Com várias ausências, PSD-Aveiro inicia "novo ciclo" e dá apoio à candidatura de Luís Souto à CMA
Os militantes do PSD-Aveiro reuniram-se ontem, dia 11 de março, no Auditório da Junta de Freguesia de Cacia, para a primeira Assembleia de Secção depois do anúncio unilateral da escolha de Luís Souto como candidato à Câmara Municipal de Aveiro (CMA) pela Comissão Política Nacional.
Redação
Em nota de imprensa enviada à Ria, a concelhia do PSD-Aveiro informa que foram apresentadas e aprovadas, por unanimidade e aclamação, duas propostas: o parecer quanto à candidatura de Luís Souto à CMA e um voto de confiança no primeiro-ministro e líder da Nacional do PSD, Luís Montenegro. Ambas não estariam previamente especificadas na convocatória enviada aos militantes do partido, mas segundo informações partilhadas à Ria terão sido inseridas na ordem de trabalhos durante o plenário de militantes.
Recorde-se ainda que, segundo os Estatutos do PSD, é competência da Assembleia de Secção “dar parecer sobre as candidaturas aos órgãos das Autarquias Locais”. Tendo em conta que a decisão da escolha de Luís Souto como candidato à CMA foi tomada unilateralmente pela Comissão Política Nacional do PSD, a votação deste parecer serviu apenas para cumprir com o previsto nos estatutos do partido relativamente a este dossier.
A Ria sabe que não estiveram presentes nesta reunião – e, por isso, não participaram nesta votação - Ribau Esteves, Rogério Carlos, Simão Santana e Ângela Almeida, sendo que esta última terá participado, enquanto deputada à Assembleia da República, na sessão da Assembleia da República que resultou na demissão do Governo e que terminou já perto da hora de jantar. Do atual Executivo de Ribau Esteves, apenas o vereador João Machado participou na reunião, mantendo-se, até agora, o único a declarar apoio a Luís Souto.
Em comunicado, a Comissão Política da Secção de Aveiro do PSD afirmou que este momento marca "o início de uma nova vida no PSD local, com uma estrutura unida, motivada e diversificada, pronta para enfrentar as eleições". O presidente da Comissão Política, Firmino Ferreira, reforçou o compromisso do partido em continuar a trabalhar para o desenvolvimento do Município, relembrado “o notável trabalho realizado pela equipa ‘Aliança com Aveiro’, liderada pelo companheiro Ribau Esteves”.
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Luís Souto diz contar com apoio de socialistas e apresenta candidatos às freguesias a 20 de junho
Depois da Comissão Política da Secção do Partido Social Democrata (PSD) de Aveiro ter aprovado no passado dia 2 de junho, em plenário de militantes, os cabeças de lista às dez juntas de freguesia do concelho, no âmbito das eleições autárquicas de 2025, tal como noticiado pela Ria, Luís Souto avançou esta segunda-feira à Ria que a apresentação dos mesmos, assim como do mandatário da candidatura , decorrerá no dia 20 de junho, “em princípio, no Teatro Aveirense”. Questionado sobre o ponto de situação da escolha da sua equipa à Câmara Municipal, Luís Souto preferiu não avançar com uma data para a apresentação, mas deu nota que não há “nenhuma razão para excluirmos [nomes] da [atual] equipa que está a governar”. “Nós acreditamos nela, valorizamos muito a equipa e o seu trabalho, liderado pelo engenheiro Ribau Esteves. Portanto, todos os elementos da equipa atual para nós poderiam ser bons elementos, mas depois teremos de equacionar em função (…) da aposta de renovação e também das expectativas e das carreiras e ambições pessoais da vida privada [de cada um] - que são legítimas. Portanto, deste equilíbrio todo, iremos construir a nossa lista”, avançou. Luís Souto acrescentou ainda à Ria que “vários elementos do Partido Socialista” lhe têm feito chegar “palavras de apoio” e que se “reveem mais” no seu projeto para a autarquia aveirense. “Isso é um facto. (…) Não vou concretizar nomes, porque também não fui mandatado para revelar quais”, assegurou. Sobre a candidatura de Bruno Ferreira, atual tesoureiro da Junta de Freguesia de Glória e Vera Cruz, agora como cabeça de lista pelo PS, Luís Souto classificou a situação como “lamentável”. “Quando somos eleitos num programa político, numa aliança PSD/CDS/PPM e o mandato que recebemos foi dentro desse quadro político... Não faz sentido nenhum a pessoa estar a ocupar um cargo político, eleito por esse projeto político, e está, digamos, a tirar vantagem dessa posição, ao serviço de uma candidatura para a qual não foi eleita.Isso é que é grave”, manifestou.
Marginal de São Jacinto encerrada ao trânsito nos fins de semana e feriados no verão
A medida foi aprovada na reunião do executivo municipal realizada na passada quinta-feira, 5 de junho. Esta restrição é extensível, também, aos dias 22, 23 e 24 de agosto, por ocasião da realização do Festival das Dunas de São Jacinto 2025.
São Gonçalinho: entre amizades, amores e a marca da Universidade de Aveiro
Estávamos no ano de 2011. Ricardo Torres e Diogo Matos, dois amigos de infância, deixavam a sua terra natal - a Guarda - para rumarem a Aveiro para ingressarem no curso de mestrado integrado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações na UA. O objetivo era simples para ambos: terminar o curso e regressar à Guarda. A verdade é que após 14 anos esse objetivo foi em parte cumprido já que ambos continuam, atualmente, na cidade de Aveiro. Ricardo a trabalhar e a concluir o doutoramento na UA na área das telecomunicações. Diogo só a trabalhar. Foi também no curso que ambos se apaixonaram e conheceram as suas atuais companheiras. Por sinal, aveirenses. Ironia do destino, no ano passado, sem que se apercebessem, foram ainda ambos desafiados, por diferentes mordomos, a integrar a mordomia de São Gonçalinho ao longo dos próximos dois anos. Manda a tradição que, no final do segundo ano, cada mordomo em funções escolhe a quem quer entregar o seu ramo. O mesmo acontece com o gabão. Assim aconteceu com estes dois jovens. Ricardo recebeu o convite “em finais de outubro/inícios de novembro” do ano passado por parte do “Vasco”. Nega-se a dizer que quem o convidou foi um “ex-mordomo”. “Uma vez que somos mordomos, somos mordomos para sempre”, justificou prontamente. Prefere referir-se ao “Vasco” como um “mordomo da antiga mordomia”. Partilha que aceitou o convite só depois de conversar com a sua família. É a primeira vez que vai assumir o papel de mordomo de uma festividade. Contra todas as previsões, em Aveiro. “Na Guarda participei em uma ou duas [festividades], mas mais naquela situação de ajudar amigos em que eles é que, efetivamente, eram os mordomos e eu estava lá para ajudar (…). Nunca na vida pensei numa coisa destas. Eu apenas coloquei Aveiro [nas candidaturas ao Ensino Superior] porque o meu pai me disse que Eletrónica poderia ser um curso com muita saída”, recordou. Diz que sentiu a “responsabilidade” de assumir o ‘cargo’ no dia em que as Festas de São Gonçalinho 2025 terminaram. “Até ao dia da passagem do ramo, eu era um aveirense emprestado por assim dizer. Quando entramos na capela já com o ramo na mão aí sim, deu-me um arrepiozinho de receio com satisfação”, descreveu. Até hoje, Ricardo Torres não consegue associar a um único episódio a ligação “especial” que sente por São Gonçalinho, mas sim a um conjunto de momentos e pessoas. A maioria associado ao contexto de estudante e da UA. Ainda assim, não deixa de reconhecer que uma das peças “mais relevantes” foi a sua namorada. Uma pessoa que descreve como “extremamente devota ao santo”. “Ela apresentou-me o santo não da forma festiva como eu o conhecia. Apresentou-me a parte mais devota e mais brincalhona do santo, por assim dizer. Eu comecei-me a enturmar e a gostar bastante e, entretanto, este ano, alguém decidiu, por obra e graça do santo, como nós dizemos, que eu era merecedor desta honra e deste convite”, partilhou. Conhecido também como o santo casamenteiro, Ricardo acredita que, até aos dias de hoje, este foi o santo que deu o “empurrãozinho” para conhecer a sua companheira. Diogo estava a organizar o almoço de aniversário da sua namorada quando recebeu o convite para a Mordomia de São Gonçalinho “em meados de novembro” do ano passado. Confidencia que não esperava o convite “num futuro tão próximo” já que sabia o que significava aceitar um “desafio destes” num ano em que tem também planeado casar. Conta, entre risos, que ficou em “estado de choque”. “Fiquei sem saber o que é que ia fazer. Não estava nada à espera disto. Entretanto, quando aceitei, liguei [ao Ricardo] e foi quando soube que ele também tinha sido convidado”, relembrou. Recorda que o primeiro contacto que teve com o São Gonçalinho surgiu logo “nos primeiros anos” quando chegou a Aveiro enquanto estudante. Na altura, numa abertura do Festival Internacional de Tunas da Universidade de Aveiro (FITUA) que decorreu na capelinha de São Gonçalinho. “Não conhecia de todo o São Gonçalinho. Ouvi falar que era uma festa de atirar cavacas…”, partilhou. Das Festas de São Gonçalinho, enquanto estudante, relembra ainda os tempos em que tinha de fazer “um jogo de cintura” para conseguir ir às festividades já que “coincidiam sempre com a época de exames”. “Foi engraçado ver essa evolução e o crescimento das festas. As festas antes eram num pequeno palco no antigo Rossio, que agora está todo remodelado. Agora temos uma tenda que está ao nível das semanas académicas. Eu acho que isso foi engraçado de se ver”, sublinhou com um orgulho evidente no olhar. A relação “mais próxima” com o São Gonçalinho acabaria por surgir “nestes últimos quatro ou cinco anos”. “Foi quando o pessoal mais próximo de mim e do Ricardo fez parte da mordomia. Foi aí que começamos a viver um bocadinho mais de próximo e mais intensamente estas festividades aqui da Beira Mar e mais relacionadas com o santo”, contou. Sobre o que representa para si o São Gonçalinho? Diogo diz ser “complicado de responder”. “Para mim representa amizade e família. Foi aqui no São Gonçalinho que cresceram várias relações, nomeadamente, da minha namorada e dos meus amigos. É o significado de estar em família. Acho que é um bocadinho a definição que consigo pôr em palavras de forma mais concisa”, assegurou. Osvaldo Pacheco foi o juiz da mordomia escolhido, este ano, pelos 21 novos mordomos das Festas de São Gonçalinho. É, atualmente, a figura máxima dentro do grupo. Curiosamente, também ele tem ligação à UA e ao Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) enquanto professor auxiliar. Foi também pró-reitor da UA durante oito anos. A única diferença entre Ricardo e Diogo é que Osvaldo nasceu e sempre viveu em Aveiro. Atribui os seus 14 anos como a idade de descoberta da festividade já que passou a sua infância na freguesia de Glória. “Na altura, vinha à festa com a família, mas não da forma como as pessoas do Bairro da Beira-Mar a viviam. Eu visitava as festas… Era uma coisa diferente”, reconheceu. Sublinha que antes o São Gonçalinho “era algo muito pequeno”. “Tenho poucas memórias, mas recordo-me que havia um coreto e que já havia o lançamento das cavacas. Lembro-me de uma fogueira, algures por aí, e que era uma festa muito mais pequena, com uma dimensão que não tinha nada a ver”, relembrou. Tal como Ricardo e Diogo, também Osvaldo recebeu o convite para ser mordomo. Explica que foi o grupo atual que, posteriormente, o “escolheu” para ser o juiz da mordomia. “Nós não vimos para a mordomia por causa do cargo. Vimos para servir aquilo que é o bem maior, que são as festividades em torno de São Gonçalinho”, vincou. À Ria, recorda que recebeu o convite para ser mordomo “um ano antes” e que demorou “muito tempo a aceitar” por saber que a tarefa exigia uma “grande disponibilidade mental e física”. “Eu tenho uma atividade profissional também muito impactante e com muita dedicação. Portanto, conciliar tudo isto significa que os dias passam a ser mais longos e que são mais as horas que eu não dedico à família e a outras coisas que eu gosto… Ao meu Benfica e ao meu Beira-Mar”, brincou. Apesar da hesitação inicial, Osvaldo Pacheco acabou por aceitar ser mordomo e, posteriormente, ser juiz. Sublinha que o fez por uma única razão: a “paixão”. “Isto é o concretizar de um namoro e que depois se transforma em casamento (…) A mim aconteceu um pouco o mesmo sendo que a minha família também é devota do São Gonçalinho. A minha filha e a minha mulher foram as primeiras a dizer-me que tinha de ser mordomo e a empurrarem-me para ser mordomo”, contou com um sorriso rasgado. Este ano, dos 21 novos mordomos de São Gonçalinho, Osvaldo realça, com orgulho, que “oito ou nove” são alumnis da UA. “Muitos deles são nascidos e criados aqui no Bairro. Outros vieram de fora, como o Diogo e o Ricardo e depois vivenciam o Bairro como se fosse deles… E é o bairro de todos. Portanto, não só respeitam as tradições como as querem manter, como querem ser os curadores dessas tradições”, exprimiu. “Isso do meu ponto de vista é muito bom, porque só enriquece quer o bairro, quer as Festas de São Gonçalinho”, continuou. Satisfeito com o que já foi feito, Osvaldo Pacheco diz querer dar “continuidade” ao “legado” que as anteriores mordomias deixaram. “Queremos fazer as festas com pequenos toques pessoais, mas fazer da mesma maneira, para criar, no fundo, o hábito de existir certas atividades para que a comunidade se reveja nelas. Nós não podemos esquecer que o São Gonçalinho é mais do que uma festa religiosa. É multidimensional”, recordou. Entre os “toques pessoais” aponta um dia dedicado à UA. “A Universidade de Aveiro é obviamente uma das grandes instituições da cidade e do país. Essa ligação [entre a UA e o São Gonçalinho] existe mais do que nós pensamos. As Tunas Universitárias – feminina e masculina - da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) têm como padroeiro o São Gonçalinho. (…) Eu gostava que essa ligação se estendesse à universidade… Aí ainda não estamos no ponto que gostava que estivéssemos”, confidenciou. Também nos desejos desta mordomia está em fazer com que a festa se estenda a todo o Bairro da Beira-Mar. “Ela já lá está, mas podemos ter novas centralidades dentro do bairro, com outros eventos mais pequenos, em que aproxime toda a gente da festa”, apontou. Os restantes desejos? Osvaldo prefere não os revelar sublinhando que “o segredo é a alma do negócio”. No final da festividade, Osvaldo Pacheco partilha ainda à Ria que “gostava muito” que os 21 mordomos que iniciaram em janeiro terminassem com o sentimento de que constituíram “uma família”. Sobre se gostará mais do São Gonçalinho, nos próximos dois anos, do que do seu Beira-Mar ou do seu Benfica? Osvaldo responde-nos com uma gargalhada: são “coisas complementares”. “Diria que, nestes dois anos, a minha prioridade, para além da parte profissional e familiar (…) onde eu vou dedicar grande parte do meu tempo, é esta causa. Tem de ser. Não há outra forma de lidar com estas coisas”, reconheceu. Até janeiro de 2026, altura em que ocorrem, novamente, as Festas de São Gonçalinho, os 21 novos mordomos vão afinando a voz, por aqui e acolá, ensaiando com devoção a marcha que todos esperam ouvir: a “Marcha de São Gonçalinho”.
Seis anos e cinco meses de prisão para autor de três fogos em Aveiro
Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente disse que o tribunal ficou convicto de que o arguido cometeu os factos que lhe vinham imputados na acusação do Ministério Público. O arguido foi condenado em três penas parcelares (uma de três anos e meio, outra de três anos e nove meses e outra de quatro anos de prisão) por três crimes de incêndio florestal. Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de seis anos e cinco meses de prisão. O tribunal decidiu ainda manter em regime de prisão preventiva o arguido até esgotar o prazo para recorrer da decisão. Os incêndios ocorreram em 16 de agosto de 2023 e em 08 e 15 de setembro de 2024, em várias zonas do concelho de Aveiro (Cacia, Monte do Paço e Mataduços). O arguido, que já cumpriu pena de prisão pelo mesmo tipo de crime, foi captado pelas câmaras de videovigilância instaladas numa residência situada em Monte do Paço, em Esgueira, junto a um terreno onde deflagrou um dos incêndios. O homem foi detido, fora de flagrante delito, pela Polícia Judiciária (PJ) em setembro de 2024, após o último incêndio ocorrido em Cacia. Aquando da detenção, a PJ informou que o incêndio ocorreu numa zona de extensa mancha florestal, onde nas proximidades se encontravam várias habitações e instalações industriais e “só não atingiu grandes dimensões graças à pronta deteção e combate do mesmo”. A Judiciária referiu ainda que o detido "revela uma propensão para a repetição do comportamento incendiário, não tendo sido possível determinar “qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática” dos crimes.
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Autárquicas: Maria Manuel Cruz avança como independente em Espinho para eliminar “velhos hábitos”
Maria Manuel Cruz tomou posse como chefe do Executivo da referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto em janeiro de 2023, então como autarca socialista, na sequência da renúncia de Miguel Reis ao cargo após a sua detenção no âmbito do caso policial Vórtex. Em fevereiro de 2025, contudo, o PS nacional optou por propor Luís Canelas, número 2 do mesmo executivo, como o cabeça de lista dos socialistas, após o que Maria Manuel Cruz lhe retirou a confiança política e os respetivos pelouros, e se desvinculou da militância no partido. A candidatura independente da autarca que antes trabalhou 40 anos na escola pública como professora de Física e Química diz-se, por isso, “determinada em afirmar uma nova etapa política no concelho, livre de amarras partidárias e centrada nas pessoas, no território e no futuro de Espinho”. Em nota à Lusa, Maria Manuel Cruz declara que, até aqui, a sua prioridade foi “a reorganização interna da autarquia, o reequilíbrio financeiro e o encerramento de dossiês críticos herdados de gestões anteriores”, uma vez que, quando assumiu funções, “a cidade estava à beira do colapso institucional, com serviços paralisados, funcionários sob investigação, processos judiciais em curso e um vazio de liderança que ameaçava a própria funcionalidade da câmara”. “Ninguém estava preparado para o que encontrámos”, realça. “Mas segurámos o barco, reorganizámos os serviços, recuperámos a confiança da comunidade e colocámos Espinho novamente no rumo certo (…) enquanto outros optaram pelo ruído e pela guerrilha partidária”, acrescenta. Quanto às avaliações negativas, antecipa-as. “A quem critica o estado das estradas, dos passeios ou da limpeza urbana, quero dizer com toda a frontalidade: têm razão. Mas tínhamos de começar pela base e estabilizar a câmara municipal primeiro. Agora, com projetos aprovados, fundos garantidos e obras preparadas, estamos prontos para transformar”, explica. Avançando como independente, porque “Espinho não pode ficar refém de interesses partidários nem de ambições pessoais disfarçadas de projetos coletivos”, Maria Manuel Cruz defende que o seu projeto é, por um lado, “uma proposta de rutura com os velhos hábitos da política local” e, por outro, “uma continuação natural do trabalho iniciado, agora com a liberdade de quem responde apenas perante os cidadãos”. A atual presidente da autarquia ainda não começou a recolha das assinaturas necessárias para validar judicialmente a sua candidatura, mas diz contar com “cidadãos de diferentes sensibilidades políticas e sociais, personalidades independentes, técnicos, profissionais e membros da sociedade civil”, sendo que desse apoio resultarão listas de candidatos não apenas à câmara, mas também à Assembleia Municipal e àquelas que serão cinco juntas de freguesia após a dissolução em curso da União de Anta e Guetim. As metas para os quatro anos de governação que terá pela frente em caso de vitória já estão identificadas: são elas “a execução dos projetos financiados e já em curso nas áreas da habitação, saúde, escolas, equipamentos desportivos e culturais, e requalificação urbana; a resolução de problemas do quotidiano que afetam diretamente a qualidade de vida, como a rede viária, limpeza urbana, sinalética e passeios [para peões]; a promoção de políticas de coesão social, juventude, envelhecimento ativo, cultura e identidade local; e a consolidação de uma cultura institucional baseada na transparência, no planeamento e na escuta ativa dos cidadãos”. Além de Maria Manuel Cruz a título independente, outros cabeças de lista já anunciados para as eleições autárquicas previstas para setembro ou outubro no referido concelho de 21,4 quilómetros quadrados e 33.000 habitantes são Pilar Gomes da CDU, Luís Canelas do PS e Ricardo Sousa do PSD. Depois de indicado pela nacionjal, Luís Canelas foi votado como cabeça de lista pela estrutura local do PS, mas aguarda decisão do conselho de jurisdição nacional do partido quanto à validade burocrática da votação do seu nome. Situação idêntica enfrenta também Ricardo Sousa, que, embora proposto para a Câmara pela concelhia do PSD, não teve o apoio da estrutura nacional do partido.
Festival AgitÁgueda teve impacto económico de 8 milhões de euros segundo estudo da autarquia
Durante 23 dias, em 2024, Águeda recebeu mais de 940 mil visitantes de Portugal e de 61 países, que se deslocaram para assistir ou participar no AgitÁgueda, que contou com mais de 30 espetáculos, em que participaram cerca de 1.500 artistas e grupos, apurou o estudo referido em nota de imprensa da câmara. Espanha foi o país com maior número de visitantes internacionais. Seguiram-se os Estados Unidos, França e Alemanha. “O impacto económico direto de oito milhões de euros foi notável para a economia local, sendo as áreas que mais beneficiaram a restauração, o comércio, os transportes e o alojamento”, considera o autarca, destacando que o AgitÁgueda é um evento que "ultrapassa fronteiras", posicionando Águeda como “uma referência nacional e internacional em cultura, inovação e sustentabilidade”. Edson Santos frisou que os números "refletem um trabalho sério, estruturado e comprometido, sendo o AgitÁgueda um festival "feito por todos e para todos, multicultural e multifacetado”. “É um festival que envolve centenas de voluntários e diversas instituições, promove a inclusão, dinamiza o comércio local e contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas”, disse. O estudo revela também que o festival “teve mais de 72 milhões de impressões nos media e redes sociais”, sendo a Espanha, os Estados Unidos, a Índia e o Brasil os países com destaque em publicações. Edson Santos promete “muitas surpresas” para a edição do AgitÁgueda de 2025, que vai decorrer de 05 a 27 de julho, e para a qual já foram anunciados nomes como Daniela Mercury, ProfJam e Diogo Piçarra.
Engenharia e Gestão Industrial (EGI) vence vigésima edição da Taça UA
A noite da passada quinta-feira, 5 de junho, apurou o vencedor da Taça UA, numa noite que ficou marcada pelas finais de andebol misto, disputadas entre os cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia e Gestão Industrial (EGI), e de futsal masculino, entre Engenharia Eletrónica e Telecomunicações (EET) e Finanças, partidas pautadas pela intensidade dos jogos disputados até aos últimos minutos e pelas bancadas vibrantes, com bombos e cânticos a fazerem-se ouvir o tempo todo. EGI acabou por vencer o jogo de andebol e conquistou mesmo a Taça UA. A festa, que já tinha começado nas bancadas, foi levada até à rotunda do ISCA-UA. À Ria, Joana Andrade, vice-presidente para as atividades académicas, culturais e desportivas da Associação de Engenharia e Gestão Industrial de Aveiro (AEGIA) e responsável desportiva na Taça UA, apontou no meio das celebrações que “é a décima” taça que os estudantes de EGI conquistam. “Sabe bem depois de um ano de trabalho trazê-la de volta a casa”, afirma com entusiasmo apontado que foi o objetivo do curso desde o início. “Está onde devia estar”, assegura. O ano passado a Taça tinha sido conquistada a EGI por Engenharia de Eletrónica e Telecomunicações. Este ano, o pódio final conta com 144 pontos de diferença entre o primeiro e o segundo lugar, sendo que o segundo lugar pertence a EET e o terceiro a Engenharia Mecânica. A pontuação da Taça UA segue um modelo de pontuação semelhante ao utilizado pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) no Troféu Universitário de Clubes (TUC). Para o ano, Joana garante que o curso se vai voltar a empenhar para se tornar bicampeão daquela que é a maior competição intercursos do país. Aponta, ainda, como “fundamental” a necessidade de “continuar a motivar a claque, os treinadores e os jogadores” para vencer e aproveita a oportunidade para agradecer “aos atletas que representaram o nosso curso”. À Ria, Joana Regadas, presidente da direção da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), aponta que a iniciativa se destaca no panorama do desporto nas universidades a nível nacional. “Temos uma competição inigualável, imensas modalidades individuais e coletivas que foram medalhadas ao longo dos últimos dias e isso mostra a pluralidade da nossa academia, mostra o quão investidos os estudantes estão em fazer e querer mais - além de estarem sentados numa sala de aula”, aponta Joana. A competição contou com a participação de cerca de sete mil estudantes, inscritos em cerca de 20 modalidades diferentes. Os últimos três dias foram marcados pela disputa das finais de basquetebol, voleibol, futebol 7, futsal, nas vertentes femininas e masculinas, e andebol misto. A iniciativa atraiu, segunda a representante dos estudantes da universidade aveirense, “imensas pessoas de outras academias para verem aquilo que é o desporto informal no seu auge”. A presidente da direção da AAUAv aponta que para o futuro a utilização da nave “seria, de facto, algo que iria marcar a diferença”. “Temos um pavilhão multiusos [Caixa UA] à espera e os estudantes estão muito ansiosos para que possa ser utilizado, principalmente nestas alturas que acabam por ter um aglomerado de pessoas maior”, frisa. O pavilhão Aristides, repara, “já não dá resposta às necessidades”, o que se comprova pelas “bancadas repletas, com pessoas sentadas no chão”. Além disso a segurança e a acessibilidade ficam comprometidas. “A nave é uma necessidade e esperamos que para o ano isto não seja uma questão e que se possa celebrar o desporto informal num espaço digno de ser celebrado e que consiga acolher todos aqueles que querem participar”, enfatiza Joana Regadas. Artur Silva, vice-reitor para a investigação, inovação e formação de terceiro ciclo e acreditação dos ciclos de estudos, marcou presença e assistiu à final de futsal masculino. À Ria, sublinhou que a competição “é uma ótima forma dos estudantes estarem envolvidos uns com os outros”. Quanto à disponibilidade de espaços para se disputar os jogos da Taça UA, Artur Silva aponta que as duas infraestruturas têm de ser utilizadas de forma “a servir a comunidade académica toda”. O vice-reitor deixou ainda uma ressalva quanto ao número de estudantes envolvidos, tendo garantido que “é um movimento que nós queremos que venha a aumentar cada vez mais”. “É espetacular para a nossa academia e eu acho que é algo que nós queremos acarinhar, estamos a acarinhar e vamos acarinhar no futuro”, assegura.