BE quer revogação da concessão de transportes da Região de Aveiro a grupo israelita
O Bloco de Esquerda exigiu hoje, em comunicado, que a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) revogue a concessão dos transportes públicos à Busway, empresa de capitais israelitas.
Redação
“O Bloco de Esquerda considera intolerável que a Região de Aveiro mantenha uma concessão com uma empresa que participa ativamente no esforço de guerra do genocídio em curso em Gaza e na ocupação ilegal de colonatos”, refere no comunicado.
Contactado pela Lusa, o presidente da CIRA, Joaquim Batista, considerou o comunicado do Bloco “ridículo e irresponsável”, porque o ordenamento jurídico português não contempla as razões evocadas para a rescisão.
Joaquim Batista diz que, por esse motivo, caso se fizesse o que o Bloco defende adviriam “responsabilidades financeiras e até criminais”.
“É uma posição irresponsável porque, mesmo que hipoteticamente tal fosse possível, estaríamos a privar a população de um serviço público absolutamente essencial de transportes durante pelo menos um ano, até que um novo concurso público pudesse ser produzido, que até poderia voltar a ser ganho pela Busway”, criticou.
Segundo os bloquistas, a Busway é o nome comercial da empresa que opera na região através da concessão à Nativ Express Public Transportation, que é detida em 50% pelo Noy Fund.
No comunicado do BE afirma-se que esse fundo israelita de infraestruturas “participou no consórcio que construiu e gere o um campo de treinos militares israelita, na região de Negev e a empresa está também envolvida na construção nos colonatos ilegais e no muro e barreiras que cercam a Faixa de Gaza”.
O presidente da CIRA diz apenas compreender o comunicado bloquista como forma de chamar a atenção da opinião pública para a escalada do conflito armado no Médio Oriente.
“Aí nós conseguimos acompanhar, admitindo que Israel está a ser em grande medida o motor para o crescimento dessa escalada, mas não podemos confundir a estrada da beira com a beira da estrada: uma coisa não tem rigorosamente nada a ver com a outra”, concluiu Joaquim Batista.
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Rui Tavares quer eleger Filipe Honório por Aveiro e propõe fundos para o ensino superior
Acompanhado por Filipe Honório, cabeça de lista pelo círculo de Aveiro, e por Joana Filipe, número dois da candidatura -ambos escolhidos através das primárias internas do partido, junto ao Departamento de Educação da UA, o co-porta-voz do partido aproveitou para conversar com os estudantes. A dois deles comentava que: “Aveiro é bastante imbatível”. Sobre o porquê da ação de campanha em Aveiro e na UA, Rui Tavares assegurou que o objetivo é “eleger Filipe Honório, pelo menos por Aveiro”. “Nós achamos que é muito importante poder representar um distrito que tem um dinamismo económico muito grande”, afirmou. Segundo o co-porta-voz do LIVRE, Aveiro possui “uma cultura muito própria na área industrial” e um eleitorado marcado por valores sólidos. “É um eleitorado que tem muito arraigados os valores da independência, da autonomia, de conquistar uma certa prosperidade para a sua família”, disse, destacando que esses valores se inserem numa “espécie de cultura de produtivismo que nós temos em Portugal, mas que não é um produtivismo egoísta”. Rui Tavares acredita que esse espírito de dinamismo está ao serviço de um projeto coletivo. “Pelo contrário, as pessoas sabem que esse dinamismo pode estar ao serviço de dar dignidade para todos”. Neste seguimento, Rui Tavares lembrou também a tradição progressista da região. “Aveiro é um distrito que pode ser muito fértil para causas e valores de esquerda, que já o foi no passado, tanto no início do liberalismo em Portugal como no 25 de Abril. Foi nesta cidade que se fez o Congresso de Oposição Democrática em 1973, que nos legou os três D’s do 25 de Abril: Democratizar, Desenvolver e Descolonizar”. A estes três D’s, o LIVRE quer acrescentar mais dois: “Queremos acrescentar precisamente o D de Dinamismo e de Dignidade”. Em tom descontraído, Rui Tavares referiu ainda que a meta é retirar o mandato atualmente ocupado pela Iniciativa Liberal no distrito. “A quem é que queremos roubar esse deputado? Não é por mal, é uma competição saudável e eles terão de entender, uma vez que também gostam da concorrência”, atirou. Segundo o co-porta-voz, a eleição de Filipe Honório é viável sem grandes alterações com base nos resultados das últimas legislativas de 2024. “A Iniciativa Liberal elegeu por pouco em Aveiro. Aqui, não é preciso sequer aumentar tanto a votação como na última eleição para podermos eleger o Filipe Honório por Aveiro”, assegurou. “Temos a Joana Filipe, a Salomé, o Rubén Vieira, muitos candidatos e candidatas que darão uma representação a este distrito, que já conquistámos noutros”, completou Rui Tavares. Recorde-se que nas eleições legislativas de 2024, no distrito de Aveiro, o Livre alcançou “2.24%” dos votos e a Iniciativa Liberal “5.11%” dos votos. Questionado sobre se esta rápida passagem por Aveiro seria suficiente para captar os votos necessários, Rui Tavares respondeu: “Esta não é a primeira passagem por Aveiro, e não só pelo distrito. Nós tivemos em São João da Madeira. (…) [Aqui estivemos] no lançamento da candidatura e temos estado aqui desde sempre. A nossa mandatária, Aurora Cerqueira, é alguém que já fez uma candidatura desde 2015. O LIVRE cresceu sempre em todas as eleições em Aveiro”. Neste sentido, Rui Tavares destacou o aumento do apoio neste território. “Cada vez vamos tendo mais membros e apoiantes no nosso núcleo e, como vocês tiveram a oportunidade de testemunhar, muita gente espontaneamente vem dizer que quer ter uma eleição do LIVRE em Aveiro”. Em jeito de conclusão, o co-porta-voz do LIVRE reiterou a visão nacional do partido referindo que “não acreditamos em distritos de direita ou distritos de esquerda. Todos são distritos do nosso país”. No que toca ao partido, a nível nacional, Rui Tavares sublinhou ainda que “muita gente quer ter um partido que é europeísta, ecologista, das liberdades e dos direitos humanos, mas que sabe defender o Estado Social, não quer recuar em nenhum direito, nem revisitar direitos ou retirá-los da Constituição. É um partido equilibrado para construir em cima daquilo que já conquistámos, e isso acreditamos que aqui pode funcionar”. Questionado pela Ria, Rui Tavares aproveitou ainda a ocasião para apresentar propostas concretas do LIVRE para o ensino superior, sublinhando a necessidade de garantir estabilidade e investimento estratégico nas universidades e politécnicos. “A Universidade precisa de estabilidade, precisa de poder fazer investimentos estratégicos”, afirmou, propondo a criação de um fundo estratégico de investimento no ensino superior, “que possa ser financiado através de uma consignação de uma parte do IRC, a exemplo do que acontece noutras universidades estrangeiras”. Neste sentido apontou como exemplo a Universidade de São Paulo, no Brasil. “Uma das universidades mais avançadas de língua portuguesa é a Universidade de São Paulo, ela é financiada por uma consignação de um imposto sobre a atividade económica. O que é que isso dá? Dá aos reitores e reitoras e também diretores e presidentes de Politécnicos a liberdade de poderem fazer escolhas que são cinco, dez, 15 anos para os novos laboratórios, as bibliotecas do futuro, através de um fundo estratégico que assegura cofinanciamento de fundos europeus”, explicou o co-porta-voz do LIVRE. Além disso, defendeu a criação de um fundo de apoio ao estudante do ensino superior, destinado a reforçar bolsas, refeitórios e residências. Esse fundo, sugeriu, poderia ser financiado por consignação de IRS. “Aquele IRS que nós próprios consignamos a causas que nós decidimos entregar. Eu sei que muita gente que beneficiou do ensino superior público português e com isso encontrou o seu rumo na vida e se autorrealizou teria todo o gosto em poder apoiar a próxima geração de estudantes. Eu, certamente, seria dos primeiros a fazê-lo”, assegurou. Para Rui Tavares é essencial garantir a inclusão no ensino superior. “É muito importante que ninguém fique de fora da universidade por razões financeiras, que ninguém tenha que fazer uma escolha entre prosseguir ou não os seus sonhos pelo facto de vir de uma família mais pobre”, exprimiu. Com esses dois fundos – “fundo estratégico de investimento no ensino superior” e “fundo de apoio ao estudante do ensino superior” - o co-porta-voz do partido vincou que o país teria “uma universidade muito mais forte e muito competitiva”. Neste seguimento, sugeriu ainda a criação de um “plano de atração dos cientistas estrangeiros, nomeadamente os que vêm agora dos Estados Unidos”. “Muitos deles portugueses que querem voltar, e pode até ter um plano de acolhimento para instituições universitárias estrangeiras, desde que trabalhem em protocolo com universidades e politécnicos portugueses que já existem”, realçou Rui Tavares.
Fábrica Centro Ciência Viva discute esta sexta-feira a temática da ‘geologia médica’
Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, o ser humano tem acumulado experiência sobre os benefícios e riscos, para a sua saúde, de produtos geológicos, tais como argilas, lamas, areias e certos minerais. “Certos medicamentos e cosméticos contêm, como princípios ativos ou excipientes, minerais que ocorrem em ambiente geológico. O campo científico interdisciplinar emergente que trata dessas interações é denominado por geologia médica”, expõe. “Como será a interação dos minerais argilosos na saúde humana? Será que aquilo que pisamos ou aplicamos na pele pode influenciar a nossa saúde?” serão duas das questões que procurarão ser respondidas ao longo desta conversa. A temática será abordada pela investigadora Carla Candeias, do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro (UA) e do GeoBioTec. A quarta e última conversa acontece a 26 de maio, pelas 15h00, com o professor Galopim de Carvalho, que orientará uma conversa sobre as argilas e os barreiros de Aveiro. O ciclo de conversas “Argilas de Aveiro: um património histórico e geológico” é uma iniciativa da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e do Departamento de Geociências da UA.
GRÓA e Flaaryr trazem até à VIC Aveiro já amanhã a cena alternativa islandesa
"Paixão", "energia", "diversão", "rebeldia" e "frenesim" são algumas das palavras que descrevem a música de GRÓA. Vindas de Reykjavík, misturam elementos de post-punk, noise-rock e art-pop com total entrega, propondo um som explosivo, mas magnificamente estruturado. Conhecidas pelas suas arrebatadoras atuações ao vivo, as GRÓA já fizeram muitos quilómetros de estrada, abrindo concertos para artistas como Wilco e Kælan Mikla, e para DJ sets de artistas tão infames como Pussy Riot e Björk, eletrizando plateias por todo o mundo com a sua liberdade musical indomável. Desde composições intrincadas e batidas de club desconstruídas até ao caos totalmente improvisado do noise, Flaaryr é o projeto a solo de Diego Manatrizio. compositor experimental, performer, guitarrista, improvisador e designer de som, nascido em Buenos Aires e atualmente a viver em Reykjavík. Com uma forte aposta na experimentação rítmica, em loops ao vivo multicamadas e numa exploração profunda das possibilidades tímbricas e texturais de instrumentos acústicos, eletrónica, objetos do quotidiano e a interação entre todos estes elementos, Flaaryr oferece uma performance ao vivo intensa e em constante transformação, movida pela curiosidade e espírito lúdico. A abertura das portas ocorrerá pelas 21h15 e os concertos têm uma ‘contribuição’ de seis euros, sendo de “100%” para os artistas.
Luís Souto de Miranda reúne com juntas de freguesia para alcançar “programa eleitoral diferenciado”
Segundo a nota, foram “praticamente três semanas” de “proximidade e diálogo” com os atuais presidentes de junta em que o candidato fez, em parceria, “o balanço do trabalho efetuado, elencando não só as conquistas e os projetos de sucesso, mas também as dificuldades sentidas, os constrangimentos que impediram o concretizar de obras, e, por fim, as necessidades mais prementes para os próximos anos”. Luís Souto de Miranda referiu que o balanço da iniciativa “foi muito positivo” realçando que é “importante estar próximo das pessoas, e neste tipo de campanhas, as bases são as juntas de freguesias e as suas populações. Só conversando, diretamente, com elas, é que se pode ter uma política de proximidade, de sentir as suas dores, de viver de perto as suas alegrias, de poder contribuir com obra para o bem-estar de todos”. Com a “troca de ideias efetiva”, o candidato pela Aliança Mais Aveiro sugeriu ainda que deu mais um passo para construir um “programa eleitoral diferenciado”. “Aumentei muitíssimo o conhecimento da realidade de cada uma das freguesias e, dessa forma, do município. Recebemos muitos e importantes contributos para a construção do programa, que tem de ser ambicioso, mas realista, numa linha de continuidade, mas onde há espaço para introduzir novos caminhos, sempre com as pessoas no centro da nossa visão”, garantiu. A nota refere ainda que do “diálogo tido com os atuais presidentes de junta, foram identificadas as associações e entidades de cada uma das freguesias, as quais irão agora, numa segunda ronda de visitas ao terreno, reunir com Luís Souto Miranda, com o objetivo de continuar “a evoluir no diagnóstico, alicerçar ideias e convicções” e construir, também, um programa mais forte e mais próximo das pessoas”.
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Rui Tavares quer eleger Filipe Honório por Aveiro e propõe fundos para o ensino superior
Acompanhado por Filipe Honório, cabeça de lista pelo círculo de Aveiro, e por Joana Filipe, número dois da candidatura -ambos escolhidos através das primárias internas do partido, junto ao Departamento de Educação da UA, o co-porta-voz do partido aproveitou para conversar com os estudantes. A dois deles comentava que: “Aveiro é bastante imbatível”. Sobre o porquê da ação de campanha em Aveiro e na UA, Rui Tavares assegurou que o objetivo é “eleger Filipe Honório, pelo menos por Aveiro”. “Nós achamos que é muito importante poder representar um distrito que tem um dinamismo económico muito grande”, afirmou. Segundo o co-porta-voz do LIVRE, Aveiro possui “uma cultura muito própria na área industrial” e um eleitorado marcado por valores sólidos. “É um eleitorado que tem muito arraigados os valores da independência, da autonomia, de conquistar uma certa prosperidade para a sua família”, disse, destacando que esses valores se inserem numa “espécie de cultura de produtivismo que nós temos em Portugal, mas que não é um produtivismo egoísta”. Rui Tavares acredita que esse espírito de dinamismo está ao serviço de um projeto coletivo. “Pelo contrário, as pessoas sabem que esse dinamismo pode estar ao serviço de dar dignidade para todos”. Neste seguimento, Rui Tavares lembrou também a tradição progressista da região. “Aveiro é um distrito que pode ser muito fértil para causas e valores de esquerda, que já o foi no passado, tanto no início do liberalismo em Portugal como no 25 de Abril. Foi nesta cidade que se fez o Congresso de Oposição Democrática em 1973, que nos legou os três D’s do 25 de Abril: Democratizar, Desenvolver e Descolonizar”. A estes três D’s, o LIVRE quer acrescentar mais dois: “Queremos acrescentar precisamente o D de Dinamismo e de Dignidade”. Em tom descontraído, Rui Tavares referiu ainda que a meta é retirar o mandato atualmente ocupado pela Iniciativa Liberal no distrito. “A quem é que queremos roubar esse deputado? Não é por mal, é uma competição saudável e eles terão de entender, uma vez que também gostam da concorrência”, atirou. Segundo o co-porta-voz, a eleição de Filipe Honório é viável sem grandes alterações com base nos resultados das últimas legislativas de 2024. “A Iniciativa Liberal elegeu por pouco em Aveiro. Aqui, não é preciso sequer aumentar tanto a votação como na última eleição para podermos eleger o Filipe Honório por Aveiro”, assegurou. “Temos a Joana Filipe, a Salomé, o Rubén Vieira, muitos candidatos e candidatas que darão uma representação a este distrito, que já conquistámos noutros”, completou Rui Tavares. Recorde-se que nas eleições legislativas de 2024, no distrito de Aveiro, o Livre alcançou “2.24%” dos votos e a Iniciativa Liberal “5.11%” dos votos. Questionado sobre se esta rápida passagem por Aveiro seria suficiente para captar os votos necessários, Rui Tavares respondeu: “Esta não é a primeira passagem por Aveiro, e não só pelo distrito. Nós tivemos em São João da Madeira. (…) [Aqui estivemos] no lançamento da candidatura e temos estado aqui desde sempre. A nossa mandatária, Aurora Cerqueira, é alguém que já fez uma candidatura desde 2015. O LIVRE cresceu sempre em todas as eleições em Aveiro”. Neste sentido, Rui Tavares destacou o aumento do apoio neste território. “Cada vez vamos tendo mais membros e apoiantes no nosso núcleo e, como vocês tiveram a oportunidade de testemunhar, muita gente espontaneamente vem dizer que quer ter uma eleição do LIVRE em Aveiro”. Em jeito de conclusão, o co-porta-voz do LIVRE reiterou a visão nacional do partido referindo que “não acreditamos em distritos de direita ou distritos de esquerda. Todos são distritos do nosso país”. No que toca ao partido, a nível nacional, Rui Tavares sublinhou ainda que “muita gente quer ter um partido que é europeísta, ecologista, das liberdades e dos direitos humanos, mas que sabe defender o Estado Social, não quer recuar em nenhum direito, nem revisitar direitos ou retirá-los da Constituição. É um partido equilibrado para construir em cima daquilo que já conquistámos, e isso acreditamos que aqui pode funcionar”. Questionado pela Ria, Rui Tavares aproveitou ainda a ocasião para apresentar propostas concretas do LIVRE para o ensino superior, sublinhando a necessidade de garantir estabilidade e investimento estratégico nas universidades e politécnicos. “A Universidade precisa de estabilidade, precisa de poder fazer investimentos estratégicos”, afirmou, propondo a criação de um fundo estratégico de investimento no ensino superior, “que possa ser financiado através de uma consignação de uma parte do IRC, a exemplo do que acontece noutras universidades estrangeiras”. Neste sentido apontou como exemplo a Universidade de São Paulo, no Brasil. “Uma das universidades mais avançadas de língua portuguesa é a Universidade de São Paulo, ela é financiada por uma consignação de um imposto sobre a atividade económica. O que é que isso dá? Dá aos reitores e reitoras e também diretores e presidentes de Politécnicos a liberdade de poderem fazer escolhas que são cinco, dez, 15 anos para os novos laboratórios, as bibliotecas do futuro, através de um fundo estratégico que assegura cofinanciamento de fundos europeus”, explicou o co-porta-voz do LIVRE. Além disso, defendeu a criação de um fundo de apoio ao estudante do ensino superior, destinado a reforçar bolsas, refeitórios e residências. Esse fundo, sugeriu, poderia ser financiado por consignação de IRS. “Aquele IRS que nós próprios consignamos a causas que nós decidimos entregar. Eu sei que muita gente que beneficiou do ensino superior público português e com isso encontrou o seu rumo na vida e se autorrealizou teria todo o gosto em poder apoiar a próxima geração de estudantes. Eu, certamente, seria dos primeiros a fazê-lo”, assegurou. Para Rui Tavares é essencial garantir a inclusão no ensino superior. “É muito importante que ninguém fique de fora da universidade por razões financeiras, que ninguém tenha que fazer uma escolha entre prosseguir ou não os seus sonhos pelo facto de vir de uma família mais pobre”, exprimiu. Com esses dois fundos – “fundo estratégico de investimento no ensino superior” e “fundo de apoio ao estudante do ensino superior” - o co-porta-voz do partido vincou que o país teria “uma universidade muito mais forte e muito competitiva”. Neste seguimento, sugeriu ainda a criação de um “plano de atração dos cientistas estrangeiros, nomeadamente os que vêm agora dos Estados Unidos”. “Muitos deles portugueses que querem voltar, e pode até ter um plano de acolhimento para instituições universitárias estrangeiras, desde que trabalhem em protocolo com universidades e politécnicos portugueses que já existem”, realçou Rui Tavares.
Fábrica Centro Ciência Viva discute esta sexta-feira a temática da ‘geologia médica’
Segundo uma nota de imprensa enviada à Ria, o ser humano tem acumulado experiência sobre os benefícios e riscos, para a sua saúde, de produtos geológicos, tais como argilas, lamas, areias e certos minerais. “Certos medicamentos e cosméticos contêm, como princípios ativos ou excipientes, minerais que ocorrem em ambiente geológico. O campo científico interdisciplinar emergente que trata dessas interações é denominado por geologia médica”, expõe. “Como será a interação dos minerais argilosos na saúde humana? Será que aquilo que pisamos ou aplicamos na pele pode influenciar a nossa saúde?” serão duas das questões que procurarão ser respondidas ao longo desta conversa. A temática será abordada pela investigadora Carla Candeias, do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro (UA) e do GeoBioTec. A quarta e última conversa acontece a 26 de maio, pelas 15h00, com o professor Galopim de Carvalho, que orientará uma conversa sobre as argilas e os barreiros de Aveiro. O ciclo de conversas “Argilas de Aveiro: um património histórico e geológico” é uma iniciativa da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro e do Departamento de Geociências da UA.
Câmara de Ílhavo renova apoio a associações de pais
Os acordos de cooperação foram celebrados com 21 associações, 17 com atuação no pré-escolar e primeiro ciclo do ensino básico, com um apoio total de 781.671,70 euros, e quatro respeitantes ao segundo e terceiro ciclos do ensino básico e ao ensino secundário, apoiadas em 8.695,5 euros.
Festival Mar Marionetas de Espinho começa sábado com 19 companhias de seis países
Com entrada livre na maioria das propostas e bilhetes a 5 euros nas restantes, o evento organizado pela referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto tem em 2025 a sua 19.ª edição e vai decorrer em salas convencionais, escolas, igrejas, praças e ruas da cidade, sempre sob a direção artística do coletivo local Teatro e Marionetas de Mandrágora. Segundo os organizadores, este ano o certame alarga-se assim a mais palcos, ao dispersar-se por outras freguesias além da de Espinho, e reforça também a presença de companhias estrangeiras “de excelência e reconhecido mérito”, o que resulta não apenas de “parcerias com outros grandes festivais de diferentes países”, mas também do “apoio dado ao evento pela Direção-Geral das Artes”. “A programação inclui espetáculos, oficinas, animações e exposições, chegando também às escolas e jardins-de-infância”, declara a organização do Mar Marionetas, afirmando que “esta edição foi pensada com sentido de missão, paixão e profissionalismo, para oferecer ao público uma experiência rica e memorável”. Entre as propostas em destaque na 19.ª edição inclui-se “Próxima Estação”, em que a companhia Limite Zero recorre a atores e formas animadas para explorar o universo de Fernando Pessoa, a sua biografia, os seus heterónimos e poemas. O espetáculo “Os lobos de pedra”, por sua vez, deve-se a uma parceria entre a companhia Trupe Fandanga, a Circolando e o centro de residências artísticas Central Elétrica. A sinopse indica que em causa está “a viagem de um rapaz aos labirintos do seu coração, onde habitam lobos escuros e lobos luminosos, e todos desejam ser o maior e o mais forte do covil”. Quanto a criações estrangeiras, aquela que a organização do festival aponta como um dos “momentos altos” da edição de 2025 é o espetáculo japonês “Samurai - Iwami Jyūtarō”, do atelier Minomushi, do marionetista Kôichi Iimuro. A história centra-se na figura de Iwami Jyūtarō, que, conhecido pela sua força e bravura, “embarca numa missão perigosa” e nela confronta “uma temível criatura sobrenatural”. Da companhia Teatro de Muñecos Animados El Chonchón, que a organização do Mar Marionetas diz ser da Argentina e do Chile, chega o espetáculo “Os comediantes dos 900”, que consiste numa homenagem aos atores cómicos do cinema mudo. “Personificados por marionetas de luva, Charlie Chaplin e Harold Lloyd são alguns dos que aparecem a fazer o seu papel nas diferentes pantominas que compõem o espetáculo”, entre personagens e cenários na paleta a preto e branco característica da época.