescente” na cidade. A proposta foi aprovada, esta terça-feira, por unanimidade, no período da ordem do dia da reunião camarária. O vereador Rui Carneiro assinalou a ocasião com “três notas positivas”, destacando que o protocolo representa o “reatar de uma boa relação entre a AAUAv e a Câmara de Aveiro”. Sobre a liquidação das contas, afirmou tratar-se do “fechar de um ciclo” e apoiou os vários setores contemplados no acordo.
Região de Aveiro lidera 'ranking' de empresas 'gazela' no Centro do país
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Portugal está entre os piores da Europa na redução das mortes nas estradas
O relatório anual do Índice de Performance de Segurança Rodoviária (PIN) do ETSC, hoje divulgado, indica que Portugal registou uma redução de 0,6% no número de mortos na estrada entre 2014 e 2024, passando de 638 para 634 mortes. Ao longo da última década, o número de mortes nas estradas portuguesas praticamente estagnou, contrastando com os progressos registados pela maioria dos Estados-membros da União Europeia, precisa o documento. Este desempenho coloca Portugal numa posição preocupante quando comparada com a média europeia, que conseguiu uma diminuição de 17,2% no mesmo período. O ETSC é uma organização independente e sem fins lucrativos dedicada à redução do número de mortes e ferimentos nos transportes na Europa, da qual faz parte a Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP). O organismo, que ressalva que os dados referentes a Portugal são provisórios, indica que no ano passado morreram nas estradas portuguesas 634 pessoas, uma ligeira descida face às 642 vítimas de 2023, representando uma redução de apenas 1,2%. “Estes valores ficam muito aquém da redução anual de 6,1% necessária para atingir a meta europeia de diminuir as mortes rodoviárias em 50% até 2030”, indica o índice. A taxa de mortalidade rodoviária portuguesa situa-se nos 60 óbitos por milhão de habitantes, superior à média da União Europeia, que se fixa nos 45 mortos por milhão de habitantes. De acordo com o relatório, esta diferença sublinha o fosso existente entre Portugal e os países com melhor desempenho em segurança rodoviária, como a Noruega (16 mortes por milhão) e a Suécia (20 por milhão). O ETSC refere que no ano passado se registaram 20.017 mortes nas estradas da UE, uma diminuição coletiva de 2% em relação a 2023, “ficando muito aquém da redução anual de 6,1% necessária para alcançar a meta da UE de uma redução de 50 % até 2030”. “Apenas a Lituânia reduziu para metade o número de mortes nas estradas na última década. Dezasseis outros países obtiveram reduções acima da média da UE de 17%, incluindo a Bélgica e a Noruega. No entanto, sete países experimentaram aumentos, como Israel e Holanda”, enquanto Portugal praticamente estagnou, indica o mesmo documento, divulgado pela Prevenção Rodoviária Portuguesa. Além da estagnação no número de mortes, o índice mostra que Portugal enfrenta “um agravamento preocupante no que respeita aos feridos graves”, que aumentam 24,4% entre 2014 e 2024, uma tendência que contraria “os esforços europeus de redução da sinistralidade”. O PIN do Conselho Europeu de Segurança nos Transportes indica ainda que este indicador revela que, mesmo quando os acidentes não resultam em morte, a gravidade das lesões tem vindo a intensificar-se. Face a estes resultados, a PRP alerta, em comunicado, para a necessidade de Portugal reforçar o investimento em segurança rodoviária e acelerar a implementação de medidas preventivas, frisando que “a estagnação dos últimos dez anos não pode continuar se o país pretende alinhar-se com os padrões europeus e cumprir os compromissos assumidos no âmbito das políticas comunitárias de transportes”. “O relatório PIN 2025 serve como um alerta inequívoco: sem uma mudança de paradigma na abordagem à segurança rodoviária, Portugal corre o risco de ficar progressivamente mais distante dos seus parceiros europeus na proteção dos cidadãos nas estradas”, refere a vice-presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, citada no comunicado. A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) entregou em 2023 ao Governo socialista a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária - Visão Zero 2030, que tem como meta a redução em 50% do número de mortos e feridos graves na estrada até 2030, documento que transitou para o anterior executivo da AD, mas até hoje não foi aprovado.
Autárquicas: Marisa Macedo candidata independente à Câmara de Estarreja
“Serei candidata independente à Câmara Municipal de Estarreja porque localmente é necessária uma liderança atuante, que saiba perspetivar o desenvolvimento, defender o interesse dos estarrejenses e do Município”, afirma. Advogada de profissão, Marisa Macedo foi deputada à Assembleia da República pelo PS, partido a cuja comissão política concelhia presidiu e que optou por indicar Manuel Almeida como o seu candidato à Câmara. Marisa Macedo, que foi também vereadora pelo PS na oposição, propõe-se ser protagonista de “uma candidatura capaz de construir o futuro de Estarreja, que tem de ser muito mais do que apenas eventos festivos”. “O único interesse desta candidatura é o desenvolvimento de Estarreja, porque é imperioso não ficarmos para trás no que é essencial: a habitação, a saúde, a educação, a atração de investimento, o meio ambiente e a qualidade do espaço público”, defende. Marisa Macedo assegura que se trata de “uma candidatura independente de partidos e de quaisquer outros interesses”. “É uma candidatura aberta, plural, inteira, onde todos têm lugar e na qual todos se possam rever”, garante. Além de Marisa Macedo são já conhecidas as candidaturas à Câmara de Estarreja de Manuel Almeida (PS) e da atual vice-presidente Isabel Simões Pinto (PSD/CDS-PP). Nas eleições autárquicas de 2021, o PSD concorreu em coligação com o CDS-PP e obteve 52,31% dos votos e quatro mandatos, e o PS conquistou 33,45% dos eleitores e três mandatos, sendo o terceiro mais votado o PCP-PEV, com 05,46% dos votos, sem obter qualquer mandato no executivo municipal.