Alcino Canha é o novo candidato do PS à freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz
Após a desistência de Armando Dias, o Partido Socialista (PS) de Aveiro já tem novo rosto para disputar a Junta de Freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz nas próximas eleições autárquicas. O escolhido é Alcino Canha, de 72 anos, reformado e antigo funcionário da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), onde esteve ligado durante “duas décadas” ao projeto da BUGA (Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro).
Isabel Cunha Marques
JornalistaEm declarações à Ria, Alcino confessou não estar à espera do convite, admitindo não ter uma ligação política ativa, embora tenha acompanhado a política local ao longo dos anos. “Não sou muito ligado à política, mas tenho confiança no doutor Alberto Souto e quero ajudar, sobretudo a minha freguesia. Há muita coisa a fazer”, disse.
Apesar de não ser militante de nenhum partido, Alcino Canha aceitou o desafio por acreditar que pode fazer a diferença. Natural de Oliveira do Bairro e residente há “40 anos” na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, reconhece, no entanto, que não conhece em profundidade as localidades de Requeixo e Nariz. Para colmatar essa lacuna, garante que contará com elementos da sua lista com forte ligação a essas comunidades. “Quero ter nomes importantes em cada terra, que conheçam os problemas e sejam a voz do povo”, afirmou.
Mecânico de profissão, Alcino Canha revelou à Ria que esteve ligado à CMA entre “2000 e 2020”, onde foi o “responsável” pelo departamento das BUGA’s. “Fomos nós que arrancámos com as BUGA’s em 2000”, destacou.
Sobre as dificuldades da freguesia, Alcino aponta para o estado dos centros de saúde como uma das maiores preocupações. “Estão praticamente inativos. Há muita coisa que precisa de melhorar, mas também não sei se é possível mudar tudo porque também faz parte se a Câmara tem dinheiro, se temos fundos disponíveis, etc”, referiu.
Nas últimas eleições autárquicas, realizadas em 2021, a coligação 'Aliança com Aveiro' (PSD/CDS/PPM) venceu esta freguesia com 60,54% dos votos, alcançando sete mandatos. A coligação 'Viva Aveiro' (PS/PAN) ficou em segundo lugar, com 24,83% dos votos e dois mandatos.Face a estes resultados, Alcino reconhece a dificuldade em reverter o cenário, mas mostra-se esperançoso: “É difícil, mas o Chega pode dividir os votos da direita. Poderá ser benéfico para o PS”.
Apesar do contexto desfavorável, o candidato socialista promete empenho. “Sempre que trabalhamos é para ter sucesso. Vamos ver se resulta, mas estou convencido que sim que vai funcionar”, realçou.
Recorde-se que a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Aveiro aprovou no dia 26 de maio, em reunião interna, os nomes dos cabeças de lista às dez juntas de freguesia do município para as eleições autárquicas de 2025. A decisão contou apenas com “uma abstenção” numa das propostas. Armando Dias tinha sido anunciado como o candidato do PS à Junta de Freguesia de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, mas acabou por abdicar do lugar por “questões pessoais supervenientes”, tal como anunciado por Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, à Ria.
Recomendações
PS Aveiro critica gestão da Junta de Santa Joana e Plano de Pormenor do Cais do Paraíso
O PS Aveiro apresentou esta sexta-feira, 5 de setembro, José Júlio Conceição como candidato à presidência da Junta de Freguesia de Santa Joana. A sessão decorreu no largo em frente ao edifício da junta e contou com a presença de vários dirigentes socialistas, como tem vindo a ser habitual. Entre eles esteve Paula Urbano Antunes, que aproveitou o momento para recordar os motivos da sua candidatura à liderança da concelhia do PS. “Filo porque, juntamente com a equipa que me acompanha, quisemos antecipar o futuro, construí-lo com todos e de olhos postos nas eleições autárquicas de 2025”, afirmou. Na sua intervenção, a presidente da concelhia destacou alguns dos problemas que afetam atualmente a freguesia, nomeadamente a “falta de habitação e de programas de reinserção social”, bem como a “ausência de limpeza e manutenção dos espaços verdes, de arranjo de arruamentos e de recolha de resíduos”. Ainda assim, sublinhou o potencial de crescimento de Santa Joana, que classificou como “a freguesia de Aveiro com maior potencial de crescimento em todos os indicadores” - do aumento da população à qualidade de vida, do nível de escolaridade à participação cívica, passando pelos indicadores ambientais. Já José Júlio Conceição começou a sua intervenção a exprimir o “enorme gosto” e a “extraordinária motivação” que sentiu a olhar para aquela plateia. “É sinónimo, claramente, de áreas de mudança”, vincou. Abordando a gestão da junta, o candidato socialista aproveitou para recordar que a freguesia sempre foi governada “pelo PSD ou AD”. “E vão lá 41 anos”, recordou. No seguimento, lançou a questão: “O que temos na freguesia, atualmente, estruturante e durante 41 anos?”. “Eu deixo essa resposta para os adversários, que com certeza deverão estar com extrema atenção ao que vamos dizer”, respondeu prontamente. Numa crítica direta à atual gestão da Junta, José Júlio Conceição assinalou que, para além da melhoria da rede viária, dos sistemas de esgotos e do abastecimento de água – obras que atribuiu sobretudo à autarquia –, “pouco mais foi feito por iniciativa própria da junta”, apontando, como exemplo, a ausência de infraestruturas desportivas. “Temos apenas um único clube desportivo na freguesia que não é apoiado. Temos três associações culturais atualmente, quando há uns anos passava de uma dúzia. Não temos um espaço exclusivo e dedicado à cultura e ao associativismo. Nem biblioteca digna desse nome, nem piscina, nem cemitério, nem polidesportivo, entre outras”, enumerou. “Afinal, não temos nada na freguesia. Somos de facto uma freguesia de exceção. Eles também o dizem”, sintetizou o candidato à Junta, criticando ainda a “falta de acessibilidades dignas à freguesia”. À semelhança do discurso de Helena Graça, candidata à presidência da Junta de Freguesia de Oliveirinha pelo PS, também José Júlio fez questão de vincar que -caso vençam- serão “diferentes” e farão questão de “acompanhar todos os lugares como se a freguesia apenas tivesse um”. “Desde o Corisco, ao Caião, ao Griné (…) para nós tudo é Santa Joana e merecerá a nossa atenção”, atentou. O candidato defendeu ainda que a solução para a freguesia passa por “dinamizar e criar oportunidades”. “Temos tudo para crescer, falta apenas uma liderança com visão, compromisso e coragem.E é essa liderança que nos propomos a assumir convosco. Queremos uma junta de freguesia mais próxima, mais transparente e mais solidária”, disse. Entre as propostas que pretende implementar, José Júlio Conceição destacou áreas como a “qualidade e bem-estar”; “mobilidade e acessibilidade”; “ambiente e sustentabilidade”; “desporto cultura e lazer”; “participação e proximidade” e a “edificação do cemitério”. “Peço-vos então a confiança.Não com promessas vazias, mas com a convicção de que vamos devolver a Santa Joana a energia, o dinamismo e o futuro que tem faltado”, apelou. Também Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, marcou presença na sessão e sublinhou a forte mobilização popular. “Mais uma vez, as cadeiras não chegaram. Isto está a correr bem. Muito bem”, comentou. O candidato recordou ainda o papel “decisivo” dos socialistas Carlos Candal e Custódio Ramos na fundação da freguesia, garantindo que “a nossa obrigação política é refundá-la, vencendo as próximas eleições”. Num momento inesperado, dirigiu-se diretamente a Cláudia Cruz Santos, cabeça de lista à Assembleia Municipal pelo PS Aveiro, para evocar a última sessão Assembleia Municipal, onde esteve em votação o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. Nessa ocasião, lançou críticas a Luís Souto de Miranda, presidente da Assembleia Municipal e candidato da coligação “Aliança com Aveiro” (PSD/CDS-PP/PPM): “Se tivéssemos um presidente como o Carlos Candal, aquela triste cena da última Assembleia Municipal não teria acontecido. Ele era um homem com voz própria, com pensamento autónomo, corajoso e capaz de dar um murro na mesa quando era preciso”. Tal como o candidato à Junta lançou ainda críticas diretas à gestão da mesma referindo que a freguesia “está igual”: “A Câmara não fez nada aqui (…) e a Junta também não”, vincou. “Santa Joana, infelizmente, continua com o caos viário, com a falta de passeios, com a falta de zonas verdes, e aqui (…) não há capela mortuária por uma razão mais profunda: É que aqui não hásequer cemitério”, atirou. Alberto Souto de Miranda avançou ainda que o PS já tem identificado um terreno para a construção do cemitério e manifestou a expectativa de que o projeto venha a concretizar-se num futuro mandato socialista. Dirigindo-se novamente a Luís Souto, Alberto Souto de Miranda afirmou que o candidato social-democrata “acordou hoje preocupado”. “Preocupado porque sabe que as populações têm consciência de que nada se fez. A Câmara não fez nada, ou fez muito pouco, e as freguesias pouco ou nada fizeram”, apontou. Segundo o candidato socialista à Câmara, a resposta de Luís Souto foi anunciar “um pacto com as freguesias”, que classificou como um mero gesto eleitoral. “Mas como ele é o candidato da continuidade, isto é apenas um pacto para freguês ver. Porque nada se fez, e a continuidade será não fazer nada”, criticou. Alberto Souto de Miranda aproveitou ainda para atacar opções urbanísticas recentes na cidade. “Já sabíamos que ele aprecia os erros que foram cometidos, como o Rossio ou a Avenida. “Ainda hoje, não sei se ouviram as sirenes, os que vieram lá ver, mas houvequem tivesse gravado (…) o carro dos bombeiros novos, absolutamente encurralado para tentar passar na Avenida. Tiveram de ser os bombeiros, parecia um filme, neste caso trágico ou cómico, aapear-se e a ajudarem (...) para o carro dos bombeiros poder prosseguir”, relatou. E rematou: “A Avenida foi um erro, o Rossio foi um erro e, na verdade, ele gosta de dar continuidade aos erros, como ainda esta semana vimos na Assembleia Municipal, a propósito do Cais do Paraíso”. Abordando estas opções urbanísticas como “erros”, Alberto Souto de Miranda acrescentou: “Com tantos erros, constrói-se um futuro errado, ou não se constrói futuro nenhum. Destrói-se o futuro que poderíamos ter, destrói-se o valor paisagístico que ia ser criado, o nosso valor identitário. É isso que vai acontecer se ele, porventura, fosse eleito”. O candidato socialista voltou a centrar-se na votação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso na última Assembleia Municipal. Recordou que José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, garantiu [na última Assembleia], interpelado por Pedro Pires da Rosa, deputado municipal pelo PS, que a revogação do plano seria “claro e cristalino” e não implicaria qualquer tipo de indemnização para a empresa. Alberto Souto de Miranda contestou essa interpretação: “Se o Plano de Pormenor entrar em vigor e, durante a sua vigência, surgir um pedido de licenciamento e depois alguém revogar o plano, sim, haverá indemnizações a pagar”. “Eu espero que todas as pessoas que votaram comecem a fazer as suas economias, porque deveriam ser elas a suportar a indemnização que a Câmara terá que pagar”, continuou. No seguimento voltou a reafirmar que “comigo essa aberração não passará”. “Nós entendemos que o interesse público tem que prevalecer sob o interesse privado”. “A Câmara Municipal não pode ser o gabinete de desenho de um investidor privado”, sublinhou. Alberto Souto de Miranda avisou ainda que “não aceitamos lições de trabalho com as freguesias”. Numa menção direta à obra do Rossio, o candidato socialista disse ainda que: “Não gastámos 20 milhões a fazer 180 lugares de estacionamento. Investimos 20 milhões a dotar todo o município da rede de saneamento.É essa a diferença”, vincou.
Guerra de “sondagens” marca sábado de campanha autárquica em Aveiro
O sábado de campanha em Aveiro ficou marcado pela divulgação de dados eleitorais que não cumprem os critérios legais definidos para as sondagens. Ao início da manhã, a candidatura de Alberto Souto fez chegar à comunicação social informação relativa a uma “sondagem interna” realizada pela empresa GFK e encomendada pela direção nacional do PS. Segundo os números divulgados, o PS recolheria 36% nas intenções de voto, seguido da coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS/PPM) com 31%, do Chega com 16%, sem especificar os resultados dos restantes partidos. No que toca aos candidatos, Alberto Souto surge em primeiro lugar com 46%, à frente de Luís Souto, com 22%, e de Diogo Machado, com 19%. A informação foi noticiada em primeira mão pelo Notícias de Aveiro, mas não se conhece até ao momento qualquer ficha técnica a acompanhar a sondagem, nem consta qualquer registo no site da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), condição necessária para que possa ser considerada como uma sondagem oficial. A reação não tardou. Luís Souto acusou os socialistas de “ilusionismo” e recordou “a histórica derrota de Medina em Lisboa, apesar das ótimas sondagens que o PS divulgava”. O candidato da ‘Aliança com Aveiro’ ironizou ainda sobre a mobilização do adversário e garantiu que a sua candidatura continuará “com humildade, ouvindo as pessoas”. Apesar de criticar a candidatura adversária pela sondagem interna realizada, também a publicação de Luís Souto é acompanhada por uma imagem com outra “estimativa de intenções de voto”, divulgada por uma página de redes sociais, denominada ‘Intrapolls’, com dados recolhidos através de um formulário Google, que atribui 42% à AD, 31% ao PS e 15% ao Chega, entre outros valores. Também neste caso não existe ficha técnica disponível nem qualquer depósito na ERC. Em Portugal, a lei estabelece que apenas empresas credenciadas pela ERC podem realizar sondagens com fins de publicação. Nem a GFK, nem a Intrapolls, surgem no site oficial da ERC como empresas credenciadas. Para terem valor legal, os estudos têm de ser previamente depositados junto da entidade reguladora e, sempre que divulgados, acompanhados pela ficha técnica completa, contendo informações como universo, amostra, método, datas da recolha, margem de erro e entidade que encomendou o trabalho. Sem esses elementos, os números não têm estatuto de sondagem e não podem ser tratados como tal pelos órgãos de comunicação social. Até ao momento, no site da ERC apenas estão registadas sondagens relativas a Lisboa, Porto, Faro e Cascais, não havendo qualquer sondagem oficial para o concelho de Aveiro.
Plano de Pormenor do Parque Desportivo de Aveiro entra em discussão pública na próxima quarta-feira
De acordo com a nota, a proposta do plano, acompanhada pelo Relatório Ambiental, respetivo resumo não técnico, pareceres e ata da Conferência Procedimental, pode ser consultada presencialmente no Atendimento Público da Câmara Municipal (Centro de Congressos de Aveiro, Cais da Fonte Nova), de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30; na Loja, Turismo e Museu (Museu da Cidade), na Rua João Mendonça, n.º 9/11, todos os dias das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 18h00; ou no portal institucional do Município, em www.cm-aveiro.pt<http://www.cm-aveiro.pt/> . As participações podem ser enviadas por correio eletrónico para [email protected]<mailto:[email protected]>, por correio registado para Edifício Centro de Congressos, Cais da Fonte Nova, 3800-200 Aveiro, ou entregues presencialmente, utilizando o modelo próprio disponível nos locais de consulta pública e online. Recorde-se que o Plano de Pormenor do Parque Desportivo de Aveiro foi aprovado na reunião camarária de 24 de junho, tendo regressado na passada terça-feira, 2 de setembro, novamente, à Câmara depois do plano ter recebido parecer desfavorável de três entidades, sobretudo devido à “existência de um gasoduto de alta pressão que não foi considerado e sobre o qual estavam mesmo previstas construções”, conforme explicou José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro. Do lado da oposição, o vereador socialista Fernando Nogueira manifestou preocupação com a resposta habitacional prevista no plano. A proposta camarária contempla a construção de “169 fogos” a custos controlados, número que o socialista considera “insuficiente”. O plano de pormenor acabou por ser aprovado por maioria, com a abstenção do vereador independente Rui Carneiro e o voto contra do PS. Na nota, o Município de Aveiro recorda ainda que a proposta do plano de pormenor representa uma “intervenção estruturante com quase 30 anos de preparação, iniciada com a Revisão do Plano Diretor Municipal em vigor desde dezembro de 2019”. "O plano prevê a requalificação e valorização da área envolvente aos atuais equipamentos desportivos, com novas zonas habitacionais, áreas comerciais, serviços, espaços empresariais e equipamentos, reforçando a competitividade de Aveiro nos planos turístico, social, cultural e económico, e promovendo uma estratégia de crescimento sustentável e coeso”, explica. “Concluído o período de participação pública, todas as contribuições serão analisadas pela CMA antes da deliberação final em sede de Assembleia Municipal de Aveiro”, finaliza.
PS Aveiro apresenta hoje José Júlio Conceição como candidato à Junta de Santa Joana
José Júlio Conceição é atualmente presidente da direção do Centro Social Santa Joana Princesa. Químico de profissão, está atualmente aposentado, e fez parte da Assembleia de Freguesia durante “oito anos”. Citado numa nota de imprensa enviada à Ria, o candidato afirma que se candidata “por muitas razões, mas a principal é o notório atraso e a falta de desenvolvimento e de estruturas que existem na freguesia”. Nas últimas eleições autárquicas, a coligação 'Aliança com Aveiro' (PSD/CDS/PPM) venceu com 53,40% dos votos, alcançando oito mandatos. A coligação 'Viva Aveiro' (PS/PAN) ficou em segundo lugar com 28,43% dos votos, conquistando quatro mandatos, e o Bloco de Esquerda obteve um mandato. A CDU não teve representação. Recorde-se que ontem, 4 de setembro, estava ainda prevista a apresentação de Jaime Paulo como candidato do PS à Junta de Freguesia de Esgueira, mas a cerimónia foi adiada devido ao decreto de luto nacional. Em nota, o PS de Aveiro referiu que a nova data será anunciada “em breve”.
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Ainda assim, sublinhou o potencial de crescimento de Santa Joana, que classificou como “a freguesia de Aveiro com maior potencial de crescimento em todos os indicadores” - do aumento da população à qualidade de vida, do nível de escolaridade à participação cívica, passando pelos indicadores ambientais. Já José Júlio Conceição começou a sua intervenção a exprimir o “enorme gosto” e a “extraordinária motivação” que sentiu a olhar para aquela plateia. “É sinónimo, claramente, de áreas de mudança”, vincou. Abordando a gestão da junta, o candidato socialista aproveitou para recordar que a freguesia sempre foi governada “pelo PSD ou AD”. “E vão lá 41 anos”, recordou. No seguimento, lançou a questão: “O que temos na freguesia, atualmente, estruturante e durante 41 anos?”. “Eu deixo essa resposta para os adversários, que com certeza deverão estar com extrema atenção ao que vamos dizer”, respondeu prontamente. Numa crítica direta à atual gestão da Junta, José Júlio Conceição assinalou que, para além da melhoria da rede viária, dos sistemas de esgotos e do abastecimento de água – obras que atribuiu sobretudo à autarquia –, “pouco mais foi feito por iniciativa própria da junta”, apontando, como exemplo, a ausência de infraestruturas desportivas. “Temos apenas um único clube desportivo na freguesia que não é apoiado. Temos três associações culturais atualmente, quando há uns anos passava de uma dúzia. Não temos um espaço exclusivo e dedicado à cultura e ao associativismo. Nem biblioteca digna desse nome, nem piscina, nem cemitério, nem polidesportivo, entre outras”, enumerou. “Afinal, não temos nada na freguesia. Somos de facto uma freguesia de exceção. Eles também o dizem”, sintetizou o candidato à Junta, criticando ainda a “falta de acessibilidades dignas à freguesia”. À semelhança do discurso de Helena Graça, candidata à presidência da Junta de Freguesia de Oliveirinha pelo PS, também José Júlio fez questão de vincar que -caso vençam- serão “diferentes” e farão questão de “acompanhar todos os lugares como se a freguesia apenas tivesse um”. “Desde o Corisco, ao Caião, ao Griné (…) para nós tudo é Santa Joana e merecerá a nossa atenção”, atentou. O candidato defendeu ainda que a solução para a freguesia passa por “dinamizar e criar oportunidades”. “Temos tudo para crescer, falta apenas uma liderança com visão, compromisso e coragem.E é essa liderança que nos propomos a assumir convosco. Queremos uma junta de freguesia mais próxima, mais transparente e mais solidária”, disse. Entre as propostas que pretende implementar, José Júlio Conceição destacou áreas como a “qualidade e bem-estar”; “mobilidade e acessibilidade”; “ambiente e sustentabilidade”; “desporto cultura e lazer”; “participação e proximidade” e a “edificação do cemitério”. “Peço-vos então a confiança.Não com promessas vazias, mas com a convicção de que vamos devolver a Santa Joana a energia, o dinamismo e o futuro que tem faltado”, apelou. Também Alberto Souto de Miranda, candidato do PS à Câmara de Aveiro, marcou presença na sessão e sublinhou a forte mobilização popular. “Mais uma vez, as cadeiras não chegaram. Isto está a correr bem. Muito bem”, comentou. O candidato recordou ainda o papel “decisivo” dos socialistas Carlos Candal e Custódio Ramos na fundação da freguesia, garantindo que “a nossa obrigação política é refundá-la, vencendo as próximas eleições”. Num momento inesperado, dirigiu-se diretamente a Cláudia Cruz Santos, cabeça de lista à Assembleia Municipal pelo PS Aveiro, para evocar a última sessão Assembleia Municipal, onde esteve em votação o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso. Nessa ocasião, lançou críticas a Luís Souto de Miranda, presidente da Assembleia Municipal e candidato da coligação “Aliança com Aveiro” (PSD/CDS-PP/PPM): “Se tivéssemos um presidente como o Carlos Candal, aquela triste cena da última Assembleia Municipal não teria acontecido. Ele era um homem com voz própria, com pensamento autónomo, corajoso e capaz de dar um murro na mesa quando era preciso”. Tal como o candidato à Junta lançou ainda críticas diretas à gestão da mesma referindo que a freguesia “está igual”: “A Câmara não fez nada aqui (…) e a Junta também não”, vincou. “Santa Joana, infelizmente, continua com o caos viário, com a falta de passeios, com a falta de zonas verdes, e aqui (…) não há capela mortuária por uma razão mais profunda: É que aqui não hásequer cemitério”, atirou. Alberto Souto de Miranda avançou ainda que o PS já tem identificado um terreno para a construção do cemitério e manifestou a expectativa de que o projeto venha a concretizar-se num futuro mandato socialista. Dirigindo-se novamente a Luís Souto, Alberto Souto de Miranda afirmou que o candidato social-democrata “acordou hoje preocupado”. “Preocupado porque sabe que as populações têm consciência de que nada se fez. A Câmara não fez nada, ou fez muito pouco, e as freguesias pouco ou nada fizeram”, apontou. Segundo o candidato socialista à Câmara, a resposta de Luís Souto foi anunciar “um pacto com as freguesias”, que classificou como um mero gesto eleitoral. “Mas como ele é o candidato da continuidade, isto é apenas um pacto para freguês ver. Porque nada se fez, e a continuidade será não fazer nada”, criticou. Alberto Souto de Miranda aproveitou ainda para atacar opções urbanísticas recentes na cidade. “Já sabíamos que ele aprecia os erros que foram cometidos, como o Rossio ou a Avenida. “Ainda hoje, não sei se ouviram as sirenes, os que vieram lá ver, mas houvequem tivesse gravado (…) o carro dos bombeiros novos, absolutamente encurralado para tentar passar na Avenida. Tiveram de ser os bombeiros, parecia um filme, neste caso trágico ou cómico, aapear-se e a ajudarem (...) para o carro dos bombeiros poder prosseguir”, relatou. E rematou: “A Avenida foi um erro, o Rossio foi um erro e, na verdade, ele gosta de dar continuidade aos erros, como ainda esta semana vimos na Assembleia Municipal, a propósito do Cais do Paraíso”. Abordando estas opções urbanísticas como “erros”, Alberto Souto de Miranda acrescentou: “Com tantos erros, constrói-se um futuro errado, ou não se constrói futuro nenhum. Destrói-se o futuro que poderíamos ter, destrói-se o valor paisagístico que ia ser criado, o nosso valor identitário. É isso que vai acontecer se ele, porventura, fosse eleito”. O candidato socialista voltou a centrar-se na votação do Plano de Pormenor do Cais do Paraíso na última Assembleia Municipal. Recordou que José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, garantiu [na última Assembleia], interpelado por Pedro Pires da Rosa, deputado municipal pelo PS, que a revogação do plano seria “claro e cristalino” e não implicaria qualquer tipo de indemnização para a empresa. Alberto Souto de Miranda contestou essa interpretação: “Se o Plano de Pormenor entrar em vigor e, durante a sua vigência, surgir um pedido de licenciamento e depois alguém revogar o plano, sim, haverá indemnizações a pagar”. “Eu espero que todas as pessoas que votaram comecem a fazer as suas economias, porque deveriam ser elas a suportar a indemnização que a Câmara terá que pagar”, continuou. No seguimento voltou a reafirmar que “comigo essa aberração não passará”. “Nós entendemos que o interesse público tem que prevalecer sob o interesse privado”. “A Câmara Municipal não pode ser o gabinete de desenho de um investidor privado”, sublinhou. Alberto Souto de Miranda avisou ainda que “não aceitamos lições de trabalho com as freguesias”. Numa menção direta à obra do Rossio, o candidato socialista disse ainda que: “Não gastámos 20 milhões a fazer 180 lugares de estacionamento. Investimos 20 milhões a dotar todo o município da rede de saneamento.É essa a diferença”, vincou.
UA e Fábrica Centro Ciência Viva colaboram em projeto sobre oceano profundo para a Expo Osaka 2025
A apresentação do projeto surge na sequência das “Missões Mar Profundo 1, 2, 3, 4 e 5”. “Esta nova missão continua a explorar o cruzamento entre arte, ciência, educação e sensibilização ambiental, agora num contexto particularmente relevante”, explica uma nota de imprensa enviada à Ria. Com o tema do pavilhão “Oceano, Diálogo Azul”, Portugal terá um lugar “de destaque” na exposição mundial como uma “nação profundamente ligada ao mar”. O ‘Deep Listening Deep Sea(ing)’ “dará voz ao oceano profundo, um tema de extrema relevância ambiental, e fará ressoar as múltiplas vozes de crianças, adolescentes, jovens, professores, artistas e cientistas que estiveram envolvidas nas várias missões anteriores”, sintetiza a nota. Além da parceria com a UA e a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, o ‘Deep Listening Deep Sea(ing)’ envolveu ainda os contributos da Companhia de Música Teatral, da Universidade de Bergen (NO) e da Academia Internacional de Marvão para a Música, Artes e Ciências. Contou ainda com o apoio do CIIMAR e da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental e foi financiado pelos EEA Grants.
Guerra de “sondagens” marca sábado de campanha autárquica em Aveiro
O sábado de campanha em Aveiro ficou marcado pela divulgação de dados eleitorais que não cumprem os critérios legais definidos para as sondagens. Ao início da manhã, a candidatura de Alberto Souto fez chegar à comunicação social informação relativa a uma “sondagem interna” realizada pela empresa GFK e encomendada pela direção nacional do PS. Segundo os números divulgados, o PS recolheria 36% nas intenções de voto, seguido da coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS/PPM) com 31%, do Chega com 16%, sem especificar os resultados dos restantes partidos. No que toca aos candidatos, Alberto Souto surge em primeiro lugar com 46%, à frente de Luís Souto, com 22%, e de Diogo Machado, com 19%. A informação foi noticiada em primeira mão pelo Notícias de Aveiro, mas não se conhece até ao momento qualquer ficha técnica a acompanhar a sondagem, nem consta qualquer registo no site da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), condição necessária para que possa ser considerada como uma sondagem oficial. A reação não tardou. Luís Souto acusou os socialistas de “ilusionismo” e recordou “a histórica derrota de Medina em Lisboa, apesar das ótimas sondagens que o PS divulgava”. O candidato da ‘Aliança com Aveiro’ ironizou ainda sobre a mobilização do adversário e garantiu que a sua candidatura continuará “com humildade, ouvindo as pessoas”. Apesar de criticar a candidatura adversária pela sondagem interna realizada, também a publicação de Luís Souto é acompanhada por uma imagem com outra “estimativa de intenções de voto”, divulgada por uma página de redes sociais, denominada ‘Intrapolls’, com dados recolhidos através de um formulário Google, que atribui 42% à AD, 31% ao PS e 15% ao Chega, entre outros valores. Também neste caso não existe ficha técnica disponível nem qualquer depósito na ERC. Em Portugal, a lei estabelece que apenas empresas credenciadas pela ERC podem realizar sondagens com fins de publicação. Nem a GFK, nem a Intrapolls, surgem no site oficial da ERC como empresas credenciadas. Para terem valor legal, os estudos têm de ser previamente depositados junto da entidade reguladora e, sempre que divulgados, acompanhados pela ficha técnica completa, contendo informações como universo, amostra, método, datas da recolha, margem de erro e entidade que encomendou o trabalho. Sem esses elementos, os números não têm estatuto de sondagem e não podem ser tratados como tal pelos órgãos de comunicação social. Até ao momento, no site da ERC apenas estão registadas sondagens relativas a Lisboa, Porto, Faro e Cascais, não havendo qualquer sondagem oficial para o concelho de Aveiro.
Domingo há eclipse total da Lua, mas "não será muito fácil” vê-lo em Portugal
“Vamos ter a Lua cheia e o que acontece é que a Terra vai ficar à frente da Lua, vai ficar entre o Sol e a Lua e vai bloquear a luz que naturalmente chegava à Lua”, explicou o coordenador da comunicação e investigador daquele instituto. Filipe Pires adiantou que, escondida pela Terra, quando aparecer em Portugal nesse dia a Lua estará “muito mais escura”, com “uma tonalidade ligeiramente avermelhada”. “A única luz que consegue chegar à Lua é aquela que passa pela atmosfera da Terra, e a única luz que consegue realmente passar pela atmosfera da Terra é a luz vermelha”, disse, acrescentando que o fenómeno é designado de “forma apelativa” como Lua de Sangue. O investigador contou que nas suas observações do fenómeno vê sempre a Lua acastanhada, mas explica que se for tirada uma fotografia, conseguindo-se “captar muito mais luz que aquela que o nosso olho vê”, o planeta satélite aparece nas fotos com “um tom mais avermelhado”. Filipe Pires, que também trabalha no Planetário do Porto, disse que no domingo o eclipse poderá começar a ser visto em Portugal “por volta das oito da noite”, com a Lua a “nascer já relativamente ocultada”. “Depois a Lua vai saindo da sombra da Terra e ainda tem sombra até por volta das 21:00”. Para ver o fenómeno, devemos olhar para o lado nascente e “temos que obrigatoriamente ter uma visão completamente desimpedida” do horizonte, existindo essa possibilidade no Algarve e em zonas altas do interior de Portugal. Disse ainda que o eclipse "não é um fenómeno muito raro”, acontecendo mais ou menos de seis em seis meses, nas épocas do ano em que “o plano com que a Lua anda à volta da Terra coincide com o plano com que a Terra anda à volta do Sol”. Segundo informação divulgada pelo portal de notícias Sapo, este eclipse poderá ser visto, pelo menos de forma parcial, por cerca de 88% da população mundial (mais de sete mil milhões de pessoas) e, na totalidade, por 77%, o que corresponde a mais de 6,27 mil milhões de pessoas.