Autárquicas: Livre marca “crescimento” do partido ao entregar listas na estreia do partido em Aveiro
O Livre entregou as listas de candidatos aos órgãos autárquicos do Município de Aveiro na manhã de hoje, dia 18. À conversa com a Ria, Bruno Fonseca, cabeça-de-lista do Livre à Câmara Municipal (CM) e à Assembleia Municipal (AM), afirma que o facto de o Livre se candidatar pela primeira vez em Aveiro é sinal de que o partido está a crescer. O objetivo é, de acordo com o candidato, “conseguir mandatos”.
Redação
Bruno Fonseca ainda não pensa em vitórias eleitorais, mas quer que as ideias do Livre “fiquem em cima da mesa” depois das eleições. De acordo com o cabeça-de-lista, o mais importante é apostar numa política de proximidade e ouvir as pessoas para depois construir o programa do Livre, assente nas preocupações com a sustentabilidade, habitação e mobilidade.
Ao contrário do que o Livre já tinha adiantado à Ria no momento da apresentação da sua candidatura, o partido só vai estar presente na disputa eleitoral nas freguesias de Glória e Vera Cruz e Esgueira. Bruno Fonseca diz que foi feito um esforço para que o partido também apresentasse uma candidatura a Aradas, mas acabou por não ser sucedido. Para além da candidatura à Câmara e à Assembleia Municipal, Bruno Fonseca é também o número um da corrida à Junta de Esgueira, enquanto Aurora Cerqueira encabeça a lista candidata à Junta de Freguesia de Glória e Vera Cruz.
Depois de, conforme noticiado pela Ria, o Bloco de Esquerda ter comunicado na semana passada que não conseguiu um entendimento entre os partidos da “esquerda progressista”, agora é a vez de o Livre confirmar ter havido divergências entre os partidos. Bruno Fonseca afirma que, depois de a CDU se ter colocado de fora das negociações no primeiro momento, as conversas entre PS, Livre, BE e PAN percorreram o “percurso normal”, mas que “opiniões diferentes do que deveria ser o foco” desta campanha dificultaram um acordo entre os partidos.
Recomendações
Santana Lopes admite vitória do PS em Aveiro e considera disputa “insólita” entre irmãos Souto
O antigo primeiro-ministro e atual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz – que agora lidera uma candidatura do PSD/CDS à mesma autarquia - destacou o caráter inédito da corrida eleitoral, marcada pelo confronto direto entre irmãos: Alberto Souto, candidato do PS, e Luís Souto, escolhido por Luís Montenegro como candidato pela coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS/PPM). “É algo de insólito, não é? É certo que um é do PS e outro é do PSD. E pronto, não era esperável. Aliás, acho que nunca aconteceu em lado nenhum haver assim dois irmãos na disputa”, afirmou Santana Lopes, sublinhando que a decisão de avançar com Luís Souto partiu da direção nacional do PSD contra a opinião do atual presidente da autarquia. “Luís Montenegro quis apostar neste candidato contra a opinião de Ribau Esteves. (...) Acabaram por impor esta escolha. Mas, de facto, é irmão contra irmão.” Apesar de reconhecer o trabalho do atual autarca, Santana Lopes não excluiu uma mudança: “Aveiro deu um grande salto. Ele [Ribau Esteves] fez muitas obras difíceis. Tem um feito complicado, mas todos temos. Mas o PS pode ganhar.” Acrescentando logo de seguida “está renhido”. Santana Lopes encerrou a análise com uma nota pessoal sobre a disputa familiar: “Não sei se a Marisa tem irmãos. Espero nunca passar por isso. Concorrer a uma eleição contra um irmão. (...) Não estou a criticar, mas quer dizer, não consigo imaginar. Cada um tem o seu feitiço, a sua maneira de ser...”.
‘Aliança’ entrega listas para Aveiro com “renovação profunda” e com muitos apoiantes presentes
“Ele não costuma participar na entrega [das listas]”, escusou-se o candidato à presidência da Câmara Municipal de Aveiro, Luís Souto, que garante estar em contacto “quase diário” com Ribau Esteves. Lembrado que o atual presidente acompanhou Luís Montenegro ao Tribunal aquando da entrega de listas da AD no círculo eleitoral de Aveiro para as eleições legislativas do passado dia 18 de maio, Luís Souto considera que se tratava de “outro contexto”. O cabeça-de-lista da “Aliança” sublinha que o autarca tem cumprido os mínimos no apoio à sua candidatura e admite que “se ele, entretanto, tiver um bocadinho de agenda e entenda [aparecer numa ação de campanha], nós ficaríamos muito felizes”. Apesar do atual presidente da CMA ter sido muito crítico, numa fase inicial, da opção tomada pelo primeiro-ministro ao indicar Luís Souto como candidato à autarquia, a verdade é que Ribau Esteves já veio assumir o apoio à candidatura e Luís Souto parece cada vez mais alinhado com o edil aveirense. O candidato e o aparelho partidário acreditam que, depois de tempos mais agitados, Ribau Esteves vai gradualmente participar nas iniciativas e mostrar que o partido está unido no essencial: impedir que o Partido Socialista e Alberto Souto voltem a governar a autarquia. Entre as bandeiras do PSD e da coligação - ainda com o nome ‘Aliança Mais Aveiro’ - Luís Souto foi tirando fotografias com todas as equipas candidatas aos órgãos autárquicos do Município, agradecendo sempre a presença das diferentes listas das freguesias. Entre as fotos, o candidato surgiu junto à equipa que o acompanha na disputa pela Câmara Municipal e que agora se deu finalmente a conhecer. Nas palavras de Luís Souto, é uma “renovação profunda” para dar um “sinal de novo ciclo”. Entre os candidatos que surgem em lugar elegível, apenas a vereadora Ana Cláudia Oliveira, indicada pelo CDS-PP, é uma repetição nas listas. A principal surpresa foi Rui Santos, atual presidente da Assembleia Municipal de Vagos, que é o número dois de Luís Souto. O cabeça-de-lista enaltece a “experiência política” do colega e afirma que a escolha “dá um sinal importante de que Aveiro está muito para além dos limites do concelho”. Depois de ter criticado Alberto Souto, candidato do Partido Socialista, por ser candidato sem residir no concelho de Aveiro, Luís Souto recusa qualquer hipocrisia ou semelhança: “Eu disse que era vantajoso que o presidente da Câmara de Aveiro seja residente em Aveiro para ser coerente com todas as medidas que ele próprio vai tomar […]. Acho um princípio interessante de que o presidente seja alvo das medidas que ele toma”. Para número quatro da lista à Câmara Municipal de Aveiro, Luís Souto escolheu Pedro Almeida, que é professor convidado na Universidade de Aveiro e ex-diretor do PCI - Parque da Ciência e da Inovação. De acordo com o cabeça-de-lista, a escolha “traz consigo a aposta na digitalização, na modernização dos processos e na inovação”. Nesse sentido, o candidato aproveitou para responder à oposição, que se tem mostrado contra o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, embora sem nunca mencionar o processo. Luís Souto diz que tem vindo a assistir a uma “cruzada que já não é só do Partido Socialista” contra o investimento em Aveiro, numa referência aos restantes candidatos que têm partilhado a sua opinião contra o projeto. No entanto, embora defenda que Ribau Esteves continua a ter “plena legitimidade formal e política” para tomar decisões até ao final do seu mandato, o candidato não se comprometeu em não fazer qualquer alteração aos últimos projetos do atual presidente, caso venha a ser eleito. Durante a conversa com os jornalistas, Luís Souto teve ainda tempo de piscar o olho ao eleitorado do Chega. O cabeça-de-lista da “Aliança” nota que o aparecimento desta força política “só pode favorecer o Partido Socialista”, porque vai roubar espaço ao centro-direita, até agora nas mãos da coligação. Por ainda acreditar ser representante dessa ala política, o candidato deixa um apelo aos aveirenses que “tenham uma admiração pelo Chega a nível nacional”, algo que diz respeitar, e por André Ventura, cujas qualidades “ninguém pode negar”: “Não vejo razão para que não se possam rever neste espaço, que tem sido o espaço de toda esta área”. Foi há poucos meses que Luís Souto se apresentou aos aveirenses como candidato à autarquia aveirense pela coligação ‘Aliança com Aveiro’. Numa sessão pública de apresentação da candidatura, numa unidade hoteleira da cidade, Luís Souto deixava claro aquela que passaria a ser uma das suas linhas orientadoras: inovação, mas sem rutura com o passado. O candidato escolhido por Luís Montenegro assumia assim que pretendia dar continuidade ao “bom trabalho” que reconhece à atual liderança de Ribau Esteves, mas também prometia “elementos de inovação”. Foi o que aconteceu. Depois de toda a polémica associada à sua escolha como candidato à CMA, não era expectável que a maioria dos elementos da equipa de Ribau Esteves surgisse nas novas listas autárquicas - e acabou por se confirmar. Tal como a estratégia seguida por Alberto Souto, também Luís Souto optou por uma renovação profunda das listas da coligação à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal. Do atual Executivo Municipal, apenas Ana Claúdia Oliveira, atual presidente da concelhia do CDS-Aveiro, transita para a lista à Câmara Municipal, sendo que as restantes escolhas são caras novas e várias com ligações à Universidade de Aveiro, em lugares elegíveis. A grande surpresa é, inevitavelmente, a escolha de Rui Santos, advogado, ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Vagos, entre 2009 e 2013, e atual presidente da Assembleia Municipal de Vagos - cargo que exerce desde 2017. Figura próxima de Silvério Regalado (presidente da Câmara Municipal de Vagos até 2024 e atual secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território), Rui Santos começou a ser visto ao lado de Luís Souto pouco tempo depois do anúncio da sua candidatura à autarquia aveirense. Nos bastidores do partido fala-se que a sua entrada no núcleo duro de Luís Souto resulta de uma indicação de Silvério Regalado e da distrital do PSD, com o objetivo de acrescentar experiência política à coligação. Nos sociais-democratas reconhece-se como desvantagem o facto de Rui Santos não ser visto como um “homem de Aveiro”, mas acredita-se que a sua rodagem autárquica é essencial para complementar a ação governativa de Luís Souto. Opinião diferente tem o núcleo duro de Ribau Esteves, onde há quem considere que a entrada de Rui Santos é uma forma de posicionar Silvério Regalado como futuro pretendente à autarquia de Aveiro, depois de ter sido apontado como um dos nomes mais falados já para esta eleição. Em terceiro lugar surge, sem surpresas, Ana Cláudia Oliveira, atual presidente da concelhia do CDS-Aveiro e vereadora de Ribau Esteves com os pelouros da Mobilidade, Transportes e Obras Particulares. É a única integrante da equipa de Luís Souto, em lugares elegíveis, com experiência executiva numa Câmara Municipal. Caso a coligação vença, é expectável que reforce responsabilidades no Executivo, capitalizando o conhecimento adquirido nos últimos anos. Já como número 4 e 5, Luís Souto optou por fugir da ‘bolha partidária’ e escolheu duas figuras independentes, com percurso profissional relevante. Curiosamente, há duas coisas em comum na estratégia de Luís Souto e Alberto Souto na composição das listas: a opção por colocarem nos lugares cimeiros candidatos mais ligados às estruturas partidárias e a opção por colocarem logo de seguida figuras independentes com passado ligado à Universidade de Aveiro. É o caso de Pedro Almeida, número 4 da lista da ‘Aliança com Aveiro’. Formou-se em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro e iniciou a sua carreira como investigador no IEETA - Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro, entre 2000 e 2007. Ao longo dos últimos anos, conta com passagens pela Inova-Ria, como presidente da direção, e pela Associação de Antigos Alunos da UA como vice-presidente. Mas o seu percurso profissional foi essencialmente na Associação Fraunhofer Portugal Research, uma organização privada sem fins lucrativos criada pela Fraunhofer-Gesellschaft - o maior instituto de investigação aplicada da Europa - em parceria com entidades portuguesas. Desde novembro de 2013 que está ligado a esta associação, tendo apenas feito uma pausa para assumir a direção-geral do Parque da Ciência e Inovação (PCI), depois de ser proposto para estas funções pelo maior acionista do parque: a Universidade de Aveiro. Em quinto aparece Rui Marques Vieira, professor auxiliar com agregação no Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro e investigador do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da UA, onde tem desenvolvido estudos de investigação na área da formação de professores, desenvolvimento curricular, com destaque para a dimensão das capacidades de pensamento crítico, didática de educação em ciências para o ensino básico e educação para o desenvolvimento sustentável. Destaca-se ainda na candidatura à Câmara Municipal a indicação do CDS-PP de Inês Mineiro, empresária local que chegou a ser deputada municipal pelo partido em Aveiro, como número 6; a presença de António Granjeia, atual presidente do Clube dos Galitos, como suplente; e a escolha da ex-deputada do partido, Isménia Franco, para fechar a lista. Já na lista à Assembleia Municipal, Luís Souto opta também por um equilíbrio entre a renovação e a entrada de quadros com experiência em órgãos municipais. Tal como anunciado, a lista será liderada por Miguel Capão Filipe, indicado pelo CDS-PP. O atual vereador de Ribau Esteves será acompanhado de nomes como Armando Vieira, ex-presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha e do conselho diretivo da ANAFRE, Joaquim Marques, ex-vereador do PSD nos tempos em que Alberto Souto era o presidente autarquia, Gonçalo Caetano Alves, ex-vereador e ex-presidente da concelhia do CDS-Aveiro e um empresário conhecido do setor privado da educação, ou de Maria Costa Veiga, atual secretária da Assembleia Municipal e uma pessoa próxima de Ângela Almeida, atual presidente da Junta de Freguesia de Esgueira. Fecha a lista o histórico autarca de São Bernardo, o atual presidente da Junta de Freguesia Henrique da Rocha Vieira. Destaca-se ainda a presença de Leonardo Maio e Ana Carlota Braga, presidentes da JSD e da JP, respetivamente, que garantem a presença de jovens na lista ao estarem em lugares elegíveis na lista à Assembleia Municipal. Recorde-se que no passado, a JSD-Aveiro chegou a ter um presidente em lugares elegíveis na lista à CMA: foi o caso de João Machado, atual vereador, nas eleições autárquicas de 2017. A Ria sabe que nos bastidores do partido há a consciência de que será difícil continuar a garantir a eleição de seis vereadores. Para além do partido estar a viver uma mudança de ciclo, com a saída de Ribau Esteves, há também o surgimento de novos partidos, que ajudam a dispersar o voto dos eleitores, e a expectativa que o Chega reforce significativamente o seu resultado. Apesar disso, o núcleo duro da candidatura e os seus militantes mais próximos continuam muito confiantes num vitória destacada, porque acreditam que a coligação ‘Aliança com Aveiro’ tem uma enorme vantagem nas freguesias, onde o PS não tem qualquer presidência, e que os eleitores aveirenses não avaliam como positivo os mandatos de Alberto Souto à frente da autarquia, fruto da sua gestão financeira. 1. Luís Souto Miranda 2. Rui Santos 3. Ana Cláudia Oliveira 4. Pedro Almeida 5. Rui Marques Vieira 6. Inês Mineiro 7. Sílvia Ribau 8. Ricardo Matos 9. Teresa Christo Suplentes 1. Ana Estrela Esteves 2. António Granjeia 3. Célia Maio 4. João Jubero 5. Maria Brito 6. Rui Félix Duarte 7. Carlos Fonseca 8. Sandra Pereira 9. Isménia Franco 1. Luís Miguel Capão Filipe 2. Armando Vieira 3. Sónia Gomes 4. Joaquim Marques 5. Gonçalo Caetano Alves 6. Maria Costa Veiga 7. Leonardo Maio 8. Arlindo Tavares 9. Ana Carlota Braga 10. Manuel Cartaxo 11. Armando Peres 12. Ana Oliveira 13. Nuno da Paula 14. João Manuel Oliveira 15. Ana Salomé Ferreira 16. José Gonçalves 17. Manuel Veríssimo Marques 18. Bárbara Dias 19. Victor Oliveira 20. Maria Abreu 21. Luís Claro de Jesus 22. Joana Paixão 23. Eneide Ferreira 24. Eduardo Jardim 25. Ana Almeida 26. Rodrigo Frade 27. Henrique da Rocha Vieira Suplentes 28. Marta Lopes 29. Rui Almeida 30. João Rocha 31. Beatriz Santos 32. Danilo Almeida 33. António Carapinheira 34. Vânia Simões 35. Rogério Cachide 36. Manuel Casimiro 37. Mariana Tavares 38. Ricardo Sabino 39. Joaquim Ferreira 40. Isabel Ramos 41. Marisa Coutinho 42. Diogo Nascimento 43. André Estima Duarte 44. Lara Mendonça 45. Miriam Rocha 46. Ricardo Sá 47. Ana Moreira 48. Tomé Coutinho 49. Ana Catarina Silva 50. Anabela Nunes 51. Gonçalo Vieira 52. Pedro Torres 53. Flora Santos 54. Carlos Pais
Autárquicas: Ana Rita Moreira será a candidata do PAN à Câmara de Aveiro
A candidata tem 24 anos, é natural da Covilhã e reside em Aveiro há quatro anos. Apesar de não ter experiência política, em entrevista à Ria, garantiu que a entrega será “total e a disponibilidade também”. À Ria acrescentou também que a equipa será “coesa” e com “objetivos definidos”. Para estas eleições autárquicas, Ana Rita Moreira assegurou que o programa do PAN Aveiro assentará em quatro “grandes prioridades”: habitação; mobilidade; proteção animal e espaços verdes. No que toca ao primeiro campo reconheceu que a questão da oferta e da procura é “muito complexa”. “Há um grande problema a nível nacional, mas aqui na zona de Aveiro é uma questão que tem de ser trabalhada”, frisou. Para tal, a candidata revelou que o partido quer aumentar a “oferta da habitação pública e garantir soluções acessíveis e sustentáveis”. Relativamente à mobilidade, a cabeça de lista apelou à promoção de transportes públicos “mais eficientes e acessíveis”, bem como ao melhoramento das ligações entre o centro de Aveiro e as próprias freguesias. Na proteção animal sublinhou um maior investimento no centro de recolha oficial de animais de companhia, assim como nas campanhas de esterilização. No que toca aos espaços verdes, o partido quer trazer para a cidade de Aveiro “mais zonas acessíveis e levar a cabo a manutenção e o cuidado dessas mesmas áreas”, alegando ser essencial para o bem-estar das pessoas. Ao contrário dos restantes partidos que já procederam à entrega de listas de candidatos no tribunal, o PAN Aveiro apenas concorrerá à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal. O partido procederá à entrega de listas a estes órgãos autárquicos na tarde de hoje, dia 18. Recorde-se que nas últimas autárquicas, em 2021, o PAN apresentou-se coligado com o PS, tendo a coligação “Viva’Aveiro” alcançado “26%” dos votos. Em 2017, quando concorreu sozinho, o partido [PAN] obteve “3,29%”, com o PS a somar “30,97%”. Lembre-se ainda que já, em entrevista à Ria, no âmbito do podcast eleições autárquicas, Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro, exprimiu que na sua opinião a coligação [com o PAN] tinha “falhado”. “Falhou o recurso a determinadas pessoas da sociedade civil, que em determinado momento até podem ter tido uma ação que foi importante, em determinado contexto e muito circunscrito, como por exemplo a questão do líder do movimento ‘Juntos pelo Rossio’, mas que em sede de eleições autárquicas acabou por revelar que não foram as decisões ideais para melhorarmos o nosso resultado”, opinou também.
Autárquicas: IL entrega listas no Tribunal de Aveiro a sonhar com a eleição de um vereador
Depois de, em 2021, apenas ter apresentado listas para a Câmara Municipal, para a Assembleia Municipal e à Junta de Freguesia de Glória e Vera Cruz, a IL aparece “mais ambiciosa” nas autárquicas de 2025. Desta vez, o partido tenta também eleger em S. Bernardo, Esgueira, Aradas, Cacia e Santa Joana, sendo que apenas o candidato à Câmara Municipal repete a candidatura. Cláudia Rocha, 44 anos, licenciada em Química e doutorada pela Universidade de Aveiro (UA) será a cabeça de lista à Assembleia Municipal depois de Frederico Teixeira ter renunciado ao cargo, comoconforme noticiado pela Ria. Miguel Gomes diz-se “confiante” no projeto que encabeça para “melhorar a vida dos aveirenses”. Como principais bandeiras, refere a aposta na mobilidade, na redução de impostos, no aumento da construção para reforçar a oferta habitacional a preços acessíveis, no aumento da transparência e na diminuição da burocracia. O candidato reforça ainda que é necessário garantir serviços de saúde para todos os cidadãos, sejam eles prestados por entidades públicas ou privadas, e que é preciso que a autarquia “se concentre em obra pública que é realmente importante, em vez de fazer obras supérfluas”. A candidatura ainda ponderou, conforme afirma o candidato, juntar-se à coligação “Aliança Com Aveiro”. No entanto, depois de uma primeira reunião entre os partidos e conforme a Ria já tinha adiantado, a Iniciativa Liberal entendeu que um acordo não lhe seria benéfico e decidiu avançar sozinha. Câmara Municipal de Aveiro – Miguel Gomes Assembleia Municipal de Aveiro – Cláudia Rocha Junta de Freguesia de Glória e Vera Cruz – Marcelo Silva Junta de Freguesia de Aradas – Ana Alves Torrão Junta de Freguesia de Cacia – Moisés Braz Junta de Freguesia de Esgueira – Jaime Faria Junta de Freguesia de Santa Joana – Nuno Oliveira Junta de Freguesia de São Bernardo – Nuno Barraca
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Santana Lopes admite vitória do PS em Aveiro e considera disputa “insólita” entre irmãos Souto
O antigo primeiro-ministro e atual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz – que agora lidera uma candidatura do PSD/CDS à mesma autarquia - destacou o caráter inédito da corrida eleitoral, marcada pelo confronto direto entre irmãos: Alberto Souto, candidato do PS, e Luís Souto, escolhido por Luís Montenegro como candidato pela coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS/PPM). “É algo de insólito, não é? É certo que um é do PS e outro é do PSD. E pronto, não era esperável. Aliás, acho que nunca aconteceu em lado nenhum haver assim dois irmãos na disputa”, afirmou Santana Lopes, sublinhando que a decisão de avançar com Luís Souto partiu da direção nacional do PSD contra a opinião do atual presidente da autarquia. “Luís Montenegro quis apostar neste candidato contra a opinião de Ribau Esteves. (...) Acabaram por impor esta escolha. Mas, de facto, é irmão contra irmão.” Apesar de reconhecer o trabalho do atual autarca, Santana Lopes não excluiu uma mudança: “Aveiro deu um grande salto. Ele [Ribau Esteves] fez muitas obras difíceis. Tem um feito complicado, mas todos temos. Mas o PS pode ganhar.” Acrescentando logo de seguida “está renhido”. Santana Lopes encerrou a análise com uma nota pessoal sobre a disputa familiar: “Não sei se a Marisa tem irmãos. Espero nunca passar por isso. Concorrer a uma eleição contra um irmão. (...) Não estou a criticar, mas quer dizer, não consigo imaginar. Cada um tem o seu feitiço, a sua maneira de ser...”.
‘Aliança’ entrega listas para Aveiro com “renovação profunda” e com muitos apoiantes presentes
“Ele não costuma participar na entrega [das listas]”, escusou-se o candidato à presidência da Câmara Municipal de Aveiro, Luís Souto, que garante estar em contacto “quase diário” com Ribau Esteves. Lembrado que o atual presidente acompanhou Luís Montenegro ao Tribunal aquando da entrega de listas da AD no círculo eleitoral de Aveiro para as eleições legislativas do passado dia 18 de maio, Luís Souto considera que se tratava de “outro contexto”. O cabeça-de-lista da “Aliança” sublinha que o autarca tem cumprido os mínimos no apoio à sua candidatura e admite que “se ele, entretanto, tiver um bocadinho de agenda e entenda [aparecer numa ação de campanha], nós ficaríamos muito felizes”. Apesar do atual presidente da CMA ter sido muito crítico, numa fase inicial, da opção tomada pelo primeiro-ministro ao indicar Luís Souto como candidato à autarquia, a verdade é que Ribau Esteves já veio assumir o apoio à candidatura e Luís Souto parece cada vez mais alinhado com o edil aveirense. O candidato e o aparelho partidário acreditam que, depois de tempos mais agitados, Ribau Esteves vai gradualmente participar nas iniciativas e mostrar que o partido está unido no essencial: impedir que o Partido Socialista e Alberto Souto voltem a governar a autarquia. Entre as bandeiras do PSD e da coligação - ainda com o nome ‘Aliança Mais Aveiro’ - Luís Souto foi tirando fotografias com todas as equipas candidatas aos órgãos autárquicos do Município, agradecendo sempre a presença das diferentes listas das freguesias. Entre as fotos, o candidato surgiu junto à equipa que o acompanha na disputa pela Câmara Municipal e que agora se deu finalmente a conhecer. Nas palavras de Luís Souto, é uma “renovação profunda” para dar um “sinal de novo ciclo”. Entre os candidatos que surgem em lugar elegível, apenas a vereadora Ana Cláudia Oliveira, indicada pelo CDS-PP, é uma repetição nas listas. A principal surpresa foi Rui Santos, atual presidente da Assembleia Municipal de Vagos, que é o número dois de Luís Souto. O cabeça-de-lista enaltece a “experiência política” do colega e afirma que a escolha “dá um sinal importante de que Aveiro está muito para além dos limites do concelho”. Depois de ter criticado Alberto Souto, candidato do Partido Socialista, por ser candidato sem residir no concelho de Aveiro, Luís Souto recusa qualquer hipocrisia ou semelhança: “Eu disse que era vantajoso que o presidente da Câmara de Aveiro seja residente em Aveiro para ser coerente com todas as medidas que ele próprio vai tomar […]. Acho um princípio interessante de que o presidente seja alvo das medidas que ele toma”. Para número quatro da lista à Câmara Municipal de Aveiro, Luís Souto escolheu Pedro Almeida, que é professor convidado na Universidade de Aveiro e ex-diretor do PCI - Parque da Ciência e da Inovação. De acordo com o cabeça-de-lista, a escolha “traz consigo a aposta na digitalização, na modernização dos processos e na inovação”. Nesse sentido, o candidato aproveitou para responder à oposição, que se tem mostrado contra o Plano de Pormenor do Cais do Paraíso, embora sem nunca mencionar o processo. Luís Souto diz que tem vindo a assistir a uma “cruzada que já não é só do Partido Socialista” contra o investimento em Aveiro, numa referência aos restantes candidatos que têm partilhado a sua opinião contra o projeto. No entanto, embora defenda que Ribau Esteves continua a ter “plena legitimidade formal e política” para tomar decisões até ao final do seu mandato, o candidato não se comprometeu em não fazer qualquer alteração aos últimos projetos do atual presidente, caso venha a ser eleito. Durante a conversa com os jornalistas, Luís Souto teve ainda tempo de piscar o olho ao eleitorado do Chega. O cabeça-de-lista da “Aliança” nota que o aparecimento desta força política “só pode favorecer o Partido Socialista”, porque vai roubar espaço ao centro-direita, até agora nas mãos da coligação. Por ainda acreditar ser representante dessa ala política, o candidato deixa um apelo aos aveirenses que “tenham uma admiração pelo Chega a nível nacional”, algo que diz respeitar, e por André Ventura, cujas qualidades “ninguém pode negar”: “Não vejo razão para que não se possam rever neste espaço, que tem sido o espaço de toda esta área”. Foi há poucos meses que Luís Souto se apresentou aos aveirenses como candidato à autarquia aveirense pela coligação ‘Aliança com Aveiro’. Numa sessão pública de apresentação da candidatura, numa unidade hoteleira da cidade, Luís Souto deixava claro aquela que passaria a ser uma das suas linhas orientadoras: inovação, mas sem rutura com o passado. O candidato escolhido por Luís Montenegro assumia assim que pretendia dar continuidade ao “bom trabalho” que reconhece à atual liderança de Ribau Esteves, mas também prometia “elementos de inovação”. Foi o que aconteceu. Depois de toda a polémica associada à sua escolha como candidato à CMA, não era expectável que a maioria dos elementos da equipa de Ribau Esteves surgisse nas novas listas autárquicas - e acabou por se confirmar. Tal como a estratégia seguida por Alberto Souto, também Luís Souto optou por uma renovação profunda das listas da coligação à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal. Do atual Executivo Municipal, apenas Ana Claúdia Oliveira, atual presidente da concelhia do CDS-Aveiro, transita para a lista à Câmara Municipal, sendo que as restantes escolhas são caras novas e várias com ligações à Universidade de Aveiro, em lugares elegíveis. A grande surpresa é, inevitavelmente, a escolha de Rui Santos, advogado, ex-chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Vagos, entre 2009 e 2013, e atual presidente da Assembleia Municipal de Vagos - cargo que exerce desde 2017. Figura próxima de Silvério Regalado (presidente da Câmara Municipal de Vagos até 2024 e atual secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território), Rui Santos começou a ser visto ao lado de Luís Souto pouco tempo depois do anúncio da sua candidatura à autarquia aveirense. Nos bastidores do partido fala-se que a sua entrada no núcleo duro de Luís Souto resulta de uma indicação de Silvério Regalado e da distrital do PSD, com o objetivo de acrescentar experiência política à coligação. Nos sociais-democratas reconhece-se como desvantagem o facto de Rui Santos não ser visto como um “homem de Aveiro”, mas acredita-se que a sua rodagem autárquica é essencial para complementar a ação governativa de Luís Souto. Opinião diferente tem o núcleo duro de Ribau Esteves, onde há quem considere que a entrada de Rui Santos é uma forma de posicionar Silvério Regalado como futuro pretendente à autarquia de Aveiro, depois de ter sido apontado como um dos nomes mais falados já para esta eleição. Em terceiro lugar surge, sem surpresas, Ana Cláudia Oliveira, atual presidente da concelhia do CDS-Aveiro e vereadora de Ribau Esteves com os pelouros da Mobilidade, Transportes e Obras Particulares. É a única integrante da equipa de Luís Souto, em lugares elegíveis, com experiência executiva numa Câmara Municipal. Caso a coligação vença, é expectável que reforce responsabilidades no Executivo, capitalizando o conhecimento adquirido nos últimos anos. Já como número 4 e 5, Luís Souto optou por fugir da ‘bolha partidária’ e escolheu duas figuras independentes, com percurso profissional relevante. Curiosamente, há duas coisas em comum na estratégia de Luís Souto e Alberto Souto na composição das listas: a opção por colocarem nos lugares cimeiros candidatos mais ligados às estruturas partidárias e a opção por colocarem logo de seguida figuras independentes com passado ligado à Universidade de Aveiro. É o caso de Pedro Almeida, número 4 da lista da ‘Aliança com Aveiro’. Formou-se em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro e iniciou a sua carreira como investigador no IEETA - Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro, entre 2000 e 2007. Ao longo dos últimos anos, conta com passagens pela Inova-Ria, como presidente da direção, e pela Associação de Antigos Alunos da UA como vice-presidente. Mas o seu percurso profissional foi essencialmente na Associação Fraunhofer Portugal Research, uma organização privada sem fins lucrativos criada pela Fraunhofer-Gesellschaft - o maior instituto de investigação aplicada da Europa - em parceria com entidades portuguesas. Desde novembro de 2013 que está ligado a esta associação, tendo apenas feito uma pausa para assumir a direção-geral do Parque da Ciência e Inovação (PCI), depois de ser proposto para estas funções pelo maior acionista do parque: a Universidade de Aveiro. Em quinto aparece Rui Marques Vieira, professor auxiliar com agregação no Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro e investigador do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da UA, onde tem desenvolvido estudos de investigação na área da formação de professores, desenvolvimento curricular, com destaque para a dimensão das capacidades de pensamento crítico, didática de educação em ciências para o ensino básico e educação para o desenvolvimento sustentável. Destaca-se ainda na candidatura à Câmara Municipal a indicação do CDS-PP de Inês Mineiro, empresária local que chegou a ser deputada municipal pelo partido em Aveiro, como número 6; a presença de António Granjeia, atual presidente do Clube dos Galitos, como suplente; e a escolha da ex-deputada do partido, Isménia Franco, para fechar a lista. Já na lista à Assembleia Municipal, Luís Souto opta também por um equilíbrio entre a renovação e a entrada de quadros com experiência em órgãos municipais. Tal como anunciado, a lista será liderada por Miguel Capão Filipe, indicado pelo CDS-PP. O atual vereador de Ribau Esteves será acompanhado de nomes como Armando Vieira, ex-presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha e do conselho diretivo da ANAFRE, Joaquim Marques, ex-vereador do PSD nos tempos em que Alberto Souto era o presidente autarquia, Gonçalo Caetano Alves, ex-vereador e ex-presidente da concelhia do CDS-Aveiro e um empresário conhecido do setor privado da educação, ou de Maria Costa Veiga, atual secretária da Assembleia Municipal e uma pessoa próxima de Ângela Almeida, atual presidente da Junta de Freguesia de Esgueira. Fecha a lista o histórico autarca de São Bernardo, o atual presidente da Junta de Freguesia Henrique da Rocha Vieira. Destaca-se ainda a presença de Leonardo Maio e Ana Carlota Braga, presidentes da JSD e da JP, respetivamente, que garantem a presença de jovens na lista ao estarem em lugares elegíveis na lista à Assembleia Municipal. Recorde-se que no passado, a JSD-Aveiro chegou a ter um presidente em lugares elegíveis na lista à CMA: foi o caso de João Machado, atual vereador, nas eleições autárquicas de 2017. A Ria sabe que nos bastidores do partido há a consciência de que será difícil continuar a garantir a eleição de seis vereadores. Para além do partido estar a viver uma mudança de ciclo, com a saída de Ribau Esteves, há também o surgimento de novos partidos, que ajudam a dispersar o voto dos eleitores, e a expectativa que o Chega reforce significativamente o seu resultado. Apesar disso, o núcleo duro da candidatura e os seus militantes mais próximos continuam muito confiantes num vitória destacada, porque acreditam que a coligação ‘Aliança com Aveiro’ tem uma enorme vantagem nas freguesias, onde o PS não tem qualquer presidência, e que os eleitores aveirenses não avaliam como positivo os mandatos de Alberto Souto à frente da autarquia, fruto da sua gestão financeira. 1. Luís Souto Miranda 2. Rui Santos 3. Ana Cláudia Oliveira 4. Pedro Almeida 5. Rui Marques Vieira 6. Inês Mineiro 7. Sílvia Ribau 8. Ricardo Matos 9. Teresa Christo Suplentes 1. Ana Estrela Esteves 2. António Granjeia 3. Célia Maio 4. João Jubero 5. Maria Brito 6. Rui Félix Duarte 7. Carlos Fonseca 8. Sandra Pereira 9. Isménia Franco 1. Luís Miguel Capão Filipe 2. Armando Vieira 3. Sónia Gomes 4. Joaquim Marques 5. Gonçalo Caetano Alves 6. Maria Costa Veiga 7. Leonardo Maio 8. Arlindo Tavares 9. Ana Carlota Braga 10. Manuel Cartaxo 11. Armando Peres 12. Ana Oliveira 13. Nuno da Paula 14. João Manuel Oliveira 15. Ana Salomé Ferreira 16. José Gonçalves 17. Manuel Veríssimo Marques 18. Bárbara Dias 19. Victor Oliveira 20. Maria Abreu 21. Luís Claro de Jesus 22. Joana Paixão 23. Eneide Ferreira 24. Eduardo Jardim 25. Ana Almeida 26. Rodrigo Frade 27. Henrique da Rocha Vieira Suplentes 28. Marta Lopes 29. Rui Almeida 30. João Rocha 31. Beatriz Santos 32. Danilo Almeida 33. António Carapinheira 34. Vânia Simões 35. Rogério Cachide 36. Manuel Casimiro 37. Mariana Tavares 38. Ricardo Sabino 39. Joaquim Ferreira 40. Isabel Ramos 41. Marisa Coutinho 42. Diogo Nascimento 43. André Estima Duarte 44. Lara Mendonça 45. Miriam Rocha 46. Ricardo Sá 47. Ana Moreira 48. Tomé Coutinho 49. Ana Catarina Silva 50. Anabela Nunes 51. Gonçalo Vieira 52. Pedro Torres 53. Flora Santos 54. Carlos Pais
Autárquicas: Professor Nelson Martins corre pelo PS a Vale de Cambra e quer mais população
O docente da Escola EB 2/3 de Dairas diz que as suas propostas partem “de um conhecimento profundo acerca da realidade sociológica, ambiental, económica e natural do concelho” e, em caso de eleição, identifica “12 pilares” como os essenciais da sua estratégia. Um deles é “o crescimento populacional no interior do município”, através de medidas como “incentivos fiscais, apoios financeiros à natalidade, redução de taxas aos empreendedores das zonas rurais e apoio à construção ou requalificação de primeira moradia”. Na lista de prioridades da sua atuação consta também “a rentabilização dos recursos humanos e financeiros da autarquia, começando por perceber quem são, o que fazem e o que se poderá fazer com pessoas, equipamentos e infraestruturas, privilegiando-se a cultura do mérito como forma de promover a excelência”. Outras apostas são “a transparência e a equidade nos atos de gestão, priorizando o rigor e a rentabilização em vez do despesismo e da prática de medidas avulso que nada acrescentam” e ainda “a proximidade aos munícipes, com visitas regulares às várias localidades e o compromisso de, junto das mesmas, servir o interesse coletivo e não se subjugar ao mando de alguns”. Outros eixos da atuação de Nelson Martins são: o alargamento da rede de abastecimento de água ao domicílio e saneamento; a promoção da mobilidade e eficiência dos transportes, com a introdução de um circuito “que permita que as pessoas das localidades mais afastadas se possam deslocar à sede do concelho”; o reforço dos apoios ao movimento associativo; e articulação com os municípios vizinhos, para se tirar proveito dos territórios e potenciar o desenvolvimento da comunidade”. As outras quatro promessas do candidato são “o aproveitamento das oportunidades potenciadas pelo Portugal 2030”, a criação de uma incubadora de empresas, a adoção de medidas para “melhorar a qualidade de vida dos mais fragilizados” e o apoio “a quem cuida de animais de companhia”. Em paralelo à sua carreira docente, Nelson Martins fundou em 1992 o boletim informativo da Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra, e desenvolveu atividade como investigador da história do concelho. Trabalhou também com as camadas jovens do Hóquei Académico de Cambra, sendo que integrou ainda a estrutura local da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e, na sequência de duas candidaturas autárquicas, em 2013 e 2017, exerceu igualmente funções de vereador no executivo camarário. Além de Nelson Martins pelo PS, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro em Vale de Cambra também concorrem Manuel Campos pelo Chega, André Martins Silva pelo CDS-PP e Miguel Aguiar Soares pelo PSD. Nessa autarquia com 147,3 quilómetros quadrados e cerca de 25.900 habitantes, o executivo camarário é atualmente constituído por cinco eleitos do CDS, um do PS e outro do PSD.
Autárquicas: Joaquim Jorge Ferreira concorre a terceiro mandato pelo PS em Azeméis
Segundo explica hoje à Lusa o cabeça de lista desse município do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, o objetivo é rentabilizar o potencial das infraestruturas já existentes no território. “Em 2017, iniciámos um novo ciclo autárquico no concelho, com o objetivo bem definido de o tornar um dos melhores do país para viver, investir e trabalhar”, começa por referir o autarca socialista. “Esse propósito pressupunha uma transformação nas condições de base do concelho, que eram profundamente penalizadoras, como a ausência de infraestruturas básicas de água e saneamento, mas também requeria a alteração das dinâmicas e capacidade de atração de investimentos e construção”, recorda. Destacando “a construção de infraestruturas básicas, a requalificação de todas as zonas industriais, a construção de equipamentos essenciais como o Parque Urbano ou a recuperação de edifícios como o Teatro Municipal”, Joaquim Jorge Ferreira diz que “a prioridade é agora potenciar ao máximo as dinâmicas que estas novas condições podem criar”. “Concluir este processo de transformação e tornar Oliveira de Azeméis um dos mais relevantes concelhos exige a continuação deste trabalho sério e empenhado”, defende. “Com a nossa diversidade industrial, a riqueza do nosso movimento associativo e os muitos investidores que hoje nos procuram, temos finalmente todas as condições para sermos um dos melhores concelhos do país”, afirma. Com 62 anos de idade, Joaquim Jorge Ferreira é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e, ao longo da sua carreira profissional, trabalhou sobretudo como empresário na área das tecnologias de informação e comunicação. Antes de assumir a presidência da Câmara de Oliveira de Azeméis, em 2017, também foi membro da Assembleia Municipal local e vereador do PS. Além desse candidato, às eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro concorrem também, em Oliveira de Azeméis, Sara Costa pelo BE, Manuel Almeida pelo Chega e Pedro Marques pela coligação entre PSD e CDS-PP. A autarquia é atualmente liderada pelo PS com maioria absoluta, num executivo integra seis socialistas e três sociais-democratas (eleitos pela coligação PSD/CDS).