RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

Universidade

UA: Nos 50 anos do DMat, João Vieira pede evolução “com toda a liberdade e sempre em qualidade”

Desde esta sexta-feira, 21 de novembro, o anfiteatro 11.1.3 do Departamento de Matemática (DMat) da Universidade de Aveiro (UA) passou a chamar-se “Auditório David Vieira”. A homenagem ao docente aposentado João David Vieira, um dos fundadores, assinalou o início das comemorações dos 50 anos do Departamento, que se estenderão até novembro de 2026. A Ria esteve à conversa com o professor homenageado.

UA: Nos 50 anos do DMat, João Vieira pede evolução “com toda a liberdade e sempre em qualidade”
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
22 nov 2025, 09:10

Com o anfiteatro completamente lotado, o DMat celebrou o legado de João David Vieira. Ao longo da tarde, familiares, antigos estudantes, professores e diretores aplaudiram-no repetidamente. Entre discursos, memórias e fotografias, multiplicaram-se também os abraços. O momento teve ainda direito a reencontros improváveis, como o de um antigo estudante que viajou do Algarve apenas para reencontrar o “professor João”, contou-nos o homenageado antes de conversarmos com ele.

Já sentados num sofá, numa sala que nos descreveu como “difícil” de conquistar, no terceiro piso, começamos por lhe questionar como se sentia ao ser homenageado. João David Vieira disse estar feliz, embora tenha admitido que, quando recebeu o convite, sentiu-se “constrangido”. “Defendi sempre que quando houvesse alguma coisa a comemorar o fizessem com as pessoas em vida a menos que falecessem sem contar. Quando me contactaram fiquei constrangido, mas fiquei contente”, confidencia-nos.

Perguntamos-lhe como era antes o anfiteatro que agora passa a ter o seu nome, responde-nos com uma gargalhada espontânea: “Era onde dava muitas das aulas, nos últimos anos, a partir de 1996. (…) Era um anfiteatro com 120 cadeiras de madeira. Tudo cheinho, cheinho”, descreve.

Quanto à tecnologia de que o espaço atualmente dispõe, como o projetor, entre outros equipamentos, João David Vieira não se mostrou surpreendido. Revelou até já conhecer todos os pormenores, já que acompanhou, de perto, a fase de “pré-montagem”. “Eu estive na montagem deste edifício. Estava tudo a ser preparado para instalar a tecnologia que fosse necessária, nessa altura. A cablagem estava toda por baixo para projetores e até pedi uma coisa, só que eram 50 mil contos, e disseram nem pensar, que era estar numa sala e haver ligação para mais dois ou três anfiteatros, onde pudessem ouvir a mesma aula e interagir. Mas era muito caro. Não consegui. Mas toda a infraestrutura ficou montada nessa altura”, recorda.

Aos 84 anos, e naquela sexta-feira, estar no DMat não foi propriamente uma novidade. Conta que ainda mantém ali um gabinete e que costuma passar por lá “de vez em quando” “Depois de aposentado estive sete anos em colaboração, em nome da Reitoria, com Cabo Verde para ajudar a montar a universidade de lá, em Moçambique, em São Tomé, a dar formação a professores”.

Quando lhe perguntamos como gostaria que o departamento evoluísse, João David responde sem hesitar: “Com toda a liberdade sempre em qualidade e, como digo, algo que seja inclusivo”. “Nunca me lembro de ter havido aqui alguém que foi escolhido, segregado, movido por uma ideia política, religiosa… Vinha pela qualidade que tinha e a capacidade humana para desenvolver com impacto”, relembra.

Aos atuais docentes deixa ainda uma mensagem curta: “Estão na excelência. Falta-vos ainda escrever um verso”.

Em entrevista à Ria, José Alexandre Almeida, atual diretor do DMat, mostrou-se satisfeito com a homenagem. “O departamento está prestes a completar 50 anos, mas, na verdade, deu-se início ao primeiro curso de matemática com Ciências da Educação, na altura, muito dirigido para a formação de professores. A propósito deste momento decidimos homenagear um dos pilares do Departamento de Matemática, um dos seus fundadores e a quem muito o departamento deve tal como o conhecemos hoje”, partilha.

José Alexandre foi também aluno de João David Vieira, entre os anos de 1994 e 1996. Na licenciatura em Ensino de Matemática, descreve-o como “exigente”. “Éramos imensos no quarto ano de seminário e todos tínhamos de fazer uma monografia. [O professor João] era bastante exigente na aprovação do plano curricular e obrigava todos a fazer os testes que chamava minibásicos, que muitos consideravam quase ofensivos. Além disso, todos tínhamos de realizar provas orais. Era um momento que exigia muito a todos os alunos, na altura, e havia momentos de grande tensão”, relembra.

Sobre o anfiteatro que passa agora a chamar-se “Auditório David Vieira”, o diretor do DMat descreve o momento como “marcante”. “Ele não precisava desta homenagem para deixar o seu legado, mas é uma forma de reconhecimento e gratidão. Ele bem merece. Não estamos a fazer favor nenhum. Desta forma, ficará para sempre gravado aquele espaço que é um local, como ele referiu, de referência pelas muitas aulas que ele ali lecionou e com um anfiteatro, tal como hoje, sobrelotado”, explica.

Relativamente ao futuro do DMat, José Alexandre revelou à Ria que o departamento está, “neste momento”, a consolidar a sua oferta formativa e que “em breve” irá fazer uma nova aposta na “oferta do primeiro ciclo”. Sem adiantar qual será o curso, acrescentou ainda que gostava que o departamento se potenciasse “ainda mais” ao nível da investigação e da excelência “que o nosso centro de investigação que está integrado atingiu muito recentemente”. “Não nos queremos acomodar de todo. Queremos perspetivar e projetar esse futuro da melhor forma”, vincou.

A sessão de homenagem contou ainda com a intervenção de Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, de Júlio Pedrosa, antigo reitor, bem como dos docentes Mário Rosa, Eduardo Marques de Sá, Domingos Cardoso e Liliana Costa. A tarde terminou no terceiro piso com direito a brinde e bolo.

Recomendações

“62” trabalhadores em greve na UA: Cantinas de Santiago, do Crasto e Snack-Bar/Restaurantes fecharam
Universidade

“62” trabalhadores em greve na UA: Cantinas de Santiago, do Crasto e Snack-Bar/Restaurantes fecharam

A greve da função pública organizada para esta sexta-feira, onde os trabalhadores protestam contra o “Pacote Laboral” do governo, também impactou a Universidade de Aveiro. Contactada pela Ria, a administração da UA deu conta de que houve “62” trabalhadores a fazer greve, “58” dos quais pertencentes aos SASUA. Para além da paralisação das cantinas de Santiago, do Crasto e do Snack-Bar/Restaurantes, também o bar da reitoria, o do Centro Integrado de Formação de Professores (CIFOP) e o do Ambiente foram obrigados a encerrar portas.

UA destaca-se no “The Interdisciplinary Science Rankings 2026” com o 102º lugar mundial
Universidade

UA destaca-se no “The Interdisciplinary Science Rankings 2026” com o 102º lugar mundial

O ranking foi promovido pela Times Higher Education (THE), consultora do Reino Unido no setor do ensino superior, e os resultados foram conhecidos esta quinta-feira, 20 de novembro. Nessa avaliação, a UA surge em 102º lugar mundial- uma subida de 40 lugares face a 2025- e 1º nacional, entre as sete IES portuguesas avaliadas, “voltando a destacar-se no conjunto dos cinco indicadores que integram o pilar output, isto é, no número de publicações científicas, qualidade da investigação e reputação institucional, tendo obtido a pontuação de 67.2”, explica uma nota de imprensa enviada às redações. Além do mais, a UA destacou-se ainda no pilar “Process”, tendo melhorado a sua pontuação (66.7) face à edição anterior (45.8). “Este pilar avalia a monitorização e suporte em diferentes áreas estruturais através de quatro indicadores: medidas de apoio, instalações físicas, apoio administrativo e processo de reconhecimento da investigação interdisciplinar”, realça. No que toca à classificação das sete IES portuguesas avaliadas, após a UA, seguiu-se a Universidade do Minho na 123º posição, a Universidade do Algarve entre a 351 e a 400º posição, o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) entre a 501 e a 600º posição e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo entre a 601 e a 800º posição. Os resultados podem consultados na íntegra aqui.  No total, o “The Interdisciplinary Science Rankings 2026” analisou o desempenho de 911 IES, pertencentes a 94 países, tendo o ranking sido suportado com 11 indicadores, distribuídos por três pilares: financiamento (inputs); monitorização e suporte em diferentes áreas estruturais (process) e número de publicações científicas, qualidade da investigação e reputação institucional (output). A 2ª edição deste ranking evidencia ainda a liderança das IES dos Estados Unidos da América e Singapura, sendo de novo liderado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). O 1º lugar europeu é mais uma vez ocupado pela Wageningen University & Research, dos Países Baixos.

Conselho Científico: Repetição da votação desempata a favor da “Construir o Futuro, Cuidar a UA”
Universidade

Conselho Científico: Repetição da votação desempata a favor da “Construir o Futuro, Cuidar a UA”

Depois de, no passado dia 11, as listas “Construir o Futuro, Cuidar a UA” e “futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação” terem empatado a nove votos no subgrupo B da 3ª circunscrição das eleições para o Conselho Científico da UA, o resultado acabou por ser desempatado na repetição da votação, que aconteceu esta terça-feira, dia 18. Com uma afluência às urnas mais expressiva – ao passo que, na primeira votação, apenas tinham votado 18 dos 32 eleitores, desta vez houve 27 pessoas a votar –, 16 pessoas acabaram por depositar a sua confiança no projeto “Construir o Futuro, Cuidar a UA”, por oposição às 11 que votaram “futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação”. Cada circunscrição corresponde a um grupo de unidades orgânicas, sendo que a terceira circunscrição – aquela em que as eleições foram repetidas – inclui os departamentos de Educação e Psicologia, de Comunicação e Arte, de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo, de Línguas e Culturas e de Ciências Sociais, Políticas e do Território e o Instituto Superior de Contabilidade e Administração. Contados os votos, passou a ser também possível distribuir os mandatos: dois para a lista “Construir o Futuro, Cuidar a UA” e um para a lista “futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação”. Assim sendo, passou também a ser possível atribuir os mandatos do subgrupo A, que já estavam nas mãos das listas: dos três mandatos desse subgrupo, dois não estavam atribuídos – um da “Construir o Futuro, Cuidar a UA” e outro das “futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação”. Feitas as contas a todos os subgrupos das três circunscrições, pode agora dizer-se que, de entre os 20 representantes eleitos entre docentes e investigadores para o Conselho Científico, 13 candidataram-se pela lista “Construir o Futuro, Cuidar a UA” e 7 pela lista “futUrA: Ciência, Comunidade e Inovação”. O Conselho Científico é o órgão responsável pela definição e coordenação da política científica da Universidade de Aveiro, competindo-lhe, entre outras funções, apreciar o plano e as atividades científicas da instituição, pronunciar-se sobre a criação de novas áreas e unidades científicas, deliberar sobre a distribuição do serviço docente, aprovar planos de estudos, propor prémios e distinções honoríficas, ou definir júris e participar nos processos de recrutamento de docentes e investigadores. Tem ainda competência para se pronunciar sobre a nomeação do diretor da Escola Doutoral e sobre acordos ou parcerias internacionais, exercendo todas as demais funções previstas nos Estatutos e na Lei. De acordo com os Estatutos da UA, recentemente alterados, o Conselho Científico é composto por 20 representantes eleitos entre docentes e investigadores e 5 representantes das unidades de investigação.

UA organiza seminário sobre “Reflexões jurídicas sobre o futuro das IES” no dia 4 de dezembro
Universidade

UA organiza seminário sobre “Reflexões jurídicas sobre o futuro das IES” no dia 4 de dezembro

Conforme se pode ler no site da Universidade de Aveiro (UA), a organização do seminário resulta da “crescente transformação no quadro normativo-institucional do Ensino Superior” que torna “premente promover uma reflexão aprofundada sobre o respetivo regime jurídico”. Recorde-se que estava planeada a discussão da última proposta do governo de revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) para o passado dia 23, mas o debate acabou por ser adiado. Depois da abertura do evento ser feita pelas 9h45 através discursos de Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro (UA) e presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), e de Cláudia Sarrico, secretária de Estado do Ensino Superior, reúne-se um painel para discutir “Autonomia e governação das Instituições de Ensino Superior”. A partir das 10h15, a discussão é protagonizada por Pedro Costa Gonçalves, professor catedrático e diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), e Raúl Capaz Coelho, Presidente do Conselho Diretivo da Agência para a Gestão do Sistema Educativo, e conta com a moderação de Júlio Pedrosa, ex-reitor da Universidade de Aveiro. Às 11h35 é hora de se discutir as especificidades do regime fundacional com Miguel Lucas Pires, professor auxiliar da Universidade de Aveiro, e com a jurista Cristina Paula Casal Baptista. Finda essa conversa, o seminário pausa para o almoço e retorna mais tarde, pelas 14h30, com o painel “Fiscalização e Responsabilidade das Instituições de Ensino Superior”. Nessa conversa estão presentes Francisco Martins, vice-presidente do Tribunal de Contas, Ana Raquel Moniz, presidente da Entidade para a Transparência, e João Queiroz, membro executivo do Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). O seminário termina com a mesa-redonda “Caminhos futuros para as Instituições de Ensino Superior”, pelas 16h00, onde, acompanhados do reitor Paulo Jorge Ferreira, falam João Pacheco de Amorim, professor associado da Faculdade de Direito da Universidade do Porto (FDUP), Tiago Fidalgo de Freitas, assistente convidado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), e Teresa Carvalho, professora catedrática da Universidade de Aveiro.

Últimas

“62” trabalhadores em greve na UA: Cantinas de Santiago, do Crasto e Snack-Bar/Restaurantes fecharam
Universidade

“62” trabalhadores em greve na UA: Cantinas de Santiago, do Crasto e Snack-Bar/Restaurantes fecharam

A greve da função pública organizada para esta sexta-feira, onde os trabalhadores protestam contra o “Pacote Laboral” do governo, também impactou a Universidade de Aveiro. Contactada pela Ria, a administração da UA deu conta de que houve “62” trabalhadores a fazer greve, “58” dos quais pertencentes aos SASUA. Para além da paralisação das cantinas de Santiago, do Crasto e do Snack-Bar/Restaurantes, também o bar da reitoria, o do Centro Integrado de Formação de Professores (CIFOP) e o do Ambiente foram obrigados a encerrar portas.

Dinis Mota estreia “LMLY”, uma fusão de R&B e disco-funk rumo ao lançamento do seu primeiro álbum
Cidade

Dinis Mota estreia “LMLY”, uma fusão de R&B e disco-funk rumo ao lançamento do seu primeiro álbum

Segundo uma nota de imprensa enviada às redações, “LMLY” é uma “explosão de energia, um reflexo de uma jornada de autoconhecimento e superação”. “A canção emerge num momento de divisão interna que, esculpida ao detalhe, mistura a profundidade amorosa do R&B com o ritmo vibrante da fusão disco-funk”, explica. O novo tema pretende ainda ser um “convite ara dançar com a alma, para se deixar contagiar pelo instrumental e libertar o corpo no amor que a música representa”. “Oscila entre reflexão e libertação, capturando um espírito de celebração genuína. Simboliza algo fresco, autêntico e com um toque único”, realça. A nota adianta ainda que o novo single se insere no alinhamento do seu primeiro álbum “By Your Eyes”, com lançamento previsto “em 2026”. “LMLY” contou com a produção, mistura e masterização de Pedro Rafael. O tema está disponível aquiTal como avançado pela Ria, o músico Dinis Mota confirmou a ida ao Festival da Canção 2026 depois de ter vencido a “Prova de Acesso” destinada a estudantes de música, tornando-se no primeiro aveirense a chegar à competição depois de, em 2021, mema. ter interpretado a canção “Claro como a Água”, da autoria de Stereossauro. 

UA destaca-se no “The Interdisciplinary Science Rankings 2026” com o 102º lugar mundial
Universidade

UA destaca-se no “The Interdisciplinary Science Rankings 2026” com o 102º lugar mundial

O ranking foi promovido pela Times Higher Education (THE), consultora do Reino Unido no setor do ensino superior, e os resultados foram conhecidos esta quinta-feira, 20 de novembro. Nessa avaliação, a UA surge em 102º lugar mundial- uma subida de 40 lugares face a 2025- e 1º nacional, entre as sete IES portuguesas avaliadas, “voltando a destacar-se no conjunto dos cinco indicadores que integram o pilar output, isto é, no número de publicações científicas, qualidade da investigação e reputação institucional, tendo obtido a pontuação de 67.2”, explica uma nota de imprensa enviada às redações. Além do mais, a UA destacou-se ainda no pilar “Process”, tendo melhorado a sua pontuação (66.7) face à edição anterior (45.8). “Este pilar avalia a monitorização e suporte em diferentes áreas estruturais através de quatro indicadores: medidas de apoio, instalações físicas, apoio administrativo e processo de reconhecimento da investigação interdisciplinar”, realça. No que toca à classificação das sete IES portuguesas avaliadas, após a UA, seguiu-se a Universidade do Minho na 123º posição, a Universidade do Algarve entre a 351 e a 400º posição, o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) entre a 501 e a 600º posição e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo entre a 601 e a 800º posição. Os resultados podem consultados na íntegra aqui.  No total, o “The Interdisciplinary Science Rankings 2026” analisou o desempenho de 911 IES, pertencentes a 94 países, tendo o ranking sido suportado com 11 indicadores, distribuídos por três pilares: financiamento (inputs); monitorização e suporte em diferentes áreas estruturais (process) e número de publicações científicas, qualidade da investigação e reputação institucional (output). A 2ª edição deste ranking evidencia ainda a liderança das IES dos Estados Unidos da América e Singapura, sendo de novo liderado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). O 1º lugar europeu é mais uma vez ocupado pela Wageningen University & Research, dos Países Baixos.

Câmara de Vagos quer construir mais de quatro dezenas de fogos neste mandato
Região

Câmara de Vagos quer construir mais de quatro dezenas de fogos neste mandato

“A Câmara é proprietária de dois loteamentos que têm espaço para dezenas de fogos, provavelmente mais de quatro dezenas de fogos, mais para venda a custos controlados do que propriamente arrendamento acessível. Penso que isto é possível nos próximos quatro anos”, assegurou. O social-democrata Rui Cruz regressou no dia 12 de outubro à presidência da Câmara de Vagos, funções que já tinha desempenhado entre 2001 e 2013. Em declarações à agência Lusa, o autarca explicou que este concelho do distrito de Aveiro não tem grandes carências em termos de habitação social. “Aquilo que Vagos precisa, neste preciso momento, é de entrar numa nova geração de políticas de habitação, a que eu chamo de habitação municipal, para distinguir da habitação social, apesar de esta também ser municipal. Falo de construção de habitação para venda a custos acessíveis ou a custos controlados e de arrendamento acessível, mas mais venda a custos controlados do que propriamente arrendamento acessível”, referiu. De acordo com Rui Cruz, esta é uma resposta especialmente para jovens casais que trabalham, mas que não conseguem ter habitação com as atuais condições de mercado, sendo mesmo obrigados a regressar a casa dos pais. “Os valores para este investimento ainda não lhe sei dizer, mas os locais existem: a Câmara Municipal é proprietária de dois loteamentos, um na Gafanha da Boa Hora, outro em Vagos, para esse efeito”, acrescentou. À Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Vagos afirmou que pretende que a construção destes fogos seja uma realidade nos próximos quatro anos, indicando que o projeto de arquitetura até poderá ser desenvolvido na autarquia. “O Banco Europeu de Investimento tem uma linha específica para habitação municipal e o Município tem capacidade de endividamento, bastante capacidade de endividamento e, por isso, acho que é possível realizar ao longo do mandato. Então, se for na modalidade de venda a custos controlados, é mesmo possível”, afirmou. O autarca aludiu ao facto de a Comissão Europeia estar a reponderar instrumentos financeiros para reforçar a questão da habitação, que “não é um problema que é só português, não é só do Porto e Lisboa, é do país inteiro e é da Europa também”. “Portanto, existirão medidas, provavelmente de fundo perdido para esse efeito, o que vai ainda mais facilitar a vida aos municípios que queiram avançar com esta modalidade da construção de habitação municipal, a custos controlados ou arrendamento acessível”, destacou. Para além da construção destes fogos, Rui Cruz apontou ainda que as dificuldades nesta área exigem a celeridade do licenciamento, bem como a redução de custos, para além da dinamização do solo urbano. “Andámos 14 anos a rever o PDM [Plano Diretor Municipal]. Criámos, aumentámos os perímetros urbanos para 98 mil habitantes [o concelho tem menos de 30 mil habitantes] e não soubemos potenciar. Há terrenos que têm valor, mas que continuam a não ser vendíveis para construção porque não há acessibilidade: é preciso abrir caminhos nos perímetros urbanos”, concluiu.