Dia Nacional do Estudante: Baixa participação estudantil une passado e presente da AAUAv
47 anos separam a atual presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) do primeiro presidente da Associação de Estudantes da Universidade de Aveiro (AEUA). As nomenclaturas são diferentes, mas as listas e as problemáticas mantêm-se semelhantes. No Dia Nacional do Estudante, a Ria foi falar com Joana Regadas e José Cruz para resgatar a história do Movimento Associativo na Universidade de Aveiro (UA).
Ana Patrícia Novo
JornalistaCorriam os anos 60 quando as crises académicas em Portugal atingiam o seu pico. Em 1962, o Estado Novo proibiu os universitários de comemorarem o Dia Nacional do Estudante. Sete anos depois os estudantes voltaram a manifestar-se por não lhes ser permitido o uso da palavra durante a inauguração de um novo edifício na sua Faculdade, em Coimbra.
Na Universidade de Aveiro (UA) a criação do movimento associativo deu-se quase dez anos depois da primeira crise académica. Corria o ano de 1977/78 quando um grupo de estudantes decidiu que era tempo da UA defender os seus interesses.
A Ria esteve à conversa com José Cruz, primeiro presidente da AEUA, hoje AAUAv. “Por um movimento associativo forte e participante” era a sigla da Lista A, a primeira a vencer as eleições para representantes dos estudantes.
Com a pretensão de “organizar a vida associativa na escola”, a lista propunha no seu manifesto eleitoral, a que a Ria teve acesso, lutar “por um movimento associativo forte e participante”, “pela democracia na Universidade de Aveiro”, “por um desporto digno”, “por uma discussão e resolução dos problemas que nos afetam [estudantes]” e “por um movimento cultural”. Assume, desde o início, não ter pretensão de “dirigir a luta política” por entenderem que tal cabia “às organizações partidárias assumir”.
O grupo nasce da reunião de todos os representantes de cursos, eleitos, na altura, pelos estudantes que frequentavam os mesmos. De Comissão de Curso passaram a Comissão de Estudantes, convocaram uma reunião aberta para formar uma lista para as eleições e assim nasceu o movimento. O raciocínio, explica José Cruz, era simples: “vamos fazer uma convocatória e ver quem é que quer ir: e depois discutimos ideias – o engraçado é isto: (…) primeiro juntar as pessoas e depois vamos definir e vamos candidatar-nos”, nota José.
“Fizemos uma folhinha A4 que se dobrava em três (…) e pusemos só aqui os princípios síntese do programa”, reitera José Cruz. Guarda, ainda hoje, todos os documentos – incluindo as primeiras versões dos estatutos da Associação. “Quem nos ajudou foi um notário”, lembra.
Defendiam de forma “intransigente” os estatutos; o “direito de participação em todas as decisões que afetem diretamente a população estudantil da UA”; a criação de atividades “que reflitam as múltiplas necessidades dos estudantes nos campos cultural, desportivo e recreativo” e a “participação ativa na reconstrução de uma União Nacional dos Estudantes Portugueses (UNEP) livre e democrática, que ponha acima dos interesses políticos e partidários, a efetiva defesa dos interesses dos estudantes”, lê-se no desdobrável.
José recorda várias das peripécias vividas na altura, desde as reuniões com o Ministério da Educação para a atribuição de verbas, às reuniões com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, à altura José Girão Pereira, para negociar a cedência de um espaço para o desenvolvimento das atividades da associação. Lembra, ainda, as negociações com os Serviços de Ação Social e com a Reitoria na luta por preços mais acessíveis para o pequeno-almoço, lanche e para o café depois do almoço. “O estudante podia ir tomar o pequeno-almoço e comia uma sande, um galão e café, tudo incluído e pagava menos 30% ou 40% do que se fosse tomar aquilo individualmente”, relembra. “Nós conseguimos isso”, sublinha. Conseguiram também baixar um escudo ao preço do café. “Contra a vontade dele [do reitor], o café ficou mais barato e também ele o começou a beber a esse preço”, partilha entre risos.
José Cruz frequentou apenas durante um ano o curso de Engenharia, Cerâmica e Vidro na UA. Não era o curso que queria e, no ano seguinte, rumou a Coimbra onde continuou ligado ao movimento associativo. De Aveiro, recorda com alguma tristeza a falta de participação dos estudantes no movimento associativo.
Faz questão de sublinhar o legado de transparência que quis deixar. Com a sua equipa deixou o primeiro relatório de contas e atividades da Associação e na nota final lê que sobre as atividades desenvolvidas, a direção não tinha nada a acrescentar, considerando que o restante do documento era suficiente. “Para bom entendedor, meia palavra basta”, enuncia.
Cita o sentimento da direção à época. “Não podemos, no entanto, deixar de expressar a nossa indignação no que diz respeito à participação dos estudantes desta Universidade nas atividades criadas pela Associação, assim como o apoio dado à mesma”. “Em outubro foi aberto o concurso, durante aproximadamente um mês, para a apresentação de emblemas entre os quais seria escolhido o representativo da Associação. É de notar a falta de interesse manifestada, ao ponto de ter sido apresentado apenas um emblema”, exemplifica José Cruz.
Em retrospetiva, a conclusão a que o primeiro presidente da AEUA chega é que esta desconexão advinha do ambiente político, social e económico que se vivia no país. “Na altura vivíamos uma época de crise, após o 25 de Abril foi um período difícil (…) o que as pessoas se preocupavam era em acabar os cursos, tirarem notas para passarem para irem para a vida prática”, nota.
Aos estudantes de hoje salienta a “importância que cada estudante tem na vida académica e na vida associativa”. “Ambas se complementam, pelo que a participação do estudante é imprescindível”, frisa José Cruz. À atual direção, José aponta “para que lutem pelas suas próprias ideias e objetivos e ouçam os estudantes, para que momento a momento haja uma Associação independente que defenda e pugne pelos interesses da comunidade estudantil”.
Joana Regadas: “Quanto maior proximidade temos com os estudantes, melhor conseguimos fazer o nosso trabalho”
47 anos depois, a AAUAv continua a trabalhar. O mandato de 2025 volta a ser assumido, curiosamente, pela Lista A – agora com o lema “Unidos pela Voz, movidos pelo agora”. Com Joana Regadas como presidente da direção da AAUAv, a lista defende três grandes objetivos: “inclusão, inovação e bem-estar”. Os problemas enfrentados atualmente continuam a ser do interesse de todos os estudantes, mas a baixa participação, identificada por José Cruz, mantém-se.
Exemplo disso é a alta taxa de abstenção nas eleições para os órgãos sociais da AAUAv. Este ano, fixou-se nos 83%, algo que Joana Regadas já tinha identificado como mudança prioritária.
A líder estudantil em Aveiro revela mesmo que “a maior dificuldade” da AAUAv é “criar proximidade e desmistificar que a Associação não é um bicho de sete cabeças”. Acredita mesmo que “é algo que tem de estar próximo e que deve estar próximo”.
“Venham ter connosco, façam questões, (…) nós estamos aqui para isso, é esse o nosso trabalho: nós predispusemo-nos a fazer isso”, apela a presidente da direção da AAUAv. “Quanto maior proximidade temos com os estudantes, melhor conseguimos fazer o nosso trabalho porque senão estamos a trabalhar num seio de problemas identificados pela própria direção, que são 29, ou pela direção mais os núcleos, que são 500 pessoas. Não representa um décimo daquilo que é a estrutura de estudantes da Universidade de Aveiro: É uma realidade muito reduzida”, repara Joana.
A presidente acredita, contudo, que o problema “é uma realidade a nível do panorama nacional” e que “há uma mudança cultural que tem de ser feita”. Destaca que um dos seus principais focos tem sido precisamente contrariar esta realidade promovendo iniciativas que tentam “criar dinâmicas que nos obriguem a ir ao encontro dos estudantes e que os mesmos também se sintam confortáveis a vir ao nosso encontro”.
Ao afastamento dos estudantes, Joana acrescenta uma outra série de temáticas pelas quais a Associação – e, de forma geral, todo o movimento estudantil- se debate. Um dos problemas identificados inclusivamente moveu os estudantes durante a tarde desta segunda-feira, dia 24, a Lisboa. É um tema que não é novo - o descongelamento do valor das propinas – e que voltou a fazer parte do discurso de Fernando Alexandre, ministro da Educação, no início deste ano. A verificar-se, nota Joana, o acesso ao ensino superior iria agravar “ainda mais” a “desigualdade que existe”.
A presidente da AAUAv sublinha, ainda assim, que “o maior entrave para o acesso ao Ensino Superior” neste momento é mesmo “o alojamento”. “Temos estudantes que vivem numa sala partilhada; que não têm uma cozinha e que vivem e partilham uma casa de banho com sete pessoas. Isto é uma realidade. Estamos a falar de pessoas que não têm outras condições financeiras para terem melhores condições de habitação. Tudo isto tem impacto no desempenho do estudante”, refere Joana Regadas.
A presidente aponta, ainda, que a permanência dos estudantes no Ensino Superior tem vindo a diminuir. “Temos muitos estudantes que abandonam logo após o primeiro ano de ingresso”, atenta. “O papel da Associação Académica é alertar para isto, sensibilizar muito, seja o Serviço de Ação Social, seja o município, seja a Reitoria, seja a nível nacional, sensibilizar e mostrar que a realidade não é favorável”, reflete.
À Ria garante estar empenhada em trabalhar num estudo de acompanhamento alargado aos estudantes alojados fora das residências universitárias. “A realidade é que a maior parte dos estudantes não arranja cama dentro do Serviço de Ação Social, acaba por arranjar fora, e temos de começar a englobar estes estudantes nas estatísticas porque acabam por ser a maior fatia do bolo”, justifica.
Num futuro próximo, Joana quer também “trabalhar de uma forma interventiva e reivindicativa”, de forma a alertar “para as grandes preocupações e sensibilizar para aquilo que é a realidade do estudante quando tenta entrar no Ensino Superior”. “O Dia Nacional do Estudante é um dia muito importante que celebra e que reforça o poder dos estudantes e o poder da educação ao moldar aquilo que é a sociedade”, sublinha.
“Enquanto estudantes não nos podemos esquecer disto. Eu sei que é muito difícil, enquanto jovens, sentirmos que às vezes somos uma quota, que a nossa voz não tem o poder que merece e que muitas vezes somos desvalorizados; mas não podemos deixar que isso seja um entrave para continuar a projetá-la bem alto”, repara a presidente da AAUAv, que regressa, a esta hora, à UA vinda da manifestação realizada esta tarde em Lisboa, no âmbito do Dia Nacional do Estudante.
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Frossos recebe estágios da Universidade de Aveiro
Os acordos de cooperação celebrados entre o Município de Albergaria-a-Velha e a Universidade de Aveiro “possibilitam a receção regular de estudantes de licenciatura e mestrado para a realização de estágios curriculares em diversas áreas”. O acordo com o Departamento de Biologia tem como objetivo “transformar a Pateira de Frossos num laboratório vivo para futuros cientistas, tornando esta zona húmida numa ferramenta pedagógica relevante”, explica uma nota de imprensa. “Serão aprofundados os estudos científicos sobre o ecossistema da Pateira, em parceria com instituições académicas”, adianta o texto sobre o Centro de Interpretação que, nos seus três primeiros anos, dinamizou 187 atividades, com a participação de 3.440 pessoas, de acordo com os números divulgados pela autarquia.
João Rocha Quartet e Brad Mehldau inauguram quinta edição do Campus Jazz da UA
No dia em que se celebra o Dia Internacional do Jazz, arranca também a programação do Campus Jazz – Festival de Jazz da Universidade de Aveiro (UA). De 30 de abril a 5 de junho, alinha-se uma programação eclética e multicultural com um especial enfoque no potencial da região. A quinta edição do Campus Jazz abre com os vencedores do Concurso Internacional de Jazz de 2024, João Rocha Quartet, e atividades em que participa Jeff Ballard. O programa inclui ainda nomes de referência do jazz internacional, tais como Ben Wendel, Jeff Ballard ou Rabih Abou Khalil e, tal como avançado pela Ria, uma das novidades é o Estágio de Big Band que contará com a orientação de Nine Sparks Riots. João Rocha Quartet abre a programação do Campus Jazz amanhã, dia 30, com uma atuação na Cada do Estudante pelas 18h30. O grupo de jazz, influenciado por referências, como Joshua Redman, Pat Metheny, Lyle Mays e Mark Turner, abrirá a quinta edição da iniciativa com uma proposta que “tem como base a tradição do jazz, mas também pretende desenvolver algo mais pessoal e contemporâneo, abrindo espaço para a expressão individual sem nunca perder um som de grupo”, dá nota a UA. O ensemble é constituído por músicos estudantes da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), no Porto, e foi o vencedor da 4ª edição do Concurso Internacional de Jazz da UA nas categorias de “Melhor Ensemble” e Melhor Arranjo Original”. O ingresso tem um custo associado de 5 euros para a comunidade UA e de 8 euros para o público geral e podem ser adquiridos através da Bilheteira Online. O feriado do Dia do Trabalhador e o segundo do Campus Jazz fica marcado pela entrada em cena do percussionista e baterista Jeff Ballard. O artista terá a seu cargo a orientação de uma masterclass no auditório do Departamento de Comunicação e Arte (DeCA). Volta no dia seguinte, dia 2, num concerto com o Combo de Jazz da UA, no Cine-teatro Alba, Albergaria-a-Velha, pelas 21h30. As reservas para a masterclass devem ser feitas na Bilheteira Online, assim como a compra dos bilhetes para o concerto com o Combo de Jazz da UA. Também as candidaturas ao Concurso Internacional de Jazz da UA (CIJ_UA) estão abertas até 7 de maio. O concurso prevê a atribuição de três prémios: Melhor Ensemble; Melhor Composição Original e Melhor Arranjo Original, correspondentes, respetivamente, a 1500 euros e a 500 euros para cada um dos dois últimos casos. O Melhor Ensemble terá também o agendamento de quatro concertos assumidos pela UA e seus parceiros - no ‘Guimarães Jazz’, no ‘Estarrejazz’, no ‘Que jazz é este?’ [festival de jazz de Viseu] e no programa do Campus Jazz do ano seguinte. O Campus Jazz é uma iniciativa da UA que “realça a importância e singularidade do Centro de Estudos de Jazz (CEJ), uma estrutura dedicada à documentação e investigação sobre jazz, fundada em 2007 na UA”, dá nota a instituição de ensino superior. No último dia do Campus Jazz 2025 – dia 5 de julho - abrirá ao público uma exposição que conta com a curadoria de Ivo Martins, Vera Velez e Manuel Neto. A agenda completa da iniciativa pode ser consultada no site oficial.
XPERIMENTA e Competições Nacionais de Ciência trazem à UA alunos das escolas de todo o país
No XPERiMENTA de 2025 os participantes vão contar com cerca de 380 atividades, entre workshops, visitas e demonstrações científicas, distribuídas pelos 16 departamentos e quatro escolas politécnicas da UA. Além da participação no evento, a iniciativa surge como uma oportunidade para os jovens descobrirem tudo sobre o mundo da Ciência, colocando jovens de todo o país a participarem em atividades experimentais, visitas e espetáculos de ciência. Nesta edição, a Nave Multiusos Caixa UA será o palco das Competições Nacionais de Ciência, onde milhares de estudantes (dos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico (CEB) e ensino secundário) irão colocar à prova os seus conhecimentos nas áreas da matemática, português, inglês, química, física, geologia, biologia, literacia financeira, ecologia cidadania e cultura geral, depois de quase 13 000 estudantes terem participado nas CNC em Rede, em fevereiro. Todos os dias são distinguidas as melhores equipas e escolas participantes nas competições. A cerimónia de entrega de prémios terá lugar no palco instalado junto ao Complexo Pedagógico, Científico e Tecnológico da UA. O calendário com todas as atividades pode ser consultado através do site oficial.
T-REX marca o ritmo no arranque dos oito dias de Enterro em Aveiro
Os bilhetes gerais já estão esgotados e os diários estão a vender rápido. Quem dá nota é Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) que alerta que domingo, dia 27, se encontra “já ali nos últimos bilhetes”. O dia que traz Badoxa, Força Suprema e DJ Marqz não é, no entanto, o único dia em que se espera uma enchente no recinto. Hoje, 27, vai ser também dia de casa cheia e os dias de Van Zee e Bispo estão também a vender bem. “São dias bastante fortes, já estávamos cientes”, aponta a dirigente da AAUAv que frisa a vontade que “as pessoas venham, que conheçam aquilo que é o enterro da Aveiro (…) e que acima de tudo, quer sejam estudantes, quer seja comunidade da região de Aveiro, venham conhecer, venham ter com os estudantes e que criem aqui as suas memórias”. Segunda-feira, dia 28, é dia de mulheres em palco com a atuação de Capicua e da Tuna Feminina da Associação Académica da Universidade de Aveiro (TFAAUAv) a abrilhantarem os palcos. A festa continua na terça-feira, dia 29, com Miguel Luz e VSP AST a animarem o recinto e a meio da semana há então Bispo, Alcool Club e DJ Edgar. Abril não foi longo o suficiente e, portanto, a festa continua em maio. Marotos da Concertina, Virgílio Faleiro e DJ Rafa Silva são os responsáveis pela primeira noite do próximo mês enquanto Van Zee e Pikika sobem a palco na primeira sexta-feira, dia 2. O Enterro termina no dia 3 de maio com Xamã e DJ Kold a encerrarem o evento. Os bilhetes diários podem ainda ser adquiridos na aplicação da AAUAv ou no recinto do Enterro entre as 11h e as 04h. Pela primeira vez este ano a AAUAv tomou medidas para limitar os conteúdos de teor sexual explícito nas barraquinhas do Enterro que, apesar de não estarem a ser seguidas como o esperado inicialmente, são frisados como primeiros passos pela direção da AAUAv. O reforço do ‘Safe Space’ é uma outra medida que ganha relevância na edição deste ano, especialmente depois das mais recentes notícias do Porto, ondedirigentes estudantis foram acusadospor alegadamente filmarem e partilharem vídeos de colegas sem autorização e de Braga, onde um jovem de 19 anos acabou por falecer na sequência de uma rixa. O Safe space “vai ser um local adjacente à tenda dos bombeiros” que vai contar com “diversos turnos ao longo da noite”, aponta a dirigente associativa. Além das patrulhas, Joana aponta que “as pessoas podem ir ter com o Safe Space caso sintam que estão a ser vítimas de assédio sexual, assédio moral, ou até mesmo por se estarem a sentir demasiado estimuladas com aquilo que é um evento que tem diferentes estímulos”. “O que nós tentamos proporcionar é mesmo um espaço seguro com pessoas capacitadas para ajudarem qualquer pessoa em qualquer situação a lidar com aquilo que possam estar a experienciar no momento”, frisa a presidente da AAUAv. O Enterro está assim pronto para lidar com todas as situações que possam surgir e a direção da AAUAv espera que o evento seja “uma experiência memorável”. “Espero que seja um bom Enterro para todos, que criem muitas memórias e que venham fazer parte, porque o Enterro são de facto as pessoas que vêm até o Enterro” sublinha Joana Regadas.
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Os acordos de cooperação celebrados entre o Município de Albergaria-a-Velha e a Universidade de Aveiro “possibilitam a receção regular de estudantes de licenciatura e mestrado para a realização de estágios curriculares em diversas áreas”. O acordo com o Departamento de Biologia tem como objetivo “transformar a Pateira de Frossos num laboratório vivo para futuros cientistas, tornando esta zona húmida numa ferramenta pedagógica relevante”, explica uma nota de imprensa. “Serão aprofundados os estudos científicos sobre o ecossistema da Pateira, em parceria com instituições académicas”, adianta o texto sobre o Centro de Interpretação que, nos seus três primeiros anos, dinamizou 187 atividades, com a participação de 3.440 pessoas, de acordo com os números divulgados pela autarquia.
Apagão: Algumas zonas de Oliveira de Azeméis ainda sem água
Segundo uma nota camarária enviada à Lusa, em articulação com a concessionária Indaqua, a maioria da população do município está já abastecida, verificando-se, "situações de interrupções ou variações de caudal pontuais e localizadas, decorrentes da presença de ar nas condutas, que deverão ficar solucionadas ainda durante o dia de hoje". “Sem abastecimento público de água estão, atualmente, as freguesias de Cesar, Fajões e Macieira de Sarnes, em resultado de um problema na saída gravítica do reservatório operado pelas Águas do Douro e Paiva, em Cesar, que alimenta a conduta de distribuição de água àquelas freguesias. A situação está em vias de resolução para reposição do serviço com a máxima brevidadepossível”, refere a mesma nota. A água em Oliveira de Azeméis é captada e tratada pela empresa Águas do Douro e Paiva, entidade gestora do Sistema Multimunicipal de abastecimento do sul do Grande Porto, que garante que todos os municípios servidos pela empresa estão a ser abastecidos, sem restrições, sendo o fornecimento assegurado pela Indaqua, que tem a concessão do abastecimento de água. Na página da Indaqua de Oliveira de Azeméis na internet, a empresa alerta para a possibilidade de haver variações no caudal ou interrupções temporárias no fornecimento, devido à presença de ar nas condutas, e alteração temporária da aparência da água, podendo esta apresentar-se com turvação devido ao arrastamento de sedimentos nas redes de distribuição. “Estamos a promover todos os esforços para restabelecer as condições normais de funcionamento em toda a rede do concelho com a maior brevidade possível, minimizando os impactos para os consumidores”, refere a mesma nota. Um grupo de 45 pessoas, incluindo seis adultos e 39 crianças, com idades entre os 13 e 15 anos, também de Oliveira de Azeméis que participaram no Jubileu dos Adolescentes em Roma, que terminou no domingo, viram o voo de regresso ao Porto cancelado na segunda-feira, dia 28. “Eles chegaram a estar dentro do avião, mas o voo não partiu. Ontem [segunda-feira] à noite, depois de muitas reclamações, foram colocados num hotel e hoje [dia 29] de manhã a companhia aérea foi buscá-los ao hotel e deixou-nos no aeroporto”, disse à Lusa Hélder Ramos, da organização da viagem. O responsável considerou que a companhia aérea Wizz Air os "deixou ao abandono", afirmando que os voos diários já estão todos cheios e a única solução apresentada pela empresa foi um voo para o dia 06 de maio, o que não foi aceite. “Dissemos que isso era impossível e que queríamos uma solução para hoje, e então disseram-nos que estávamos por nossa conta e risco, que procurássemos uma solução noutras companhias e que pedíssemos a devolução só do valor da viagem de regresso”, disse Hélder Ramos. O responsável referiu ainda que tem sido complicado gerir a situação, adiantando que estiveram toda a manhã em reunião à procura de soluções, tendoconseguido arranjar voos para eles na quarta-feira, dia 30, noutra companhia, com preços mais caros do que o valor da viagem de ida e volta, sendo que inicialmente será a paróquia a assumir essa despesa. Hélder Ramos explicou que a viagem de regresso será feita em dois voos de Roma para Madrid, em Espanha, um de manhã e outro ao início da tarde, e depois haverá um autocarro que irá buscar o grupo a Madrid para os trazer para Portugal. A Lusa falou também com Alexandre Costa, um dos monitores que está a acompanhar as crianças, que disse que a próxima noite será passada no aeroporto, apesar de a companhia ter oferecido a dormida num hotel. “Optámos por ficar aqui e receber ‘vouchers’ de comida porque não temos sequer roupa para nos trocar, não vale a pena estar a abrir as mochilas todas, porque depois é um 31 para as fechar e achámos mais seguro ficar no aeroporto”, disse. Alexandre Costa referiu ainda que há crianças no grupo com problemas de saúde, nomeadamente epilepsia e asma, entre outros casos, mas assegurou que a situação está sob controlo. “O risco seria para amanhã [quarta-feira] de manhã, mas para já está tudo controlado. Já nos informaram que temos uma farmácia aqui perto e que tem os produtos necessários e se calhar passamos lá entretanto”, referiu.
Quarteto belga Bombataz inaugura segundo trimestre de programação da Vic Aveiro Arts House
Bombataz, o quarteto belga “que desafia rótulos e expectativas com uma abordagem sonora livre e inclassificável” está responsável por abrir a programação do segundo trimestre da Vic Aveiro Arts House. O concerto arranca às 21h30, a lotação é de 42 lugares sentados e a contribuição recomendada tem o valor de 6€ que revertem “integralmente para os artistas convidados”, dá nota o espaço cultural. Este concerto está inserido na série Ressonância que "desde 2017 tem convidado a Aveiro propostas internacionais de excelência nas áreas da música exploratória e da arte sonora", aponta a direção artística da Vic Aveiro Arts House. A programação segue com concertos de GRÓA, a “explosiva banda islandesa de punk-pop no feminino” e com o argentino Flaaryr, no dia 14 de maio. Maio conta ainda com atuação do projeto Kesherul Neg Pineg, no dia 22, e a 14 de junho “o duo italiano de ambient-post-rock” Tristan da Cunha está encarregue por dar vida à noite aveirense.
Teatro Aveirense revela a programação do segundo quadrimestre de 2025
Entre maio e agosto são várias as propostas musicais que o Teatro Aveirense traz à cidade. A primeira segunda-feira de maio, dia 5, traz já a Orquestra do Palácio de Schönbrunn de Viena (Austria) num concerto de celebração do 200º Aniversário de Johann Strauss e a semana termina, no dia 9, com a antestreia do álbum a solo de Zé Ibarra. De 15 a 25 de maio realiza-se ainda a bienal Reencontros de Música Contemporânea. Bia Maria volta a trazer música a Aveiro no dia 12 de junho e The Black Mamba ficam responsáveis por animar o dia 14. Agosto conta com a rubrica Novas Quintas na Rua, este ano com um concerto dos Expresso Transatlântico, no dia 7 na Praça da República, e com a apresentação do projeto aveirense Lés e Lés, de Vitor Hugo e Carlos Lázaro, no dia seguinte. No stand-up comedy o espaço cultural aveirense apresenta duas propostas. A primeira acontece já este domingo, dia 4, com ‘Aleixo Amigo – Um show ao vivo muito seu amigo’. Em junho, no dia 21, a missão de trazer animação a Aveiro fica a cargo de ‘Snob’, do humorista Carlos Coutinho Vilhena. No teatro há encontro marcado nos dias 30 e 31 de maio, com exibição da peça Hamlet, do Teatro Nacional São João, encenado por Nuno Cardoso. Em junho é apresentada uma performance/sessão de leitura denominada ‘Como Desenhar Uma Filha Nua’, no dia 26 de junho. No dia seguinte o encenador Tiago Guedes propõe a sua visão de À Primeira Vista, num monólogo conduzido por Margarida Vila-Nova. Para 26 e 27 de julho fica a apresentação de Swing, um espetáculo que conta com a presença de Diogo Morgado, Diana Nicolau, Manuel Marques e Susana Blazer. A área da dança arranca no dia 16 de maio com ‘OU’, de André Braga e Cláudia Figueiredo, da CRL – Central Elétrica, e termina a 25 de julho com a apresentação da oitava edição do programa Território, dos Estúdios Victor Córdon. Pelo meio há o espetáculo ATA, de Maria Fonseca, a 5 de junho e Maurice Accompagné, de Paulo Ribeiro, a 4 de julho. O segundo quadrimestre verá ainda a chegada ao palco de dois projetos criados com a comunidade aveirense ao longo do ano. Em maio, no dia 10, é a vez da estreia de O Navio dos Sonhos e a Ilha dos Amores, com texto e direção artística de João Garcia Miguel, no âmbito do projeto OLAS - Objetos e Laboratórios Artísticos e Sociais e em junho, no dia 29, dá-se a terceira edição do Cantar-o-Lar, um projeto criado em parceria com a Orquestra Sem Fronteiras e realizado com os utentes de quatro lares para a terceira idade de Aveiro. A programação familiar não foi deixada de fora e este quadrimestre conta com Panda Express, de Lewis Gillon & Joana Mário, para espetadores a partir dos 6 anos. A apresentação decorre nos dias 4, 5 e 6 de maio. O Festival dos Canais - um evento da Câmara Municipal de Aveiro organizado pelo Teatro Aveirense - celebra este ano a sua 10ª edição. A programação ainda não está disponível, mas o município dá nota de que decorrerá de 16 a 20 de julho.