RÁDIO UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO

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Bruno Ferreira é o candidato do PS à União das Freguesias de Glória e Vera Cruz

É mais um volte-face que promete marcar estas eleições autárquicas no Município de Aveiro. Tal como a Ria já tinha noticiado, surge agora a confirmação oficial: Bruno Ferreira, atual tesoureiro da Junta de Freguesia de Glória e Vera Cruz, presidida pelo histórico autarca Fernando Marques, será o candidato pelo Partido Socialista (PS) a esta freguesia. Bruno Ferreira integrará as listas do PS como independente, exatamente a mesma condição com que tinha integrado as listas da coligação ‘Aliança com Aveiro’ (PSD/CDS/PPM) nas últimas eleições autárquicas.

Bruno Ferreira é o candidato do PS à União das Freguesias de Glória e Vera Cruz
Isabel Cunha Marques

Isabel Cunha Marques

Jornalista
15 abr 2025, 13:46

Numa nota enviada à Ria, Bruno Ferreira começa por recordar o convite que lhe foi dirigido, em 2021, por Fernando Marques, atual presidente da Junta de Freguesia, eleito pela coligação ‘Aliança com Aveiro’, com quem mantém boa relação. Bruno relembra que, na altura, aceitou o desafio, integrando a lista como independente, por “divergências e desacordo com o PS” e por não concordar com a opção de criação de uma “coligação com o PAN”, assim como com a escolha do “candidato [do PS] a cabeça de lista” da referida Junta de Freguesia. Apesar disso, Bruno Ferreira quis deixar claro: “nunca deixei de ser um social-democrata e em consciência com uma matriz na qual, em minha opinião, o Partido Socialista se insere”.

Com a proximidade das eleições autárquicas, “depois de ponderados diversos fatores e tendo em conta as circunstâncias e a forma como tem sido conduzida a candidatura à sucessão na liderança desta autarquia”, Bruno Ferreira anuncia que vai avançar como candidato a presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, desta vez integrando as listas do PS, mas mantendo na mesma a condição de independente.

Justifica a sua decisão pela “experiência adquirida durante este mandato para o qual fui eleito na condição de independente, na qualidade de elemento do Executivo e com a incumbência de pelouros de grande responsabilidade, aos quais dediquei toda a minha disponibilidade e empenho”. Recorda também na nota o “manifesto apoio e incentivo” que tem recebido de “inúmeras pessoas, entidades e associações das diversas áreas da nossa comunidade, salientando com reconhecido agrado o apoio confirmado da concelhia do Partido Socialista”.

Bruno Ferreira garante ainda que com “redobrada esperança” continuará, “num futuro próximo”, “com total empenho e disponibilidade, na prossecução de objetivos e soluções, tendentes a um melhor e mais amplo serviço público”.

Contactada pela Ria, Paula Urbano Antunes, presidente da concelhia do PS-Aveiro exprimiu que, na sua opinião, o atual tesoureiro da Junta de Freguesia já deveria ter sido o candidato pelo PS “há quatro anos”, por todo “o seu percurso pessoal e profissional, mas também pela notoriedade e credibilidade que tem junto dos fregueses nesta União de Freguesias”. “Foi militante em tempos do PS, integrou a lista da ‘Aliança com Aveiro’, na altura, por não se identificar com a coligação do PS/PAN, mas também por não estar de acordo com a escolha que o Partido Socialista fez para liderar essa candidatura na União de Freguesias. (…) É de facto um excelente candidato e acreditamos que com ele é possível ganhar na União das Freguesias de Glória e Vera Cruz”, vincou.

Paula Urbano Antunes mostrou-se confiante quanto a uma possível vitória de Bruno Ferreira. “Estamos a falar de uma pessoa que, em determinada circunstância, considerou que tinha um contributo a dar à sua freguesia e, francamente, acho que sim - que deu um contributo, nestes últimos quatro anos, e que continuará a dar”, reforçou a presidente do PS-Aveiro.

Questionada pela Ria sobre o facto de Bruno Ferreira integrar atualmente um Executivo de uma coligação entre PSD/CDS/PPM, Paula Urbano Antunes quis deixar claro que não vê “qualquer constrangimento”. “Não é uma pessoa que desconheçamos. É uma pessoa que vem do PS. Foi sendo militante há alguns anos e o PSD não é um partido que esteja assim tão longe do PS em termos de matriz ideológica”, continuou a presidente socialista.

Recorde-se que o atual presidente da Junta da União de Freguesias de Glória e Vera Cruz, Fernando Marques, é um histórico autarca do Município de Aveiro e não se poderá recandidatar por ter atingindo o limite de mandatos possíveis. Neste momento, tal como a Ria noticiou, Fernando Marques, filho do atual presidente, e Gonçalo Carvalho, ex-presidente da Associação de Andebol de Aveiro já mostraram disponibilidade para serem os candidatos de Luís Souto e da ‘Aliança Mais Aveiro’ nas próximas eleições autárquicas.

Fontes próximas da candidatura da ‘Aliança Mais Aveiro’ afirmam que a escolha de Fernando Marques como candidato a presidente da Junta de Freguesia não está em cima da mesa para Luís Souto. Confirmando-se esta informação, falta saber se a opção irá recair sobre Gonçalo Carvalho ou se, por outro lado, será anunciado um candidato fora desta equação. 

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Legislativas: Bloco de Esquerda começou este fim-de-semana campanha porta-a-porta em Aveiro
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Legislativas: Bloco de Esquerda começou este fim-de-semana campanha porta-a-porta em Aveiro

A freguesia de Esgueira foi a primeira do concelho de Aveiro a sentir a presença do BE. Luís Fazenda, cabeça de lista pelo partido de esquerda esteve presente na iniciativa, e aponta que “esta nova forma de campanha, de contacto direto com as pessoas porta-a-porta, acontece porque nós somos fiéis àquele lema de que em cada 'esquina um amigo'". O também fundador do Bloco de Esquerda acrescenta ainda querer “discutir” as “propostas de habitação, as nossas propostas sobre trabalho por turnos, as nossas propostas sobre taxar os ricos e combater a desigualdade no país, as nossas propostas sobre serviços públicos que funcionem como a educação, a saúde, a justiça, a segurança social". Os bloquistas fazem “um balanço muito positivo dos primeiros dias de campanha porta-a-porta em Aveiro” e garantem que vão continuar “a fazer porta-a-porta em Aveiro até ao final da campanha”.

BE diz que “em Aveiro é o mercado quem mais ordena”, Ribau Esteves discorda “radicalmente de tudo”
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BE diz que “em Aveiro é o mercado quem mais ordena”, Ribau Esteves discorda “radicalmente de tudo”

Em comunicado enviado às redações, a autarquia aveirense dá nota de que investiu “entre 2013 e 2025, mais de 200 milhões de euros no âmbito do plano de qualificação urbana”. “Foram mais 400 intervenções por todo o Município, integradas numa visão estratégica camarária que teve por base a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), aprovado em 2019, e que garantiu melhor qualidade de vida aos aveirenses e maior flexibilidade, agilidade e participação pública no planeamento territorial”. A apresentação feita no Salão Imobiliário de Lisboa por José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal, enviada também às redações, mostra que a maior fatia do investimento público tem sido alocada à “qualificação urbana” no período compreendido entre 2013 e 2025 com o total de quase 141 milhões de euros em obras concluídas. A segunda maior fatia corresponde a cerca de 42 milhões de euros para concursos públicos de obras relativas a ‘recintos desportivos’ e quase 19 milhões para obras em execução, a maioria delas na área da educação, seguindo-se as rodovias, infraestruturas e qualificação urbana. A informação foi apresentada na passada quinta-feira, por José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, no âmbito da participação do Município na edição de 2025 do Salão Imobiliário de Portugal (SIL). Em comunicado, a autarquia dá ainda conta de que foi apresentada “a reforma do Planeamento e o Desenvolvimento Urbano de Aveiro, que a Câmara tem vindo a levar a cabo desde 2013”, sublinhando a iniciativa como “um exemplo de inovação e coesão territorial”. “No seguimento da revisão do PDM, foram autorizadas mais de 1.100 operações urbanísticas, das quais 739 no centro urbano de Aveiro, incluindo 196 obras de construção nova e 162 reabilitações de edifícios existentes”, aponta o município. O comunicado dá conta ainda de que foi dado destaque à obra da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, “uma obra que simbolizou uma nova fase no ordenamento e desenvolvimento territorial da cidade”. “Durante o processo, foram licenciados 89 pedidos de reabilitação urbana e atribuídas 21 isenções fiscais no âmbito da Operação de Reabilitação Urbana (ORU)”, lê-se na nota. Também a área da habitação mereceu destaque na apresentação da passada quinta-feira, com a Câmara a dar nota de que “tem vindo a executar um ambicioso Programa Municipal de Desenvolvimento Habitacional, com ações dirigidas à criação de soluções habitacionais diversificadas, acessíveis e socialmente inclusivas”. Das soluções referidas, é dado destaque à “construção de uma residência universitária por investimento privado – dando resposta à escassa oferta do mercado para habitação estudantil e fomentando a regulação do mercado de habitação no Município”, “a construção de habitação a custos controlados” e “a requalificação de habitações propriedade da CMA” numa estratégia que a autarquia pretende que garanta “o direito à habitação para todos os cidadãos, promovendo a coesão social e especialmente em meios urbanos”. João Moniz, candidato às eleições autárquicas, aponta que “Ribau Esteves foi ao Salão Imobiliário de Lisboa vender Aveiro aos especuladores”. Através de uma publicação no Facebook,o candidato bloquista aponta que o “programa político” do presidente da Câmara “é claro: usar dinheiro público para valorizar o território, alavancar investimentos privados e alimentar a acumulação de mais-valias urbanísticas, a especulação imobiliária e a gentrificação”. João Moniz critica ainda que Ribau Esteves construiu um “centro urbano colonizado pelo AL, onde proliferam apartamentos turísticos, mas escasseiam casas acessíveis para viver”, denunciado a inexistência de “uma única política pública” que proteja “os trabalhadores e os jovens” que “mesmo com emprego, não conseguem arrendar ou comprar casa no concelho”. “Em Aveiro, é o mercado quem mais ordena”, nota João Moniz. Também em comunicado enviado às redações, o Bloco de Esquerda acusa o presidente de afirmar que “o problema do preço da habitação é causado pela imigração”, de saudar “o aumento de 10 para 1.600 alojamentos locais no concelho em 10 anos” e de afirmar “que o investimento privado é o motor da economia e que o investimento público apenas serve para o atrair”. O partido defende ainda que “as políticas de habitação têm sido deixadas ao mercado e o resultado é o desastre total: um aumento estrondoso dos preços. O investimento público da autarquia apenas tem servido para dinamizar e atrair investimento privado, numa lógica de gentrificação, contribuindo para aumentar os preços da habitação”. “Sem o querer, Ribau Esteves mostrou as responsabilidades do executivo PSD/CDS na crise da habitação", defendem os bloquistas. Em resposta às declarações do BE, José Ribau Esteves desvaloriza, apontando que “é normal, o Bloco de Esquerda é contra tudo”. “É contra as empresas privadas, é contra o que a Câmara faz, é contra a privatização de serviços, pronto. Nós temos muito respeito, obviamente, pela democracia e pelo Bloco de Esquerda,mas discordamos radicalmente de tudo”, frisa o edil. “As empresas privadas são o motor principal do nosso município, das nossas dinâmicas económicas, do país, da Europa, do mundo.Depois há algumas exceções pelo mundo.O João Moniz ainda não percebeu isso, fica lá no mundo dele que não existe”, remata José Ribau Esteves.

Alberto Souto de Miranda propõe para Aveiro um “Plano Municipal de Pistas Cicláveis”
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Alberto Souto de Miranda propõe para Aveiro um “Plano Municipal de Pistas Cicláveis”

“Aveiro tem uma orografia e um clima muito favoráveis ao uso das bicicletas. É uma prática saudável, que contribui para a descarbonização e induz sociabilidade. A Estratégia Nacional para a Mobilidade Ciclável mostra que há um grande caminho a percorrer”, afirmou o candidato socialista, no habitual texto de domingo nas suas redes sociais. Neste seguimento, recorda ainda que Aveiro “foi o primeiro município do país” a disponibilizar um sistema de bicicletas públicas partilhadas através das Bicicletas de Utilização Gratuita de Aveiro (BUGAS). “Vinte anos passados, depois de as ridicularizarem, de lhes mudarem a cor e, finalmente, de as ressuscitarem, descaracterizaram-nas. O resultado é que os utilizadores de bicicletas têm vindo a baixar”, atirou. Alberto Souto de Miranda sugere assim “inverter esta tendência, aprovando e concretizando um Plano Municipal de Pistas Cicláveis com continuidade, segregação e segurança”. Para tal, propõe um conjunto de soluções divididas em quatro categorias: “Planeamento e Território”; “BUGAS de nova geração”; “Pessoas” e “Empresas”. No “Planeamento e Território” sugere, entre outras medidas, “construir cinco quilómetros de pistas cicláveis por ano” e “conectar com pistas os principais pontos geradores de fluxos”. Entre esses pontos refere a Universidade de Aveiro e a Estação de Comboios. Já nas “BUGAS de nova geração” aponta, entre outros pontos, “disponibilizar BUGAS com tração assistida eletricamente para quem precise” e a diversificação da “tipologia de BUGAS: para transporte de pequenas cargas, para transporte de crianças, para crianças acompanhadas pelos pais, etc”. Nas “Pessoas” diz ser necessário “criar um programa de educação ciclável nas escolas” e “incentivar os ‘comboios’ e corredores de bicicletas para acesso às escolas”. Na última categoria destaca a criação de “um programa de apoio à micrologística em bicicleta” e o apoio às “ofertas turísticas em bicicleta”. A proposta na íntegra pode ser consultada aqui.

Luís Montenegro diz que a isenção total das portagens na A25 não está esquecida
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Luís Montenegro diz que a isenção total das portagens na A25 não está esquecida

Tudo começou no dia 2 de maio de 2024, quando o Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) fez aprovar na Assembleia da República uma proposta de lei para eliminar as portagens nas ex-SCUT, onde se incluía a A25. A proposta acabaria por ser aprovada com os votos favoráveis do BE, PCP, Livre, Chega e PAN. A proposta acabaria por contar com os votos contra do PSD e do CDS e com a abstenção da Iniciativa Liberal. Na altura, conforme se pode ler na ata da reunião plenária, os deputados do PSD, Hugo Soares e Cristóvão Norte, afirmaram que o seu partido defendia “um sistema integrado que respeite o princípio do utilizador-pagador” e uma “redução gradual” das portagens. Meses mais tarde, o assunto acabaria por se tornar polémico, pois o documento apresentado pelo PS apenas se referia à concessão “A25 - Beiras Litoral e Alta”, deixando de fora a Concessão “Costa de Prata” que liga Albergaria-a-Velha às praias e que inclui três pórticos: Esgueira-Aveiro Nascente, Estádio-Angeja e Angeja-Albergaria. Tendo em conta a posição da direção nacional do partido, transmitida durante o debate parlamentar, não era previsível que a isenção total de portagens na A25 fosse incluída no programa eleitoral da AD, o que se veio a verificar. Mas tudo mudou este domingo, quando Luís Montenegro abordou o assunto na apresentação da candidatura de Luís Souto à CMA. “Eu não estou esquecido da matéria do pórtico da autoestrada na A25. Eu não estou esquecido. Eu já assumi que aquilo não faz sentido, mas também assumi que não ia resolver um caso único, que queria resolver todos os casos que têm, enfim, alguma semelhança no país”, apontou o atual primeiro-ministro. Note-se que, até ao momento, apenas o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) deram entrada na Assembleia da República com propostas de lei para eliminarem a cobrança de portagens em todos os pórticos da A25. A proposta do BE deu entrada no dia 6 de janeiro de 2025 e a proposta do PCP no dia 20 de janeiro. Confirmando-se as palavras do atual primeiro-ministro – e tendo em conta que o PS colocou no seu programa eleitoral a isenção total da A25 – surge a expectativa que em 2025 a isenção das portagens em toda a A25 seja já uma realidade.

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Presidente da Turismo Centro de Portugal lança desafio para a criação de hotel escola
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Presidente da Turismo Centro de Portugal lança desafio para a criação de hotel escola

“Para que as tradições se mantenham e a autenticidade perdure, temos de as perpetuar, fazendo desde já o desafio para a criação de um hotel escola, dando uma resposta especializada para as diversas áreas do turismo não perderem os sabores que referi e dotando, assim, o território de recursos humanos qualificados”, destacou. O antigo presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Rui Ventura, foi empossado, ao final da manhã de hoje, presidente da comissão executiva da Entidade Regional Turismo Centro de Portugal, numa cerimónia que decorreu no Parque de Exposições de Aveiro. Depois de elencar uma série de sabores do Centro do país, Rui Ventura deixou a promessa de “tudo fazer” para manter a identidade do território. Para tal, indicou a pretensão de serem criadas plataformas intermédias, para discutir e interagir com as várias comunidades intermunicipais, de forma regular, para “não perderem a sua identidade”. “Temos de nos complementar criando âncoras que sejam sedutoras o suficiente para fazer despertar a curiosidade e, como consequência, uma permanência mais prolongada do turista”, acrescentou. De acordo com Rui Ventura, a Turismo Centro de Portugal irá continuar a trabalhar “sem descanso” no turismo de sustentabilidade ambiental, acompanhando os novos tempos e “a necessária prosperidade com a inevitável e fraturante agenda de descarbonização”. “Não podemos, por hábitos arreigados ou comodismo egoísta confiscar o futuro dos nossos filhos e netos”, sustentou. Aos presentes disse também que é necessário alterar velhos paradigmas, nomeadamente na mobilidade dentro do território e para o território. “O Centro de Portugal tem condições únicas para ser alavanca de desenvolvimento para todo o Portugal”, justificou. Segundo Rui Ventura, é ainda importante refletir sobre a estratégia de posicionamento da marca turística associada à Região Centro. “A comunicação do destino é uma delas e devemos centrar a nossa atenção numa das ferramentas em que tem assentado essa comunicação: o mapa turístico para o mercado nacional e internacional. Considero a renovação deste mapa fundamental para uma mais adequada promoção da Região Centro”, defendeu. Para além da aposta nos compromissos da digitalização e da sustentabilidade, Rui Ventura afirmou que a Turismo do Centro de Portugal deve continuar a apostar em novos modelos de comercialização, distribuição, monitorização e auditoria do destino turístico. Deve também “aprofundar ainda mais” a relação com as regiões vizinhas espanholas de Castela e Leão, Extremadura e a Comunidade de Madrid. Ao secretário de Estado do Turismo, presente na cerimónia, apontou a necessidade de se trabalhar na Lei nº33/2023, que estabelece o regime jurídico das áreas regionais de turismo de Portugal continental, a sua delimitação e características, bem como o regime jurídico da organização e funcionamento das entidades regionais de turismo. “É uma lei que se encontra ultrapassada, até porque as regiões têm provado que podemos percorrer um caminho de maior autonomia administrativa e financeira, sem colocar em risco o alinhamento com a tutela e com o Turismo de Portugal”, alegou. Sobre a Lei 33/2023, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, admitiu que “não ficou perfeita” porque as universidades e os politécnicos nem sequer se podiam associar às assembleias gerais, mas também porque, na dotação orçamental, a fórmula encontrada dava uma soma que não é suficiente. “A própria revisão da Lei nº 33 pode ficar aquém da expectativa criada e quem tiver a responsabilidade de liderar a próxima Secretaria de Estado do Turismo pode ir ainda mais longe”, referiu.

Estarreja organiza caminhada ribeirinha no dia 25 de abril
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Estarreja organiza caminhada ribeirinha no dia 25 de abril

A “Marcha 25 de Abril” é uma iniciativa anual que assinala a Revolução dos Cravos e que este ano privilegia o contacto direto com a natureza e a Ria de Aveiro.Este ano a marcha terá como ponto de partida e chegada a Ribeira da Aldeia e incluirá também uma passagem pela Ribeira do Mourão, na freguesia de Avanca. A concentração está marcada para as 9h00 na Ribeira da Aldeia e, à semelhança de anos anteriores, haverá um almoço de confraternização no final, com a colaboração da Associação Cultural e Recreativa Saavedra Guedes.

Ovos fazem subir preço do pão-de-ló de Ovar, mas quase não afetam doces de Arouca
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Ovos fazem subir preço do pão-de-ló de Ovar, mas quase não afetam doces de Arouca

É a própria presidente da Associação de Produtores de Pão-de-Ló de Ovar, Alda Almeida, a explicar à Lusa: “Os preços já aumentaram em março, quando começámos a receber os ovos muito mais caros. Cada produtor gere a sua casa como bem entende, sem influência da associação, mas, no geral, o quilo vai aumentar dois ou três euros”. No seu próprio estabelecimento, que não atualizou os preços no Natal, Alda cobra agora 20 euros pelo que antes custava 18. Noutras casas, o pão-de-ló cremoso enformado em papel passou de 19 para 21 euros, e há ainda aquelas onde a iguaria “agora chega aos 22 e 23”. Expectativas de diminuição do preço não há: “Depois da Páscoa, a caixa de 360 ovos pode descer um ou dois euros, mas, isso não se vai repercutir no pão-de-ló. Só em termos técnicos, uma mudança de preço custa tanto a alterar no sistema de faturação que não se justifica o trabalho por tão pouco”. Já no outro concelho do distrito de Aveiro, a casa “Pão-de-ló de Arouca”, fundada por Angelina Teixeira Pinto e agora gerida por Tiago Brandão, admite que atualizou os preços, mas garante que os que está a praticar na Páscoa “não refletem o aumento real do custo dos ovos” porque, caso contrário, “ia vender muito menos”. Dos doces com mais saída nesta época, a casa destaca três: a variedade chamada “bôla” de pão-de-ló, que tem a forma tradicional, mas, cozida em forno a lenha, exibe uma camada superior de açúcar; a típica “fatia” de pão-de-ló, que se apresenta como um bloco mais húmido encharcado em calda açucarada; e, de criação mais recente, o “pão-de-ló cremoso”, que, maciço e redondo, parece um queijo da serra, tem uma superfície central esbranquiçada e, logo sob essa camada de açúcar, revela um topo cremoso e uma base consistente, que lhe permite que seja cortado à fatia em vez de comido à colher como o seu congénere vareiro – e que, por encomenda, também está disponível em chocolate. O quilo da bôla mais simples custa agora 18,5 euros por quilo, o que Tiago diz que é pouco. “Só aumentou 85 cêntimos quando, no mínimo, devia custar mais 1,80 euros, porque não é só o preço dos ovos que está em causa: são também os aumentos salariais, o custo da eletricidade, da água” e até da lenha. Sujeito à mesma inflação está o gás, que não se usa no fabrico do pão-de-ló, mas se aplica na confeção de outros doces locais como os melindres e até as cavacas, que alguns comem duras como são e “a maioria gosta de molhar no vinho”, seja o de mesa, como fazem alguns seniores, ou o do Porto, como preferem gerações mais jovens. Em todo o caso, as reservas já começaram a chegar há semanas e, se tudo correr bem, até domingo Tiago Brandão conta vender “umas 6.000 bôlas de pão-de-ló”. Mas são muito milhares mais os melindres, por exemplo, que as senhoras vão confecionando nessa casa, onde, por estes dias, há sete pessoas ao serviço de cozinha e balcão, e outras oito só para embalar produtos. “Isto não pára”, afirma Tiago. “Começamos às três da manhã e não temos hora para parar”, acrescenta, em referência a uma labuta que tanto se destina a satisfazer os pedidos entregues em mão como as encomendas online. Na “Loja dos Doces Conventuais”, de Jorge Bastos, também há mais azáfama por estes dias, com oito funcionários na cozinha e 16 ao balcão, dispersos pelos estabelecimentos fixos de Arouca e Porto, e pelo sazonal de Gaia. Cheira bem logo à entrada, a amêndoas e ovos, e há uma mesa inteira forrada a pasta granulada cor-de-laranja, que senhoras exímias moldam em linha: uma faz da massa um rolo, outra desfaz o rolo em pequenos cubos e enfarinha-o, e as seguintes transformam cada cubo numa bolinha ovalada que dispõem sobre os tabuleiros e marcam com um garfo no topo, para lhe dar uns risquinhos de textura. Essas castanhas doces que vão depois a assar na brasa são das iguarias mais procuradas em Arouca, cumprindo a mesma receita que as freiras do mosteiro local da Ordem de Cister criaram há séculos, mas para as mesas pascais também se procuram os tradicionais charutos e morcelas, a que se juntam agora receitas contemporâneas como pedras parideiras, ovos de pega e doce de chila. Só de castanhas doces, por exemplo, Jorge conta vender nesta Páscoa umas 2.000 caixas de 24 unidades, cada uma a 11 euros. O preço dessas delícias já foi atualizado em janeiro, antes do aumento dos ovos, e não vai sofrer mais alterações. “É uma opção nossa, para o preço não ficar muito elevado”, explica, “mas ficamos prejudicados porque, além de estes produtos envolverem um processo manual de fabrico muito mais delicado, têm ainda a desvantagem do IVA: à mesa servimos os doces a 13%, mas, mal os embalamos para o cliente levar para casa, a caixa já tem que ser taxada a 23%, pelo que é difícil competir com as outras pastelarias”.

UA distingue esta quarta-feira o “mérito e excelência” no Auditório Renato Araújo
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UA distingue esta quarta-feira o “mérito e excelência” no Auditório Renato Araújo

De acordo com uma nota de imprensa enviada à Ria, esta é a quarta edição dos “Prémios UA” que pretende distinguir o “mérito e excelência de quem se dedica às principais vertentes de missão da UA, nas categorias: Prémio Cooperação, Prémio Investigador, Prémio de Boas Práticas Pedagógicas e Prémio TAG”. “O evento vai ainda contemplar menções honrosas a quem também se tenha destacado nas várias áreas premiadas”, explica. A cerimónia contará com as intervenções do reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira e dos vice-reitores, Ana Lillebø, Artur Silva, João Veloso e Sandra Soares. O “Prémio Cooperação”, no âmbito da cooperação com sociedade, a UA “atribui quatro prémios - um por área de especialização científica - no valor de quatro mil euros cada”. O “Prémio de Boas Práticas Pedagógicas” é direcionado a docentes e tem um “valor monetário de cinco mil euros” e pretende reconhecer “as melhores práticas pedagógicas implementadas durante o ano letivo anterior, em unidades curriculares da UA". Já o “Prémio Investigador UA” pretende distinguir a “investigação concretizada na UA” e reconhecer o “mérito do respetivo investigador ou equipa de investigação cujo trabalho se tenha destacado, a nível nacional e/ou internacional, atribuindo o valor monetário de dez mil euros”. Haverá ainda uma menção honrosa, no valor de “1500 euros”, “por cada uma das áreas de investigação da UA: Artes e Humanidades; Ciências; Ciências Sociais e Engenharia”. Por último, o “Prémio TAG” destina-se ao “pessoal técnico, administrativo e de gestão” e tem o valor de “cinco mil euros”. Também neste prémio serão entregues menções honrosas.