Ciclaveiro sugere uso da bicicleta e dos autocarros com fecho do estacionamento do autocarro bar
Na sequência do email enviado pelos Serviços de Comunicação, Imagem e Relações Públicas (SCIRP) da Universidade de Aveiro (UA) à comunidade académica, no dia 10 de janeiro, a informar do encerramento do estacionamento localizado junto ao edifício da antiga Reitoria e que serve o Hospital Infante D. Pedro [vulgarmente conhecido como "estacionamento do autocarro bar"], a Ciclaveiro reuniu um conjunto de outras sugestões de forma a relembrar aos aveirenses outras alternativas mais saudáveis e amigas do ambiente.
Redação
Desde o dia 13 de janeiro que o estacionamento do autocarro bar está encerrado ao público para dar lugar à construção da nova residência privada para estudantes. De forma a aliviar a “pressão acrescida” da circulação automóvel no campus, face ao encerramento do estacionamento do autocarro bar, os SCIRP informaram a comunidade académica, por email, que desde o dia 13 de janeiro “todos os parques de estacionamento do Campus de Santiago (Parques 1 a 14) estão em pleno funcionamento, com as respetivas cancelas operacionais”. Para os que não possuem estacionamento atribuído, os SCIRP relembraram ainda a “utilização do parque da Agra do Crasto, junto à Escola Superior de Saúde e à Casa do Estudante como uma alternativa viável e conveniente”.
Neste seguimento, a Ciclaveiro [associação aveirense que tem como objetivo promover a utilização da bicicleta como meio de deslocação] remeteu, na passada quinta-feira, 23 de janeiro, uma nota de imprensa aos órgãos de comunicação a informar que enviou para os SCIRP e para a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) um conjunto de outras sugestões para fazer face aos constrangimentos com o encerramento do estacionamento. “É um conjunto de constrangimentos porque as pessoas não têm ou não procuram outras alternativas. Na verdade, nós temos uma cidade organizada em função do carro e quando falha um estacionamento desta dimensão é óbvio que é o caos o que não tinha de ser. Se as pessoas se distribuíssem pelos vários modos de mobilidade e de deslocação, provavelmente, não havia este caos montado. O problema é que as pessoas todas estão dependentes do carro e não procuram outra alternativa e nós quisemos mostrar que há outras alternativas”, justificou à Ria Maria Miguel Galhardo, presidente da Ciclaveiro.
Entre essas alternativas ao carro estão os transportes públicos disponíveis na zona do campus da UA “algo excecional”, segundo a Ciclaveiro, no Município. “Particularmente, o operador municipal AveiroBus tem diversas linhas (1, 2, 3, 4, 5, 6, 11, Centro-Verde e Centro-Azul) com paragens no Hospital, Conservatório, Avenida da Universidade e no Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCA). Ademais, o operador intermunicipal Busway opera também várias linhas nessas mesmas paragens”, afirmou.
Ainda na nota de imprensa, a associação relembrou que o Município tem “condições particularmente favoráveis” para a adoção da mobilidade ativa, nomeadamente, em bicicleta. “O campus da Universidade [não é] uma exceção a estas condições. Não é de somenos referir a utilização da Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro (BUGA), que tem uma doca dentro do campus, e das bicicletas do projeto UAUBike da própria universidade e que poderiam ser mais ativamente promovidas e dinamizadas”, considerou.
A Ciclaveiro recordou ainda a “gratuitidade dos passes sub-23 para estudantes do ensino superior até aos 23 anos e os preços reduzidos dos passes gerais atualmente apenas 15 euros de passe mensal AveiroBus”. “(…) Se temos outros modos de deslocação disponíveis porque não usá-los? É isso que nós queremos apelar e queríamos que a UA e a AAUAv se juntassem a este apelo. Acho que era bom para todos até porque o próprio campus não fica tão sobrecarregado de carros”, realçou Maria Miguel Galhardo.
Ciclaveiro alerta para os modos ativos de mobilidade em duas obras municipais
Num outro email enviado à Câmara Municipal de Aveiro, a Ciclaveiro expôs também algumas preocupações relativas à fase de conclusão de duas obras municipais e as condições para os modos ativos de mobilidade nas suas imediações. Uma dessas obras é referente à requalificação do adro da Sé de Aveiro em que, segundo a Ciclaveiro, a empreitada apagou, “das vias adjacentes, a faixa para bicicletas, que anteriormente se estendia desde o início da Avenida dos Congressos da Oposição Democrática (junto da rotunda situada em frente ao Pingo Doce) até ao entroncamento semaforizado junto ao Parque Infante D. Pedro”.
“Precisamente no local onde a referida faixa para bicicletas poderia ter sido ligada com a ciclovia segregada que foi implementada na recém-requalificada Avenida 25 de Abril, muito estranhamos a decisão de não repor a faixa destinada à utilização da bicicleta e reforçada a sua sinalização vertical, situação já anteriormente sinalizada pela Ciclaveiro em comunicação datada de março de 2024”, lê-se na nota. “Além disso, esta faixa para bicicletas é utilizada todas as semanas por crianças que se deslocam em bicicleta para a escola, no âmbito do programa de mobilidade escolar ativa que a Ciclaveiro está a promover nas quatro escolas de ensino pré-escolar e 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Aveiro (PéPedal)”, continua.
Face aos trabalhos da obra do Centro Escolar das Barrocas, a Ciclaveiro apelou ainda ao Município para que “tome esta oportunidade para também dignificar e requalificar a frente escolar particularmente, tomando medidas dissuasoras da circulação, paragem e estacionamento automóvel em frente ao portão de entrada da escola, induzindo as famílias a caminhar com as crianças até à entrada da escola, conseguindo-se o descongestionamento da frente escolar, tornando-a mais segura para as crianças e, simultaneamente, promovendo a sua autonomia, saúde e bem-estar”.
Recomendações
AAUAv acredita que menos pessoas procuram o ensino superior devido ao aumento dos custos associados
A estudante considera que o aumento generalizado dos valores associados à permanência no ensino superior é o principal fator que justifica o decréscimo no número de inscrições. De acordo com Joana Regadas, o facto de os estudantes saberem “a priori” que nem todos vão ter acesso a bolsas de ação social acaba por demover muitas famílias, que sabem não ter capacidade financeira para comportar os custos da vida académica. Recorde-se que, conforme noticiado pela Ria, não havia tão poucos inscritos na primeira fase do concurso nacional de acesso desde 2018. A descida do número de inscritos não é surpresa para a presidente, que nota que o número de inscritos já tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos. Apesar dos esforços dos estudantes para trazer a problemática “para a praça pública”, Joana Regadas afirma que o trabalho feito “não tem sido suficiente”. Para além do aumento das rendas e da insuficiência na atribuição de bolsas, a representante da AAUAv acrescenta ainda que alguma desinformação na transição para o novo processo de candidaturas pode ajudar a justificar a quebra.
UA abre inscrições para Cursos Livres de Línguas
De acordo com uma nota enviada pela Universidade de Aveiro à redação da Ria, os cursos, promovidos pelo Departamento de Línguas e Culturas (DLC) e do Centro de Aprendizagem ao Longo da Vida (continUA), têm como público-alvo todos aqueles que gostem de aprender ou aperfeiçoar outras línguas. Os cursos disponíveis são de alemão, francês, espanhol, japonês, inglês, língua gestual portuguesa e português língua estrangeira. As candidaturas, que podem ser feitas na plataforma PACO Candidaturas, têm uma taxa de 5 euros. O custo de cada um dos cursos está disponível no site da Universidade de Aveiro. As matrículas acontecem entre 19 e 22 de setembro e as aulas acontecem durante todo o semestre, entre 6 de outubro e 16 de janeiro.
Futebol feminino da UA alcança 5º lugar do Campeonato Europeu Universitário
De acordo com as declarações do treinador Daniel Vilarinho à Universidade de Aveiro, a classificação ainda fica aquém das expectativas. O técnico afirma que as estudantes foram “muito superiores" e que podiam ter alcançado o primeiro lugar. Rita Costa, capitã de equipa, enaltece que as aveirenses “lutaram até ao final” e faz um balanço muito positivo da competição. Para além do 5º posto na tabela classificativa, a equipa da Universidade de Aveiro venceu o Prémio Fairplay. As atletas portuguesas, que chegaram a Camerino como campeãs nacionais de futebol feminino universitário, viram apenas um cartão amarelo ao longo de toda a competição. A competição foi vencida pela Universidade de Wurzburg que, na final, bateu a Universidade de Frankfurt por 3-1. *Notícia alterada às 23h30. Onde se lia que "o técnico afirma que as estudantes [...] mereciam ter alcançado o primeiro lugar", a palavra "mereciam" foi substituída por "podiam". Foi também retirada a frase "A distinção [Prémio Fairplay] é dada à equipa que tiver visto menos cartões durante as partidas", uma vez que há mais critérios para a atribuição do prémio.
Universidade de Aveiro encerra serviços durante o mês de agosto
Durante todo o mês vão estar encerradas as bibliotecas Domingos Cravo (biblioteca do Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro), a biblioteca da Escola Superior Aveiro Norte e a biblioteca da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda. A Biblioteca Central vai estar fechada até 17 de agosto e, entre o dia 18 e o fim do mês, começa a funcionar apenas em horário reduzido, entre as 9h00 e as 20h00. A biblioteca Domingos Cravo volta a abrir no dia 1 de setembro, mas, até dia 12, funciona apenas até às 18h00. Dia 15, todas as bibliotecas das Escolas retomam a sua atividade normal, entre as 9h30 e as 20h00. As unidades de alimentação e cafetaria dos Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro continuaram abertas durante todo o mês. Fechados vão estar o espaço TrêsDê, o Restaurante Vegetariano, o Bar Preto, o Restaurante Universitário e as cantinas e bares das Escolas (a exceção é o bar da Escola Superior Aveiro Norte, que volta a abrir a 21 de agosto). Enquanto a Cantina de Santiago está encerrada até 14 de setembro, a Cantina do Crasto só fecha a 14 de agosto e reabre a 1 de setembro. A livraria, a papelaria e o posto de Correio Universitário estão fechados de 4 a 1 de setembro. Os Serviços no Atendimento (AtUA) mantêm-se abertos durante agosto inteiro, embora em horário reduzido, e o helpdesk dos Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (STIC) só encerra entre 4 e 14 de agosto.
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Cláudia Cruz Santos deverá ser a cabeça de lista do PS à Assembleia Municipal
Natural de Aveiro e nascida em 1971, Cláudia Cruz Santos tem um currículo dedicado à área jurídica e mais recentemente à política. Entre 2019 e 2025 foi deputada à Assembleia da República, eleita pelo Partido Socialista no círculo de Aveiro, destacando-se como coordenadora dos deputados do PS na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. Doutorada em Ciências Jurídico-Criminais pela Faculdade de Direito de Coimbra, é agora professora associada desta universidade. Para além de um percurso dedicado à área da justiça, Cláudia Cruz Santo foi a primeira mulher a presidir um órgão disciplinar das competições profissionais de futebol em Portugal - o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Entre 2000 e 2002 desempenhou funções como assessora do ministro da Justiça. No âmbito das celebrações dos 150 anos da Abolição da Pena de Morte em Portugal, integrou a Comissão Executiva das comemorações na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) em 2017. Para além disso, foi perita do GRECO (Grupo de Estados Contra a Corrupção) do Conselho da Europa entre 2007 e 2012. A Ria também sabe que deverão ser apresentados vários candidatos com ligações à Universidade de Aveiro, falando-se ao longo dos últimos dias de nomes como Marta Ferreira Dias, professora associada no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT-UA) e investigadora na Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas (GOVCOOP), bem como de João Ribeiro, diretor delegado dos Serviços de Ação Social - este último para integrar a lista à Assembleia Municipal.
João Moniz garante que BE “vai estar na luta” contra a demolição da antiga sede da CERCIAV
Depois da providência cautelar interposta por Alberto Souto, candidato socialista à Câmara Municipal de Aveiro, que suspendeu a demolição do edifício que servia de sede para a Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Aveiro (CERCIAV), foi a vez de João Moniz defender a preservação do imóvel. Lembre-se que, em resposta a Alberto Souto, Luís Souto, candidato à autarquia pela coligação “Aliança Mais Aveiro”, defendeu que o edifício “não reúne condições para ser reabilitado”. No entender do cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda, a Câmara Municipal “deve fazer o máximo de esforço” para impedir a demolição. Embora considere que a autarquia “deve ir mais longe” ao requalificar e dar uso quotidiano ao edificado, João Moniz sublinha que neste momento o mais importante é preservar o património. O candidato assume que “o BE vai estar nessa luta”.
AAUAv acredita que menos pessoas procuram o ensino superior devido ao aumento dos custos associados
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Luís Souto assinala “compromisso claro” do governo com a Linha do Vouga
No breve texto escrito pelo candidato da “Aliança” fica a garantia de que, caso ganhe as eleições, a Câmara Municipal de Aveiro vai trabalhar ao lado do governo, da Infraestruturas de Portugal, das entidades regionais e dos municípios vizinhos. Luís Souto Miranda garante, “a título de exemplo”, que tanto os horários como os apeadeiros que atravessam o município devem passar a “refletir as novas realidades demográficas e corresponder às necessidades da população”. Na publicação de Miguel Pinto Luz pode ler-se que a reabilitação da via está integrada numa renovação que se vai estender aos 96 quilómetros da linha. De acordo com o ministro, o investimento total chega aos 6,2 milhões de euros e contempla também a automatização de cerca de 70 passagens de nível, a estabilização de taludes e a melhoria dos sistemas de drenagem, assim como a instalação de vedações de proteção e a beneficiação e relocalização de alguns apeadeiros. Miguel Pinto Luz explica que a reabilitação entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga consistiu na substituição integral de carril, travessas e fixações, a balastragem da via e ataque mecânico pesado. Para 2026 está prevista uma intervenção complementar para repor o cruzamento de comboios nas estações de Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha.